domingo, julho 4

orkutchê


eu tenho tantas coisas em pauta pra escrever (textos interessantes, nada como essa lamentação patética) mas resolvi fazer isso agora porque me dá nos nervos...

por quê? tell me?? por quê os "orkuteiros" ficam se falando pelo scrapbook? por quê todos precisam saber do que se passa na vida de cada um sem nem mesmo se conhecer? por quê quando os "orkuteiros" te vêem na rua e sabem que tu tem cadastro nessa Babilônia ficam te olhando como um E.T. mas não te cumprimentam nem tentam falar contigo? e qual a minha necesidade de falar com alguém que eu vi uma foto e algumas características que eu nem sei qual índice de veracidade?

acho que eu não quero respostas, é só indignação mesmo, com as pessoas que cada vez mais tornam-se IMpessoas, com as pessoas que brincam de celebridade sem nem ter talento pra isso.

pra mim esse "veneno lácteo" é uma simples ferramenta para brincar com os meus amigos (que já estiveram na minha frente e/ou que estão longe de mim), e para conhecer quem realmente vale a pena (tendo como pré-requisito ao menos alguma referência REAL do indivíduo).

eu receio que esse portal possa vir a causar uma crise social muito caótica, mas anyway...melhor pra mim que vou assistir uma triagem antropológica de camarote...

e viva Darwin e os relacionamentos inter-pessoais de seres humanos, que alguém disse uma vez que são seres sociais por natureza. viva o abraço, o aperto de mão, o beijo no rosto, na boca e o francês (é engraçado que chamem assim, porque continuo apostando no brasileiro).

tem muita gente que eu gostaria de conhecer lá do orkut, gente que eu até já vi na rua, mas a partir de agora vou deixar na mão do ocaso. nada de scrapbooks poluídos, o próprio nome já diz, é um rascunho e é assim que deve ser usado. para o bem da civilização capitalista virtuodinâmica.

e de resto, caso eu queira contatar você, leitor no momento, ou te mando um email, ou te falo no msn (outra bosta, porém um pouco mais necessária), ou te ligo. espero que faça o mesmo comigo, meus emails costumam ser gigantescos e com no mínimo 40% de conteúdo, como uma carta deve ser (não estou falando das discussões diárias e intermináveis e monossilábicas da família Sexabilly). aliás? será que os "orkutianos" já escreveram uma carta de próprio punho alguma vez na vida? deve ser uma estatística interessante.

sei que acabo propondo algumas regras e fazendo alguns pré-conceitos, mas primeiro, não costumo falar com generalização sobre nada (a não ser sobre putas, todas devem morrer, sem excessão), os "recessivos" estão aí e a diferença dá o tom da revolução, segundo, não declaro nada pressupondo que não tenha vindo de uma pesquisa despretensiosa baseada no senso comum.

agora chega que eu tenho que ir ali pensar em coisas boas.

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