hoje eu sou alguém que escuta muita coisa, muita coisa mesmo, então às vezes algumas canções maravilhosas vão ficando para trás...mas tirando a memória recente, o resto dela é boa, e sempre vou buscar as coisas boas.
eu adoro melancolia, era essa a minha premissa na época de goticismos, e lá no fundo acho que nunca deixei de ser aquela menina gótica tirada de histórias do Tim Burton, as expressões artísticas "malditas" ainda me fascinam muito. porém existe muita luz na minha vida agora, e elas ficam ali num cantinho, quietinhas, excluídas, como qualquer gótico que se preze. *risos*
mexendo nas minhas pastas musicais (ultimamente eu ando tirando pó de muita coisa com bons propósitos), achei esse som de uma banda póstuma lá de São Paulo, o Lábia Minora. Goth em português nem sempre é bom, a execução dos instrumentos pior ainda, com esse equipamento de terceiro mundo que há nessa terra; mas o Lábia se destacava por conseguir encaixar letras altamente poéticas com a melodia característica da cena, uma vez que "cantar em poesia" é dificílimo, e muito delicado quando a temática é mais tétrica, "caricata", uma banda gótica com músicas em português pode se tornar ridícula em segundos..mas existiram esses caras pra mostrar que era possível, ainda o é. Se alguém quiser saber mais a respeito desse mundinho que NÃO VAI MORRER (PORQUE É IMORTAL, ARRÁ), dá um pulinho aqui ó: Carcasse - o portal mega que há alguns anos atrás era só uma listinha de discussão de uns nerds perdidos e absortos em cultura obscura, saudades Cidão*! Saudades!
*Cid Vale Ferreira era o moderador do mailing e "dono" do Sepia Zine e meu parceirão de obsessões pelas histórias de Diodati (vilarejo italiano onde Byron e Shelley passavam as férias) , hoje é um dos coordenadores do Carcasse.
e mais: tem uma colaboração minha no Sepia, se liga só
CORTE
"Quanto à saída, insista
quantas cores extintas
você me fechou, aqui dentro
você me velou
Quantas palavras malditas
quanta ausência mal vista
você me trancou por dentro
você me levou
Se eu me encontrar sozinho
Não me deixe aqui comigo
Quando o tempo te perdoar
quanto começo me resta?"
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