sexta-feira, março 28

Até que eu não ando tão parada assim, assino a coluna musical deste mês ao lado do Fuckin’ Kleinert (ver meus links desatualizados) lá no...


http://www.insolitamaquina.com/

domingo, março 23


Nunca é demais...

Well, resolvi fazer tal comunicado porque no atual momento eu sou quase uma Pandora.

A Dengue se ESPRAIA pelo RS, e isso é um perigo para mim, e pra você.

Como alguns sabem, eu convalesci da doença em 2006, e de acordo com os especialistas, o vírus permanece em mim foréva, isto é, se um Aedes limpinho me picar, ele vira um assassino.

Outrossim, se você não cuidar de exterminar as águas paradas, e eu for exposta ao vírus novamente (na verdade há 4 tipos, qualquer dúvida se informe ou me pergunte), posso ter a Dengue Hemorrágica e bye bye Dani Hyde (nesse caso, não só a Hyde).

Então. Sejam legais, e não se façam de blasée achando que estão em Paris e tudo isso é ilusão.

sexta-feira, março 21

“Por indecisão ou negligência ou por outras razões, não me casei, e agora estou só. Não me dói a solidão, já é bastante esforço alguém tolerar a si próprio e às suas manias. Noto que estou envelhecendo; um sintoma inequívoco é o fato de que não me interessam ou surpreendem as novidades, talvez porque perceba que nada de essencialmente novo existe nelas, e que não passam de ser tímidas variações”.

Borges. “O Congresso”. IN: O livro de areia, 1978.

terça-feira, março 11

O bom de voltar às aulas é que as leituras são uma mistura de Lair Ribeiro com Charles Dickens. História Egípcia então é só frenesi..

“A palavra é mais difícil do que qualquer trabalho, e seu conhecedor é aquele que sabe usa-la a propósito. (...) Não tires nem acrescentes uma palavra sequer. N/ao coloque uma delas no lugar de outra.”

“Sê um artista da palavra, para seres potente. A língua é a espada do homem... O discurso é mais forte do que qualquer arma.”

Ptahhotep (2450 a.C.)

“Quem deixa a escola com gritos de alegria, seu nome será efêmero.”

“Eis que não existe uma profissão sem que alguém dê ordens, exceto a de escriba, porque é ele que dá ordens.”


Kemmit (XXI a.C)

“(...) Sê escriba, fixa isto no teu coração para que o teu nome se perpetue como os teus livros: um livro é melhor que uma estela incisa, melhor que um muro firmemente construído. Um livro é melhor que uma casa construída, melhor que um túmulo no Ocidente. (...) Também, após o seu desaparecimento, a sua potência mágica, lida num ensinamento, pertence a todos...”

(19ª Dinastia / XII –XI a.C.)


A tendência é grande parte disso ir pra minha pele. Na escrita original, claramente.


segunda-feira, março 3

A metáfora dos romances nos passeios de Enterprise


Hoje fui ao parque com o Vince, pra comemorar meu aniversário com ele, só ele, que me deu parabéns dormindo, que me acordou 10 vezes pra seguir me parabenizando e passou o resto do dia inventando músicas de aniversário, uma melhor que a outra.

Enquanto no parque, me lembrei de um momento há muitos anos, nesses parques toscos de praia, acredito que em Ubatuba (onde minhas amigas tinham casa, porque nunca tive casa na praia).

Estava eu, com umas amigas, na fila da Enterprise. O nome não deveria ser esse, mas eu chamo assim por causa do original do Playcenter/SP – aquela cápsula que cabem duas pessoas, uma ACOPLADA à outra, e que gira gira gira gira muito forte em sentido vertical desafiando a gravidade several times.

Voltando, estávamos na fila, e eu conheci esse rapaz que foi um dos únicos dois, sei lá, três loiros da minha vida. O nome dele era Sasha, e a família era toda russa. Entre dez minutos de fila e piadas ele me convidou pra ir com ele e deixar minhas amigas. Olhei para um lado, pro outro, amigas ou o Thor, uma dúvida.
– Aham!

E a Enterprise decolou. Acho que aquilo durava uns cinco minutos no máximo, esse aparato é muito mortal, cena clássica da minha infância no Playcenter era sentar no banco que ficava na frente do brinquedo e contar quantos saíam direto pra deixar o almoço nas latas de lixo das redondezas. Eu nunca vomitava.

Nos momentos que estávamos lá, girando, o mundo apagou, só se via um feixe de luz da cidade de um lado, e a escuridão do mar do outro. Eu não via nada, eu beijava como se nunca mais fosse vê-lo de novo. O que de fato, era verdade. Ali mesmo eu havia decidido que não o veria de novo, porque qualquer coisa além daquela situação insólita, deixaria de ser especial.

O passeio acabou, nos despedimos com abraços e sorrisos, e um até mais completamente improvável, já que ninguém tinha pedido telefones e essas coisas práticas da modernidade (ainda não existia internet).

Não sei por que isso me veio à mente aos 28 do primeiro tempo. Talvez seja uma amostra que eu ganhei aos 13 anos de como seriam todos os meus relacionamentos.

Eu gosto mesmo é da Enterprise. Nada menos.