terça-feira, dezembro 20

Pa, send me money now, I got to make it somehow, I need another chance.

You see, your babe loves to dance.

Yeah, yeah, yeah.

(meu lema do ano que vem, ou Cinnamon Girl, do papai Young)


Tô cansada de prosa. Tão mais de poesia. Vou de diário mesmo.

(apesar da vontade ser de ficar aqui traduzindo o que papai fala, tipo “atirei na minha gata na beira do rio”, etc..)

Já sou uma acadêmica de carteirinha agora, com descontos, passagem escolar, barbada no estacionamento, aulas de Pré História, História Antiga Oriental, e Ocidental. Pense em alguém que não vai pedir reaproveitamento neste semestre. Sim, as melhores disciplinas no curso todo vêm logo de cara. Pena que os meus colegas de 18 anos ainda não sabem disso.

Quanto ao estacionamento, é.

Eu espero estar dirigindo até março, dá tempo de fazer mais uns 3 exames. Farei uma PRT especial pra arrecadar fundos pra minha CNH, com o pretexto de que, a partir de então, darei carona a todos.

Terminaram as festas, as provas, as pendências de comunicação, os presentes distribuídos...

Amanhã eu tô embarcando pra Salvador, graças aos deuses, tá exatamente na hora certa. Antes que comece o Abandono de novo.

(bah, tá tocando ela agora...)

“There is no reason
for you to hide
It's so hard for me
staying here all alone”

Desligando..turning off. É muito bom perder a noção de Porto Alegre. Depois eu volto com saudades, encontro os amigos e pessoas novas que vão me alegrar ao longo do ano.

2005 foi lindo. Fodam-se os que reclamaram desse ano. Foi o melhor. O mais legal é pensar que é só um preview do que tem pela frente.
Não pretendo voltar aqui antes do retorno. Se isso acontecer, podem me chamar de loser.
Adeus

domingo, dezembro 11

da série: logs de amor

Dani Hyde diz:
ele colocava gelo na ceva, pra nao esquentar, pq tinha acabado o dinheiro dele
Dani Hyde diz:
quando eu vou encontrar um homem rico, gabriel?
gabriel. moço querido e bondoso. diz:
quando tu largar a chinelagem?
gabriel. moço querido e bondoso. diz:
mas os amores que fodem a vida são os melhores

sexta-feira, dezembro 2

oi.

Hoje é um dia de colher resultados.Pera que eu vou ver a sorte no orkut.

"Sorte de hoje: Uma surpresa agradável está à sua espera"

Pô, tomare!

Já pensei em como vai ser a PRT de Natal do ano que vem, vai ser especial Bowie também, mas vai ter uma banda tocando Bowie, a MINHA banda. E assim por diante, todo natal vai ser Bowie, até o dia que eu for milionária e trazer Deus pra cá.

Pra quem vai, boa diversão, vai ser inesquecível. Pra quem não vai, te fode. Pra quem não pode ir, tudo bem, eu entendo.

now playing: I´m Afraid of Americans - db

(I really am)

quinta-feira, dezembro 1

cansada, ansiosa. essas últimas semanas de 2005 vão me matar. resoluções demais. sombra e muita água, é o que eu exijo da Bahia.

tão acabada que não consigo dormir. uns 3000 graus lá fora.

fica aí uma declaração sábia de June Moon

"quando eu crescer vou ser uma linda piranha de sarjeta loira de cabelos enormes peitos inflados boca comprometedora buceta molhada e coração bem vazio... "

sexta-feira, novembro 25























já relaxei.
nada como parir de vez em quando.

surto.

eu, na minha lerdeza natural, nunca prejudiquei ninguém. e se por algum acaso eu me boicotei alguma vez, não lembro de ter sido traumático.

agora, se tem uma coisa que eu odeio, são pessoas sem comprometimento, que não cumprem prazo, que não estão nem aí pra nada além do próprio indivíduo. mesmo sabendo que vão ser recompensadas por aquilo.

quem vive atrasado que é descartável.

quinta-feira, novembro 24

Era pra estar na minha "ilha de edição", transformando AVIs em DVDs, mas falta a presença do meu tutor para esses assuntos, então um breve "hello" não faz mal.

Retrospectando, Vitor Ramil é o melhor músico do Brasil. Ponto. Não adianta eu fazer uma resenha de um show só de milongas, tem que entrar no clima. Descobrir o que reside na alma dos "gauchos" (sem acento) e dos habitantes de Porto Alegre.

"Minha guitarra, companheiro
Fala o idioma das águas, das pedras
Dos cárceres, do medo, do fogo, do sal
Minha guitarra
Tem os demônios da ternura e da tempestade
É como um cavalo
Que rasga o ventre da noite
Beija o relâmpago
E desafia os senhores da vida e da morte
Minha guitarra é minha terra, companheiro
É meu arado semeando na escuridão
Um tempo de claridade
Minha guitarra é meu povo, companheiro "

(Semeadura - Fogaça/Ramil)

***

Fui na festa mais bizarra da minha vida, tinha vídeos de cachorros tomando leite rolando. Tinha baratas no pátio do respiro (tá virando tradição esse lance de pátio do respiro, ouvi dizer que o Beco vai ter um qualquer hora, êêê), tinham pessoas com quem eu discutia Antonin Artaud. Lotada de mods (socorra!). O que me salvou foi o vídeo de Looking for a Kiss, do New York Dolls, o tempo parou, sabe. Nunca tinha visto os "bonecas" em ação, emocionante. Fiquei querendo uma bota igual do Johansen.

***

Minha coluna lombar fudeu, fudeu. Inflamação geral, fisioterapia e drogas. Será que algum dia essa carcaça vai conseguir passar pelo menos alguns meses sem maiores problemas?? Nunca vi, puta merda.

No post seguinte, estarão as informações pras próximas super dupper hiper lipper Poa Róque Town.


sexta-feira, novembro 18


Daniela Ribeiro comenta Tudo Acontece em Elisabethtown, de Cameron Crowe (o quinto homem do Led Zeppelin)

You're the feeling of hurting
More is what
I'm asking for
Little lies cross overboard
Wait for the crying
Love to aim at besides
Lever pulled
Go where you are little pond
Never be seen by your saw
We'll work it out
Now the feelings are right where you saw
Forever is right where we were
Never be clean
Lever pulled
Be where you are

(Lever Pulled – John Frusciante)

(Música que estaria no meu mapa/cd, caso eu fosse a Claire, e Drew estivesse cruzando a Califórnia, pós cena do "Fiasco".)

Não escrevo nada clínico, então ESQUEÇAM esse DETALHE. E parto do princípio que é um filme pra pessoas completamente abaladas pela "velocidade do som".

*

Pra nos situarmos, Elisabethtown está no ponto em que Singles parou. Almost Famous fez um retrocesso necessário, pra que fique bem claro de onde Cameron saiu, e o que ele tem a dizer. Mas o novo filme retorna ao presente, pra passar a limpo o que aconteceu com a geração dessa década, a nossa geração, que chegou à fase "adulta".

A película é uma sucessão de sarcasmos e verdades doídas jogadas na nossa cara. Comédia Romântica? Esse é o detalhe que eu chamaria de comercial.

É a vida por si mesma, engatando a primeira no fim do século XX, rumo ao século XXI.

Cameron exagera o tempo todo, mas a intenção não é ser caricata, ou ser caricata o suficiente pra que o telespectador observe os marcos, digamos, antropológicos da história.

Não podia começar diferente. I´M A LOSER BABY! SO, WHY DON´T YOU KILL ME? Um perdedor, descartável para o macro, devastado para o micro (trocadilhos hãn). A dificuldade absurda que é se inserir numa profissão decente, que traga um pouco de grana e reconhecimento. O quanto o indivíduo perde tempo e desgasta a sanidade tentando ser alguém na vida, competindo, competindo, competindo. E como a queda é fulminante!

Fulminante. Como se alguém da família morresse da noite pro dia. Família essa que o nosso herói colocou de lado, cometendo o erro clichê de tentar crescer fora de casa pra ganhar orgulho e respeito. Não conseguiu, e só vai conseguir quando volta ao núcleo. Clássico, mas nunca é demais reiterar isso. Seja com pipoca ou na Europa.

E do nada surge aquela pessoa que é chata pra caramba e a ânsia de se livrar dela vai se potencializando, até o momento que se percebe que ela é a única que te dá atenção.

O melhor assunto expressado no filme, na minha opinião, é a questão dos Substitutos.

"Substitute your lies for fact
I can see right through your plastic mac
I look all white, but my dad was black
My fine looking suit is really made out of sack"

(Substitute - The Who)

Porque um substituto não é uma classificação, é uma condição. É o que mais vamos ser e exigir ao longo dos dias. Desses dias em que tudo é efêmero, casual e descompromissado. Dias em que é tão difícil manter qualquer relacionamento, amoroso ou não. Os relacionamentos estão em decadência, e poucos conseguem ser promovidos da substituição. Levante a mão, quem ainda acha que esse quadro não é consequência da política economicamente aplicada desde os tempos da Revolução Industrial. Nossos ditadores destruindo vínculos e nos tornando uma sociedade mais confusa e descartável, era questão de tempo pra que o público se refletisse no privado.

De nada vale toda essa análise, porque o que eu senti mesmo nas cenas em que isso foi abordado, foi uma profunda angústia.

Seguindo em frente, Cameron nos dá a pintura da típica família de interior americana, tios e tias sem noção, conservadores, kitsch até o último fio de cabelo, e os nossos coadjuvantes prediletos, Jessie e o seu filhote.

Por mais antagônicos que possam parecer, Jessie (Paul Schneider) e Drew (Orlando Bloom) acabam se solidarizando pelo fracasso. Mais um soco nos republicanos de merda, mostrando que tanto faz vestir um terno ou usar cabelão, os tombos e frustrações são semelhantes. O sentimento é o mesmo quando se perde a perspectiva. A diferença é que os músicos, ou artistas em geral, são bestas e não deixam de acreditar. Acho que a idéia do diretor era fazer Jessie ensinar como ser "besta" pro Drew. A retribuição veio em seguida, com ajuda da substituta.

Hollie Baylor, provavelmente um dos papéis Top 5 de Susan Sarandon, transcende. Não há o que falar sobre ela, além de ser mais um personagem que ilustra a realidade contemporânea. Hollie é a Redenção, a catarse do filme, qualquer relação com o nome dado a ela não deve ser mera coincidência.

Confesso que a cada cena da Claire (Kirsten Dunst), eu me surpreendia, e surpreendia, e surpreendia. Não culpo os barbados por saírem do cinema desejando uma Claire. Exagerando, ou não, digo que é a personagem mais bem idealizada de qualquer história que eu conheço. Ela é chata, é autônoma, é fantástica, é imprevisível, é viajandona e viajada e é roqueira, tudo no mesmo lugar. Benzadeus. O Mapa!

A porção road movie do filme foi bem "the way I like it". O fato da música não rolar como tema panorâmico e sim como participante da história é um deleite. Acho que isso eu só vi lá atrás, no Vanishing Point (Richard Sarafian - 1971), que deixou a marca da dupla dinâmica Kowalski e Super Soul (um no Camaro 67 fudidão, e o outro no rádio tocando só as confirmadas da black music, respectivamente) pra sempre na minha vida.

A trilha sonora do filme me deixou louca, eu NÃO CONHECIA muita coisa, mas tudo bem, porque a maioria era bem "prole" do Neil Young. E, IN PAPAI YOUNG WE TRUST. Houve também mais uma enxurrada de Elton John, pra alegria da geral, e uns Tom Petty e até Ryan Adams. Depois que Tiny Dancer virou hino, Cameron ficou esperto e botou o hino do filme mais pra finaleira. Aconselho uma passada no site, pra quem gostou das músicas poder esclarecer a origem da maioria: http://www.elizabethtown.com/home.html

Concluindo, digo que o maior mérito do filme foi a apoteótica mudança de humores, de maneira drástica algumas vezes. É conseguir enxugar a lágrima e dar uma gargalhada (ou vice versa), é ficar satisfeito e acontecer uma desgraça, é se inserir na demência e ser racional em seguida.

É pra ver no cinema.

Depois compre os DVD´s de Singles, Almost Famous e este, quando lançar (alguém aí me explica porque roqueiros adoram trilogias?). E guarde bem pra mostrar pro seus filhos.
Semana dos grandes shows cults (de verdade)

Quinta (17.11)

Já que não pude ver o Sebastian Bach, porque ele queria minha alma, ele queria um ingresso de 60 reais, SESSENTA. E já passou a época que eu dava minha alma pro Skid Row, pro BEZZZ sozinho então nem se fala. Quem quiser ver como o rapaz está no fim da carreira dá um look no fotológue da Baby Doll, e veja o Doutor todo orgulhosão com o “loro” .

(nesse instante lembro de um funk do Tetine, “ele é loro, ele é muito bonito, cruzo cm’ele todo dia, na escada do ofício(...)arrepia o corpo todo e detona o seu míssil(...)rebola, rebola o popozão / rebola, rebola o minhocão(...)[sample de Billie Jean incidental]”, enfim, procure ouvir, é um clássico)

Voltando, já que eu não vi o “loro”, fui ver o Pingüim Elfman (redundante?), mais conhecido como Arthur de Faria, o locutor da Pop Rock, para muitos; o grande músico, arranjador, compositor e maluco, para poucos. Ele se apresentou no Ocidente, com o seu Duo Deno. Calma, é o nome do duo, ops, do quarteto que era duo, que o rapaz lidera.

Abriu pra eles a banda Relógios de Frederico. Depois de algum par de horas esperando (e decidindo fundar a comunidade no orkut “inauguradores de festa”; é, eu e Jules somos desse tipo que chega cedo), os Relógios entraram no “palco” do Oci e nos manteram boquiabertos por mais quase uma hora.

Não dá pra dizer que é experimentalismo, porque eles sabem o que estão fazendo. Então pense numa banda com guitarra, baixo, bateria (MONSTRA!), dois saxofones e uma flauta transversa. Não é Los Hermanos, pense que eles tocam esses instrumentos até o grito, “at maximum volume”. E vestidos com camisetas de times futebolísticos. E narrando gols.

A definição que me veio a cabeça foi: Uma banda que se juntou pra fazer a trilha sonora do Fever Pitch (aquele livro do Nick “Hi FI” Hornby, que virou uma bosta em mãos cenográficas erradas), PORÉM com direção do David Lynch (dispensa apresentações), e produção do Angelo Badalamenti (A Estrada Perdida).

Não sou usuária de ácido. Mas investiria nesse filme.

Quando já estava babando começa o Duo Deno. Eu já havia visto o show uma vez, foi um pouco mais forte eu diria. O Arthur é um gênio, da raça dos gênios que eu mais odeio. Os que chafurdam as feridas femininas, os que tiram a casquinha bem devagar pra ver o sangue vertendo. Odeio, porque me seduz na primeira frase.

Mesmo fazendo releituras de músicas já registradas, consagradas e afins, ele consegue usar a mesma roupa em diversos bailes e ainda ser chique. Deu pra entender?

Adoniram Barbosa, Raul Seixas, Lou Reed e até Caetano Veloso. O Arthur não mudou o sentido de nenhuma, mas potencializou, todas as letras, todas as melodias e todos os desesperos.

É um show que termina. E começa a tocar no playback “Dois Barcos”, e o QUATRO todo do Los Hermanos. Pare pra pensar.

Aponta pra fé, e rema, meu filho. Rema, que o barco vai longe.

“É, pode ser que a maré não vire
Pode ser do vento vir contra o cais
E se já não sinto teus sinais
Pode ser da vida acostumar”

(Dois Barcos – M. Camelo)


Amanhã o barco segue com Vitor Ramil e o show novo. Volto pra contar.

“eu vou lá
que andar é reconhecer
olhar
eu preciso andar
um caminho só
vou buscar alguém
que eu não sei quem sou”

(Primeiro Andar – R. Amarante)

quarta-feira, novembro 9

queria escrever algo hoje. só porque assisti Easy Rider de novo.

só que comecei a ouvir Damien Arroz, de novo.
daí que não tem mais nada.
meu melhor texto tá aí embaixo.

deixa eu fazer cumprir depois eu volto.

mas, damn it! o que É essa melodia! queria muito muito muito muito tê-la composto. só o compasso do "tell it like you still believe" já me realizava como instrumentista.

odeio quando eles falam comigo, e só tem eu por perto pra comprovar.

segunda-feira, novembro 7

Homenageando minha mais nova obsessão (atrasada mil anos, as usual)

AMIE
(d. rice)

Nothing unusual, nothing strange

Close to nothing at all
The same old scenario, the same old rain
And there's no explosions here
Then something unusual, something strange
Comes from nothing at all
I saw a spaceship fly by your window
Did you see it disappear?
Amie come sit on my wall
And read me the story of 'O'
Tell it like you still believe
That the end of the century
Brings a change for you and me
Nothing unusual, nothing's changed
Just a little older, that's all
You know when you've found it
there's something I've learned
'Cause you feel it when they take it away hey hey
Then something unusual, something strange
Comes from nothing at all
But I'm not a miracle and you're not a saint
Just another soldier on a road to nowhere
Amie come sit on my wall
And read me the story of 'O'
Tell it like you still believe
That the end of the century
brings a change for you and me
Amie come sit on my wall
And read me the story of 'O'
Tell it like you still believe
That the end of the century
brings a change for you and me

******


Eu sei que quando não acontece nada, tudo parece mais vazio. Mas é impressão sua, Amie. Olha só o que você fez, a fé que você trouxe, e nos fez acreditar. Hoje eu acredito por sua causa, minha amiga.

Vem cá, senta aqui comigo, vamos olhar um pouco pro céu e ver o que acontece, as nuvens se formando assim, se juntando assim, acinzentando o céu e chorando suas tristezas. A tristeza é um pouco ilusão sabe, ela passa e a gente nem percebe. Nem existiu.

Ela vai escoando, devagarinho, e a gente vai enxergar aquele brilho de novo.

Sabe aquele livro que você deixou de ler? Então, vai lá e assopra a poeira. Chegue até o fim, as obras inacabadas nos frustram tão mais quanto os finais que decepcionam. Um final é sempre uma satisfação, ou um alívio. Permita-se interpretar! Não deixe pra mais tarde, ou pra nunca mais.

Olha pra cima. As nuvens, Amie, elas gritam por atenção, não passam despercebidas. Elas são como nós, ninguém passa despercebido. Aproveita e chora também, porque o pranto das nuvens vai dissolver o seu, e quando acabar, a gente fica leve e desliza com o vento.

Alguma vez eu te deixei pra baixo, minha amada? Me desculpa, por favor. Porque se você não me perdoar, eu terei que carregar isso pra sempre, não saberei que foi um erro, e vou repetir e magoar mais pessoas. Não quero ser alguém que magoa e segue em frente impune. Briga comigo, me dá um tapa de alerta, mas deixa uma vaga pra eu te fazer sorrir em alguma outra hora.

Esse muro não é muito forte, sabe? Olhando daqui tudo parece mais simples. Mas se ficarmos sentados apenas, as outras vidas nos parecerão tão mais fartas. E esse muro, ele vai ruir.

Vamos caminhar e deixar que os outros nos observem também? Eu sei que você gosta desses sapatos, mas quem sabe, de repente, descalços a gente possa sentir mais coisas. Vamos nos descalçar e viver isso, por minutos, assim, à flor da pele?

Que bom que você aceitou, viu? Não é difícil.

É verdade que às vezes machucam os pés, fica complicado de andar, até sangra se o passo for mais firme. Mas isso acontece quando estamos inseguros, meu amor. Preste atenção e perceba que é o solo que está debaixo de ti, e não o contrário. Entendeu essa?

Tem mais uma coisa que é muito importante, preciso lhe dizer:

Amie, quando você abrir os olhos, talvez possa se assustar, ou não. Você entende tudo como ninguém.

É, tem um lago aí na nossa frente, e ele nos reflete. Os pés meio machucados, as roupas um pouco puídas, os cabelos desgrenhados (você gosta assim, não é?). Mas somos nós, Amie. Somos nós. Essa multidão de pessoas em uma só.

domingo, novembro 6

you can´t hurry blog

Então nem divulguei a festa. foi legal, meio fraca, mas sonoramente perfeita. é o que vale.

Sim, o furacão..ele devia ter o nome de Róque Town, eu acho. Até porque ele quase levou o evento embora.

Aqui na rua rolou surf de árvore, minha área de serviço inundou (moro no sexto andar), e o elevador ainda está quebrado, ele funcionou por algumas horas, e eu tive a experiência de andar num elevador pós-molho. Assustador.

Eu ia escrever algo importante e esqueci.

É o astral dos últimos dias.

domingo, outubro 30

Mundo torto.

Dear diary, o Beco está muito lindo, agora temos um segundo andar grande e perfeito pras pessoas interagirem longe da agitação, e verem os rostos maculados no “vem cá meu béin” da pista.

A Poa Roque Town tem que encher, e ficar brilhante igual foi a PULP ontem. Façamos o mantra sagrado.

Segunda é meio último dia de trabalho sistemático, ninguém mesura minha felicidade. Minha cabeça está mais povoada do que o normal, cheia de idéias e projetos. E agora tenho terapia pra me ajudar a organizar, realizar e finalizar os mesmos! YAY!

No outro lado do ringue está um coraçãozinho, no 15º assalto, pior que o Rock Balboa, o que vai acontecer agora é um mistério. Tensão, expectativa, esperança.

Eu particularmente odeio esperança. É sempre essa merda que estraga tudo. Não se deve esperar, deve-se fazer, ir até o fim (é, velho Buk), se funcionar é a catarse, senão, amanhã te arranjam outra luta. Ou tu, besta que é, arranja sozinho.

Descobri que a minha vista direita está embaçada, dia desses, fazendo cocô de porta aberta e tentando enxergar o relógio no quarto da minha mãe, alternando a vista. Meu olho direito está muito fudido, só digo isso. Nunca pensei que teria problemas de visão de novo (qdo era pequena eu tinha, mas quanto menos usava óculos mais diminuía o grau até sumir), e eu realmente não me vejo enxergando através de lentes artificiais de novo. Eu de óculos é muito improvável, muito improvável.

A sexta feira foi boa como em muito tempo não era. Obrigada.

segunda-feira, outubro 24

I need some salvation, part II ou a menina (do filme de horror) que sempre corre pro lado errado.

Como alguém consegue realizar tantas coisas ao mesmo tempo, e ainda sobra uma “reba” pra momentos de desespero?

[momento sem falar de eventos e “randomicidades”, yes, oh meu diário]

Não funciono como mulherzinha, viro verdadeira incapaz. Melhor voltar a ser predadora, manter a fama de má e botar medo. Eu e a Excalibur. Só a pessoa certa vai tirar da pedra.

Acabo de perceber uma infâmia. Azar.

(tocando “não me mande flores”, do De Falla. sabe aquela? que o refrão fica repetindo: eu não amo você, eu não amo você, eu não amo você , eu não AMOOOOO...essa música me deixa encantada, porque o fato de ele repetir tanto, acaba fazendo você matar a charada, é o esforço que vale, não que vá funcionar)

A hiper-responsabilidade com o núcleo está aumentando (entende-se por casa, família e filho), e com os eventos também. Sem perceber fico cada vez mais isolada, sozinha, sozinha, sozinha. Um hiato no mundo.

Quero meus amigos de verdade de novo, quero amar de verdade de novo. Chega de buracos e fantasmas. E ilusões.

“Wishing I was stronger - wishing I was whole
Wishing I was someone that I'm not
And I wish that I could linger to the faith I used to have
Wishing of myself to be a god
I'm wishing to be a god!

(Daniel, o de sempre)

quinta-feira, outubro 20

Dani Krugets perseguida pela DRTE diz:
dani
Dani Krugets perseguida pela DRTE diz:
tens fotos do teu parto?
Dani Hyde - www.fotolog.net/danihyde diz:
olá
Dani Hyde - www.fotolog.net/danihyde diz:
não!!
Dani Hyde - www.fotolog.net/danihyde diz:
hahaha
Dani Krugets perseguida pela DRTE diz:
não?!
Dani Krugets perseguida pela DRTE diz:
hahah, que junkie!
Dani Krugets perseguida pela DRTE diz:
ehhe
Dani Hyde - www.fotolog.net/danihyde diz:
tá louca
Dani Krugets perseguida pela DRTE diz:
ia querer ver
Dani Hyde - www.fotolog.net/danihyde diz:
fotos do parto??
Dani Hyde - www.fotolog.net/danihyde diz:
nah, nem quis filmar
Dani Krugets perseguida pela DRTE diz:
pq
Dani Krugets perseguida pela DRTE diz:
partos são massa, a dor real e pá
Dani Hyde - www.fotolog.net/danihyde diz:
fui egoísta. só eu e o zarpa sabemos como foi
Dani Hyde - www.fotolog.net/danihyde diz:
se liga, sua hippie!
Dani Krugets perseguida pela DRTE diz:
ahahaha
Dani Krugets perseguida pela DRTE diz:
eu é que sou louca depois
Dani Krugets perseguida pela DRTE diz:
tá bom
Dani Hyde - www.fotolog.net/danihyde diz:
mas tu é louca!
Dani Krugets perseguida pela DRTE diz:
pq?
Dani Hyde - www.fotolog.net/danihyde diz:
pq tu quer ver fotos?
Dani Krugets perseguida pela DRTE diz:
ah, sei lá, tava olhando teu flog,
Dani Krugets perseguida pela DRTE diz:
daí pensei
Dani Krugets perseguida pela DRTE diz:
"que caras será q a Dani fez na hora de mandar ver no neném"
Dani Krugets perseguida pela DRTE diz:
assim, pensamento veio
Dani Krugets perseguida pela DRTE diz:
nào deu pra conter
Dani Hyde - www.fotolog.net/danihyde diz:
huahauhauahu
Dani Krugets perseguida pela DRTE diz:
vai dizer!?
Dani Hyde - www.fotolog.net/danihyde diz:
ai cara, vou publicar isso

Highway to (from) hell


"Vai rolar a excursão pra ver IGGY POP & STOOGES, SONIC YOUTH, FLAMING LIPS, SUICIDAL TENDENCIES, NINE INCH NAILS e outros, em SÃO PAULO, no dia 26 DE NOVEMBRO.

Saída de Porto Alegre no dia 25 de novembro, sexta, lá pelas 11 da noite. Volta assim que acabar o show. Sim, o popular BATE-E-VOLTA. Banho é na estrada. Na noite de domingo, 27 NOV, já estaremos em Porto Alegre."

se liga no "banho é na estrada".

Links pra que te quero.


Que eu sou leitora assídua e doente de blogs, todo mundo já sabe.

Hoje aconteceram coisas muito legais, que provam a FORÇA histórica que a Internet (e os blogs eou afins) tem sobre nós (eu já sabia disso, mas hoje foi mais, entende?).

Primeiro recebo um email de um amigo, veja bem, um amigo culto, e inteligentíssimo (obviamente menos geek do que eu), com a gravação da entrevista do traficante a favor do SIM no referendo , dizendo estar em dúvida sobre a veracidade daquilo. Bem, logo no início a entrevistadora diz que faz a matéria para o Cocadaboa, e eu já sacando ouvi tudo dando gargalhadas. Daí eu resolvo entrar lá pra confirmar a fraude, e me deparo com "uma pá" de jornalistas enganados, bobos, na casca do ovo. Nunca respeitei o Cocada, mas essa foi boa, cara. Valeu!

*
O Insanus pra mim vale mais do que ler qualquer jornal. Em todos os aspectos da vida. Só falta eles começarem a divulgar minhas festas, frequentarem e saírem por aí dizendo que são "trimmmassa".

Através do Insanus, mais precisamente no Martelada e no Entre os Cátaros, haviam links para um BLÓGUE, que ESSE CARA, em São Paulo, criou para se comunicar com o filho dele, em Porto Alegre.

Bem, dêem uma olhada lá, e escrevam sobre suas emoções ali nos comentários (boh, eu pedindo comentários, hein!). Ou apenas vá ali no banheiro assoar o nariz e enxugar as lágrimas, pra fingir que é durão. Não sei o que mais falar sobre isso, com medo de estar invadindo a privacidade dos outros. Mas foi a coisa mais linda que já pude "assistir" na grande rede.

Hyde, pensando no que pode criar de útil e enriquecedor pra tirar o Vince do site da Xuxa.

domingo, outubro 16

O_O

Oh You Pretty Things e Life on Mars.

Sim, João Perassolo tocou ontem na Noisy, direito a coros bêbados chorões e tudo. Começou a revolução.

sexta-feira, outubro 14

I spoke to a man
down at the tracks.
I asked him
how he don't go mad.
He said "Look here junior, don't you be so happy.
And for Heaven's sake, don't you be so sad."

(T.Verlaine - Marquee Moon)


Preenchendo o vazio.
Cada vez mais avulso na multidão.
Não dá pra se contentar com o equilíbrio.
Ao mesmo tempo não dá pra aturar pessoas descontentes.
E desequilibradas.
Quero ver quando não tiver mais o que fazer.
Daqui a pouco dá pra assumir.
Não consegue ficar sozinho.

quarta-feira, outubro 12

Hmmm... hmmmm... hmmmmm (pseudo Kurt Cobain no Last Days)

Olha, cansei. Nunca pensei que poderia sentir dor nas costas antes de acabar a festa, aconteceu ontem, depois do terceiro ato.

Ninguém descobriu quem estava tocando aquele set altamente do mal na DISTONIA. Eu avisei.

Drown – Gravitty Kills
Slept so long – Orgy (QOTD ost)
Sebastiane – Sex Gang Children
Last – Nine Inch Nails
Tainted Love – versão My Ruin
Paradies – Calva y Nada
Dead Man Walking – David Bowie
Down in the park – versão M. Manson
How soon is now? – versão Snake River Conspiracy

E continuou nessa linha. Cover XXX-Hard de clássicos da dark wave. Delí.

Depois saí correndo pro Circuito. Lá eu toquei coisas boas como a versão pra Hateful (The Clash) do No Doubt e coisas TOP-dated (como diria meu sócio Jotapê) como 7 nation army. E ainda tive pedidos de Erasure e Miss Kittin. Não, claro que não tinha.

Back to NEO...momento “os 80 fuderam meu cérebro”, dancei um pouco, fodi a coluna, e vim pra cama.

*


Ainda essa semana:

Noisy (15.10) – especial Toca Strokes no Garagem. Meu descanso vai ser escabelando-me nos sons do Is this it (já falei pra alguém que nem gosto do Room on fire?), enquanto Jotapê e Jaspion trabalham.

Dia do Flamingo (16.10) no Beco

Lá vai a Dani (Hype?) cdtecar na festa mais anti-tédio do domingão. Nas parcerias ainda a Gi, que brilhava nos anos áureos do Garagem (e usava calça xadrez nos 90, como eu, me disseram), Rodka e Brunicos engrenando a moda dos super covers legais.

*

Semana outra aquela:

22.10 no Beco - Festa de encerramento do I festival de cinema fantástico de porto alegre. Realização: Poa Roque Town.

Tem a manha de curtir as trilhas sonoras mais *&%#%¨(& do mundo?

Só com especialistas no line up (menos eu). Na seqüência, maiores informações.

*

Na outra: ainda não sei. Muito ocupada resolvendo a Róque Town de novembro, dezembro e fevereiro. por que fevereiro? wait and bleed..ops see.

*


Vida pessoal: Ãhn? O que é isso? Meu nome é Música.

sexta-feira, outubro 7

olê- lê!

Essa noite eu sonhei que a Róque Town era uma super produção, num lugar enorme e cheio de gente. Bem que podia ser uma profecia a curto, médio e longo prazo. Também sonhei que estava num romance tórrido com um amigo do meu irmão. Bem que pode não ser uma profecia.

Bem, vamos lá..começou a maratona, só lembrando:

Poa Róque Town > Bandas Gringas no Brazil em 2005
7 de outubro, sexta, 23h
Beco (João Pessoa, 203)
R$ 10 (consome R$ 4)

obs: se não for, é porque ficou com uma cenoura entalada no cú.

Faça parte da nossa comunidade:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1310692

quarta-feira, outubro 5

vivendo só de p.o.s.


eu sei que é chatíssimo ficar colando letras de músicas aqui. mas de repente, se eu traduzir e colocar num formato de texto, dê pra perceber que escrevo isso aqui como se estivesse saindo de mim, aqui dentro.

"E então, depois de tudo sou levado a despertar de novo, procurando um amor que deveria fazer com que eu me sentisse livre, aqui dentro. Mas então ele prova ser algo que me fere quando nos tocamos. Eu sigo em frente, me perco.

No entanto, estou tentando por demais me sentir liberto, pra acabar com essa sensação de frio. E todo dia eu sigo minha reza: alguém pra provar e abraçar. Me sinto vivo durante o exato segundo em que eles sorriem e encontram meus olhos. Mas poderia chorar, porque estou despedaçado, aqui dentro.

VENHA e AFUNDE comigo! - a MARÉ vai nos varrer pro nada!

E você verá que sou viciado em minha honestidade. Confiança! Porque apesar de tudo, foi ser honesto comigo mesmo, que me trouxe aqui.

Mas perdi o controle e não sei se sou sincero com minha alma.
Perdi o controle e não sei se sou sincero com minha alma.
Perdendo o controle e não sei se sou sincero em geral.

SEMPRE SEREMOS MUITO MAIS HUMANOS DO QUE DESEJAMOS SER..."

(Beyond the Pale - D. Gildenlöw)

terça-feira, outubro 4


Talvez isso seja longo, muitas pululações.

Primeiro de tudo, eu voto NÃO.

Não à impossibilidade de comprar uma arma, se eu quiser e realizar que assim estarei segura.

Não à dissimulação das propagandas hipócritas com mensagens de paz. O Lobão, num momento de elucidação extrema, disse uma vez, algo do tipo: "Nunca deixou de haver guerras no mundo, não sei porque ficam pregando paz por aí, o belicismo é inerente ao homem".

Não à imobilidade da segurança brasileira, mais fácil ficar enrolando o povo com plebiscitos de tendências claramente MERCANTIS, do que gastar mais dinheiro protegendo o cidadão. O referendo serve de DESCULPA pra polícia ficar de braços cruzados. Lembrando que a polícia faz parte do Estado.

Mas o EXÉRCITO não, meus colegas. E alguns meios de comunicação já disseram, bem baixinho, que esse tipo de "ação pacifista" serviu como manobra pra golpes militares em outros países.

E o mais ÓBVIO:

NÃO, porque desde seu descobrimento, quem tem o FOGO, tem o PODER.

Em outras palavras, os membros dos quais as armas deveriam ser retiradas, permanecerão a postos, e alertas.

Eu simplesmente não posso aceitar que a ultra-violência de Kubrick virou uma espécie de profecia.

Hey, peraí! Será que alguém ainda lembra de correios, mensalões e afins?

RÁ. Espero que não fui a única a notar.


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Outra indignação.

Nunca gostei daquela chamada do The O.C. sabe...aquele "Californiaaaaa" me irrita a ponto de querer mudar de canal. Logicamente, eu nunca assisti. Mas me apresentaram um site bem esclarecedor pro quadro atual da cena "róque".

www.musicfromtheoc.com

A página já abre tocando Rock'n Roll Queen, do Subways. Eu abri álbum por álbum, olhei a época de lançamento, e refleti.

QUE MERDA DE REVOLUÇÃO INDIE É ESSA SE TODOS OS HITS SAÍRAM DE UMA PORCARIA DE SERIADO DO WARNER CHANNEL??? SE MÚSICOS JÁ CONSAGRADOS LANÇAM SEUS SINGLES NESSA MESMA PORCARIA DE SERIADO???

Nunca fui muito chegada nessa idéia, de que toda semana tem uma banda nova nas paradas. Sou da época que se comprava um disco e ficava ouvindo as mesmas 10, 13 canções por meses, e curtindo, e cantando, e tocando com os amigos.

No mundo indie isso não acontece. O exemplo está no mesmo 9 Songs de sempre. O casal nota 10 em sexo e nota 0 em vida real vai em 8 shows na Brixton, e eles não cantam nenhuma música, NENHUMA. Tudo bem que a gente vai a shows pra conhecer bandas e nem sempre sabemos as letras e etc. Mas o diretor não se preocupou em fazê-los fãs de pelo menos UMA banda...Porra! Nem o refrão de Moving On Up (Primal Scream)!

Ok, tudo isso era só pra dizer que agora eu sei da fraude O.C., e tirando o Franty e o Gabriel, não acredito em mais ninguém que me apresente um som que "descobriu". Ou melhor, vou começar a assistir a série, de repente eu descubra coisas..e sempre achei o moreno gatinho, adivinha se não é ele o cara que ouve músicas.

Importante: Não tô falando mal das bandas, só questiono a qualidade e longevidade. Qualidade principalmente, e sincera. Porque em 77 houve grandes bandas relâmpago, com um legado eterno.

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Assisti ontem os shows de Walverdes, BBQ & King Khan e As Cobras Malditas!

Walverdes é aquele lance. Meus ouvidos ja estão velhos pra esse som.

BBQ & King Khan arrasaram, show de róque, feeling puro, alma, diversão. Rolou até uma performance paulista no meio dos gaúchos blasée que não dançam, mas não entrarei em detalhes, quem viu, viu.

As Cobras Malditas! foram prejudicados pelo horário, cansaço e esses tropeços de turnê. Mas o som é bem competente. Não gostei do vocalista. Vocalistas doidões são uma coisa muito datada. Jim Morrison morreu. Não curto muito composições em inglês também. Acho que escrever em inglês é fácil, e róque em português é um desafio que eu respeito.

Mas eu quero ver de novo, sem cordas arrebentadas e com mais disposição.

E sem ser na segunda feira, por favor. Operários do rock trabalham durante o dia.


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Adentrei o "The L Word". Estou em dúvida se escolho a Shane (ou se SOU a Shane) ou o Mark. Não sabe quem é Mark? Ah tá, baixei a segunda temporada também. Vício.


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Semana muito louca de outubro, tá um agito só.

05. eu vou: Quarta no Garagem - Thunderbird com os DEVOTOS NSRA + Identidade. Foda, eu pixava "devotos" nos meus cadernos aos 15 anos.

Aliás, o Thunder estava lá no Jekyll ontem, o Miranda também. Vou confessar, me senti numa festa em São Paulo.

06. queria: Quinta no Jekyll - Brigite - banda 60´s do Stephen Malkmus, ops, Roberto Gazzana, um parceiraço. Confio nele, deve ser boa a banda. no Garagem - Autobahn (releituras de Kraftwerk) e A red so deep (rock de mulher)

07. Sexta no Garagem - Matanza - e Superguidis em Guaíba - mas não tem como, porque, mes ami, temos o retorno e a revolta da

POA Róque TOWN - Bandas Gringas no Brazil 2005

Pelos meus palpites, teremos fila de novo, e vai ser uma delícia terminar o set com Martius/Nauticus II (PAIN!!)

Sábado eu pretendo dormir.

Domingo também.

Segunda vão me fazer trabalhar.

11. Terça na NEO - DISTONIA, quebrando tudo, dia das crianças trevoso-purpurinado - no Circuito - Eletro Rock, onde eu serei Dj convidada pra tocar só música de mulher.

Ah! E tem a BIENAL que já começou, a cidade está dominada pela arte.

Jogação é pouco. Espero ganhar dinheiro com isso um dia.

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Ninguém me segura. Até esvaziar.

quarta-feira, setembro 28

Considerações sobre o melhor show do ano

"yes
I am in love
I wanted to
find out
right?
...but...
in love
with whom
or with what?
to love to a city
to the flesh
to the past
to the laugh
uncontrolled
to myself again
and suddenly I know
that this is dangerous"

(remedy lane – P.O.S.)


Realizei um sonho. Um sonho grande. Fui num show do Pain of Salvation.

Sim, eu gosto de róque cru, de Beatles e Stooges, e digamos, o lado mais simples da vida.

Mas o lado complicado me fascina de uma maneira que não se explica. O P.o.S. trouxe isso pra música, e o que eles fazem é insuperável.

Agora, tentando não lamber o cú deles e falar um pouco sobre o espetáculo:

Introdução: Vale lembrar que era um show de metal, independente de como eu interprete o P.o.S., o que significa que fiz uma viagem no tempo de volta aos meus 13 anos. Há tempos não via aqueles formigueiros de camisa preta, hordas bradando hinos ininteligíveis e balançando a cabeleira, e milhares de lml everywhere.

Quando o Evergrey entrou no palco que eu senti o drama. Guitarreiras ensurdecedoras, uma bateria prestes a desintegrar no maior estilo "pedala, lorão" (o batera era uma figura nórdica, loura, alta, viking, e usava uma calça de vinil, é, eu gostei). Eles sim são heavy melódico genuíno*, cheia de punhetices e afetações, beirando o hard rock. Mas como ex-headbanger pude me divertir bastante até..isso antes de começar os BIS, RE-BIS, RE-RE-BIS..aaaah!

Mas uma hora tinha que acabar

Pra início de conversa, depois que o Evergrey saiu do palco com seus equipamentos, a gente não viu roadies, a gente viu, respectivamente o baterista e o tecladista do P.o.S. entrando com seus cases e sacolas pra montarem seus instrumentos. Tirando as bandas independentes de verdade, eu NUNCA vi uma banda de renome montar suas coisas.

Mas sabe, as guitarras e baixos tiveram roadies, eram dezenas pelo palco, perdi as contas. Tinha um apartamento mobiliado em cima do palco. Mais de U$ 50 mil, tranquilo.

Os "guris" se retiram do palco, e começam os arranjos orquestrados para o Perfect Element I, terceiro e grande álbum dos caras. Isso tudo aconteceu em no máximo 20 minutos. Visto o atraso da primeira banda, que começou às 23.30hs, num show marcado pras 21hs.

Começou com Used, que tem uma introdução que te derruba no chão nos dois primeiros acordes. O que me derrubou foi ver o Daniel em carne e osso, acho que eu entendo a histeria das fãs de beatles agora. Claro que é um fanatismo um pouco mais fundamentado, mas é fanatismo igual.

O protagonista da nossa noite magnetiza a tal ponto que tu não consegue tirar os olhos do palco (nem quando o Juliano diz "o guitarrista do Evergrey tá quase te carcando por trás"). Não pensei que ele fizesse estripulias no palco, pulava como um Mike Patton, gesticulava como um James Hetfield em início de carreira, se emocionava como um Rodrigo Amarante, era engraçado como um Lucas Pocamacha.

Mas tocava e cantava melhor que todos eles, melhor que todos, enfim. MELHOR.

Eu comparei bastante com Los Hermanos, a questão dessa relação com o público, hipnotizado, cantando todas as músicas, celebração pura. Só que estou falando de músicos suecos (todo mundo sabe que a Suécia só dá bons frutos), com um leque de influências e conhecimentos um pouco mais além dos meninos brazucas.

No momento HIT, a masterpiece deles é Undertow. Bem, nessa hora eu chorei muito e percebi que desafino pra caramba quando estou emocionalmente fora de controle.

Os outros rapazes da banda foram um escândalo também, não tem o que ficar explicando a respeito, senão vou me tornar uma chata. A única coisa que posso dizer é que eles superaram a perfeição que é em estúdio, não deixando um barulhinho sequer pra trás. Muitos méritos pro Fredrik, tecladista careca que parece o Billy Corgan, pro Kristoffer, o mano do HOMEM e baixista, dono do baixo fretless mais lindo que já vi, e pros dois Johann, baterista e guitarrista, leões no palco, e gatinhos pessoalmente, de tão doces e atenciosos. No final de tudo, a Van foi embora, e o Johann baterista (o Langell) ficou pra trás, desmontando seu bebê, depois saiu ali fora e ficou papeando com a gente até irem buscar o menino. Os bateristas sempre se fodem.

Por falar em se fuder, um grande VÁ TOMAR NO CÚ pra Hellion Records, que fez uma divulgação de MERDA, marcou show em todas as cidades em dias que já haviam outras bandas se apresentando (RJ e SP - Slipknot / RS - Magical Box, cover gringo de Genesis, sim, algumas pessoas respeitam ese tipo de trabalho, eu não), botou o ingresso pra vender apenas a QUATRO dias da apresentação. E ainda por cima, não pagou avião pras bandas, que estão fazendo a turnê toda de busão. Pense nuns caras que viajaram de ônibus por 27 horas Rio - Porto Alegre, pelas estradas lindas desse Brasilzão véio, dormem 3 horas, apresentam um show PERFEITO, e ainda têm gás pra darem autógrafos e serem gentis.

VÁ TOMAR NO CÚ, HELLION RECORDS.

Pra finalizar, confesso que estou mais obcecada pela banda agora. Hoje por exemplo, ainda não consegui ouvir outra coisa. Não tiro a imagem do monsieur Daniel da cabeça, e a sensação de que ele é o ser mais iluminado do mundo. O que eu senti AO LADO dele, está enquadrado naquele meu vocábulo preferido: INDIZÍVEL.

*o Juliano diz que eles não são melódico, porque não há crossover de clássico nas músicas.
pra mim, tudo que tem muita nota é melódico, no mal sentido.

Obs 1: depois que desvendar uma maneira de postar as fotos e o vídeo que o Jules fez, aviso aqui, num Update, claro. O novo hype.
Obs 2: essa coisa de meta tags dá a maior preguiça, as palavras, bandas ou afins que alguém achar interessante. vai lá ó: www.google.com

sexta-feira, setembro 23

Well, eu havia escrito um parágrafo, mas não tá aqui. Era algo sobre como Chet Baker é parceiro, etc etc etc.
UPDATE (estou adorando updates ultimamente): olha ele aqui.
Just Friends & I get along without you very well
As duas ironias do Chet comigo hoje. Quem sabe agora que eu tô parando de fumar dá pra aprender um instrumento de sopro. E aproveitando as resoluções, comprar cordas pro violão, e uma ponte nova, e lixar o braço e...(jogar no lixo e comprar um novo seria a saída, se ele não fosse um Gianini clássico 1982, onde eu aprendi a tocar as minhas quimeras de amor e ódio).
*****

"'Cause everybody knows (She's a femme fatale)
The things she does to please (She's a femme fatale)
She's just a little tease (She's a femme fatale)
See the way she walks Hear the way she talks"

(Ouve o jeito que ela fala! Nico me carregando mode on)

*****

Marina descobriu que independente da vontade dela, o mundo continua girando pros outros viventes, e o fato de que algumas esperanças têm que morrer por definitivo é latente.

- É igual o cigarro, ele é nojento, fede, tu nem chega na metade e já sente o estrago que faz, ele não tá nem aí pro que vai acontecer contigo. Mas o vício faz as honras, e tu ainda espera, débil, ninguém estar olhando, pra ir ali acender a brasa de novo.

Mas o cigarro já tá perdendo, pros doces, mas perdendo. No final, qualquer problema some com os doces.

*****

Resoluções do período:

- gastar somente com shows locais, e só ir em festa que vou ter retorno financeiro.
- consultar os médicos que faltam.
- tirar logo essa porra de carteira.
- botar o filho em alguma atividade extra curricular antes que ele vire um DDA de catega.

Confirmações:

- Fim de Ano em Salvador "having fun with the family", de banda em alguma praia calma e paradisíaca. Vai ser muito bom, de qualquer forma. No ano passado descobri que sair daqui por uns tempos é a melhor coisa a se fazer de quando em vez (não, retificando, o ano passado foi bem acima dos padrões normais de "melhor coisa"). E fecha um ciclo, ou abre outro. All tomorrows partie´s, you never know..

quarta-feira, setembro 21

"Dahling! A man in love is incomplete until he gets married. Then, dahling, he´s finished!" (Zsa Zsa Gabor)

"Falling in love again
Never wanted to
What am I to do?
Can't help it

Love's always been my game
Play it how I may
I was made that way
Can't help it

Men cluster to me like moths around a flame
And if their wings burn, I know I'm not to blame" (Linda Rondstadt)


Eu finalmente assisti Anjo Azul (Blauer Engel - 1929). A Dietrich pra mim era só um amontoado de imagens até então.

Até então.

Ela canta mal pra caramba, mesmo sabendo que essa declaração pode brotar o ódio de quem lê.

But the eyes.

E a voz também.


Sem cantar, lógico.

E as pernas.

E...ah. Dietrich.

Filha dos 80, o que ainda mais me lembra a Rainha do Mundo, é uma outra Rainha, vestida de homem e cantando "Like a Wirgenn". Foi ali que me interessei em conhecer a dona das sobrancelhas finésimas.

As mulheres que falam alto e grosso sempre tem uma trajetória mais "fulminante" que as demais, isso no showbizz fica bem claro.

***

On the Edge (2001)



Filme mais legal dos últimos tempos. Total conveniente.

É a história de um jovem que tenta se suicidar, e sobrevive. Segue para um centro terapêutico onde conhece vários amiguinhos suicidas da sua idade e se apaixona por uma louca. Até aí tudo bem. Clichê.

Mas é bacana atentar-se nas verdadeiras patologias e histórias de cada um. Inclusive as tiradas hilárias com o psiquiatra.

O protagonista é o Cillian Murphy, gato profissional e cult, que atua no Batman Begins como Dr. Jonathan Crane. E tem uma das melhores bocas do cinema.

O doutor é o Stephen Rea, que fez Traídos pelo Desejo (Crying Game) e tem aquele tipão irlândes muito estaile.

Acabou o momento Ramon versão calcinha.


***

Explosions inside. Remains everywhere

Não gosto de machucar ninguém, só faço isso como reflexo ou consequência de algo bem pior.

Um animal.

Você desiste cada vez mais de conviver com as pessoas à sua volta quando alguém vira e diz:

- E o mundo real? Quando tu pretende voltar pra ele? Sua terapeuta não diz isso? Pra você viver a realidade?

...

À merda com a realidade imposta.

Vontade de chorar e não sai nada, devo ter secado por aí. Perdi em alguma guerra de bexiga d'água.

Um suspiro e olhos sempre adiante. Vou ali trabalhar sem vontade e preparar as festas, que estarão inversamente proporcional ao meu ânimo.

Prometo tingir os cabelos, me depilar, ir maquiada e de saia, nas duas.

adiantando

07.10 - Poa Róque Town, no Beco

11.10 - DISTONIA, na NEO


Logo, flyers e afins.

segunda-feira, setembro 19

"O homem solitário é uma besta ou um deus." (Aristóteles)

SOCIOPATIA


As características dos sociopatas engloba, principalmente, o desprezo pelas obrigações sociais e a falta de consideração com os sentimentos dos outros. Eles possuem um egocentrismo exageradamente patológico, emoções superficiais, teatrais e falsas, pobre ou nenhum controle da impulsividade, baixa tolerância para frustração, baixo limiar para descarga de agressão, irresponsabilidade, falta de empatia com outros seres humanos, ausência de sentimentos de remorso e de culpa em relação ao seu comportamento.

Essas pessoas geralmente são cínicas, incapazes de manter uma relação leal e duradoura, manipuladoras, e incapazes de amar. Eles mentem exageradamente sem constrangimento ou vergonha, subestimam a insensatez das mentiras, roubam, abusam, trapaceiam, manipulam dolosamente seus familiares e parentes, colocam em risco a vida de outras pessoas e, decididamente, nunca são capazes de se corrigirem. Esse conjunto de caracteres faz com que os sociopatas sejam incapazes de aprender com a punição ou incapazes de modificar suas atitudes.

Quando os sociopatas descobrem que seu teatro já está descoberto, eles são capazes de darem a falsa impressão de arrependimento, falseiam que mudarão "daqui para a frente", mas nunca serão capazes de suprimir sua índole maldosa. Não obstante eles são artistas na capacidade de disfarçar de forma inteligente suas características de personalidade.

Na vida social, o sociopata costuma ter um charme convincente e simpático para as outras pessoas e, não raramente, ele tem uma inteligência normal ou acima da média. Devido ao fato de não demonstrarem sintomas de outras doença mental qualquer, na década de 60 o movimento norte-americano chamado Anti-psiquiatria recomendou que os sociopatas fossem excluídos das classificações psiquiátricas. Dizia-se, na época, que a alteração do sociopata era de natureza moral e ética e, para problemas éticos, as soluções tinham que ser éticas (cadeia), não médicas.

A teatralidade e manipulação social dos sociopatas é tão convincente que poucas pessoas, após algum contato duradouro com os sociopatas, são capazes de imaginar o seu lado negro, mau e perverso. Esses atributos os sociopatas são capazes de esconder durante toda vida. Vítimas fatais de sociopatas violentos percebem seu verdadeiro lado apenas alguns momentos antes de sua morte.

Como a psiquiatria não tem uma avaliação unicamente binária da situação, como a obstetrícia que considera as grávidas e não grávidas, a sociopatia tem vários graus, desde simplesmente os socialmente perniciosos, passando pelas personalidade odiosas, até criminosos brutais do tipo "Silêncio dos Inocentes". Muitas personalidades conhecidas no campo da política, da polícia, das finanças e das empresas podem portar o caráter sociopático. Felizmente, apenas uma parte dos sociopatas se transforma em criminosos violentos, estupradores e assassinos seriais. Parece haver um amplo consenso entre os psiquiatras que a sociopatia é intratável.

A escala de valores do sociopata é tão precária (ou inexistente) que eles próprios sociopatas se consideram predadores sociais, e geralmente sentem expressivo orgulhosos disto. Normalmente eles não têm o tipo mais comum de comportamento agressivo explícito das pessoas comuns. Eles costumam dissimular perfeitamente a intenção agressiva e violenta, normalmente atendo-se à intimidade doméstica ou agindo sorrateiramente. Trata-se, de fato, de uma agressão predatória, comumente acompanhada por excitação mínima do sistema Nervoso Autônomo (são frios) bem planejadas, intencionais e pouco emocionais.

sexta-feira, setembro 16

uma coisa aqui, outra lá..

meu médico me DÔOU todo o tratamento porque eu reclamei do preço, e porque meus olhos são bonitos, e ele sempre me faz a mesma pergunta, toda vez que vou lá: "Você é atriz , né?"

fase filmes e livros, estou algumas horas longe da internet até que enfim.

assistindo coisas como Before Sunrise, 9 songs, Irreversível e em vias de baixar o Last Days, depois de ler a resenha do Franty e ter um deja vu dos meus dias de glória nos anos 90.

sim, eu ando perturbada, mas adoro isso. as idéias chegam efervescendo. porém estou naquela fase: "minha cabeça está TÃO cheia de coisas que não estou conseguindo passar pro papel na hora certa". sabe quando você tem uma grande idéia enquanto está cagando no banheiro do trampo? então...é por aí. depois elas vão se dispersando, e um momento de concentraçao tá difícil por aqui.

reparem que, pra mim, criatividade e concentração andam em paralelas. eu só me concentro pra gozar. mas essa é outra história.

o importante é que as tristezas já estão virando frutos. pelo menos mentalmente, talvez o mais importante.

UPDATE: Sonic Youth abrirá pro Nine Inch Nails... PUTA QUEO PARIU. Me prostituirei em breve, fique ligado, em breve, o número do meu celular aqui.



sábado, setembro 10

Espere a primavera, Bandini.

É o nome do livro que trouxe pra ler na viagem. Sim, Fante. O começo de tudo. É legal começar a ler o cara antes do Pergunte ao Pó...acho que estarei mais madura pra ele depois. Já com todo o background do Arturo assimilado (e viciosamente apaixonada por ele, claro).

Comecei na viagem, foi ótima, me diverti na janelinha enquanto o Felipe vomitava compulsivamente várias vezes. "Ah, muita turbulência, tenho o estômago fraco". Mentira, desde pequeno ele vomita em aviões. A Pitty e a Penelope "tô me achando e posso" Nova estavam ali na frente.

Chegamos aqui, me apavoro...Belo Horizonte é uma São Paulo mais feia, não suja, mas sem graça pra caramba..Isso até chegar no hotel. Tô no Ouro Minas - suíte luxo . UMA PRA MIM E OUTRA, DO OUTRO LADO DO HALL PRO FELIPE! www.ourominas.com.br => Você vai entender do que eu tô falando.

Fomos pro Mineirão...direto pros camarins, "ois" rapidinhos, autógrafos na minha nova coleção de cd´s patofulísticas, tchau, tchau, tá na hora do show...Roda pra cá, pra lá, ceva de graça, mac duplo de graça..AH! Começou..."venham pra cá" disse Samanta, uma das meninas da produção. O pra cá era o Snake Pit.

Melhor música do show? Dúvidas?

EU

"queria tanto encontrar, uma pessoa como
EU
a quem eu possa confessar, alguma coisa sobre
MIM"

Não tenho culpa que não é deles. É a melhor música e pronto.

Depois rolou mais camarim, fotos e essas coisas de promoção de rádio. Teve Pitty e mais umas merdas, que fizeram com que o Felipe simulasse a continuação do enjôo pra gente vir curtir um hotelzito, tomar banho de banheira, comer truta e usar a internet.

Minha única frustração até agora é que a Internet é paga. 15 reais a hora...nem comento sobre isso. Mais 13 minutos, e eu já acabei meu post.

Tá. Então aqui segue a infame letra que me fez ganhar a promoção.

TEMPO AMARGO

Vento forte
Me avisa quando vai chegar
Corpo feito de poesia e caos
Através da vida vingará

Fica longe
Meu espelho não deve alcançar
Pesadelos
Vem de dia pra noite curar

Traumas, medos, falhas
Tem segredo e cala
Deixa a porta aberta
Deixa a lua entrar

Entra nesse
Mar de sombras da minha provação
Caso houvesse
Um relógio pra marcar em vão

Tempo amargo
Finge que passa pra me desdenhar
Chego tarde
Pra que cedo a solidão se vá

*********************

"uh! se a gente não sabe mais rir um do outro, meu bem, então o que resta é chorar." (R. Amarante)

quinta-feira, setembro 8

URGENTE

O escritor gaúcho Daniel Galera (sempre sonhei em largar um desses petardos bairristas que ouço todo dia), disponibilizou em um dos seus sites, um exemplar em .pdf do Dentes Guardados, livro de estréia do rapaz, já esgotado nas livrarias.

Eu não tinha lido ainda, eu só leio seus registros online, há alguns anos até, e ensaio há vários meses ir ali na Cultura comprar o "Até o dia em que o cão morreu".

Acabo de ler "Triângulo" agora, um de seus contos mais famosos. E, ainda meio que suspirando, penso: eu sabia que ele era bom. Esse aí, meu grande amor platônico literário. Todas as vezes que o encontrei na rua, baixou minha pressão e eu fugi. Acho que na próxima eu me apresento e agradeço.

É tempo de linkar.


"I´d take drugs, but sadly I can´t afford them"

Frase roubada do Gritedo, que roubou da Dios(Malos) , mais uma banda indie-bacaninha-porém-nada-novo aí.

Todavia, a frase é genial.


****

A DISTONIA foi uma festa SOBERBA.

Vá nas próximas...é só o que posso dizer. Atente-se pra hora que o som PÁRA alguns segundos e começa Hound Dog.

E também, é o único lugar onde posso abrir com 3 Beatles e encerrar com Revolting Cocks e KISS.

Teve a pegadinha Supergrass, quando começou a tocar Richard III, a porção dark começou a se animar."Chegou o metal", acharam. Sem perceber que estavam dançando ao som da banda mais rock and roll do mundo. Fiz de propósito.

****

Sábado de manhã, estou partindo pra minha aventura em Minas Gerais, só quero ver. Diversão e mordomia de prima. Com o mano, claro, que é a única pessoa que aguentaria essa enxurrada de bandas nacionais de renome. Manterei o diário de bordo conforme for possível.

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Estava eu já desesperada no site da Ticket Master, fazendo Uni Duni Tê pra escolher o dia e o show em que iria no TIM FESTIVAL. Quando um fenômeno me faz chegar ao link dessa matéria, onde descubro que teremos TELEVISION na terra da garoa, dias 25 e 26 de outubro, no SESC Pompéia. Acabaram as dúvidas. E verei meus deuses, na formação ORIGINAL...

PORRA! ISSO É ALGO QUE PODE SER DEFINIDO COMO FELICIDADE.

E pra descontrair, o melhor trecho da matéria:

Pergunta - No festival vocês tocarão com os Strokes. Muita gente diz que os Strokes copiam riffs do Television. Você concorda?

Verlaine - Não acho que eles sejam tão bons para nos copiar...

segunda-feira, setembro 5

O Terra e a 98 FM levam você e seu acompanhante para assistir ao Pop Rock Brasil 2005 em Belo Horizonte!
Basta caprichar e criar: "uma letra de música de no máximo 15 linhas para uma das bandas que irão tocar no Pop Rock Brasil 2005"

Clique aqui e veja as bandas que estarão no evento

O 1º colocado, vai poder assistir ao Pop Rock Brasil 2005 em Belo Horizonte, com tudo pago pela Rádio 98 FM (hotel de no mínimo 4 estrelas + transporte aéreo regular/comercial no caso de o ganhador residir fora de Belo Horizonte sendo que a responsabilidade de locomoção até o aeroporto mais próximo de sua residência é do ganhador, não havendo qualquer obrigação de reembolso dessas despesas pelas empresas organizadoras do concurso), com direito a acompanhante. Ainda terá direito de conhecer o seu artista preferido (dentre aqueles que participam do Pop Rock Brasil 2005) no camarim, bater foto e a uma coleção completa autografada em CD.

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Pensem numa SUPER FÃ de Pato Fu que tava coçando e picotou (15 linhas!!) umas letras de música empoeiradas na gaveta.
Ai, amo o ocaso e a internet. E deuses malandros. Finalmente terei uma foto com a Fernanda Takai.

Já contabilizo UM concurso ganho na vida. Podia ser até pra luta de sumô.

sexta-feira, setembro 2

Então, convalescências de novo.

Gripe, 39 graus, sistema respiratório mais falho da face da Terra.
Purgatório da beleza e do caos.

Inevitável relembrar da minha DENGUE. Pois os sintomas febris me remetem diretamente àqueles dias (hey! masculino não acentua!).

O que causou minha obsessão irritante dos últimos 3 dias. Conversando por aí falei sobre o histórico da minha saúde de super-herói, grandes zombarias à respeito da minha "raiz" soteropolitana.. logo, me veio à cabeça a pergunta que Caetano me enfiou goela abaixo há alguns anos atrás (ou seriam vários? ) :

"- Eu sou neguinha?"

Só escuto isso agora..o tempo todo. E a versão da Vanessa da Mata é um tesão.

terça-feira, agosto 30

Eu tenho sede.

É a frase que repito, que me define, que me esconde, que me perdoa.

Hoje sinto uns tons de vazio, de fato. Mas acredito ser culpa dos últimos acontecimentos, aos quais chamei de “abandono”. Primeiro resolvi me separar de um relacionamento difícil, porque era longe, e quando perto, era perto demais. E em seguida, os meus amigos, que estão vivendo uma espécie de êxodo. É custoso entender quando eles descobrem que existe mais mundo, uma vez que sou uma viajante que já resolveu aportar, e ficar quietinha.

Quietinha em termos de não ter intenções de deixar a cidade, não quer dizer que a vida aqui vai ser parada. Mas quando ela estagna, cresce uma revolta, e uma falta de ação, que ainda me é incompreensível.

Não consigo terminar um tratamento dentário, nem um dermatológico, nem a auto-escola, nem nada que seja “extra-curricular”. Sempre tem alguma outra coisa pra resolver, ou estou muito cansada, ou tenho tão pouco tempo pra mim, que acabo usando o que sobra pra me divertir e fazer as poucas coisas que eu gosto. Ouvir, tocar e dançar qualquer música que esteja alta, e converse comigo. A vida tem trilha sonora, eu digo. É uma pena que nem todo mundo preste atenção no seu tema.

Eu tenho sede.

São poucos os que me disponibilizam um lago. E a maioria que me cerca bebe tão pouco. E quando eu quero mergulhar, me seguram e dizem que não é seguro. Percebo então que a água continua batendo no tornozelo, e eu continuo olhando o horizonte, distante. Eu roubo umas letrinhas alheias, pra ilustrar um raciocínio, necessário.

Exijo reconhecimento pelo que faço, e ele vem sempre em doses homeopáticas. Porque as minhas maiores alegrias nasceram dos riscos que eu corri. E quem vai apoiar esse estilo de vida?

Passo o dia trabalhando, ou trabalhando o mínimo, ou supervisionando, porque não acredito que o que faço é produtivo. Me rendo, aceito pela segurança no fim do mês, e por ser o lugar menos “escravizante”. Pelo amor à minha família, que acredita naquilo, e eu não quero desapontar.

Eu tenho sede.

Cantava de vez em quando, e conforme corre o contador, minha voz vai me deixando. Prefiro, nesse momento, ouvir o que os outros me dizem. E também calar, pra conseguir ouvir aquele burburinho que insurge de dentro pra fora.

Talvez não descubra o que é felicidade e satisfação, porque eu sempre quero mais. Mas também não faço questão de ser menos e dar um sorriso sem dentes. É um mistério, essa busca incessante por objetivos intermináveis. Deixemos então, o sorriso permanente, para os medíocres.

Me irrita a quantidade de “nãos” que há por aqui. Porque, na verdade, não sou negativista, apenas tenho a natureza de contrariar a maioria das coisas. E alguma vez, alguém me disse que sempre temos que substituir o NÃO por outras palavras. Acho que foi em algum treinamento de vendas. Os nãos existem, invariavelmente, e não vou negá-los.

Eu tenho sede.

Quero amar. A todos. Mas o “pra sempre”, esse eu reservei há algum tempo pra minha família. Entrar nesse território é uma tarefa árdua. Me torno um indivíduo celular, exercito a fagocitose, não raro nas primeiras falhas do novo organismo. Dói, porque é de dentro pra fora, quando me dou conta. Já está tudo fora. E não cicatriza. Acabo tendo que cauterizar. Às vezes, não fecha direito.

O hedonismo é um elixir. A liberdade de olhar e cobiçar alguém é um prazer maior que o sexo. Um beijo sem muitas conseqüências é um prazer maior que o sexo. O sexo em si só consegue crescer se tiver completo. Logo, o meu sexo só surge com vínculos. E nesse mundo, são poucos os que querem vínculos. E menos ainda, são os que percebem o vínculo como elemento vitalício, independente de um envolvimento vitalício.

Tudo culmina na incapacidade das conclusões. Em manter as “dead lines” afastadas, estáticas, esperando por não sei o quê, uma luz externa que nunca chega, pois nunca concordo. Mas vou mudar esse quadro. Ah! As mudanças... Falta ser flexível, falta ousar mais, enfrentar mais, super-proteger menos. Já é um início.

Contudo. A sede só vai acabar se a luz se apagar.

segunda-feira, agosto 29

The Daft Punk WON´T play at my house, EVER.


Por alguma maravilha do mundo moderno, os meus sets estão sendo reconhecidos. A Róque Town é meu chuchu e começa a brotar em outras hortas. ME = contente.

Só não pense que eu vou aprender a mixar as transições e entender BPM´s.

Rock and Roll é pra ser tocado do início ao fim, sem intervenção alguma. Não quero ser DJ. Basta ser dona das melhores seleções.

PLAY / CUE / PLAY / CUE / PLAY / CUE....e assim segue.

Depois eu boto a agenda direito..mas, ó...dia 06..DISTONIA. É fazer história, hein!

Cansei dos coments zerados. As MELHORES OBSERVAÇÕES continuam chegando por outras vias. Deu pra eles, de novo.

sábado, agosto 27

A long way to the top, trá lá lá tum tum pá


Após uma sexta-feira movimentada e divertida, seguiu-se a noite all along.

Uns amigos passaram aqui, fui no boteco distribuir flyers, apertei. É verdade. Esse lido com o público não é pra mim. Não era eu quem fazia isso, então só distribuí pra conhecidos e pessoas bem bonitas. Eventos e hedonismo são inseparáveis e essenciais.

“Nos encaminhamos”, enfim, pra infame “Funrapos”, ou formalmente chamada de Rock&Roll&Etc. Eu mesma chamaria de Presepada, como diria um ente querido.

Era na Farrapos. Era num hotel barato, abandonado.

“Pára no posto, pega um táxi pra voltar duas quadras, não, não, chegar ali a pé não dá. Eu tô de salto, não quero correr, vão me abordar e me chamar de puta, não, não. Entrada: 5 pila. Tchitim, tchitim. Vale um ponche. Quartos, que não são mais quartos, everywhere. Exceto um que ainda tem uma cama. Justo o do banheiro sem tranca. E essas pessoas deitadas aí se enlouquecendo? Xixi. Guarda-costas na porta. Vamos pra pista? PISTA!? É naquele quarto, com um palco. Acho que servia pra sexo ao vivo..Uhum, certo. Get off my cloud, babe. Ponche, ou Fanta Uva com maçã. Um show? Legal...NÃO, meu ouvido, porra! Saiu um naco de algo de dentro dele...meu tímpano, presumo. Tomar ar no “respiro” do prédio. Olha um banheiro sem porta, uhn peraê!

Tem um MACHADO ali no espelho.
- Ah, pára Dani... - Olha ali, caralho, um MACHADO! Ok, vamos escondê-lo. Eu não entro ali, vai você. Vou embora. Só mais um pouco, tô chapada só de cheirar tanta maconha junta, que merda – Quer um pega? Minha seda é rosa.. – No, thanx. BUT. We are young, we run green/Keep our teeth nice and clean/See our friends, see the sights/Feel alright. João? Alô? Tô indo pra lá, não quero mais, tô com medo disso aqui. Tchau, babies.”

E peguei um táxi, e me mandei pra Gothik Night, um lugar bem mais seguro, apesar de pessoas OVER maquiadas e de sobretudo, dançando emocionadas na pista. Especial Marilyn Manson. Fantastique.

“Ai, que bom. Safe again. Vamos descer? Toc, toc, toc na escada. O horror! O horror legal, hmmm olha ali, bem legal. Yay! – Olha aqui, dani, onde tu vai tocar! – É velho, né? Não sei mexer. – Ah! Tu te acerta rapidinho. – Acerto sim! – Tu vai querer dançar agora...

Tourniquet.
“she's made of hair and bone and little teeth
and things I cannot speak
she comes on like a crippled plaything
spine is just a string”

Wow! Indie music! P.J. Harvey, Le Tigre, YYY’s, Interpol! Quase uma róque town! Durou uns 20 minutos, e começou MM de novo, era pra nos agradar, certo.

“Babble, Babble, Bitch, Bitch
Rebel, Rebel, Party, Party
Sex, sex, sex, don't forget the violence
Blah, blah, blah
Got your lovey-dovey sad and lonely
Stick your stupid slogan in
Everybody sing along”

Enough? Uhum. Enough. Tchau, babies, again, babies, again. Oh gosh. Bye NEO. Sweet dreams are made of this.”


Bye, mas eu volto. Ah, volto! Dia 06 de setembro estoura a festa mais avant garde, ÉVER. A DISTONIA é uma loucura que eu, o João e os meninos da Gothik resolvemos aprontar. Be There, or Be Dead.

Ramiro: hmm distonia... e q tipo de som vai ser?
Dani Hyde: basicamente os nossos sets da roque town..com um peso crescente..que vai terminar a noite na barulheira da gothik
Ramiro: hmmm sair antes do fim da noite entao...
Dani Hyde: hahaha
Dani Hyde: depende..
Dani Hyde: ou "fazer sexo selvagem no banheiro da Neo"
Ramiro: uuuuiiiii ou isso...

*****

Um ato e três partes

Uma “odisséia” musical de uns 8 minutos. Rima, métrica, melodia e catarses intocáveis. Acho que nesse caso não é a “assistência from outer space”, é o Homem que tem uma palavra pra cada hora da nossa vida. E não só me poupa a redação, como poupa a exposição dos meus “picos de emoção”, como diz minha mãe.

Ladies and gentlemen, once again, Sir David Bowie.

“Sweet Thing”

It’s safe in the city, to love in a doorway
To wrangle some screens from the door
And isn’t it me, putting pain in a stranger?
Like a portrait in flesh, who trails on a leash
Will you see that I’m scared and I’m lonely?
So I’ll break up my room, and yawn and i
Run to the centre of things
Where the knowing one says
Boys, boys, it’s a sweet thing
Boys, boys, it’s a sweet thing, sweet thing
If you want it, boys, get it here, thing
’cause hope, boys, is a cheap thing, cheap thing
I’m glad that you’re older than me
Makes me feel important and free
Does that make you smile, isn’t that me?
I’m in your way, and I’ll steal every moment
If his trade is a curse, then I’ll bless you
And turn to the crossroads, and hamburgers, and
Boys, boys, it’s a sweet thing
Boys, boys, it’s a sweet thing, sweet thing
If you want it, boys, get it here, thing
’cause hope, boys, is a cheap thing, cheap thing

"Candidate"
I'll make you a deal, like any other candidate
We'll pretend we're walking home
(for) your future's stake
My set is amazing, it even smells like astreet
There's a bar at the end where I can meet
you and your friend
Someone scrawled on the wall "I smell the blood of les tricoteuses"
Who wrote up scandals in other bars
I'm having so much fun with the poisonous people
Spreading rumours and lies and stories they made up
Some make you sing and some make you scream
One makes you wish that you'd never been seen
But there's a shop on the corner that's selling papier mache
Making bullet-proof faces, Charlie Manson, Cassius Clay
If you want it, boys, get it here, thing
So you scream out of line
"I want you! I need you! Anyone out there?Any time?"
Tres butch little number whines
"Hey dirty, I want you
When it's good, it's really good,
and when it's bad I go to pieces"
If you want it, boys, get it here, thing
Well, on the street where you live I could not hold up my head
For I put all I have in another bed
On another floor, in the back of a car
In the cellar like a church with the door ajar
Well, I guess we've must be looking for a different kind
But we can't stop trying 'til we break up our minds
Til the sun drips blood on the seedy young knights
Who press you on the ground while shaking in fright
I guess we could cruise down one more time
With you by my side, it should be fine
We'll buy some drugs and watch a band
Then jump in the river holding hands

"Sweet Thing (Reprise)"
If you want it, boys, get it here thing
'Cause hope, boys, is a cheap thing, cheap thing
Is it nice in your snow storm, freezing your brain?
Do you think that your face looks the same?
Then let it be, it's all I ever wanted
It's a street with a deal, and a taste
It's got claws, it's got me, it's got you
It´s got you.