terça-feira, agosto 30

Eu tenho sede.

É a frase que repito, que me define, que me esconde, que me perdoa.

Hoje sinto uns tons de vazio, de fato. Mas acredito ser culpa dos últimos acontecimentos, aos quais chamei de “abandono”. Primeiro resolvi me separar de um relacionamento difícil, porque era longe, e quando perto, era perto demais. E em seguida, os meus amigos, que estão vivendo uma espécie de êxodo. É custoso entender quando eles descobrem que existe mais mundo, uma vez que sou uma viajante que já resolveu aportar, e ficar quietinha.

Quietinha em termos de não ter intenções de deixar a cidade, não quer dizer que a vida aqui vai ser parada. Mas quando ela estagna, cresce uma revolta, e uma falta de ação, que ainda me é incompreensível.

Não consigo terminar um tratamento dentário, nem um dermatológico, nem a auto-escola, nem nada que seja “extra-curricular”. Sempre tem alguma outra coisa pra resolver, ou estou muito cansada, ou tenho tão pouco tempo pra mim, que acabo usando o que sobra pra me divertir e fazer as poucas coisas que eu gosto. Ouvir, tocar e dançar qualquer música que esteja alta, e converse comigo. A vida tem trilha sonora, eu digo. É uma pena que nem todo mundo preste atenção no seu tema.

Eu tenho sede.

São poucos os que me disponibilizam um lago. E a maioria que me cerca bebe tão pouco. E quando eu quero mergulhar, me seguram e dizem que não é seguro. Percebo então que a água continua batendo no tornozelo, e eu continuo olhando o horizonte, distante. Eu roubo umas letrinhas alheias, pra ilustrar um raciocínio, necessário.

Exijo reconhecimento pelo que faço, e ele vem sempre em doses homeopáticas. Porque as minhas maiores alegrias nasceram dos riscos que eu corri. E quem vai apoiar esse estilo de vida?

Passo o dia trabalhando, ou trabalhando o mínimo, ou supervisionando, porque não acredito que o que faço é produtivo. Me rendo, aceito pela segurança no fim do mês, e por ser o lugar menos “escravizante”. Pelo amor à minha família, que acredita naquilo, e eu não quero desapontar.

Eu tenho sede.

Cantava de vez em quando, e conforme corre o contador, minha voz vai me deixando. Prefiro, nesse momento, ouvir o que os outros me dizem. E também calar, pra conseguir ouvir aquele burburinho que insurge de dentro pra fora.

Talvez não descubra o que é felicidade e satisfação, porque eu sempre quero mais. Mas também não faço questão de ser menos e dar um sorriso sem dentes. É um mistério, essa busca incessante por objetivos intermináveis. Deixemos então, o sorriso permanente, para os medíocres.

Me irrita a quantidade de “nãos” que há por aqui. Porque, na verdade, não sou negativista, apenas tenho a natureza de contrariar a maioria das coisas. E alguma vez, alguém me disse que sempre temos que substituir o NÃO por outras palavras. Acho que foi em algum treinamento de vendas. Os nãos existem, invariavelmente, e não vou negá-los.

Eu tenho sede.

Quero amar. A todos. Mas o “pra sempre”, esse eu reservei há algum tempo pra minha família. Entrar nesse território é uma tarefa árdua. Me torno um indivíduo celular, exercito a fagocitose, não raro nas primeiras falhas do novo organismo. Dói, porque é de dentro pra fora, quando me dou conta. Já está tudo fora. E não cicatriza. Acabo tendo que cauterizar. Às vezes, não fecha direito.

O hedonismo é um elixir. A liberdade de olhar e cobiçar alguém é um prazer maior que o sexo. Um beijo sem muitas conseqüências é um prazer maior que o sexo. O sexo em si só consegue crescer se tiver completo. Logo, o meu sexo só surge com vínculos. E nesse mundo, são poucos os que querem vínculos. E menos ainda, são os que percebem o vínculo como elemento vitalício, independente de um envolvimento vitalício.

Tudo culmina na incapacidade das conclusões. Em manter as “dead lines” afastadas, estáticas, esperando por não sei o quê, uma luz externa que nunca chega, pois nunca concordo. Mas vou mudar esse quadro. Ah! As mudanças... Falta ser flexível, falta ousar mais, enfrentar mais, super-proteger menos. Já é um início.

Contudo. A sede só vai acabar se a luz se apagar.

segunda-feira, agosto 29

The Daft Punk WON´T play at my house, EVER.


Por alguma maravilha do mundo moderno, os meus sets estão sendo reconhecidos. A Róque Town é meu chuchu e começa a brotar em outras hortas. ME = contente.

Só não pense que eu vou aprender a mixar as transições e entender BPM´s.

Rock and Roll é pra ser tocado do início ao fim, sem intervenção alguma. Não quero ser DJ. Basta ser dona das melhores seleções.

PLAY / CUE / PLAY / CUE / PLAY / CUE....e assim segue.

Depois eu boto a agenda direito..mas, ó...dia 06..DISTONIA. É fazer história, hein!

Cansei dos coments zerados. As MELHORES OBSERVAÇÕES continuam chegando por outras vias. Deu pra eles, de novo.

sábado, agosto 27

A long way to the top, trá lá lá tum tum pá


Após uma sexta-feira movimentada e divertida, seguiu-se a noite all along.

Uns amigos passaram aqui, fui no boteco distribuir flyers, apertei. É verdade. Esse lido com o público não é pra mim. Não era eu quem fazia isso, então só distribuí pra conhecidos e pessoas bem bonitas. Eventos e hedonismo são inseparáveis e essenciais.

“Nos encaminhamos”, enfim, pra infame “Funrapos”, ou formalmente chamada de Rock&Roll&Etc. Eu mesma chamaria de Presepada, como diria um ente querido.

Era na Farrapos. Era num hotel barato, abandonado.

“Pára no posto, pega um táxi pra voltar duas quadras, não, não, chegar ali a pé não dá. Eu tô de salto, não quero correr, vão me abordar e me chamar de puta, não, não. Entrada: 5 pila. Tchitim, tchitim. Vale um ponche. Quartos, que não são mais quartos, everywhere. Exceto um que ainda tem uma cama. Justo o do banheiro sem tranca. E essas pessoas deitadas aí se enlouquecendo? Xixi. Guarda-costas na porta. Vamos pra pista? PISTA!? É naquele quarto, com um palco. Acho que servia pra sexo ao vivo..Uhum, certo. Get off my cloud, babe. Ponche, ou Fanta Uva com maçã. Um show? Legal...NÃO, meu ouvido, porra! Saiu um naco de algo de dentro dele...meu tímpano, presumo. Tomar ar no “respiro” do prédio. Olha um banheiro sem porta, uhn peraê!

Tem um MACHADO ali no espelho.
- Ah, pára Dani... - Olha ali, caralho, um MACHADO! Ok, vamos escondê-lo. Eu não entro ali, vai você. Vou embora. Só mais um pouco, tô chapada só de cheirar tanta maconha junta, que merda – Quer um pega? Minha seda é rosa.. – No, thanx. BUT. We are young, we run green/Keep our teeth nice and clean/See our friends, see the sights/Feel alright. João? Alô? Tô indo pra lá, não quero mais, tô com medo disso aqui. Tchau, babies.”

E peguei um táxi, e me mandei pra Gothik Night, um lugar bem mais seguro, apesar de pessoas OVER maquiadas e de sobretudo, dançando emocionadas na pista. Especial Marilyn Manson. Fantastique.

“Ai, que bom. Safe again. Vamos descer? Toc, toc, toc na escada. O horror! O horror legal, hmmm olha ali, bem legal. Yay! – Olha aqui, dani, onde tu vai tocar! – É velho, né? Não sei mexer. – Ah! Tu te acerta rapidinho. – Acerto sim! – Tu vai querer dançar agora...

Tourniquet.
“she's made of hair and bone and little teeth
and things I cannot speak
she comes on like a crippled plaything
spine is just a string”

Wow! Indie music! P.J. Harvey, Le Tigre, YYY’s, Interpol! Quase uma róque town! Durou uns 20 minutos, e começou MM de novo, era pra nos agradar, certo.

“Babble, Babble, Bitch, Bitch
Rebel, Rebel, Party, Party
Sex, sex, sex, don't forget the violence
Blah, blah, blah
Got your lovey-dovey sad and lonely
Stick your stupid slogan in
Everybody sing along”

Enough? Uhum. Enough. Tchau, babies, again, babies, again. Oh gosh. Bye NEO. Sweet dreams are made of this.”


Bye, mas eu volto. Ah, volto! Dia 06 de setembro estoura a festa mais avant garde, ÉVER. A DISTONIA é uma loucura que eu, o João e os meninos da Gothik resolvemos aprontar. Be There, or Be Dead.

Ramiro: hmm distonia... e q tipo de som vai ser?
Dani Hyde: basicamente os nossos sets da roque town..com um peso crescente..que vai terminar a noite na barulheira da gothik
Ramiro: hmmm sair antes do fim da noite entao...
Dani Hyde: hahaha
Dani Hyde: depende..
Dani Hyde: ou "fazer sexo selvagem no banheiro da Neo"
Ramiro: uuuuiiiii ou isso...

*****

Um ato e três partes

Uma “odisséia” musical de uns 8 minutos. Rima, métrica, melodia e catarses intocáveis. Acho que nesse caso não é a “assistência from outer space”, é o Homem que tem uma palavra pra cada hora da nossa vida. E não só me poupa a redação, como poupa a exposição dos meus “picos de emoção”, como diz minha mãe.

Ladies and gentlemen, once again, Sir David Bowie.

“Sweet Thing”

It’s safe in the city, to love in a doorway
To wrangle some screens from the door
And isn’t it me, putting pain in a stranger?
Like a portrait in flesh, who trails on a leash
Will you see that I’m scared and I’m lonely?
So I’ll break up my room, and yawn and i
Run to the centre of things
Where the knowing one says
Boys, boys, it’s a sweet thing
Boys, boys, it’s a sweet thing, sweet thing
If you want it, boys, get it here, thing
’cause hope, boys, is a cheap thing, cheap thing
I’m glad that you’re older than me
Makes me feel important and free
Does that make you smile, isn’t that me?
I’m in your way, and I’ll steal every moment
If his trade is a curse, then I’ll bless you
And turn to the crossroads, and hamburgers, and
Boys, boys, it’s a sweet thing
Boys, boys, it’s a sweet thing, sweet thing
If you want it, boys, get it here, thing
’cause hope, boys, is a cheap thing, cheap thing

"Candidate"
I'll make you a deal, like any other candidate
We'll pretend we're walking home
(for) your future's stake
My set is amazing, it even smells like astreet
There's a bar at the end where I can meet
you and your friend
Someone scrawled on the wall "I smell the blood of les tricoteuses"
Who wrote up scandals in other bars
I'm having so much fun with the poisonous people
Spreading rumours and lies and stories they made up
Some make you sing and some make you scream
One makes you wish that you'd never been seen
But there's a shop on the corner that's selling papier mache
Making bullet-proof faces, Charlie Manson, Cassius Clay
If you want it, boys, get it here, thing
So you scream out of line
"I want you! I need you! Anyone out there?Any time?"
Tres butch little number whines
"Hey dirty, I want you
When it's good, it's really good,
and when it's bad I go to pieces"
If you want it, boys, get it here, thing
Well, on the street where you live I could not hold up my head
For I put all I have in another bed
On another floor, in the back of a car
In the cellar like a church with the door ajar
Well, I guess we've must be looking for a different kind
But we can't stop trying 'til we break up our minds
Til the sun drips blood on the seedy young knights
Who press you on the ground while shaking in fright
I guess we could cruise down one more time
With you by my side, it should be fine
We'll buy some drugs and watch a band
Then jump in the river holding hands

"Sweet Thing (Reprise)"
If you want it, boys, get it here thing
'Cause hope, boys, is a cheap thing, cheap thing
Is it nice in your snow storm, freezing your brain?
Do you think that your face looks the same?
Then let it be, it's all I ever wanted
It's a street with a deal, and a taste
It's got claws, it's got me, it's got you
It´s got you.

terça-feira, agosto 23

Deixa o verão pra mais tarde.


Hoje é o dia então. O Bueno disse que vai vestido com uma camiseta com os dizeres: "Eu odeio fã de Los Hermanos". Pedi uma para mim também. Segundo ele, teremos que andar em bando, pra sobrevivermos até o final do espetáculo.

Adoro essa interna. Eu sou um desses fãs, mas tento me conter. Sou bem pior no que tange a Bowie, garanto.

Penso que vai ser uma noite muito boa, daquelas lavadoras de alma. Tenho terapia (ooops, qualquer hora explico) e saio direto do consultório pro Opinion. Se eu gosto de tortura emocional? Mas bãhn! Exímia destruidora de coração. Do próprio.

Aos poucos, vou deixando de lado a minha resistência à várias coisas. Por exemplo, ao blog-diário. O meu já se tornou um, e não está incomodando tanto. Pelo contrário, está me dando uma chance de organização, visto que agora eu lembro do que fiz ontem, coisa rara, e assim por diante. Se alguém está lendo ou não, é o de menos. Por enquanto, tô considerando esse espaço uma agenda de apontamentos, que posso acessar de qualquer lugar.

***

"...me laça a alma, me leva agora..."

***

Lendo a entrevista de capa do Segundo Caderno (ZH) de hoje, com Los Hermanos, claro (pra quem não é do RS talvez não entenda, mas aqui eles são fenômeno de massa), concluí a falta absoluta da necessidade de se lançar compilações. Olhando pra trás e percebendo as maravilhas que uma boa banda faz, olhando pra frente e percebendo que, se eu quiser uma seleção eu faço um CD-R, não tem porque ainda existirem os "The best of".

Farei um manifesto anti-compilações. Isso vale pra textos também (onde, ao invés do CD-R, eu utilizo um ctrl-c/ctrl-v). Blog é literatura, eu creio. Mas a repetição me entedia.

***

Levantando essa questão, lembro-me dos podcastings do Insanus.org . POW! São muito bons. Vai lá curtir um ".rss" . Atente-se às vinhetas.

Descobri a rádio na Internet. Sério. Tem esse site que tu pesquisa por POLKA e acha uma rádio SÓ de POLKA! A sensação mesmo foi achar a GBV Radio, ouvi um show inteirinho. Nem me interessa de onde e quando. It was worthy.

Não me chame de atrasada, eu só não tenho nenhuma intimidade com rádios. Ouvia Jovem Pan e Transamérica aos 9 anos, até ganhar o meu The Real Thing – Faith no More. Depois disso, I turned off the dial.

***

“Tem alguém assistindo o mundo”

Teoria que Boris (ele voltou, emocionei) e Janocide ressuscitaram, e que eu sempre fui a favor. A nossa divina comédia deve cobrar cotas intergalácticas dentre os comerciais do espaço desconhecido.

“someone to fool us
someone to follow
(…)
someone to shame us
someone like you
we want you, Big Brother, Big Brother.” (db)


Deu pra mim. Acho que agora à tarde a Internet volta aos cabos azuis deste escritório.


Obs: A Internet não voltou..faço esse upload de casa. (depois acerto os links)

segunda-feira, agosto 22


"Há nos meus olhos, uma ruptura.
Por onde a loucura
Escoa."

Frase repetida zilhões de vezes na peça, que claro, me deixou muito transtornada. Não sei a autoria, mas é de uma verdade tão profunda. Puta que pariu.

Aquela hora onde tudo parece se aplicar à mim.

Me sinto patética, porque sou otária demais pra assumir que problemáticas "corriqueiras" me atinjam.

Eu não quero mais as obsessões. Me deixem livre. Concubinas sangüinárias. Quero simplicidade, transparência. Mistérios fáceis de se desvendar.


sábado, agosto 20

Show me how to live

Eu não perdia por esperar, os primeiros reflexos do abandono já surgiram. O Gabriel, sem eu perceber, ocupava papel fundamental na minha vida. Meu amigo, irmão, guarda-costas, ombro, camiseta pra enxugar o nariz, abrir a long neck e, o pior, minha companhia. No céu, no mar, na terra, no inferno e além do inferno. Minha companhia.

Ontem eu adiantei umas pré-produções de arte, pra uma festa nova e única que vai pintar. Ouvi um pouco de Shout Out Louds, nada novo, parece The Thrills com Of Montreal. Marquei de encontrar meus amigos na rua. Na RUA! Eu raramente SAIO de casa sozinha, o chill in sempre foi aqui. Não na Lancheria, não no Bambus. Aqui.

Tomei banho. Botei uma roupa ótima (leia-se calça jeans, camiseta e converse), passei OX no cabelo (momento capilar que eu e o Gabriel compartilhávamos), arrumei a bolsa, e olhei a porta do quarto...Chegou a doer, um vazio completo, misturado com saudades, com pânico da violência (2 assaltos em menos de 1 ano, ok?), com frustração, com tristeza.

Sim, eu gosto da solidão, de ir ao cinema, à livraria, sozinha, e muito já fiquei extasiada, observadora pelos cantos do extinto Fim de Século. Eu sabia que ia chegar num lugar qualquer que fosse, e encontrar rostos confortantes, mas o fato de IR e VIR by my own, provavelmente de táxi (no more caminhadas da madrugada), travou as minhas duas pernas.

Por que eu não saio com as mulheres? Humm, deixa ver...

Não sei, é um fenômeno, não entendo. Sempre foi assim. Acho que não gosto de disputar o espelho, nem da poluição sonora que mulheres fazem quando se juntam. Mas amo as amigas, as raras. Vou tentar criar esse hábito, fazer uns chás aqui em casa.

Também fico pensando que elas não gostam de mim, mas isso é história pra terapia.

Acabou que, decidi por não sair, não jantar, só beber Amarula e comer amendoim japonês. Enrolei mais um pouco na Internet, falando com, claro, Gabriel, que voltava de uma festa também frustrada, mas era uma festa no SOHO, entende? Ali em London, however...

Então assisti Vanishing Point (1971), que é foda, me trouxe outra leva de recordações e apontamentos novos pra vida solitária daqui por diante. Assistam, se não encontrar, eu gravo e te mando. Ah! Tem aquele detalhe: foi baseado nesse longa o videoclipe de Show Me How to Live, do Audioslave. Sacou o trocadilho? Ãhn? Ãhn? [mode polegar-indicador alternados ON]

Pra encerrar minha noite JÁ em clima de show de Los Hermanos, eu fui pra sala fumar o último cigarro e liguei a TV. Passava os minutos finais de um capítulo de The L Word. Estou a milênios pra assistir, fiquei em casa e esqueci que ia passar (porque sei os dias e horários de cor, mas nunca rola). Detalhe que a TV ligou no meio de uma PUTA cena de sexo das duas meninas mais lindas do seriado. Só vi a gozada. Dammit!

Programas ainda programados:

- Ir ao hospício em algumas horas, é. No São Pedro assistir Haloperidol – Uma Fábula Urbana. A história de um cara que não se adapta a sociedade vigente. Hummm. Com dois nus masculinos. Beleza.

- Ir à NOISY, ouvir bandas tristes (shoegaze, xúgueiz para os íntimos), beber de maneira justa à minha condição, e dançar até os pés morrerem.

- Assistir aos Los Hermanos na terça e “o que nos resta é chorar”. Porque em show de losers quem não chora não entende. E eu tô precisando. Chorar e entender.


Ouvindo: Sapato Novo – Losers – 4 . Ela me pega no colo, e me faz querer tocar de novo.


(odeio Word que coloca maiúsculas automaticamente)

sexta-feira, agosto 19

hoje meu sócio me mandou o convite de formatura dele. quando é? hoje, oras! ele é super centrado. jornalismo, claro.

o que CLAMOU pela minha atenção foi uma citação da Clarah no rodapé do email. dessas coisas momento "Today´s Fortune", sabe...like a glove.

"Não tenho medo de me perder nem de fazer a coisa errada, desde que faça alguma coisa. E mesmo que não tenha volta, não vou viver na angústia do se. Eu tenho o go for it. Medo de quebrar a cara é algo lamentável, triste, deserto sentimental. O Horror. O Horror não são os erros, são os passos para trás ou as hesitações na hora de cruzar a rua. Se um carro me atropelar, vai ser porque não olhei para os lados, não porque resolvi atravessar". (Clarah Averbuck)

já já eu volto. foi só pra não esquecer.


quarta-feira, agosto 17

Aquela Caixa Hipnotizante


"Guided by Voices - It's hard to admit to digging a group with a leader who calls the Beatles the greatest group of all time, but check out "Choking Tara (Creamy Version)" in the Multimedia section (MP3 or RealAudio) and see if you can resist."

Richard Hell, himself, linkando o site do GBV, com um comentário mais do que genial, no seu website.

Mas por quê eu tô falando disso? Por quê diabos eu fui fuçar lá?

Porque a onda tá crescendo e até o Lúcio já avisou. Se o TELEVISION vir pro Tim Festival, eu terei um colapso nervoso ainda esse ano, e ficarei com aquele sorriso demente na cara pro resto da vida.

Gostaria muito de ver a formação original...conto com isso, mesmo sem o Hell (ele poderia vir solo que eu não ia reclamar)..mas só de imaginar Marquee Moon ao vivo. ai ai.

"In 1977 it was daring and magical, and it still is."

*

Transformei o "it´s all happenning" em festa. Aguarde a Róque Town de setembro.

Tá bein?



tão divertido..

segunda-feira, agosto 15

Uma jornada - breve olhar sobre alguns dias de róque town


Agosto quase sempre é sinônimo de ranso. Não sei porque esse mês é decadente, o mundo acabou rotulando-o de mês estagnado. Mas mesmo pros porto alegrenses mais descrentes, a cena róque "agostiniana" está bem no climão "it´s all happening".

05-08-05.

Poa Róque Town _ Genocídio. O Beco lotado como eu nunca vi, a cerveja acabando no meio da noite e um povo fantástico circulando por lá. Meu set ficou tão BRIT que nem acreditei, pessoas cantaram T.Rex (lindo) e rolou corinho em Go to the Mirror ("see me, feel me, touch me, heal me").

A despedida do Gabriel foi foda, o mais novo habitante londrino tocou suas modernices e deixou, como sempre, o povo frenético. Arcade Fire caiu como prenúncio da vinda pra cá (será que eu já posso acreditar?). O Jan abriu com Beatles e de resto, foi só alegria, inclusive Trem da Alegria, no susto (não pergunte porque ele tem essas coisas queimadas em cds de discotecagem), o mais curioso foi que os indies blasées largaram a máscara e saíram saltitando num revival de infância.

Sonho todas as noites que as próximas continuem assim. Já marque na sua agenda. Dia 02 de setembro.


06-08-05

Tito & Os Fantásticos :: Detetives _ Indignação com essa gente que fica reclamando da vida na esquina do Bambus e praticando pussucagem. Porque perderam dois shows ótimos. Embora não muito cheio, o Garagem cuspiu energia nessa noite de sábado.

A bandinha do Tito tem cara de rock and roll. Rifosos, ultra-jovens e cheios de vontade. Um aviso pros outros grupinhos capengas que não saem nunca da moita. Esquecer os conceitos de pop e voltar a ter VONTADE de tocar, o mais importante, sempre. Não venha me falar que eles sugam material das influências e são amadores, porque, caralho, é assim que se começa! Esse argumento só serve pra quem quer esconder o talento do NOVO, e continuar a manutenção dos velhos ídolos frustrados.

A paulistana Detetives eu não conhecia. Achei massa. Contraste com os meninos daqui, esbanjando maturidade e conhecimento instrumental. O que, pra mim, acaba deixando o som meio afetado, meio "além do necessário", mas reconheço a qualidade. O cover de White Light, White Heat na finaleira me conquistou. Reed deve ter caído do balcão de bar onde estaria nessa hora.


10-08-05

Ordálio :: Miniband :: Superguidis _ Quarta-feira, queria chegar cedo em casa, queria.

A Ordálio é lá da Guaibeira, newbies, sabe. Não gostei porque me lembra Oasis. Tudo que me lembra Oasis não me passa boas vibrações. O problema não é ser amador, o problema é errar e fazer barulho pra todo mundo perceber que tu erraste.

Descobri que a Miniband é de um conhecido meu, foi algo surreal porque a Miniband "penetrou" a pauleira punk no meio da indieada e não quis nem saber. Eles sabem errar, sabem agradar e tocam forte. Gostei. Só não precisa de discurso pró róque democrático, belê?

Eu sou uma junkie viciada e dependente de Superguidis, não vou falar deles porque vai ser só puxação de saco..Vão conferir lá no tramavirtual (pra quem é triste na vida e ainda não conhece).

Contabilizando: muito barulho bom, muita cerveja+ice, e de resto, "se eu não lembro, eu não fiz".


11-08-05

Intervenção-nem-tão-róque-muito-mais-pessoal-nem-por-isso-de-menos-valia

:: Sin City at the movie theater ::

Rapaz... se o Calvin assistisse esse filme a história ia ser bem diferente. Queria saber desenhar pra reproduzir o Calvin pós cidade do pecado. O Haroldo ia ser o Marv, óbvio.



13-08-05

Festa à Fantasia no Beco (da Amanda, aquela dos lacinhos...)

Desde o início decidimos ir de MODs, eu e Jan. Ia ser fácil. Minhas amigas, elas usam essas roupas, é sério, nem minha mãe acreditou quando viu o que a Carol me emprestou. Um terninho MEU pro babe, e quase tudo feito. Arrasamos, fia!

Discotecagem dos meninos-pumas, Lucas Cabelo (da It´s Only..) e a Doutrina Bochoi. Já rola um movimento "músicas-que-nós-gostamos-de-ouvir-em-casa" (será que ela não vai parar com as "hifenizações"???), sou totalmente a favor, afinal, quem quer pular o tempo todo vai pra uma RAVE. A Doutrina arrasou, já estou planejando mirabolâncias.


15-08-05

Agora eu tô trabalhando, num momento ultra sacal de incompetência alheia e outros agravamentos que deprimem. Mas faltou um parágrafo, pra dizer que teve muito mais que eu não pude conferir, e vai ter muito mais até o fim do mês, pra não falar do semestre, que tá um absurdo.

Hello! Beats, Hermanos e festerês locais da cidade mais DELÍCIA do país.

sexta-feira, agosto 12

Isso é o que eu chamo de ORGASMO .

***

Semanas movimentadíssimas, muita função. Tentarei relatar os melhores momentos depois.