quinta-feira, março 3

I was dancing when I was twelve



Muita gente acha que o Bowie que inaugurou a bicharia sexy dos anos 70, porém, mais uma vez, ele só repaginou a história...

Isso porque tinha um cara, magrinho, com um cabelo maior que ele próprio, que vivia na casa do Sr. Tony Visconti, produtor da galera da swinging London. Nos 70´s era normal sabe, ficar se abancando na casa dos "gigolôs da indústria fonográfica" que te sustentavam, a porção mod da coisa...porque nos 70´s, mods e "michelância" era uma associação comum.

Mas voltando ao rapazote, um belo dia David "ainda Jones" Bowie chegou na casa do Tony Visconti, esse por sua vez mandou o loirinho de cabelo escorrido e olhos estranhos ir pintar as paredes pra ajudar na reforma. Bowie escolheu uma parede ocupada, e começou a puxar papo com o outro pintor:

- Hellow-ahm! What is youuuur náime-ahm?

(nota: "ahm" é aquela engolida brusca de saliva tão comum no sotaque britânico)

- Maawhhrrk. - blasée - Yours?

- I´m David...so...let me know-ahm. Mod or rocker-ahm?

- Both. I´m a rowwackstor, ya know...- jogando a juba pra trás e arrumando a sombrancelha

- !!!

Marc Bolan ainda não era rockstar, T.Rex ainda tocava covers dos negros americanos (que criaram o rock. sem discussão). Mas foi nesse momento que David entendeu como deveria agir dali por diante. E os dois me fizeram feliz pra sempre.

trilha inevitável: Rebel, Rebel.

trilha incidental em comemoração ao meu cumpleaños: All the young dudes.

Moral da história: Só se é um bom artista quando se tem bons amigos. Logo, sua vida só é colorida (e GLAM) quando eles existem.

Se eu for pensar em cores e em amigos, viro hippie. Massa.

quinta-feira, fevereiro 24


oh. já tem de novo. que merda, devem ter lido meu blog. competência é outra praia. *r*

quarta-feira, fevereiro 23

E que seja...E-X-C-L-U-S-I-V-O


eu não ia falar nada, mas depois dessa tenho que abrir.

dei um presente pro meu námor, sabe.....
era pra ser uma cesta de café, com aquelas coisinhas que tu encontra no super, só pra ele bater um rango pensando em mim. daí eu achei esse site muito preza, com arranjos, flores e produtos chiquetéééééésimos e com AQUELA caixa.
uma caixa foda, com mini-rosinhas (sempre rosa, sempre vermelha, clichê uma ova) e várias iguarias igualmente foda. eu poderia postar uma foto dela aqui, mas não tem como, sabe por que? hein???
porque acabou!!!! hahahaha!!!! acabou, era isso, ela foi feita pra ELE e pronto, não tem mais...não tá no catálogo, no estoque, em nada. It´s only for you, my one.
ou fazia parte desse mundo paralelo que nós criamos e tudo isso está muito Space Odissey.

babe, come tudo direitinho, porque essa é mais do que especial. e dinheiro não paga o que eu tô sentindo agora.

(é muito bom fazer esse tipo de declaração)

(não vou divulgar o endereço do site ainda...vou ser egoísta e guardar o lance pra que eu tenha presentes personalizados por um tempo)

segunda-feira, fevereiro 21

rapidinhas infames...


retirado de uma discussão sobre tatuagens, a partir de um discurso espírita radical...porque rir faz muito bem.
"- A tatuagem fica verde mesmo depois de morto, no espirito...??? ou depende da qualidade da tinta...
- tinta de tattoo faz mal pros vermes que comem nossos corpos pos-morte...???
- se eu for cremado a tinta da tattoo gera algum tipo de chama de cor diferente...???"

dieta de ma'am Hyde para indivíduos que sofrem de condições incondicionais


à vontade: Lucky Strike White e Marlboro Lights (vulgo "Borinho").

sono: 10 horas ininterruptas com sonhos dilacerantes que não lhe servirão de nada no day after.

Primeiro Dia

café da manhã: sobras de chocolate branco reserva especial.

almoço: Mac Duplo Quarteirão (com batatas e refrigerante), e mais um lanche se aguentar, o meu extra ficou pro técnico aqui do trampo.

lanche da tarde: torta ultra plus de chocolate da tia do Café aqui da frente (tem que ser cara e ter grandes quantidades REAIS de chocolate).

jantar: mini pizzas de calabresa e apresuntado trash + sanduíche de queijo colonial super fat + refrigerante.

Segundo Dia

café da manhã: 02 copos de leite com Toddy (bem pretinho) + 01 pão francês amanhecido com requeijão.

almoço: sopa de capelleti, com direito a uma larva no queijo ralado + trufa de morango (que chega a doer os dentes de tão doce)

lanche da tarde: torta Big Brother de limão (porque é tão grande que todos ficam olhando você comer, e não tem coragem de pedir um pedaço por pena da sua aparência cadavérica)

jantar: sanduíches com pasta de atum, uns 3 + 1 Ice + 1 polar

Terceiro Dia

café da manhã: coca cola + wafer de chocolate

almoço: filezão com fritas muito caro

lanche da tarde: torta de chocolate (a mesma do primeiro dia), roubada da mãe

jantar: Polar + Batatinha "Sensações" + Pizza (Pepperonni)

noisy: Barulho Bom, Polar e Mexicanas

Quarto Dia (Ressaca e Depressão Crônica)

café da manhã: zzzzzz

almoço: massa d'ontée com requeijão

lanche da tarde: pão de milho (02 com margarina, 02 com doce de leite) + capuccino reforçado

jantar: panquecas de queijo + Polar

*sonhos estranhos, re-início do terror noturno que já havia sido extinto há tempos*

Quinto Dia

café da manhã: zzzzzzz

almoço: panquecas de queijo, d'ontée + Coca Cola

lanche da tarde: chocolates + snacks + Coca Cola

jantar: Pizza do Habib´s (Pepperonni) + 2 Chopps

observações gerais:

- você pode comer à vontade que nada vai lhe satisfazer - você pode ir numa festa foda, e escolher o melhor cantinho, pq é lá que vai ser sua noite;
- você se torna uma dor ambulante, impotente e insuportável até pra você mesmo;
- você tem medo de dormir porque os sonhos estão ficando piores, e vêm à tona as lembranças das noites da infância, tudo muito subjetivo aos olhos alheios, mas aterrorizantemente palpável pra você;
- você se dá conta que o baixo astral tomou conta quando os sonhos começam a se manifestar nas outras pessoas da casa;


Ok. Era pra ser um texto engraçado, era pra ir até o Sétimo Dia e brincar com o "cabalismo" do 7. Mas agora eu estou triste e com medo. Espero que Rocky Horror e toda a função me salve.

Ah merda. Ah Caralho. Lembrei. INFERNO ASTRAL!!! Porque eu sou sortuda e descambo pra uma crise exatamente no mês anterior ao meu aniversário...

Bom, quando eu conseguir levantar aqui do Pântano da Tristeza Eterna (vide História sem Fim, oh yeah, eu amo o Atreyo) tudo vai ficar bem, meu cavalo vai morrer, mas eu saio vitoriosa.

sexta-feira, fevereiro 18

...and the gods made love...


voltando ao normal (ou nem tanto), estávamos eu e Jules fazendo apontamentos sobre sexo (pra variar), e chegou-se a conclusão que o maior tradutor, agitador, militante e ativista dessa "expressão" foi Jimi Hendrix. Não tô falando de sexo de groupie, casual, conveniente, drogado, lobbysta, não! Nada disso. Tá certo que ele usava aguns aditivos pra intensificar a experiência, mas também não falo disso. Tô falando daquilo que transcende...aquele sexo que a única coisa que te passa na cabeça durante é:

Excuse Me! While I kiss the sky! (purple haze)

Have you ever been in Eletric Ladyland? (have you ever..)

Take my hand, you’re gonna be my mind / And she took me high over yonder..... (angel)

Giving my life to a rainbow like you / But, I’m eh , yeah, I’m bold as love (bold as love)

I have only one itchin’ desire / Let me stand next to your fire (fire)

Is that the stars in the sky, or is it, rain fallin’ down
Will it burn me if I touch the sun-uh, yeah, so big, so round
Would I be truthful, yeah, in, uh,In chosin’ you as the one for me?
Is this love, baby, or is it, uh-huh,Just, uh, confusion?
O-oh, my mind is so messed up-uh, goin’ ’round and ’round
Must there be all the colors-uh
Without names, without sound, baby?
My heart burns with feeling, but, uh
Woe, but my mind, it’s cold and reeling
Is this love, baby, or, uh-huh, or is it confusion?
Oh, my head is poundin’, poundin’
Goin’ ’round and ’round and ’round and ’round
Must there always be these colors? , uh
Without names, without sound
My heart burns with feelin’
Oh, but my mind is cold and reelin’, uh
Is this love, baby
Or is it-uh, huh, just, uh, confusion?
Oh, you tell me baby, is this , uh, love or confusion?
Mama, we must get together and, uh, find out
Exactly what we’re tryin’ to do
Love or confusion?
(love or confusion)

Em resumo:

- bem, eu prefiro love, porque confusion cai no esquecimento
- não tem pra ninguém, Hendrix é Hendrix.

quinta-feira, fevereiro 17

This is our last goodbye
I hate to feel the love between us die
But it`s over
Just hear this and then i`ll go
You gave me more to live for
More than you`ll ever know

This is our last embrace
Must I dream and always see your face
Why can`t we overcome this wall
Well, maybe it`s just because i didn`t know you at all

Kiss me, please kiss me
But kiss me out of desire, babe, and not consolation
You know it makes me so angry
`cause i know that in time
I`ll only make you cry, this is our last goodbye

(J. Buckley)

quarta-feira, fevereiro 16

Dia do negão

...porque esse "gaye" tem música pra tudo.

Why did I choose you?

Why did I choose you?
What did I see in you?
I saw the heart you hide so well...
I saw a quiet man, who had a gentle way,
a way that caught me in its glowing spell.

Why did I want you?
What could you offer me?
A love to last a life-time through?
And when I lost my heart so many years ago,
I lost it lovingly and willingly to you.
If I had to choose again,
I would still choose you.


Distant Lover

Distant lover, lover (lover, lover, lover)
So many miles away
Heaven knows that I long for you
Every night, every night I plan,
sometimes I dance
Through the day

Distant lover (lover, lover, lover)
You should think about me
And say a prayer for me
Please, please baby
Think about me sometimes
Think about me here
Here in misery
MiseryAs I reminisce, oh baby, through our joyful summer together
The promises we made
All the daily letters
Then, all of the sudden
Everything seemed to explode
Now, I gaze out my window
Sugar, down a lonesome road

Distant lover (lover, lover, lover)
Sugar, how can you treat my heart
So mean and cruel
Sugar, sugar
Treat every moment that I spent with you
I treasure every like it was a precious jewel
Please, Lord have mercy
Please, come back, baby
Somethin' I wanna say
When you left
You took all of me with you
Do you wanna hear me scream
Come back and hold me.

terça-feira, fevereiro 15

coisas boas deveriam nos deixar demente quando desaparecessem, bem assim, vupt, pra não dar tempo de suspirar, nem doer, nenhuma vez.

choveu ontem, de novo.

save the last dance for me.

e a vida continua, meio rasteira, mas enquanto dá pé a gente pode se arriscar.

de volta ao Buckley..

segunda-feira, fevereiro 14

aaahh esqueci...


...de falar sobre o evento!
putaquipariucaralhofodafodafodafodafoda...A melhor festa do ano até agora, encheu de gente se divertindo ao som das músicas que sempre fizeram parte da trilha sonora original da minha vida (e dos outros djs, afinal, a ordem era tocar o que gosta e só atender a pedidos bacanas).

Nós tínhamos um palquinho, e fomos os performers mais clássicos da cidade...enquanto os corpos caíam acabados na pista, o trio (a linda dani.efe não pôde ir) discotecante dançou, pulou, gritou e bateu palminhas até a última nota.

We´re gonna rock rock rock till the end of time, babe!!!!

Apesar de desfalcada (no pain, no gain), a festa continua, the show must go on, e vai continuar sucesso. Porque eu sou uma mulher sortuda, viu, benzadeus...

Dogras


fato: o Rio Grande está cada vez mais vicioso. Pessoas vêm do "exterior" e saem com a bagagem cheia de contrabando.
Atualmente eu faço meu papel de traficazz e encho um cidadão soteropolitano de Pepsi X, Polar, Pastelina, Xis da Lanchéra e Cachorro do Rosário as drogas mais hypadas da cidade.
Mas nesse caso a intenção não é persuadí-lo a encher as malas e distribuir o produto em outros estados, mas sim mantê-lo aqui, viciado e moribundo ao meu lado.

sábado, fevereiro 5

querido diário...


descobri que mães não podem ter depressão relâmpago. em 15 minutos de descuido + um cochilo uma criança hiperativa tem a capacidade de inundar a casa...

..rapaz..minha estrátégia de dormir até segunda já começou mal, só faltam 2 dias, mas eu já estou no limite, puta merda.

quinta-feira, fevereiro 3

e nasce um projeto louco...


esses tempos atrás, hablando con él, houve uma brincadeira...

"Drunk Pollard é Jan Balanco, produtor e músico baiano, dono do selo Frangote Records (The Honkers, Los Canos, Cissa Guimarães, Declinium) e deejay nas horas vagas. De férias em Porto Alegre, aproveita para desafiar sua parceira de balada, a gaúcha Dani Hyde, para resolver todas as suas desavenças em história do rock numa discotecagem mano a mano, cheia de provocações e música safada pra dançar."
(alguns dias, correrias, msn´s e pessoas incomodadas e/ou faceiras depois..)

Acabou a brincadeira.

BE THERE OR BE DEAD !!!

o quê?


POA RÓQUE TOWN

E no Beco, novo inferninho de Porto Alegre, vai rolar a primeira edição de uma festa que veio pra ficar: Poa Róque Town.

Muita guitarra nos rock fights de Dani Hyde X Jan Balanco (Frangote Records-BA) e JotaPê X Dani Fetzner (Noisy). Tá bom ou quer mais? Poa Róque Town já chegou causando fudido!

Poa Róque Town
11/02> sexta, 23h
Beco > João Pessoa, 203
10 pilas > consome 4


terça-feira, fevereiro 1

colapso



cada vez que eu leio o Lúcio Ribeiro me indigno mais um pouco..pra quê tantas bandas novas? pra quê....eu não quero volume, quero qualidade...olha o ponto que chegamos, qualquer arroto que um britânico dá vira hype...fodam-se os britânicos, a cena nacional tá muito mais legal..

a única coisa legal que eu li lá hoje (não vou botar o link, vou poupar quem ainda não conhece..) foi a confirmação do Nine Inch Nails no Coacchella...olha que lindo, no meio de um monte de menininhos problemáticos pedindo a mamãe e não sabendo o que querem, está lá, estrelando o palco principal, um homem de verdade, que fala de sentimentos, mas mantém a classe, e a fúria. e ao invés de sair correndo chorar num cantinho, ele vem correndo, insano, estourar seus tímpanos. Trent Reznor continua sendo o ícone da minha idéia de música contemporânea.

(you and me, we´re in this together now, we will make it through somehow, none of them ca´n stop us now...)

(I won´t let you fall apart)

(I wanna fuck you like an animal / I wanna feel you from the inside)

deu pra ti indiearada, larguei de mão....

vou ali ouvir neil young.


segunda-feira, janeiro 31

participe de uma causa nobre

é a demonstração de amor mais pública que eu já consegui fazer até hoje...

definitivamente, é um projeto que vai ter tudo que eu amo, lugar bom, bebida boa, o melhor rock do ano, e o homem da minha vida de hoje e de sempre até onde eu conseguir...

Relô-ou? papai do céu? dá uma força aí e facilita pra nós, tá entendendo?

povo: aguardem maiores informações. e quem não atender meu chamado é melhor ficar longe da TV, porque a guriazinha do poço te pegará em 7 dias.

sexta-feira, janeiro 28

tic tac tic tac tic tac

(gwen feladaputa e essa música ridícula...)


o tempo está lerdo, lerdo, mas em compensação muita coisa acontece rapidamente. eu já estava preparada pra um ano cheio de mudanças, mas acho que de repente vão rolar mais mudanças do que eu imagino...

acho que de repente eu já me preparei pra tudo mesmo.

...e que venham os yankees!! (...e que ele venha logo também)

quinta-feira, janeiro 27

WHY WON´T YOU DANCE WITH ME ???!!!!!!!!!!!!


porque saudades sucks sooooooo much


******************

This magic moment
So different and so new
Was like any other
Until I met you

And then it happened
It took me by suprise
I knew that you felt it too
I could see it by the look in your eyes

Sweeter than wine
Softer than a summer's night
Everything I want, I have
Whenever I hold you tight

This magic moment,
While your lips are close to mine,
Will last forever,
Forever, 'til the end of time

So why won't you dance with me?
Why won't you dance with me?

(lou reed falando por mim, deixa eles falarem por mim aqui no blog, já vou perder o tesão de escrever de novo, já, já...)

domingo, janeiro 23

considerações sobre o no doubt


simple kind of life
o caralho
don´t speak nem pensar, pode vomitar até o fim que eu tô aqui
sunday morning é algo que não existe
marry me? psssssssss
magic´s in the makeup, pô que descoberta
platinum blonde life é uma merda
rock steady, não não, never steady
world go round só nos momentos ébrios
just a girl, putz, nem um pouco, ainda bem que o audio não funcionou na minha formatura do colégio.

Enfim, acho que gosto tanto deles porque representa tudo que eu sempre tentei ser e não consegui. Ainda bem.

"I am Jeckyl/I am Hyde/Found this place to hide/Come seek me!" (G. Stefani - Comforting Lie)

+++++

e chega de grandes posts porque ninguém lê.

Ronnie, você não deve estar entendendo nada, vou te emelhar. Don´t panic! Só em London : P


quinta-feira, janeiro 20

República dos Pampas ou Povo Incompreendido?


"..Agora, coisa ispecial é uma porca, tendo a gente por cachaço, bem limpinha, e com cabaço, no seco em noite de lua, ela se encosta e recua, rebola e sallllta pra frente, talvez pensando que a gente tem pissa em forma de pua....." (Lucas Pocamacha, guitar dos Guidis, em seu profile do Orkut, parafraseando um grande cancioneiro erótico da fronteira)



Agora deixando as tormentas de lado, eu vou dar uma lógica pras
coisas que eu falo, sem contar que é uma boa oportunidade pra sempre
lembrar que sou apaixonada pela cidade/estado/região/país/planeta (tudo
num só) em que vivo.

Como em qualquer outro lugar, existem palavras que são muito
particulares entre os gaúchos, muitas delas vêm do interior, da
campanha, e no geral o vocabulário daqui é altamente folclórico. Eu,
paulista, sou completamente fanática por isso, porque saí de um lugar,
levantando a bandeira de que todos deveriam ser cosmopolitas, e cheguei
numa estância gigantesca, onde todos são compadres, cheios de orgulho
da terra, tomam chimarrão na mesma cuia não importando se tem 5 ou 30
pessoas, e cantam o hino Rio Grandense com lágrimas nos olhos, até em
festinhas de aniversário infantis.

Não existe possibilidade nenhuma de falar dessa terra sem ser
bairrista, porque pro cara falar daqui, tem que conhecer, e conhecendo
ele vai amar, e vira um ciclo, e por aí vai...

Na minha opinião (digamos que eu aprendi um pouco de história do RGS na
faculdade, aliás no currículo da História daqui há umas 8 matérias
focadas nos pampas), um dos poucos que conseguiu dar uma vaga idéia
sobre como o gaúcho ou em geral as pessoas que moram aqui se sentem,
não foi um historiador, ou cientista ou erudito de porra nenhuma.

Foi o Vitinho, ou Vitor Ramil para o resto do mundo, irmão dos
bicho-grilos Kleiton e Kledir, veia rebelde da família, sim, sim, sim,
ele é um músico! Óbvio. O Vitor escreveu um ensaio há zilions de anos
atrás chamado A Estética do Frio, que dá origem ao livro que ele lançou
agora no final de 2004, e que eu ainda não li porque sou relapsa e
estava duranga quando fui no show de lançamento (do Álbum - Longes e do
livro). Mas o ensaio eu conheço muito bem e acho divino, já me serviu
de ferramenta em diversas ocasiões e vai me servir agora de novo. Pros
interessados,
A ESTÉTICA DO
FRIO
.

Dani Hyde *paulúcha, gaulista, ou melhor, gaulesa irredutível


:::::

Artista: Vitor Ramil
Música: Deixando o Pago
Intro: Am

E7 Am
Alcei a perna no pingo e saí sem rumo certo
E7 Am
Olhei o pampa deserto e o céu fincado no chão
E7 Am
Troquei as rédeas de mão mudei o pala de braço
Am/G F E7 Am
E vi a lua no espaço clareando todo o rincão

E7 Am
E a trotezito no mais fui aumentando a distância
E7 Am
Deixar o rancho da infância coberto pela neblina
E7 Am
Nunca pensei que minha sina fosse andar longe do pago
Am/G F E7 A
E trago na boca o amargo dum doce beijo de china

D7M E7 A
Sempre gostei da morena é a minha cor predileta
F#m7 Bm7 E7 A
Da carreira em cancha reta dum truco numa carona
D7M E7 A
Dum churrasco de mamona na sombra do arvoredo
F#m7 Bm7 E7 A Am
Onde se oculta o segredo num teclado de cordeona

E7 Am
Cruzo a última cancela do campo pro corredor
E7 Am
E sinto um perfume de flor que brotou na primavera
E7 Am
À noite, linda que eram banhada pelo luar
Am/G F E7 A
Tive ganas de chorar ao ver meu rancho tapera

D7M E7 A
Como é linda a liberdade sobre o lombo do cavalo
F#m7 Bm7 E7 A
E ouvir o canto do galo anunciando a madrugada
D7M E7 A
Dormir na beira da estrada num sono largo e sereno
F#m7 Bm7 E7 A Am
E ver que o mundo é pequeno e que a vida não vale nada

E7 Am
O pingo tranqueava largo na direção de um bolicho
E7 Am
Onde se ouvia o cochicho de uma cordeona acordada
E7 Am
Era linda a madrugada a estrela d'alva saía
Am/G F E7 A
No rastro das três Marias na volta grande da estrada

D7M E7 A
Era um baile um casamento quem sabe algum batizado
F#m7 Bm7 E7 A
Eu não era convidado mas tava ali de cruzada
D7M E7 A
Bolicho em beira de estrada sempre tem um índio vago
F#m7 Bm7 E7 A Am
Cachaça pra tomar um trago carpeta pra uma carteada

E7 Am
Falam muito no destino até nem sei se acredito
E7 Am
Eu fui criado solito mas sempre bem prevenido
E7 Am
Índio do queixo torcido que se amansou na experiência
Am/G F E7 Am (A)
Eu vou voltar pra querência lugar onde fui parido

quarta-feira, janeiro 19

A incrível pseudo bicha intelectual from outer space


Aee, viram a zona que tá isso aqui? Só falta aquele pó de tijolo e azulejos quebrados pelo chão...


Então, esse aqui é meu espaço, prometi não escrever nos outros, não o farei. Mas tem coisas que não vou deixar passar em branco. So.....

Gostaria que cada cidadão do mundo fosse um pouquinho sociólogo-antropólogo, trocando em miúdos, se interessasse mais pelo comportamento das pessoas, culturas, linguagens de diferentes cantos do globo. Em tempos de Nerd Fashion e ascensão dos "Estranhos da Sala de Aula" nos âmbitos musicais e literários, me espantam muito os críticos do escrever corretamente. Qual a necessidade, me pergunto, QUAL A NECESSIDADE(!!!) de usar coloquialismos num espaço que já é considerado base pra pesquisas de toda natureza? Deixemos as conversas de bar, para o bar (se existe uma vida social além do computador, claro); ou então vamos pensar na ignorância generalizada que já é a Internet e deixá-la um pouco mais limpinha. Esse é o meu ponto de vista.

:::uma analogia:::

Pense no punk, enquanto aqueles caras asqueirosos ficarem fedendo e gritando anarquia nos parques, nós não poderemos discutir seriamente sobre o que foi, as influências e as consequencias do movimento, da cena, da música, da ideologia, etc..Sendo que esse hiato contemporâneo da contra-cultura foi extremamente frutífero e teve efeito generalizado. Continua soando desrespeitoso, infelizmente.

Eu gostaria sim, que a bela escrita fosse POP, não iria me sentir mal com isso, e nem ficar falando "porque eu escrevia assim primeiro, não é justo todo mundo ter acesso a isso", já notou o quanto excludente é rechaçar o POP? Porque ontem, o POP era sua maior mania, babe.


segunda-feira, janeiro 17


entende o que eu tô falando? a melhor forma de inaugurar esse modo simples e tosco de postar imagens foi estuprando o copyright dos gênios que me atormentam a vida dia-a-dia e eu amo tanto. agora me lembrei da melhor palavra que ouvi em Salvador: C-O-P-Y-L-E-F-T !!! isso, copyleft, a pirataria não podia ter um nome mais justo, hype e cult do que esse.
obs: me alertaram para que eu não cometa uma gafe, bem, não é pra levar isso a sério mesmo, ou então tente digerir e adaptar a informação pra realidade, ou então dá uma olhada aqui e entenda qual o sentido "maduro" da palavra.


gente que exterioriza suas emoções através do handwriting do MSN Beta está em outro nível de evolução. pense numa mulher bem resolvida e empresária como eu, recebendo desenhos o dia todo e, particularmente hoje, uma ilustração gigante de felattio enquanto meu pai situava-se atrás de mim, reclamando que eu ficava relapsa demais com o MSN ligado. amo meus amigos.


Existe um naipe de palavras que eu e alguns amigos instituímos de "palavras gostosas", elas são boas de falar, e tem uma fonética diferenciada muito pertinente às passagens de som em shows.


Palavras Gostosas - BLUETOOTH / POLAINA / SALSICHA / CHARLOTTE / ENGLOBA / MICHÊ....

domingo, janeiro 16

tópico extraordinário "o tramavirtual afeta minha vida"



agora é de verdade, esse é o último post freqüente, amanhã minha vida de proletária começa de verdade. agora tudo é de verdade. hahahaha, "um espetáculo" como diria o mestre Peduzzi.

Top 5 Trama Virtual

www.tramavirtual.com.br :

1 - /cissa_guimaraes (genial)
2 - /a_doutrina_bochoi (antológico)
3 - /planondas (róque baby)
4 - /eric_van_delic (a banda revelação 2005)
5 - /dance_of_days (já que todo mundo, eu também...)

Agora é de verdade, começou de verdade, um bom ano pra todos. Aguardem meus posts esporádicos...


sábado, janeiro 15

ainda sobre músicas

hoje eu sou alguém que escuta muita coisa, muita coisa mesmo, então às vezes algumas canções maravilhosas vão ficando para trás...mas tirando a memória recente, o resto dela é boa, e sempre vou buscar as coisas boas.

eu adoro melancolia, era essa a minha premissa na época de goticismos, e lá no fundo acho que nunca deixei de ser aquela menina gótica tirada de histórias do Tim Burton, as expressões artísticas "malditas" ainda me fascinam muito. porém existe muita luz na minha vida agora, e elas ficam ali num cantinho, quietinhas, excluídas, como qualquer gótico que se preze. *risos*

mexendo nas minhas pastas musicais (ultimamente eu ando tirando pó de muita coisa com bons propósitos), achei esse som de uma banda póstuma lá de São Paulo, o Lábia Minora. Goth em português nem sempre é bom, a execução dos instrumentos pior ainda, com esse equipamento de terceiro mundo que há nessa terra; mas o Lábia se destacava por conseguir encaixar letras altamente poéticas com a melodia característica da cena, uma vez que "cantar em poesia" é dificílimo, e muito delicado quando a temática é mais tétrica, "caricata", uma banda gótica com músicas em português pode se tornar ridícula em segundos..mas existiram esses caras pra mostrar que era possível, ainda o é. Se alguém quiser saber mais a respeito desse mundinho que NÃO VAI MORRER (PORQUE É IMORTAL, ARRÁ), dá um pulinho aqui ó: Carcasse - o portal mega que há alguns anos atrás era só uma listinha de discussão de uns nerds perdidos e absortos em cultura obscura, saudades Cidão*! Saudades!

*Cid Vale Ferreira era o moderador do mailing e "dono" do Sepia Zine e meu parceirão de obsessões pelas histórias de Diodati (vilarejo italiano onde Byron e Shelley passavam as férias) , hoje é um dos coordenadores do Carcasse.

e mais: tem uma colaboração minha no Sepia, se liga só

CORTE

"Quanto à saída, insista
quantas cores extintas
você me fechou, aqui dentro
você me velou

Quantas palavras malditas
quanta ausência mal vista
você me trancou por dentro
você me levou

Se eu me encontrar sozinho
Não me deixe aqui comigo

Quando o tempo te perdoar
quanto começo me resta?"

quinta-feira, janeiro 13

da série "A maior obsessiva compulsiva por letras de música do mês"



eu vim almoçar aqui em casa.
enchi a pança, sentei no sofá, acendi o cigarro.
tirei daquele programa imbecil de futebol pra ver música.

(fade)
aparece de longe o rostinho querido do Carl Barat e as letrinhas embaixo me avisam:

::::: Can´t Stand Me Now :::::

(foda)

"Can't take me anywhere (Cant take you anywhere)
Can't take me anywhere (wouldn't take you anyway)
I'll take you anywhere you wanna go"




calma aê que até o fim da semana isso aqui estará operante

Rapidinhas fim de férias

There's the moon asking to stay
Long enough for the clouds to fly me away
Well it's my time coming,
I'm not afraid, afraid to die
My fading voice sings of love,
but she cries to the clicking of time
Oh, time,

Wait in the fire, waiting to burn

And she weeps on my arm
Walking to the bright lights in sorrow
Oh drink a bit of wine we both might go tomorrow
Oh my love...
And the rain is falling and I believe my time has come
It reminds me of the pain I might leave behind...

Wait in the fire, waiting to burn

It reminds me of the pain I might leave, leave behind...

And I feel them drown my name
So easy to know and forget with this kiss
I'm not afraid to go but it goes so slow...

Waiting to burn

(Jeff Buckley - Grace)

Um pouco mais de atenção pra mim

A maré estava baixa e era possível enxergar o salitre no fundo daquelas águas, Nina pensou em molhar os pés, adentrando aquele manto azul ela deixou se levar pelos pensamentos e relembrar das coisas às quais havia renunciado.

"Sonny está morando fora do país há 3 anos, e a casa continua bagunçada, não consigo guardar aqueles papéis, álbuns e pratos. Era pro livro ter terminado, era pra ser um livro, e eu não deixei; aquelas músicas não faziam sentido pra mim, e eu sempre me odiei por não ter aquela mesma percepção que o fazia ficar catatônico às vezes, muito mais embriagado do que quando a gente fazia amor....e aqueles pratos, porra! eram horríveis, não combinavam, faziam barulho o dia inteiro na casa ventilada e enchiam de pó. E claro! Eu que tirava o pó daquelas porcarias, se deixasse a tarefa pra ele eram sempre 3 dias seguidos sem quase se falar, como se aquilo fosse prataria de Marselha, por Deus. E ele amava tanto, aquele amontoado de coisas, de objetos sem vida, eu nem percebi que já estava enciumada de tudo aquilo quando pedi pra ele dedicar um dia só pra mim e esquecer tudo. E nem percebi que fazendo isso eu o mandei embora. Embora eu também não tenha me esforçado em dar atenção a ele que estava contido permanentemente nas suas paixões. Agora ele foi, e são uns amontoados de anos dias e horas que eu passo a limpo os rascunhos, faço coletâneas das minhas canções preferidas e janto cada dia em um prato daqueles. Hoje eu como no prato que cuspi."

Mais uma vez ela não percebeu, e por um leve instante ainda pôde enxergar a luz da lua, numa vista distinta, submersa.

*************

Friday's child is planning to go out for the first time
Says
Don't worry Mum
I won't be out that late
Done me playing those passive games right now
They're out of date
You're awfully sweet
Haven't got the time
Growing up so fast
Got better things to do
You can get what you want
So young and lovely
Kicking around in the centre of the town
Looking in shop windows
Those mannequins
Look far too real at night
Friday's child doesn't know if it's awake
Or if it's dreaming
Says
Don't worry Dad
I'll do my bit
I'll raise the flag
I'll be just like you
You can get what you want
So young and lovely
Don't worry Mum
I'm not that dumb
I'll be just like you
Oh, no, why
Why d'you do it?

Blur - Young and Lovely)


Pra uma juventude perfumada

Festa na sexta feira e Carrie havia se preparado há semanas pra sair com os amigos novos. Comprou roupas novas, brincos, um novo baton e tingiu o cabelo de vermelho. Tinha que ser tudo novo, com cheiro de juventude e efemeridade. Na calçada os rapazes gritavam, entoavam hinos da sua geração, que iam percorrendo pela crueldade do individualismo sobre as pessoas, e a depressão latente na pouca idade.

Ela acenou da porta e saiu correndo em direção a eles. Mamãe ficou olhando pelo pedacinho descoberto de cortina na janela, constatando o momento em que estava lançando sua cria para a caça. Nunca considerou essa situação, foi custoso, desgastante, logicamente materno.

O clube estava cheio, não havia seguranças, fiscalização de tipo algum. Os jovens queriam oportunidades simples para viver emoções fortes, talvez os jovens sempre pensarão dessa maneira. Porém, Carrie sempre desejou o impossível, o não palpável, pra que suas expectativas não virassem frustração nunca, a fim de tornar eternos os sonhos. Ela lotou a noite, bebeu de todos, debruçou-se à mesa para experimentar o alvi-tesouro, foi feliz, conquistou os transeuntes e retornou à mesa novamente, quatro, cinco, seis vezes...mais seis pra multiplicar a euforia, a agonia, o gozo, o efêmero, as luzes, as luzes, apagando acendendo, subindo, descendo, esse cara, na sua frente, ofegante, pra cima, pra baixo, urrando como um guepardo, e era tão bom, tão libertino e libertador, olhos catalisadores, enfim, uma estrela, brilhando, pálida e sorridente.

Pára o tempo, chega mais próximo, um olhar triste fixado, por que tão triste se está tão bom? Ouve-se um burburinho, luzes, são acesas, não há como escapar da vitrine humana. Um brilho metálico no torso daquele conquistador barato. Era sua mãe, ela tremia como um suíno espasmódico em seu assassinato, mais luzes, mais um olhar de tristeza, e seguiu-se o de desprezo, logo após o de asco, e por fim a matriarca aconchega a arma na própria boca e dispara ao escapismo condicional.

Carrie, na fantasia de realizar tudo como um sonho, desperta no dia seguinte, a casa vazia, alguns viventes deitados no chão, tentando achar uma agulha não tão suja para finalizar o restante da beleza notívaga, e ao seu lado, um corpo velho, meio disforme é verdade, numa poça quase plástica de algum fluído viscoso e pardo. sem titubear levantou-se e saiu do estabelecimento destinando-se ao seu lar.

Foi tentar dormir mais um pouco, quando acordou, mamãe havia saído, fazer compras talvez. Não havia café preparado, abriu a geladeira e tomou um pouco de refrigerante, solicitou uma pizza pelo telefone, tomou banho, se alimentou. Uns amigos ligaram pra convidá-la a outra festa imperdível...mas a mãe não havia chegado. Resolveu ser mais madura, vestiu o outro traje que havia comprado, passou o baton novo, e deixou um bilhete:

"Mamãe, fui encontrar o pessoal novamente, não chegarei tarde, fica com Deus, beijos, Carrie"

quarta-feira, janeiro 12

arrá

trocar layouts é bacana, mesmo sendo pré pronto.

perder comentários e links não é bacana.

resumo legal e de vanguarda até pra cego poder ver



choveu no dia da partida, não podia ser diferente, visto que o pranto foi estirpado diversas vezes.

eu tento ser prática e realista, na maioria das vezes, mas meu dever de pisciana me carrega pra mundinhos paralelos tão sensacionais que a realidade fica tão distante, e quando os pés a tocam de novo, é tudo frio, cinza e triste.

adoro situações emblemáticas, e eu o conheci no reveillon, não podia ser pior. o significado que ele vai ter na minha vida, por ter passado os 11 primeiros dias desse ano num estado "siamês" comigo (e todos sabem que eu aposto muito 2005), o valor disso, é piada, é imensurável, acho que nem eu mesma consegui analisar todos os simbolismos, representações, enigmas e sinais divinos que rasgaram o tempo nesses dias.

não me atrevo a dizer que ele é o homem da minha vida, isso eu disse de todos os outros. mas a certeza que eu tenho é que foi um puta marco, que me levou a reflexões que eu evitava há muito tempo, e me deu o gás necessário pra continuar fazendo de 2005 o ano cabalístico e decisivo que eu SEI que será. em março eu faço 25 anos e a carga disso em mim é absurda, mas a força que estou sentindo agora é absurda também, culpa do meu amigo.

quando tá tudo cor de rosa a gente não pensa que a felicidade alheia pode incomodar, e até corroer alguém por dentro. na realidade esse post completamente transparente sobre a minha vida deve ser por causa disso, eu não escreveria nada parecido se não estivesse achando necessário legitimar essa situação, pra que ela não seja vulgarizada, banalizada, enfim, pra que não faça parte de um imaginário de aventuras esporádicas e mundanas, e de um pré-conceito sobre mim no qual eu sempre sou bruxa, vilã e puta, tudo ao mesmo tempo.

tô impressionada com isso que acabo de fazer...falta só apertar o botão laranja...

só escrevi tudo isso, porque não aguentei ver os outros se expondo de uma maneira muito chata, achando que escrever tudo pra todos lerem é a coisa mais simples do mundo e que não gera consequências, e pior, achar que contar detalhes explícitos da sua vida pros outros !OPINAREM! é bacana e moderno, ou mais, fazer isso pra agredir! Como se meia dúzia de palavras jogadas na grande teia não fossem mais hora menos hora virar lixo eletrônico desprovido de qualquer sentimento.

se referiram a mim como uma "fã da net", depois de rir bastante (visto que o meu passatempo predileto É ser fã de todo mundo) eu resolvi assumir que sou, e depois de tudo, mais ainda.

nem vou justificar o texto, porque não há nada pra justificar aqui, é só a minha vida e as pessoas lindas que fazem parte dela. aff. chega.



sábado, janeiro 8

da série..."aventuras numa farmácia bahiana"

-Bom Dia, rapaz! (porque aqui tens que chamar a todos de rapaz...isso, ra-pazzz, igual o Calvin)
-Bom Dia
-Eu quero uma daquelas
-Tá na mão
-Ah...hummm...e uma daquelas outras também
-Hummm ok - olha desconfiado
-Vem cá, será que dá problema eu tomar tudo junto???
-Olha...sei não viu moça, mas alguma coisa tu quem que fazer né..

alguns micros sobrevivem de ghosts...e eu de pseudo firewall...

segunda-feira, janeiro 3

no dever do resguardo, o ideal é pinçar músicas, óbvio....


momentos evoluções existenciais 2005 parte I

"meu velho companheiro, de caminhadas ao luar
pensando abobrinhas, pensando idiotices sem nexo."

(maquenzi - a saudade e o all star - superguidis)

"procurando alguém que não acenda a discussão
sobre minha indigestão mental, colapso cerebral
....
quem dessa vez vem me ajudar, eu sei
que não vou encontrar saída nenhuma num bar pra mim
apenas quero sorrir, assim
sem ter que lembrar do quanto vou chorar depois"

(germano - paranóia de freud - stratopumas
)

o que se faz quando...

se está longe de casa?
chove sem nunca chover?
se ouve Paranóia de Freud o tempo inteiro e ela sempre faz sentido, que não é mais o mesmo de sempre?
se surpreende com tudo da melhor maneira?
quase não existe mais descanso nem cansaço nem fome?
o amanhã eu não sei de novo?


momentos resoluções existenciais 2005 parte I

"hear this voice, see this man
standing before you, I´m just a child!!!
trapped inside the body of a man"

(gildenlöw - morning on earth - P.O.S)


administração é tudo na vida, pena que eu não entendo picas disso, porque ia precisar muito agora.

vampiros aproveitam os momentos fantásticos, atrás deles Rin Tin Tin!

olhos abertos, respiração cerrada e mais alguns dias. e lá vamos nós...bom é quando faz mal.

*****

e tem uma coisa que iria bem, bem agora...mas eu não sou mulherzinha. então a gente viaja no blog desatualizado.

*****

daisy jane é sempre madura, daisy jane tem uma febre, daisy jane cai da árvore.
oh garota...vê se sai da janela e abre a porta.

****

alguém tem um violão aí??? tô me sentindo um peixe grande fora da banheira...

*****

now playing: Ever Fallen Love? (with someone you shouldn´t...) - Buzzcocks
Undertow - P.O.S

quinta-feira, dezembro 23

que puxa



Corram , se escabelem, está rolando a biografia do ano ali no Guiados por Vozes



...preciso atualizar isso aqui, sério...vou pedir um conto novo pro Papai Noel.

domingo, dezembro 19

bzzzzzzz bzzzzzzzzzzz isso aqui tá às moscas...

dor de cotovelo: todos têm medo de mim, todos. e o único que não tinha fez um belo estrago na minha vida. e aí? o que sobra?

coisas importantes: vou pra Salvador ver a família e conhecer o pessoal das bandas de lá. Roack!

(se é uma fuga? certamente)

Winamp - A Million Manias!

Jeff Buckley, ele já morreu, mas anda me ajudando a viver, pra começar escute o Grace (álbum), depois vais precisar de mais, mais, mais e vira uma doença enfim.

Pain of Salvation, não é metal melódico, eles são únicos, praticamente uma opera rock band se ainda pode se rotular alguém assim nos tempos de hoje, e te digo, é de deixar o Sr. Freddie Mercury de quatro no túmulo...Pra começar, mete na caixa o Remedy Lane (álbum).

To be played at maximum volume

...

E de resto eu continuo aqui, meio parada, meio dançante. Contos, projetos e afins agora só no ano que vem.

Carpe ______ (Insira aqui o que você quer aproveitar até o fim, porque tudo tem que ser aproveitado até o fim, sabe....e tem pessoas que ainda não descobriram isso, então eu estou fazendo minha boa ação de hoje)

sexta-feira, novembro 5

sexta-feira, outubro 15

Os seres de jeans claro e camiseta branca.

Eu não sou muito fetichista, diria até bem convencional quanto à sedução e essas coisas do imaginário sexual, mas se tem algo que sempre me tirou do sério foram os indivíduos que eu pude vislumbrar de jeans claro e camiseta branca. Como é que um traje tão simples pode agir sobre os hormônios com tanta força?

Talvez seja alguma mensagem subliminar de propagandas da Levi´s, uma antítese da minha obsessão pelo lado obscuro do ser, ou simplesmente uma preferência mesmo. De qualquer forma, a magia que uma pessoa emana dentro desses panos não tem medida. E me atrevo a dizer que chega a ser mais bonito e estimulante do que o nu propriamente dito, porque é carregado de uma sensualidade disfarçada de casualismo e ao mesmo tempo sincero e transparente.

A maioria das minhas paixões tiveram o desplante de aparecer assim na minha frente, e geraram as mais diversas conseqüências: tesão, um quase adultério, quebra de princípios pessoais, recaída, etc...Já tive o ímpeto de falar sobre isso quando tive a "recaída", mas agora, eu encontrei o percussor disso na minha vida então se fez necessário compartilhar.

Nós íamos fazer um trabalho do colégio, conseguimos passar pela "censura" e escolher um tema transgressor praquela escola, praqueles dogmas, praquelas pessoas, enfim, como um outro amigo meu costuma dizer, éramos os líderes do Grupo Seleto, sempre tem um grupo seleto nas salas de aula. E saímos numa tarde, sem uniforme (porque lá em SP se usa uniforme até o 3º ano colegial), e lá estava ele, todo clean e sorridente, de jeans claro e camiseta branca, eu me lembro da cena, dele caminhando à frente pra nos indicar o caminho, todo tutor, todo guru, super atencioso pra explicar aos outros o que acreditava, e o povo estava tão disperso e contente por fazer "um trabalho escolar diferente" que não se dava conta da importância que aquilo tinha pra ele. Eu me dava, entenda como quiser.

Mas então eu me dou conta que é quase uma maldição essa história de melhor vestimenta, pois todas as vezes que entrei em frenesi por isso, não pude ao menos tocar a criatura, por variados motivos: falta de privacidade e oportunidade, um namoro de anos em vigor, estar num lugar comprometedor à minha imagem, ou esse meu "alvo" pessoal simplesmente não ligar a mínima pra senhorita aqui.

Daí você que me conhece vai dizer, "por isso ela gosta, porque não chega nem perto do meliante", mas não. Eu realmente acho essa minha "tara" uma coisa sublime, e não estou restringindo ela ao sexo masculino (apesar de que garotas devem fazer a preferência por camisetas regatas) e ainda vou ter o deleite de tirar um jeans claro e uma camiseta branca de alguém especialíssimo pra consumar meu desejo.

sábado, setembro 25

momento diário (quebrando minhas regras bloguísticas)

Oi, tudo bem? Sabe que eu fui assaltada ontem? Aonde? psssss

Na linda, bucólica, suja e fedida Santos Dumont né...é lá onde tudo de atípico acontece comigo. O cara chegou, pediu minha bolsa, com aquela sutileza de tyranossaurus rex, pensei no meu filho (porque eu sou calma sabe, sou uma boa vítima pra crimes em geral, se bobear rola até uma síndrome de Estocolmo se me sequestrarem) e então resolvi não reagir, vai que o louco me dá umas porradas, e eu precisava pegar o Vince na escola...

Achei que a minha vida estava ali, mas como eu não curto essas burocracias do mundo real, me conformei que ali só tinham papéis e cartõezinhos magnéticos. E fui curtir um show de róque, claro.

A melhor coisa que existe é rever pessoas amadas, ontem era show de uns amigos meus, os X-Factor, como eu defini bem outro dia, é um som pra quem curte passear entre pink floyd e o hard rock poseur dos 80 e 90. Eu gosto, porque é isso mesmo, um passeio, uma celebração, com alguns tons de modernidade, e direito a uma versão de Heroes dedicada a mim.

Como é de praxe nos shows do Arsenal (que está para nós, assim como o Tear está para os Pumas e os Guidis), ao final rolou a jam session feroz infernal from outer space, e foi tocado de tudo, eu cantei Groove´s In The Heart com o Manza no baixo, tocamos Sex and Rolling e erramos tudo pra variar, pedi "Estou amando uma mulher" para o Déu pra variar (aliás, fiquem ligados pq essa obra vai ser uma surpresa na voz dos gauleses, putz, não vai ser mais surpresa, mas fica a expectativa), e faltou um elemento.....o Sir Did´s Calvin, nosso mestre de cerimônias estava ausente, e eu já estava até com raiva de tanta satisfação de seu paradeiro que tive que dar durante a noite. Pô Diogo! Não faz mais isso não! Compareça!

Agora o "Arsenas" mudou de dono, o cara é bem legal, um dono de casa de eventos de verdade finalmente, o bar tá show e o som tá quase perfeito, e ele gostou de mim, isso é importante para as próximas medidas estratégicas mercadológicas...."Happy Rauer" aos domingos? Quem sabe?

Merda, tô lendo muito Lúcio Ribeiro...esses parágrafos evasivos...rrrrrr

Tchau hein!

sexta-feira, setembro 17

É incrível ver como o mundo está cheio de amargor, e as pessoas vivendo sob um stress tão violento, que é difícil reconhecer uma boa ação.

Hoje eu comprei MUITOS alfajores por um valor ínfimo, num lugar que o meu amigo e vizinho de trabalho, o
Sr. Tatata Stratovargas me indicou. Como eu achei um tremendo exagero o que fiz, saí distribuindo por toda a minha empresa, composta por volta de umas vinte e poucas pessoas.
O curioso foi assistir as diversas reações de espanto e dúvida enquanto eu entregava as guloseimas. Uns perguntavam quanto era? Outros perguntavam o por quê? E outros nem acreditavam mesmo. Teve um caso bem engraçado (mas que expressa claramente a neurose constante a que estamos predispostos); a pessoa estava abaixada, supervisionando monitores (trabalho na área de informática) e eu lhe perguntei:

- Fulano, preto ou branco? - com a caixa de alfajores na mão.
- É cinza, Dani.

Pois é, ele se referia ao equipamento e nem olhou pra mim pra ver do que se tratava. Não, isso não é falta de educação, isso é reflexo do condicionamento que estabelecemos no dia a dia. Um pouco do que Charles Chaplin mostrou há décadas atrás em seu "Tempos Modernos" (que fala sobre a "robotização" do indivíduo durante a revolução industrial, na Inglaterra do fim do século XIX).

Enfim, nós estamos tão absortos no trabalho, tão preocupados com as contas pra pagar, demasiadamente acostumados com os problemas, ao ponto que eles já se tornaram banais, que já esquecemos que somos seres humanos, aglutinadores de emoções ambulantes. Daí eu me pergunto, por que no ambiente profissional só podemos explodir de raiva? E rir de uma piada? E desejar um "bom dia" sincero, com todos os dentes da boca?

Às vezes é complicado, assumo que me esforço bastante e nem sempre tenho uma atitude promissora, mas de vez em quando dá certo, e daí vale a pena, salva o dia, e dá mais esperanças à humanidade.

Então, fica cientificamente comprovado (por mim, que sou gênia e cientista maluca nas horas vagas) que é preciso tentar.

Ainda agora devem ter pessoas pensando "hoje vai vir alguma bomba"... Não há como "vir" uma bomba, nós já VIVEMOS e RESPIRAMOS dentro de uma, quem sabe a gente não a deixa desativada, só um pouquinho, de tempos em tempos, um minutinho por dia, e lembramos daquelas ladainhas que vovó martelava na nossa cabeça, aquelas de amar o próximo e perdoar e coisa e tal. Sim, eu sei que uma vez um louco foragido saiu pregando isso pela rua e acabou pregado. Mas mentiroso ele não era...

quarta-feira, setembro 1

Estou muito feliz porque gostaram do meu conto. Não é nem feliz, estou satisfeita e insuflada de orgulho. Porque as pessoas que eu mais considero as opiniões me agraciaram com lindas palavras, não só aqui nos comentários, mas por e-mail também, com "cartas" que desmembram o meu texto muito melhor do que eu poderia fazer.

Gostaria de tocar num ponto que a maioria identificou, que foi realmente escrito com muita inspiração, mas que talvez seja de difícil acesso pra alguns.


Downtown 4 two, please.

Downtown quer dizer Cidade Baixa, a cidade baixa geralmente é a região mais antiga de uma cidade, onde nasce o comércio e as atividades metropolitanas são CENTRALIZADAS, ou seja, o CENTRO. Até aí tudo bem. A partir de então as cidades crescem e se dividem em diversos bairros, e a economia de mercado se torna míster, e os centros mudam de lugar, os centros comerciais, por assim dizer; e os históricos, por quê não? Se o homem é um animal extremamente inconstante, e adaptável ao meio em que vive, ele tem plenos direitos de reeleger seus locais de maior relevância pra posteridade, de tempos e tempos, naturalmente.

Todavia, a identidade é uma marca intransferível, e onde ela se instala, ela permanece, principalmente quando se trata do amontoado de tradições e características culturais de indivíduos que co-habitam um território.

O "fenômeno" então ocorre, quando um estrangeiro da língua anglo-saxônica resolve mapear um par de capitais brasileiras, distintas e opostas. Pra falar dessa particularidade, que faz parte da minha lista de obsessões, é preciso deixar claro que esse fato curioso só acontece porque as duas cidades "carregam no DNA o mesmo gene": vivem à margem da ebulição cultural das megalópoles, portanto pendem para os bairrismos, regionalismos e nativismos; não cresceram demais, ao ponto que a movimentação artística e intelectual não teve chance de se dispersar; e tampouco se apequenaram diante da localização periférica na geografia do país, visto que possuem a mesma acessibilidade à informação que os grandes centros.

Não irei entrar detalhadamente no âmbito de realizações históricas, porque meu pequeno ensaio viraria uma monografia. Mas vale lembrar (e faço questão de lembrar) que essas cidades serão as eternas importadoras e exportadoras de resistência revolucionária do Brasil. Pra quem não percebeu ainda, estou falando de Porto Alegre (RS) e Salvador (BA).

Essa história começou há anos atrás, com o meu ex-marido, não lembro se a gente estava analisando mapas, ou bêbados, ou discorrendo sobre assuntos surreais (como continua sendo de praxe), ou algo parecido, lembro apenas que ele constatou que os gringos iriam ter problemas de locomoção em POA e em SSA, porque existem duas "downtown" em cada uma, e isso é a mais pura verdade, procure num Atlas de Manhattan, é sério mesmo. Digo isso porque eu duvidei e fui procurar...

Certo, esse é o fato, e desvendá-lo não foi mérito meu, esse impasse de copyright eu já resolvi. Agora, vem a minha parte, que é a de ser transgressora, herege, sem noção, pseudo-mil-coisas, infantil, contra embasamentos fundamentados (isso fora da academia) e vanguardista o suficiente pra criar uma analogia entre as capitais. E, pasme, quando você terminar de ler isso vai concordar que faz sentido pra cacete.

O foco é a Cidade Baixa, denominada como bairro, que é imunda e fedida como o Centro, que já foi o centro, mas agora abriga apenas as idéias, desde as geniais até as mais demagogas e hipócritas, minha mãe já dizia que oportunismo existe em qualquer lugar. A downtown da cultura é o ponto de encontro dos universitários, artistas (ou quase) e formadores de opinião em geral, que passam suas noites a produzir mais cultura no encontro com os amigos, nos shows, nos botecos menores e mais podres (que são os "lugares da moda") e bebendo seu drinque às vezes na calçada mesmo.

São várias as razões que reúnem essa fauna, os mais desprovidos de reais se deslocam pra lá pelo baixo custo da diversão, a classe média acaba freqüentando na esperança de interagir com pessoas de mais conteúdo, ou simplesmente para se exibir e espalhar suas aventuras no subúrbio para os colegas no dia seguinte. A verdade é que esse se torna o reduto mais democrático que há numa cidade, a vantagem inversa de ser uma "mega-província" e de concentrar as atividades noturnas num único espaço, pois em cidades maiores os focos são mais esparsos e as "tribos" tendem a segregar mais facilmente.

Em contraponto, esse bairro também é conhecido pelo baixo índice de segurança, mas a juventude sempre vai fazer questão de viver perigosamente, em qualquer época, portanto não é empecilho para freqüentar a região a possibilidade de perder uma bolsa, o rádio do carro, ou até o próprio carro, esses acontecimentos acabam virando troféus, às vezes mais dolorosos....but...”no pain, no gain”....não é mesmo? Acredito que isso seja muito mais grave em Salvador do que no Sul, por motivos estruturais, mas como mencionado, vou me ater à parte boa.

Encontrar as características afins das capitais não é difícil pra mim, que vivi em uma, e vivo na outra (mais embaixo) agora. Conheci a cena róque de Salvador e continuo acompanhando através de familiares e agregados, e só faço constatar que não se equivale em número, mas em força e perseverança com a cena daqui, com algumas diferenças.

Li certa vez num jornal uma declaração de um cartunista (não lembro o nome, nem adianta tentar) que dizia: "O Rio Grande do Sul é o único estado que ainda acredita em rock and roll e socialismo"; foi neste momento que eu pude compreender o lugar que estava vivendo e a razão de eu gostar tanto dele. Mas claro! Este é o país das utopias! Se bobear, é a própria utopia (mesmo que mascarada), como não gostar daqui? E isso acaba bastando para alguns, que conseguem suprir suas necessidades sem almejar uma abrangência maior da sua produção (artes), isso acaba configurando o que chamamos de autofagia, aqui se faz, aqui se consome, e está tudo certo. E os gaúchos têm o frio, e se protegem sob a estética dele, como diria um cara chamado Vitor Ramil, mas que diferença faz, se só quem vive no Sul e uns poucos cabeções do continente sabem de quem e do quê eu estou falando, "que ele continue só meu".....deu pra entender a lógica? Acho que sim.

E o que resta pros artistas bahianos? A praia, o Axé, o calor escaldante e as bundas. Onde se encontrar e se auto afirmar num lugar oposto à sua natureza? Na Cidade Baixa. Como? Bem, downtown é bacana, mas não vai sustentar alguém (ela precisa ser sustentada), então o negócio é ralar bastante e encontrar alguém que faça seu trabalho ecoar pelo resto do país. Tchanans! Salvador é sufocante pra quem quer produzir e ser reconhecido, pois já existe um status quo muito mais bem delineado que a capital gaúcha, a necessidade de escapar do carnaval é imensurável, melhor dizendo, romper a barreira do "bloco" é a única chance pra quem não quer cair no axé.

O que a nova geração está promovendo, graças a Internet, é um intercâmbio dessas expressões culturais nas chamadas regiões periféricas. Uma descentralização que o eixo São Paulo - Rio está percebendo e buscando participar gradualmente. Hoje nós temos festivais alternativos no Recife, em Belo Horizonte, em Goiânia, em Porto Alegre e em Salvador, só pra citar os principais, e essa movimentação está dando uma nova face para o que antes era marginalizado, está dando credibilidade. O trabalho é árduo, mas o espaço está sendo conquistado e as oportunidades começam a aparecer. É necessário jogar o estigma de "vendido" no lixo, e apoiar quem está conseguindo ser ouvido, lido ou visto, porque senão o processo estanca e nós, sonhadores utópicos vamos ter que aguardar até a nova safra pra torcer novamente.

Não deixa de ser uma nova revolução, e das revoluções, a mais legítima, que é a do pensamento, que por ironia ou não, deve ter começado em downtown, entre um trago e outro.

domingo, agosto 29



Trilha Recomendada: The Crow (O Corvo)

À ESPREITA DO QUE NÃO FOI
As palavras secam, rebeldes, na folha ainda respingada de orvalho.

..Every night I fall, every night I call your name...(Burn – The Cure)

Outra noite, Virgínia olhava da janela do quarto, a paisagem obscura que refletia naquela rua do centro, quando as poucas luzes artificiais atingiam os andares mais baixos do prédio. Havia um boteco em frente, no letreiro de neon, lia-se RELENTO, com algumas letras queimadas, sinalizava um grosso “RETO” para os mais desatenciosos. Ela apagou seu último cigarro e resolveu descer pra comprar mais.

Às moscas, para as moscas; um ébrio sentado num canto, outro jogado numa mesa, o velho habituê no balcão com seu charuto que fedia a esterco, e uma rameira que gastava suas misérias com uísque barato.

- Oi Jaime, me vê um Marlboro, e uma dose de cicuta quem sabe...
- Virgínia, Virgínia...tu não tem conserto – resmunga seu confidente de balcão servindo um Bourbon.

Um gole e os pensamentos à tona, a toa ela se entregou à lembrança, e não era sexo, não era casual, muito menos carência, ele era mais. O cara que tirou suas lágrimas do rosto com a língua, e lhe estendeu a mão, e a ajudou a sorrir e a se sentir importante. Que alisou seus cabelos e a abrigou no peito; que a tratou como a mulher que era e no instante seguinte se intimidou com o que havia feito emergir.

..I don´t want to believe, no more...(Golgatha Tenament – Machines of Love and Grace)

A gente ouve todo o tempo as histórias de pessoas que se fodem, porque os perdidos se encontram e correm para viver no mundo que ignoraram por anos, e nem olham pra trás, nem um abraço, um obrigado pela consideração, nem um “eu te amo”! E, Deus, é fácil amar! Contudo existe o outro lado, que Virgínia não conhecia, que é o dos viventes que te puxam da lama, te dão banho, e depois de te limpar, somem, antes mesmo de você conseguir abrir os braços ou esticar a mão para olhar nos olhos e agradecer.

Não só agradecer, mas ela quis dedicar, adorar enquanto saudável, adorar além da loucura, enlouquecer quando preciso, estarrecer nas horas tediosas, ler poemas na cama, e cantar baixinho no ouvido. Sempre que houvesse oportunidade, cantar baixinho no ouvido, melodias ininteligíveis que só fazia sentido pros dois.

..Slipping me away from you... (Burn – The Cure)

A garota tomou mais uma dose e resolveu passar em downtown, ela morava em uma das duas únicas cidades do mundo que possuíam duas downtown, o centro da história dos livros, e o centro da história dos homens, onde a vida era pintada em telas de vanguarda, onde todos tentavam deixar a realidade no canto da carteira, e curtir o alucinógeno maior que é a vida dos noctívagos. Vagando à noite e fingindo ser feliz, o álibi perfeito.

O Glasnost era um bar em downtown freqüentado por gente descolada, o nome já sugestionava o grande distúrbio dos cidadãos dessa cidade, o de acharem-se infinitamente não pertencentes ao território em que estão e, em contraponto, declararem aos quatro cantos que é o melhor lugar pra se viver. Eles não querem se fazer entender, eles só querem ser ouvidos, e na atual conjuntura, isso não é pedir muito.

O local estava cheio, o clima era lo-fi, agradável aos ouvidos de Virg (pronuncia-se vãrgi, era seu apelido), rolando “Color Me Once”, dos Violent Femmes. Country Death Music ?!? – pensava ela – Mas que diabos ?!? Só essa que presta mesmo, só porque figura no melhor filme da minha geração...

“Color me once color me twice
Everything gonna turn out nice
Everlasting arms you gotta keep me from these false alarms”

- Oi Virg! Que bom que vieste!
- É, estou aí..
- Vou ali buscar uma cerveja, a gente se fala!
- ...

E ele sai, Virgínia desce um pouco o olhar e vê que existe uma outra mão entrelaçada a dele, e essa foi a pior cena das desilusões, muito pior do que os beijos que Virg avistou durante a noite, porque mãos dadas geram vínculos que ela sabe como só. E aquilo na verdade foi a única coisa genuína que ela viu nos dois, as mãos dadas.

Foi quando se deu conta que essa terceira só servia de trincheira, foi o campo de força ignóbil e de roupas feias que Glauco arrumou para não ter que enfrentar os olhos pedintes de Virg mais uma vez. E os olhos ficaram tristes, só pra quem conhecia como deviam traduzidos. Para os outros transeuntes era apenas outra mulher que bebia e gostava de dançar sozinha.

E ela cantava assim, baixinho como uma prece, baixinho agradecendo, porque ter a capacidade de sentir o que estava sentindo, às vezes é muito maior do que simplesmente ser correspondido. Porém, sentir com tamanha intensidade também significa não se livrar do sentimento.

Em conseqüência, a Esperança, que é uma velha chata, imortal, e cheia de varizes, que fica sorrindo pra gente e não nos deixa fechar as portas.

“Sometimes it's bright inside my head
Just like the spark in my eyes
And hands are breathing ones are reaching up
Cause that's the time we rise

No they don't have to take you away”
(Time Baby III – Medicine)

segunda-feira, agosto 23

NOISY – edição ROCK CHICKS

* Lançamento do livro Vida de Gato, de Clarah Averbuck *

A festa que rola rock, indie, guitar, britpop, shoegaze e new new york sound preparou uma edição só com mulheres no comando.
Vai ter sessão de autógrafos do novo livro da escritora Clarah Averbuck, o imperdível Vida de Gato, e na seqüência a própria Clarah divide as discotecagens com Dani F., Fergs e Mariana (da Space Rave).
No chill in rock a gente rola na íntegra o segundo álbum do Interpol, os novaiorquinos que mais impulsionaram o atual revival pós-punk do rock.

Noisy edição * ROCK CHICKS * :::: Dia 27/08, sexta :::: Autógrafos a partir das 21h; djs a partir das 23h :::: R$ 7,00 (R$ 3,00 consumíveis) :::: Circuito Bar e Restaurante (Rua Lopo Gonçalves, 66 - Cidade Baixa)
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Dúvidas de onde eu vou estar?? Tell me about it...

sexta-feira, agosto 20

Momento Esotérico


Resgatei isso do blog da Clarah, não sei se foi ela que escreveu, porque não está assinado e nem tem autoria, mas é genial.

Áries - Você tem uma imaginacão fértil e frequentemente pensa que está sendo seguido pela polícia. Você não consegue realmente influenciar ninguém apesar de ficar o tempo todo tentando exibir seu poder. Você não tem autoconfianca e é em geral uma toupeira.
Touro - Você é prático e persistente. Você tem uma determinação canina e trabalha como um condenado. A maioria das pessoas pensa que você é um teimoso cabeca-dura. Você não é nada além de um maldito comunista.
Gêmeos - Você tem um raciocínio rápido e é inteligente. As pessoas não gostam de você porque você é bissexual. Você tem tendência a esperar muito de muito pouco. Isto significa que você é um filho da puta barato. Geminianos costumam ter muito sucesso no incesto.
Câncer - Você é solidário e compreensivo com os problemas das outras pessoas, o que faz de você um xarope. Você sempre está pondo as coisas para fora. É por isso que você está sempre numa boa, apesar de não valer nada. Todo mundo na prisão é de câncer.
Leão - Você se considera um líder natural. Os outros acham você um idiota completo. A maioria dos leoninos são agressivos. Você é vaidoso e não suporta críticas. Sua arrogância é enojante. As pessoas de leão são ladras e filhos da puta.
Virgem - Você é do tipo lógico e odeia desordem. Sua atitude de cata-merdas é enojante para seus amigos e colegas de trabalho. Você é frio, não tem emoções e frequentemente dorme enquanto está trepando. Virginianos dão bons motoristas de ônibus e cafetões.
Libra - Você é do tipo artístico e tem dificuldades em lidar com a realidade. Se é homem provavelmente é meio veado. Suas chances de sucesso profissional e fortuna são nulas. A maioria das mulheres de libra são putas. Todos os librianos morrem de doenças venéreas.
Escorpião - Você é o pior de todos. Você é traicoeiro nos negócios e ninguém deve confiar em você. Você talvez atinja o sucesso financeiro através da sua total falta de ética. Você é o perfeito filho da puta. A maioria dos escorpiões deveria ser eliminada.
Sagitário - Você é otimista e entusiástico. Você tem uma forte tendência a confiar na sorte, uma vez que não possui nenhum talento. A maioria dos sagitarianos é composta de bêbados. Você não vale um pedaço de merda.
Capricórnio - Você é conservador e tem medo de correr riscos. Você é basicamente um merda. Nunca houve um capricorniano que tivesse qualquer importância. Você devia se suicidar.
Aquário - Você tem uma mente inventiva e dirigida para o progresso. Você mente um monte. Você comete os mesmos erros repetidamente porque é estúpido. Todo mundo acha que você é o mais completo idiota.
Peixes - Você é do tipo pioneiro e pensa que a maioria dos outros são uns cabecas de bagre. Você é rápido para reprimir os outros, impaciente e cheio de conselhos. Você não faz nada além de encher o saco de todos que se aproximam de você. Você é o cabeca de bagre.

domingo, agosto 8

mais uma da série "letras que me poupam o suicídio de escrever hoje"

Nobody's Fault But My Own
[Written by Beck Hansen]

Treated you like a rusty blade
A throwaway from an open grave
Cut you loose from a chain gang
And let you go
And on the day you said it's true
Some love holds, some gets used
Tried to tell you I never knew
It could be so sweet
Who would ever be so cruel
Blame the devil for the things you do
It's such a selfish way to lose
The way you lose these wasted blues
These wasted blues

Tell me that it's nobody's fault
Nobody's fault but my own

When the moon is a counterfeit
Better find the one that fits
Better find the one that lights the way for you
When the road is full of nails
Garbage pails and darkened jails
And the tongues are full of heartless tales
That drain on you
Who would ever notice you
You fade into a shaded room
It's such a selfish way to lose
The way you lose these wasted blues
These wasted blues

Tell me that it's nobody's fault
Nobody's fault but my own

sábado, agosto 7

Como assim?

Eu vou atualizar isso aqui. Vou sim. Tenho um novo conto saindo, vai ser bem self-pittyfull e sujo pra variar, mas tá ficando bom, só preciso de tempo e inspiração pra terminar.

Acabei de ter um instant chat polêmico com um colega, só porque disse que não iria numa E-Party porque tinha FUNHOUSE, e olha o que ele me disse:

"o rock é um ente. ou melhor foi um ente. está morto e sepultado e na lápide está escrito: I don't wanna be buried, in a pet semetery." (fonte poupada)

Bom, se o róque está morto, então eu sou necrófila, e faço questão de trepar com ele todos os dias.

Só queria dizer isso, até a noite pra quem vai.

Roack!

segunda-feira, julho 12

VAMOS?


O QUÊ:projeto SEGUNDAS IRREDUTÍVEIS = show do Stratopumas, PB e acho que Flying Circus
QUANDO: hoje a partir, tipo, das 22 hs (técnicas capitalistas mercantis pra fuder o proletariado)
ONDE: Dr. Jeckyll (pense numa risada macabra de Miss Hyde)
COMO: sei lá, te vira magrão, da última vez eu e meus fiéis escudeiros voltamos a pé.. (brincadeira, no decorrer do dia a gente vê isso, vou pegar o carro do pop´s....ok ok...eu não, o jules vai pegar, a mamasita aqui ainda não passou pelas casinhas laranja-marrom-uó que fornecem o documento do poder)
QUANTO: 5 pilas até 0.00 e 7 pilas pras non-cinderelas retardatárias
TRAJE: calça velha, camiseta de banda do irmão mais novo, All Star que teu pai usou na faculdade, e a "jaca"* que tua mãe usava nas aulas de educação física do colégio. (sem ofensas, mas eu não resisto, e garanto que minhas "jacas"* do corinthians ganham em tempo útil mais do que qualquer uma de POA)

*eu não uso essa expressão, mas virou uma moda dizer isso na cidade e eu acho extremamente horrível, então fico fazendo "negaça" (essa palavra aí Marcelo Camelo que me ensinou, AMO)

é isso aí, quem tá afim confirma, porque é legal confirmar, auto-afirmar, sustentar uma posição, etc...

beijão! (olha só a minha cara de promoter!)

Dani Hyde *que está com idéias funestas de largar a vida sistêmica e fundar a Frangote Records-RS*

obs: eu escrevo Jeckyll do jeito que deve ser, não me incomodem por isso.


quarta-feira, julho 7

Letrinhas...



eu ando bastante inspirada só que isso está sendo canalizado pra outros lugares, então aqui eu vou fazer uns revivals que valem a pena.....

e revivals da Clarah valem muito a pena pq ela fala por mim, e ela diz os palavrões que eu não digo.

trechos de "Letrinhas para o menino Sol" (Clarah Averbuck - NÃO 64)

"Te vi reluzindo ao sol, na mesma hora que você me viu, e -crash!- nossos olhos se encontraram como numa batida de carros. Soubemos, sem saber, que algo aconteceria.

Então você sorriu. Nem foi pra mim, mas você sorriu e eu fiquei muda. Grave, grave. Você sabe que é grave quando um sorriso emudece. E eu emudeci.

Tudo muito rápido. Olhares, beijos, mãos. Gosto de champagne, calor no peito, frio na barriga. Bocas. Mãos nos seios, pele macia. Vinte anos. Vamos? E fomos. Fazia tempo que eu não caminhava nas nuvens, menino. Sorrisos. Sorrisos são sempre o que fode. Eu sei, não é sonoro, mas é que sorrisos... Sorrisos são sempre o que fode.

Tudo muito rápido. Abraços, beijos, tua cabeça no meu colo. O tempo nos atropelando, tic-tac-tic-tac, um minuto, um segundo, dez anos. Cinco horas. Saí sem olhar pra trás, porque sabia que se o fizesse, não conseguiria te deixar. E eu precisava ir.

(...)

Vento que me leva para o lado oposto ao que eu gostaria de ir. Não há de ser nada: o mundo é redondo, e se tiver que ser, será. Nem que eu faça a volta e chegue pelo outro lado. Se tiver que ser, vou voltar para o menino magrinho, lindo, de dentes brancos e olhos que viram vírgulas quando ele sorri. Ele? Você.

(...)

Sobra a bagunça. Continuo flutuando, atordoada, confusa, afogando em dúvidas, flertando com o nada. Tudo muito rápido. Sorrisos. Quanto mais me debato, mais me enrosco na rede de feelings.

(...)

Tudo vai desbotando, e mais cedo ou mais tarde teremos sido apagados um do outro. Não quero! Não sou uma estampa barata em uma camiseta vagabunda! Tampouco quero te esquecer, tua voz, teu sorriso - sorrisos são sempre o que fode -, das horas-anos, de você fulminando-me ao sol, à sombra, à noite. Não vou te deixar sumir assim.

(...)

Subitamente, lembro de tudo, em flashes, como fotos, e posso te sentir, mãos, boca, pele. Sinto, vejo, quase posso te tocar. Mas aí, tudo evapora, e você foge de novo. Assim tem sido até agora. Assim tem sido, e se tiver que ser, será.

É, estou completamente fodida por você."

domingo, julho 4

orkutchê


eu tenho tantas coisas em pauta pra escrever (textos interessantes, nada como essa lamentação patética) mas resolvi fazer isso agora porque me dá nos nervos...

por quê? tell me?? por quê os "orkuteiros" ficam se falando pelo scrapbook? por quê todos precisam saber do que se passa na vida de cada um sem nem mesmo se conhecer? por quê quando os "orkuteiros" te vêem na rua e sabem que tu tem cadastro nessa Babilônia ficam te olhando como um E.T. mas não te cumprimentam nem tentam falar contigo? e qual a minha necesidade de falar com alguém que eu vi uma foto e algumas características que eu nem sei qual índice de veracidade?

acho que eu não quero respostas, é só indignação mesmo, com as pessoas que cada vez mais tornam-se IMpessoas, com as pessoas que brincam de celebridade sem nem ter talento pra isso.

pra mim esse "veneno lácteo" é uma simples ferramenta para brincar com os meus amigos (que já estiveram na minha frente e/ou que estão longe de mim), e para conhecer quem realmente vale a pena (tendo como pré-requisito ao menos alguma referência REAL do indivíduo).

eu receio que esse portal possa vir a causar uma crise social muito caótica, mas anyway...melhor pra mim que vou assistir uma triagem antropológica de camarote...

e viva Darwin e os relacionamentos inter-pessoais de seres humanos, que alguém disse uma vez que são seres sociais por natureza. viva o abraço, o aperto de mão, o beijo no rosto, na boca e o francês (é engraçado que chamem assim, porque continuo apostando no brasileiro).

tem muita gente que eu gostaria de conhecer lá do orkut, gente que eu até já vi na rua, mas a partir de agora vou deixar na mão do ocaso. nada de scrapbooks poluídos, o próprio nome já diz, é um rascunho e é assim que deve ser usado. para o bem da civilização capitalista virtuodinâmica.

e de resto, caso eu queira contatar você, leitor no momento, ou te mando um email, ou te falo no msn (outra bosta, porém um pouco mais necessária), ou te ligo. espero que faça o mesmo comigo, meus emails costumam ser gigantescos e com no mínimo 40% de conteúdo, como uma carta deve ser (não estou falando das discussões diárias e intermináveis e monossilábicas da família Sexabilly). aliás? será que os "orkutianos" já escreveram uma carta de próprio punho alguma vez na vida? deve ser uma estatística interessante.

sei que acabo propondo algumas regras e fazendo alguns pré-conceitos, mas primeiro, não costumo falar com generalização sobre nada (a não ser sobre putas, todas devem morrer, sem excessão), os "recessivos" estão aí e a diferença dá o tom da revolução, segundo, não declaro nada pressupondo que não tenha vindo de uma pesquisa despretensiosa baseada no senso comum.

agora chega que eu tenho que ir ali pensar em coisas boas.