quarta-feira, março 29

My Space



Penso que, mesmo conservando as atividades nerd, estou atrasada. Nunca me cadastrei nos genéricos do orkut, nem do fotolog, muito menos nas ferramentas da microsoft. Tem aquele bagulho que lista as músicas mais ouvidas também, acho que é last FM..caralho!!! LAST FM!! Eu não vou mandar meus dados pra um lugar com esse nome. E, faça-me o favor de cair na realidade, deixar desconhecidos controlarem o que eu ouço é muito pior do que fotos peladas em fotolog...muito pior.

Esse big brother me irrita, vez em quando me sinto excluída, porque gosto das coisas imbecis desse calão virtual. Mas irrita pelo fato de ser big brother, de não existir à toa.

Assisti o Constant Gardener (O Jardineiro Fiel - direção do Fernando Meirelles) hoje, puta la madre...é lindo, coisas que só um brasileiro faria por um filme gringo. Vale muito a pena.

Esse semestre promete ser muito bom em termos culturais (nos meus termos, obviamente). Tem várias coisas pra ler, terminar de ler, assistir e fazer. Pra começar vou terminar um livro parado na metade há 1 ano e meio. Se for considerar que é uma trilogia, são uns 4 anos então..na real, tenho que ler tudo de novo quando terminar.

Hasta.


obs: esse template dá parágrafo automático na primeira frase, e não formata com o tamanho e fonte que eu gosto de usar. vai ser descartado rapidinho.

domingo, março 26

estou saudosa. não só do óbvio, mas de tudo. dos velhos amigos, das velhas festas, das grandes causas...
isso só aprova que não é bom economizar nada. gaste o seu dinheiro, gaste o seu tempo, sua energia, gaste o todo. porque a única maravilha do corpo humano é conseguir carregar tudo de novo.
só não tenho saudades do velho eu. pelo contrário, queria ser melhor antes, pra estar melhor ainda agora. mas tudo bem, me orgulho dos novos-novos-amigos. eles lêem James Joyce com 14 anos e discutem de igual pra igual. e mesmo que eu não tenha lido Joyce ainda, eles me respeitam.
não se preocupem, eu continuo correndo atrás e gastando tudo que posso.
a melhor sensação do mundo é a do entendimento. quando você tem certeza que entendeu, é melhor que um orgasmo.
2006 é um ano em que eu estou entendendo muitas coisas, e isso me faz a pessoa mais orgulhosa do mundo. de mim mesma.

sábado, março 25

merda. como eu previa, fumei a noite inteira. trago liberado dá nisso. e como disse o meu "dahling" Rams: "nesse estilo todo o cigarro faz parte do figurino". é....ele me ama.

casamento fantástico, grande prévia do que eu espero do meu. o dj seguiu à risca as recomendações do casal e só tocou rock 50, 60 , 70.. e um especial gay music que eu chorei pra ele fazer. a maior festa no estilo "será?" que deu super certo e me convenceu.

muito bonito, roqueiros casando. cerimônia simplérrima, after foda.

o melhor de tudo é se dar conta que a família (parte dela) consegue se reunir de vez em quando. tocou born to be wild e os entendidos ficaram estáticos, cantando o hino que embalou anos e anos, se abraçando e fazendo aquela cara: "é irmão, as coisas mudam, mas a gente continua igual. bobões e esperançosos por um lugar ao sol."

porra, eu peguei o bouquet, dá pra acreditar? eu nunca peguei esse troço na vida mas hoje eu sabia que era meu, e ele praticamente me nocauteou. fantáááástico. o dj falou "mas não é que é uma rosa!!" (whaddafuck?)

nesse clima de nostalgia eu assisti o capítulo 11 da terceira temporada de The L Word. ninguém merece meia hora de mulheres chorando porque a amiga morreu de câncer. memórias tristes na minha cabeça...

mas o coração tá tranquilo e sereno, graças a hórus, zeus e os conterrâneos.

quarta-feira, março 22

oi. tudo bem?

tudo bem claro por aqui. cansei de ser black. (sexy é pra sempre, minha filha..)

aos poucos vou atualizando, até porque tava completamente desatualizado, os links, I mean. geralmente os leitores nunca chegavam até lá anyway.

devia falar sobre meus dias de academia, porque afinal estou malhando. mas daí vou estar reproduzindo blogs alheios, deixa pra lá. mas que é muito divertido não posso negar. e minha barriga dói.

meus professores tem nomes legais, os da faculdade. Harry Belommo, Charles, Klaus Hilbert, Gladys e Arnold(o) - o último é em português, mas devido às circunstâncias nós o "estrangeiramos" também. mas Harry é o melhor, ele dá aula de História Antiga Clássica e passa o tempo todo descrevendo os bacanais e putarias pagãs, romanas e gregas.

não aguento mais ser dona de casa. se alguém tiver uma empregada pra me indicar, deixa um recado aí embaixo. isso é sério.

tchau.

domingo, março 19

Elas estavam guardadas numa caixinha com sabonetes de corações de chocolate. As sementinhas. Quando olhei pra elas, foi como se encontrasse um livro esquecido num canto, uma parte das memórias deixadas pra trás.

Agora guardei na caixinha dos meus dentes do siso. É bom que elas fiquem junto com o meu juízo e a lembrança da maior dor que tive na vida.

segunda-feira, março 13

O céu por detrás

Solo le pido a Dios
Que el dolor no me sea indiferente,
Que la reseca Muerte no me encuentre
Vacio y solo sin haber hecho lo suficiente.

(león gieco)






La sonrisa ancha,
la lluvia en el pelo,
no importaba nada
ibas a encontrarte con el,con el, con el, con el, con el

Son cinco minutos
la vida es eterna,
en cinco minutos

Suena la sirena,
de vuelta al trabajo
y tu caminando lo iluminas todo
los cinco minutos
te hacen florecer

(jara victor)

Às vezes os deuses tiram as asas de quem voa alto, e deixam as gaivotas com aquelas asas enormes voando baixinho só pra capturar o peixe de cada dia.

quinta-feira, março 9

Kamonnnnn Boyzzzzz!!


Ontem eu fui no show mais histórico do ano da história de Porto Alegre. Festa de comemoração ao Dia da Mulher, com apresentações da Baby Doll e da Supergatas (cover de New York Dolls).

Já de cara eu entro no Jekyll e me deparo com 30 hard rockers que não saíam dos esgotos há mil anos. E no som rolava Libertines (????).

Presenças ilustres, como a do Wolverine. O Logan, man! O Logan mora em Porto Alegre, só tinha visto uma vez e achei que o cara não era daqui, mas ontem se confirmou a sua residência gaudéria. O Logan....de camisetinha regata, cheio de tattoos e cabelo e suíça de fazer a idolatria de todos os fãs da Marvel.

Primeiro entrou a Baby Doll. Porra, quem nunca viu um show deles deve se esforçar pra fazer isso antes de morrer. Dr. Love entrou com sua capa do poder prateada e suas munhequeiras de zebrinha entoando clássicos como Neon Baby, Gata Gulosa, Frígida, Toniolo e Arrombada. Esta última inteiramente dedicada à Daniela Cicarelli. Seguido por seus fiéis escudeiros saídos diretamente do túnel dos anos 80, com cabelões e camisas rasgadas do Guns ‘n Roses. Se existe uma banda que vangloria e homenageia as mulheres durante um show, são eles. E “Viva a PUNHETA!!!!” é o hino da temporada.

Depois, entraram as Supergatas. Banda recém formada por ótimos músicos da cena rock da cidade, que fazem um tributo a New York Dolls entoando as músicas SUPER HIPER FODAS da banda que se inclui no meu Top 5 de todos os tempos. O Jekyll veio abaixo, literalmente.

Eles já abriram com um David Johansen MEGA embriagado, bradando:

“When I say I´m in luv, you best believe I´m in love. L-U-V !!!!”

Importante dizer que todos estavam devidamente trajados com vestidos, calças de vinil, mini blusas de oncinha e plumas, muitas plumas. Sem falar na maquiagem...

A “insanidade coletiva” (um bordão falecido) invadiu o recinto, seguiu-se porrada sobre porrada. Babylon, Vietnamese Baby, Bad Girl, Stranded in the Jungle (detalhe pro público em massa fazendo o coro dos animais da floresta e dos aborígenes), Puss ‘n Boots e muito mais. As clássicas? Bem, não deu tempo de tocar....

As pessoas faziam pogo, se roçavam umas nas outras (importante: eu assisti das escadas, o lugar mais seguro do estabelecimento, porque claro, já tinha previsto a merda), jogavam cerveja na geral como se fosse porra, e não acaba aí.

Johansen, bebum “bragarai”, gritava coisas incompreensíveis entre uma música e outra (ele não esqueceu de NENHUMA letra, fantástico em se tratando de Dolls), agarrava homens e mulheres que passavam (o Jekyll não tem palco, fica todo mundo feliz no chão), o que gerou a ira de sua namorada, que foi ENROLADA no cabo do microfone, pra não ir embora. Mesmo assim não adiantou, e ele tentou lascar um beijo de língua no Sheyla Colomy (personalidade do rock gaúcho) que conseguiu fugir. Não satisfeito ele chamou o Wolverine pra fazer strip, nosso herói tirou a camisetinha e exibiu seu peito másculo e peludo com um piercing no mamilo, jóia esta que foi sugada pelo carismático vocalista. O “garrento” ainda saiu de cena fazendo cara de nojinho. Johansen ainda subiu nos pilares da cabine do DJ, “trepando” com a estrutura e caindo em cima de um Fenderzão. O orgasmo deve ter sido forte.

Esse ato gerou desentendimento geral entre a banda, que começou a dar empurrões no vocalista, xingá-lo de nomes censurados aqui, e ainda culminou na revoltz total do Johnny Thunders, que arremessou sua guitarra e saiu andando...

Consolado pela babe (mulheres, o alicerce da humanidade), Thunders voltou e eles começaram a tocar nada mais nada menos que T.V. EYE !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Ficou impossível de conter o público (inclusive esta que vos fala), que mais parecia o bloco do Chiclete com Banana no carnaval de Salvador. E foi aí que os barmans com cara de mau do Jekyll desligaram a energia e mandaram o povo pra casa.

Só que ele esqueceu o equipo do DJ ligado. E Claudia Schumacher, muito esperta e devassa, rolou Paradise City, Personality Crisis e London Calling...

*morre*

Fiquei mais bêbada e chapada por toda aquela informação do que pela cerveja.

Moral da história: EU, no alto dos meus 26 anos, vi pela primeira vez, um show de PUNK ROCK de verdade. Foi lindo, não consigo pensar outra coisa senão o fato de que os próximos shows da minha vida serão um tédio.

terça-feira, março 7

Descobri que ninguém gosta de ler posts grandes, resolvi fragmentar este (ahn? Ahn? Fragmentar....fragmentos...).

Sobre São Paulo – SSP

Grande cidade, meio feia e fedida, mas tenho que vetar esses aprofundamentos aqui por pura sensatez. Raras são as pessoas que concordam comigo.

Ela tem todos os defeitos, mas foi misericordiosa e me deu dias memoráveis. Morra, Kim Basinger!

Fui no famigerado Vegas, e pasme, uma noite inesquecível protagonizada por um DJ MOD com o cabelo mais MOD e mais FEIO, éve! Mas, puta merda, em anos que nenhuma discotecagem me impressiona, até ouvir esse louco. O Aldo. Grande Aldo. Caipira de cachaça a 8 reais, bad news.

Vi a melhor exposição da minha vida, os dinossauros do “Project: Exploration” (porque Dinos na Oca é um nome bem feio). Melhor até o dia que eu “cair” em um desses, que fique claro.

Curti uns cinemas com o babe e me dei ao LUXO de mudar de posição toda hora pra me aconchegar mais e mais e mais...

Me aconcheguei tanto que agora até ando meio torta, me falta um pedaço.

Hoje meu pai surgiu no meio do aniversário da minha mãe com uma caixinha. Ela continha alianças novas, eles renovaram os votos. Segundo minha mãe, eles estão casados há 4 anos. Completamente inesperado, mesmo podendo se esperar qualquer loucura do Sr. Meu Pai. Foi lindo e há uma conspiração para que seja feita uma festa tradicional, com Igreja Católica e tudo.
Eu sei que, só hoje eu aceitei a reconciliação deles, depois de ver os dois trocando alianças e se olhando.

Só hoje eu tenho um pouco mais de certeza que ontem. E um pouco menos do que amanhã.

knock knock?



Estava relutando pra não escrever sobre minha vida crua aqui. Afinal, criei essa cousa pra brincar com minhas ficções. Mas ando meio parada, apesar de estar correndo muito, e daí a “cena beatnik” se torna muito atraente. Vir aqui e narrar a tragicomédia do dia a dia começa a virar uma idéia açucarada.

Até porque a maioria que lê isso aqui o faz com o objetivo de saber “a quantas eu ando”.

E ganhei uma boa leva de livros no meu aniversário, o que me faz criar vergonha na cara e, quem sabe, começar a ler.

A política é a seguinte, começar pelos mais finos. É, isso mesmo, fodam-se seus cults de meia tigela! Eu mal tenho tempo pra tirar os pêlos da sobrancelha, quero resultados rápidos e em tempo recorde.

A verdade é que eu só voltei aqui porque comecei pelo Máquina de Pinball, da Clarah. Eu disse que nunca ia ler esse livro...até pra ela eu acho. Mas ganhei, com dedicatória linda e tudo, daí não tem escapatória (uh, rimas).

Resenhá-lo é uma piada, corra lá no brazileira! preta e tente entender. Tem passagens hilárias, de tão velhas e ultrapassadas e datadas. Mas tem outras eternas, que só uma mulher (com bolas) saberia falar sobre. Não vai ser o melhor livro da vida de alguém, mas que é muito bom digeri-lo, é mesmo.