segunda-feira, junho 26

Canção para ninar o Beco


"Late last night and the night before,
SMICknockers, SMICknockers, knocking at the door.
I want to go out, don't know if I can,
'Cause I'm so afraid of the SMICknocker man!"

sábado, junho 24

"mã, eu acho que sou um gambá!"
"mas, por quê?"
"porque eu fiz muita força e consegui soltar dois peidos seguidos."
"(sem reação)"

(passam-se dois minutos)

"mã, agora eu vou cagá um pouco tá?"
"..." - olha e consente.

Ah...a fase anal.


Update: "mãeeeee deooooo"
trains to brazil.

guillemots pra presidente.

sexta-feira, junho 23

É poesia concreta?


“Time locked in negative matter, all theories shatter
beneath the weight.
Happy is the man who believes that the world
is a dream and all reason, fate.
Time moves on with no time;*
the eye moves on with no rhyme,*
and I'm a song in the depth of the galaxies”

(Red Shift - Peter Hammill)

* um dos melhores vocalizes da história da música

Algumas lógicas eternas começam a fazer sentido. Sair do circuito costumeiro e padrão é bastante enriquecedor. O exercício da antropologia aplicada nunca é em vão.

Consegui zerar o game, acredito. Em todos os sentidos.

Aquela coisa tão importante há um par de dias atrás já caiu por terra, e agora só resta continuar “caminhando” em frente. Muitas coisas caem por terra antes mesmo da gente perceber.

Depois de conseguir baixar todos os álbuns do Peter Hammill eu volto a ouvir o primeiro que conheci. Vê, os outros não tem tanta importância simplesmente porque entraram na minha vida sem contexto, um arrebate no soulseek. Aos poucos vou inserindo, aos poucos. É difícil imaginar algo que supere a sensação ao ouvir “A Louse is not a Home” pela primeira vez. Gostaria de transformá-la num curta, escrever um roteiro, etc. Ia ser magnífico.

Tem que enxergar a música, já dizia Deus (David Jones).

O que me remete à uma recente discussão sobre músicas instrumentais. Sobre essa ótica, sim, ela tem muito valor. Até porque não se tem a linha lírica pra te guiar no processo, e o sentimento tem que trabalhar um pouco mais. Minha conclusão é que vou parar de criticar o instrumental, porque no meu caso é uma questão íntima. Não enxergo muita coisa sem as palavras. O próprio Chet Baker não é completo pra mim sem as letrinhas “...sings” na capa. Que voz! Que voz! Porque sua genialidade como instrumentista seria comprometida com os vocais? Acredito que acrescenta (e muito, no caso ilustrado).

Não basta só ter voz. Senão um gênio, quem criará arranjos, solos, “pontes”? Já fiquei depressiva por não conseguir compor uma bridge pra uma música, e até hoje ela está lá no fundo da gaveta, nos renegamos, somos insuficientes uma pra outra. De repente, minha resistência ao instrumental esteja ligada diretamente às minhas limitações. Que bonito, psicanálise online.

No mais, é ressaca e olhos brilhantes.

segunda-feira, junho 19

Dochtoievsssssssssshhki!

Horas-zumbi zapeando a tv eu descubro passando Henry & June, de Phillip Kaufman, no Telecine Cult. Me obriguei a rever porque esse filme foi um dos mais elucidativos pra minha formação.
Foi quando peguei o gosto pela leitura, pelo erotismo, talvez a primeira vez que me senti atraída por mulheres (e essa questão permanece com a mesma visão de Anaïs até hoje) e pela escrita enfim.
Dostoievski? Não. Eu li apenas um conto (Uma Criatura Dócil, gostei inclusive, é muito bom, com algumas ressalvas) sob alguma "pressão" (ganhei de presente) e ensaio a compra de Crime e Castigo há alguns séculos, mas sempre acho algo que me chama mais atenção na livraria. Talvez o Doppelganger também seja a inspiração pra outro dos meus filmes preferidos dos anos 90 (homônimo). Porém, foi no Henry & June que estabeleci irracionalmente que Dostoievski é leitura para mulheres afetadas e problemáticas (June, apesar de ser essencial pra real existência de Henry Miller e Anaïs Nin). Quando penso no escritor, visualizo nitidamente a Uma Thurman surtando e exercitando a bocarra (lindo) porque sua personagem não ganhou a intensidade de um Dost... (chega de repetir) no livro do marido.
Novamente o russo ficou pra trás nas minhas prioridades, e minha próxima aquisição será O Trópico de Câncer (aceito presentes).
Há um mês atrás eu presenteei uma amiga com o Delta de Vênus, tenho essa mania de dar presentes que gostaria de ganhar, é péssimo porque agora eu fico procurando uma maneira de perguntar se ela já leu pra me emprestar. Outro que só vi o filme, e pelo pouco que folheei do volume, o livro é bem melhor (pra variar).
Tenho esse péssimo hábito também, de saber mais sobre a vida dos artistas, do que sobre as obras em si...
Penso nesse filme/biografia no que diz respeito à natureza humana. Uma vez me disseram - eu, já mãe, tentando ser responsável e fingindo ser adulta - que por mais que a alegria invada nossa vida, as pessoas que têm uma queda pelo soturno sempre terão recaídas.
"O gosto pelo anormal aniquila o gosto pelas coisas normais." (Henry & June)

sábado, junho 17

A Tam é uma empresa que emite passagens não remarcáveis.

Se fuder.

quinta-feira, junho 15

Alguns sacos cheios e um par de tédios mais tarde.

O instante é preciso. Ele martela martela martela minha cabeça e mostra como estou tão cansada do presente.

Por exemplo, um vídeo game, você batalhando a última fase pra alcançar a redenção, e essa fase é um porre, cheia de repetições, pouca dinâmica e vilões fracos, porém numerosos.

O fim dessa fase está provocando um sentimento de desprezo por todos que há muito tempo não acontecia. Acho que escolhi o ET pra jogar sem perceber.

Odeio ser outsider, odeio até a palavra outsider (acredito em “the music is outside”), e quando não estou me enquadrando em nenhuma perspectiva o desespero me abate.

***

Meu Kate Moss way of life acabou. Descobri o fotógrafo que me perseguia e ele é meu conhecido, fomos solidários no segundo ou terceiro exame prático da auto-escola, não lembro ao certo. Ele passou, óbvio. É um fotógrafo que vai de carro pras festas e tira fotos “orgânicas” das pessoas.

***

Só uma coisa é importante pra mim hoje. UMA. Acredito nela com todas as forças, e não vejo como ser uma pessoa melhor se não superar essa dificuldade.

Não me cobrem nada essa semana, eu vou ser uma ignorante.

Me enchi de novo. Adeus.

sexta-feira, junho 9

Agora que chegou o Pergunte ao Pó é provável que eu crie forças pra assistir o Factotum, inspirado no "Numa Fria", que está no meu micro há mais de 6 meses.

O motivo disso é porque o Colin Farrel é ridículo, ele acabou com o "meu" Alexandre, travestindo o maior conquistador do mundo numa bichinha cheirada. E se for pra escolher entre ele e o Matt Dylon (que foi ficando ridículo com o tempo, mas era bom), eu prefiro o moço que nos presenteou com um Cliff Poncier em Singles.

Super meta...

terça-feira, junho 6

Adiós Lounge

she´s back. in shape.
alguém tira a kaiser gold de mim.

insanus fazendo apologia as drogas

porque heineken só amarrada.

domingo, junho 4

Tinha quatro balões de festa num convite de aniversário. Vincenzo fez um elemento em cada um: no amarelo, pontinhos indicando catapora, no laranja, pedaços de ferro (?), no rosa, uma carinha feliz, e no vermelho, “alguém gritando SOCOOOORRO!”.

O último era composto de duas bolotas para os olhos, e uma maior representando a boca, um clássico. Então resolvi complicar.

“Filho, sabe que existe um desenho bem famoso de uma pessoa gritando SOCOOOORRO?”

“Deixa eu ver?”

Google Images - The Scream Edvard Munch.

“Não mãe. Mas esse aí está assim ó – imita O Grito com as mãos na bochecha - e o meu está assim ó – imita o balão sem as mãos, e todo tortinho.”

Passaram-se alguns minutos em que ficamos imitando e dando risada da expressão das duas obras. E enfim ele pergunta.

“Mas de quem é esse desenho?”

“De um cara. Chamado Edvard Munch.”

“Me leva um dia ver ele?”

“Levo, mas não sei onde tá, acho que em Nova Iorque.”

“Uhum. O dia que a gente for lá você me leva então.”

***

Na verdade ele está em Oslo (terminei a pesquisa googlística pra confirmar). Acho que vai ser um pouco mais complicado que Nova Iorque.

Graças aos deuses, existe a Wall Street Posters.


sábado, junho 3

cena 01:

Dani Hyde está no segundo andar, tocando uma seqüência daquelas sem noção (Pilot, America, Neil Young, Black Sabbath e Deep Purple)

cena 02:

Júpiter Maçã entra na sala e fica babando numa cadeira (de sono)

cena 03:

Finalmente ele dorme e alguém vem fazer piada que eu fiz o Júpiter dormir.

cena 04:

Júpiter dá de cara comigo no corredor, e me abraça e cumprimenta como se eu fosse uma grande amiga do passado.

cena 05:

O dono do estabelecimento olha pra minha cara e a gente ri.

****

cena excluída:

Abri meu set da pista principal com The Final Countdown - Europe. Foi foda, mas tive que me esconder.