terça-feira, outubro 4

Talvez isso seja longo, muitas pululações.

Primeiro de tudo, eu voto NÃO.

Não à impossibilidade de comprar uma arma, se eu quiser e realizar que assim estarei segura.

Não à dissimulação das propagandas hipócritas com mensagens de paz. O Lobão, num momento de elucidação extrema, disse uma vez, algo do tipo: "Nunca deixou de haver guerras no mundo, não sei porque ficam pregando paz por aí, o belicismo é inerente ao homem".

Não à imobilidade da segurança brasileira, mais fácil ficar enrolando o povo com plebiscitos de tendências claramente MERCANTIS, do que gastar mais dinheiro protegendo o cidadão. O referendo serve de DESCULPA pra polícia ficar de braços cruzados. Lembrando que a polícia faz parte do Estado.

Mas o EXÉRCITO não, meus colegas. E alguns meios de comunicação já disseram, bem baixinho, que esse tipo de "ação pacifista" serviu como manobra pra golpes militares em outros países.

E o mais ÓBVIO:

NÃO, porque desde seu descobrimento, quem tem o FOGO, tem o PODER.

Em outras palavras, os membros dos quais as armas deveriam ser retiradas, permanecerão a postos, e alertas.

Eu simplesmente não posso aceitar que a ultra-violência de Kubrick virou uma espécie de profecia.

Hey, peraí! Será que alguém ainda lembra de correios, mensalões e afins?

RÁ. Espero que não fui a única a notar.


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Outra indignação.

Nunca gostei daquela chamada do The O.C. sabe...aquele "Californiaaaaa" me irrita a ponto de querer mudar de canal. Logicamente, eu nunca assisti. Mas me apresentaram um site bem esclarecedor pro quadro atual da cena "róque".

www.musicfromtheoc.com

A página já abre tocando Rock'n Roll Queen, do Subways. Eu abri álbum por álbum, olhei a época de lançamento, e refleti.

QUE MERDA DE REVOLUÇÃO INDIE É ESSA SE TODOS OS HITS SAÍRAM DE UMA PORCARIA DE SERIADO DO WARNER CHANNEL??? SE MÚSICOS JÁ CONSAGRADOS LANÇAM SEUS SINGLES NESSA MESMA PORCARIA DE SERIADO???

Nunca fui muito chegada nessa idéia, de que toda semana tem uma banda nova nas paradas. Sou da época que se comprava um disco e ficava ouvindo as mesmas 10, 13 canções por meses, e curtindo, e cantando, e tocando com os amigos.

No mundo indie isso não acontece. O exemplo está no mesmo 9 Songs de sempre. O casal nota 10 em sexo e nota 0 em vida real vai em 8 shows na Brixton, e eles não cantam nenhuma música, NENHUMA. Tudo bem que a gente vai a shows pra conhecer bandas e nem sempre sabemos as letras e etc. Mas o diretor não se preocupou em fazê-los fãs de pelo menos UMA banda...Porra! Nem o refrão de Moving On Up (Primal Scream)!

Ok, tudo isso era só pra dizer que agora eu sei da fraude O.C., e tirando o Franty e o Gabriel, não acredito em mais ninguém que me apresente um som que "descobriu". Ou melhor, vou começar a assistir a série, de repente eu descubra coisas..e sempre achei o moreno gatinho, adivinha se não é ele o cara que ouve músicas.

Importante: Não tô falando mal das bandas, só questiono a qualidade e longevidade. Qualidade principalmente, e sincera. Porque em 77 houve grandes bandas relâmpago, com um legado eterno.

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Assisti ontem os shows de Walverdes, BBQ & King Khan e As Cobras Malditas!

Walverdes é aquele lance. Meus ouvidos ja estão velhos pra esse som.

BBQ & King Khan arrasaram, show de róque, feeling puro, alma, diversão. Rolou até uma performance paulista no meio dos gaúchos blasée que não dançam, mas não entrarei em detalhes, quem viu, viu.

As Cobras Malditas! foram prejudicados pelo horário, cansaço e esses tropeços de turnê. Mas o som é bem competente. Não gostei do vocalista. Vocalistas doidões são uma coisa muito datada. Jim Morrison morreu. Não curto muito composições em inglês também. Acho que escrever em inglês é fácil, e róque em português é um desafio que eu respeito.

Mas eu quero ver de novo, sem cordas arrebentadas e com mais disposição.

E sem ser na segunda feira, por favor. Operários do rock trabalham durante o dia.


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Adentrei o "The L Word". Estou em dúvida se escolho a Shane (ou se SOU a Shane) ou o Mark. Não sabe quem é Mark? Ah tá, baixei a segunda temporada também. Vício.


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Semana muito louca de outubro, tá um agito só.

05. eu vou: Quarta no Garagem - Thunderbird com os DEVOTOS NSRA + Identidade. Foda, eu pixava "devotos" nos meus cadernos aos 15 anos.

Aliás, o Thunder estava lá no Jekyll ontem, o Miranda também. Vou confessar, me senti numa festa em São Paulo.

06. queria: Quinta no Jekyll - Brigite - banda 60´s do Stephen Malkmus, ops, Roberto Gazzana, um parceiraço. Confio nele, deve ser boa a banda. no Garagem - Autobahn (releituras de Kraftwerk) e A red so deep (rock de mulher)

07. Sexta no Garagem - Matanza - e Superguidis em Guaíba - mas não tem como, porque, mes ami, temos o retorno e a revolta da

POA Róque TOWN - Bandas Gringas no Brazil 2005

Pelos meus palpites, teremos fila de novo, e vai ser uma delícia terminar o set com Martius/Nauticus II (PAIN!!)

Sábado eu pretendo dormir.

Domingo também.

Segunda vão me fazer trabalhar.

11. Terça na NEO - DISTONIA, quebrando tudo, dia das crianças trevoso-purpurinado - no Circuito - Eletro Rock, onde eu serei Dj convidada pra tocar só música de mulher.

Ah! E tem a BIENAL que já começou, a cidade está dominada pela arte.

Jogação é pouco. Espero ganhar dinheiro com isso um dia.

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Ninguém me segura. Até esvaziar.

quarta-feira, setembro 28

Considerações sobre o melhor show do ano

"yes
I am in love
I wanted to
find out
right?
...but...
in love
with whom
or with what?
to love to a city
to the flesh
to the past
to the laugh
uncontrolled
to myself again
and suddenly I know
that this is dangerous"

(remedy lane – P.O.S.)


Realizei um sonho. Um sonho grande. Fui num show do Pain of Salvation.

Sim, eu gosto de róque cru, de Beatles e Stooges, e digamos, o lado mais simples da vida.

Mas o lado complicado me fascina de uma maneira que não se explica. O P.o.S. trouxe isso pra música, e o que eles fazem é insuperável.

Agora, tentando não lamber o cú deles e falar um pouco sobre o espetáculo:

Introdução: Vale lembrar que era um show de metal, independente de como eu interprete o P.o.S., o que significa que fiz uma viagem no tempo de volta aos meus 13 anos. Há tempos não via aqueles formigueiros de camisa preta, hordas bradando hinos ininteligíveis e balançando a cabeleira, e milhares de lml everywhere.

Quando o Evergrey entrou no palco que eu senti o drama. Guitarreiras ensurdecedoras, uma bateria prestes a desintegrar no maior estilo "pedala, lorão" (o batera era uma figura nórdica, loura, alta, viking, e usava uma calça de vinil, é, eu gostei). Eles sim são heavy melódico genuíno*, cheia de punhetices e afetações, beirando o hard rock. Mas como ex-headbanger pude me divertir bastante até..isso antes de começar os BIS, RE-BIS, RE-RE-BIS..aaaah!

Mas uma hora tinha que acabar

Pra início de conversa, depois que o Evergrey saiu do palco com seus equipamentos, a gente não viu roadies, a gente viu, respectivamente o baterista e o tecladista do P.o.S. entrando com seus cases e sacolas pra montarem seus instrumentos. Tirando as bandas independentes de verdade, eu NUNCA vi uma banda de renome montar suas coisas.

Mas sabe, as guitarras e baixos tiveram roadies, eram dezenas pelo palco, perdi as contas. Tinha um apartamento mobiliado em cima do palco. Mais de U$ 50 mil, tranquilo.

Os "guris" se retiram do palco, e começam os arranjos orquestrados para o Perfect Element I, terceiro e grande álbum dos caras. Isso tudo aconteceu em no máximo 20 minutos. Visto o atraso da primeira banda, que começou às 23.30hs, num show marcado pras 21hs.

Começou com Used, que tem uma introdução que te derruba no chão nos dois primeiros acordes. O que me derrubou foi ver o Daniel em carne e osso, acho que eu entendo a histeria das fãs de beatles agora. Claro que é um fanatismo um pouco mais fundamentado, mas é fanatismo igual.

O protagonista da nossa noite magnetiza a tal ponto que tu não consegue tirar os olhos do palco (nem quando o Juliano diz "o guitarrista do Evergrey tá quase te carcando por trás"). Não pensei que ele fizesse estripulias no palco, pulava como um Mike Patton, gesticulava como um James Hetfield em início de carreira, se emocionava como um Rodrigo Amarante, era engraçado como um Lucas Pocamacha.

Mas tocava e cantava melhor que todos eles, melhor que todos, enfim. MELHOR.

Eu comparei bastante com Los Hermanos, a questão dessa relação com o público, hipnotizado, cantando todas as músicas, celebração pura. Só que estou falando de músicos suecos (todo mundo sabe que a Suécia só dá bons frutos), com um leque de influências e conhecimentos um pouco mais além dos meninos brazucas.

No momento HIT, a masterpiece deles é Undertow. Bem, nessa hora eu chorei muito e percebi que desafino pra caramba quando estou emocionalmente fora de controle.

Os outros rapazes da banda foram um escândalo também, não tem o que ficar explicando a respeito, senão vou me tornar uma chata. A única coisa que posso dizer é que eles superaram a perfeição que é em estúdio, não deixando um barulhinho sequer pra trás. Muitos méritos pro Fredrik, tecladista careca que parece o Billy Corgan, pro Kristoffer, o mano do HOMEM e baixista, dono do baixo fretless mais lindo que já vi, e pros dois Johann, baterista e guitarrista, leões no palco, e gatinhos pessoalmente, de tão doces e atenciosos. No final de tudo, a Van foi embora, e o Johann baterista (o Langell) ficou pra trás, desmontando seu bebê, depois saiu ali fora e ficou papeando com a gente até irem buscar o menino. Os bateristas sempre se fodem.

Por falar em se fuder, um grande VÁ TOMAR NO CÚ pra Hellion Records, que fez uma divulgação de MERDA, marcou show em todas as cidades em dias que já haviam outras bandas se apresentando (RJ e SP - Slipknot / RS - Magical Box, cover gringo de Genesis, sim, algumas pessoas respeitam ese tipo de trabalho, eu não), botou o ingresso pra vender apenas a QUATRO dias da apresentação. E ainda por cima, não pagou avião pras bandas, que estão fazendo a turnê toda de busão. Pense nuns caras que viajaram de ônibus por 27 horas Rio - Porto Alegre, pelas estradas lindas desse Brasilzão véio, dormem 3 horas, apresentam um show PERFEITO, e ainda têm gás pra darem autógrafos e serem gentis.

VÁ TOMAR NO CÚ, HELLION RECORDS.

Pra finalizar, confesso que estou mais obcecada pela banda agora. Hoje por exemplo, ainda não consegui ouvir outra coisa. Não tiro a imagem do monsieur Daniel da cabeça, e a sensação de que ele é o ser mais iluminado do mundo. O que eu senti AO LADO dele, está enquadrado naquele meu vocábulo preferido: INDIZÍVEL.

*o Juliano diz que eles não são melódico, porque não há crossover de clássico nas músicas.
pra mim, tudo que tem muita nota é melódico, no mal sentido.

Obs 1: depois que desvendar uma maneira de postar as fotos e o vídeo que o Jules fez, aviso aqui, num Update, claro. O novo hype.
Obs 2: essa coisa de meta tags dá a maior preguiça, as palavras, bandas ou afins que alguém achar interessante. vai lá ó: www.google.com

sexta-feira, setembro 23

Well, eu havia escrito um parágrafo, mas não tá aqui. Era algo sobre como Chet Baker é parceiro, etc etc etc.
UPDATE (estou adorando updates ultimamente): olha ele aqui.
Just Friends & I get along without you very well
As duas ironias do Chet comigo hoje. Quem sabe agora que eu tô parando de fumar dá pra aprender um instrumento de sopro. E aproveitando as resoluções, comprar cordas pro violão, e uma ponte nova, e lixar o braço e...(jogar no lixo e comprar um novo seria a saída, se ele não fosse um Gianini clássico 1982, onde eu aprendi a tocar as minhas quimeras de amor e ódio).
*****

"'Cause everybody knows (She's a femme fatale)
The things she does to please (She's a femme fatale)
She's just a little tease (She's a femme fatale)
See the way she walks Hear the way she talks"

(Ouve o jeito que ela fala! Nico me carregando mode on)

*****

Marina descobriu que independente da vontade dela, o mundo continua girando pros outros viventes, e o fato de que algumas esperanças têm que morrer por definitivo é latente.

- É igual o cigarro, ele é nojento, fede, tu nem chega na metade e já sente o estrago que faz, ele não tá nem aí pro que vai acontecer contigo. Mas o vício faz as honras, e tu ainda espera, débil, ninguém estar olhando, pra ir ali acender a brasa de novo.

Mas o cigarro já tá perdendo, pros doces, mas perdendo. No final, qualquer problema some com os doces.

*****

Resoluções do período:

- gastar somente com shows locais, e só ir em festa que vou ter retorno financeiro.
- consultar os médicos que faltam.
- tirar logo essa porra de carteira.
- botar o filho em alguma atividade extra curricular antes que ele vire um DDA de catega.

Confirmações:

- Fim de Ano em Salvador "having fun with the family", de banda em alguma praia calma e paradisíaca. Vai ser muito bom, de qualquer forma. No ano passado descobri que sair daqui por uns tempos é a melhor coisa a se fazer de quando em vez (não, retificando, o ano passado foi bem acima dos padrões normais de "melhor coisa"). E fecha um ciclo, ou abre outro. All tomorrows partie´s, you never know..

quarta-feira, setembro 21

"Dahling! A man in love is incomplete until he gets married. Then, dahling, he´s finished!" (Zsa Zsa Gabor)

"Falling in love again
Never wanted to
What am I to do?
Can't help it

Love's always been my game
Play it how I may
I was made that way
Can't help it

Men cluster to me like moths around a flame
And if their wings burn, I know I'm not to blame" (Linda Rondstadt)


Eu finalmente assisti Anjo Azul (Blauer Engel - 1929). A Dietrich pra mim era só um amontoado de imagens até então.

Até então.

Ela canta mal pra caramba, mesmo sabendo que essa declaração pode brotar o ódio de quem lê.

But the eyes.

E a voz também.


Sem cantar, lógico.

E as pernas.

E...ah. Dietrich.

Filha dos 80, o que ainda mais me lembra a Rainha do Mundo, é uma outra Rainha, vestida de homem e cantando "Like a Wirgenn". Foi ali que me interessei em conhecer a dona das sobrancelhas finésimas.

As mulheres que falam alto e grosso sempre tem uma trajetória mais "fulminante" que as demais, isso no showbizz fica bem claro.

***

On the Edge (2001)



Filme mais legal dos últimos tempos. Total conveniente.

É a história de um jovem que tenta se suicidar, e sobrevive. Segue para um centro terapêutico onde conhece vários amiguinhos suicidas da sua idade e se apaixona por uma louca. Até aí tudo bem. Clichê.

Mas é bacana atentar-se nas verdadeiras patologias e histórias de cada um. Inclusive as tiradas hilárias com o psiquiatra.

O protagonista é o Cillian Murphy, gato profissional e cult, que atua no Batman Begins como Dr. Jonathan Crane. E tem uma das melhores bocas do cinema.

O doutor é o Stephen Rea, que fez Traídos pelo Desejo (Crying Game) e tem aquele tipão irlândes muito estaile.

Acabou o momento Ramon versão calcinha.


***

Explosions inside. Remains everywhere

Não gosto de machucar ninguém, só faço isso como reflexo ou consequência de algo bem pior.

Um animal.

Você desiste cada vez mais de conviver com as pessoas à sua volta quando alguém vira e diz:

- E o mundo real? Quando tu pretende voltar pra ele? Sua terapeuta não diz isso? Pra você viver a realidade?

...

À merda com a realidade imposta.

Vontade de chorar e não sai nada, devo ter secado por aí. Perdi em alguma guerra de bexiga d'água.

Um suspiro e olhos sempre adiante. Vou ali trabalhar sem vontade e preparar as festas, que estarão inversamente proporcional ao meu ânimo.

Prometo tingir os cabelos, me depilar, ir maquiada e de saia, nas duas.

adiantando

07.10 - Poa Róque Town, no Beco

11.10 - DISTONIA, na NEO


Logo, flyers e afins.

segunda-feira, setembro 19

"O homem solitário é uma besta ou um deus." (Aristóteles)

SOCIOPATIA


As características dos sociopatas engloba, principalmente, o desprezo pelas obrigações sociais e a falta de consideração com os sentimentos dos outros. Eles possuem um egocentrismo exageradamente patológico, emoções superficiais, teatrais e falsas, pobre ou nenhum controle da impulsividade, baixa tolerância para frustração, baixo limiar para descarga de agressão, irresponsabilidade, falta de empatia com outros seres humanos, ausência de sentimentos de remorso e de culpa em relação ao seu comportamento.

Essas pessoas geralmente são cínicas, incapazes de manter uma relação leal e duradoura, manipuladoras, e incapazes de amar. Eles mentem exageradamente sem constrangimento ou vergonha, subestimam a insensatez das mentiras, roubam, abusam, trapaceiam, manipulam dolosamente seus familiares e parentes, colocam em risco a vida de outras pessoas e, decididamente, nunca são capazes de se corrigirem. Esse conjunto de caracteres faz com que os sociopatas sejam incapazes de aprender com a punição ou incapazes de modificar suas atitudes.

Quando os sociopatas descobrem que seu teatro já está descoberto, eles são capazes de darem a falsa impressão de arrependimento, falseiam que mudarão "daqui para a frente", mas nunca serão capazes de suprimir sua índole maldosa. Não obstante eles são artistas na capacidade de disfarçar de forma inteligente suas características de personalidade.

Na vida social, o sociopata costuma ter um charme convincente e simpático para as outras pessoas e, não raramente, ele tem uma inteligência normal ou acima da média. Devido ao fato de não demonstrarem sintomas de outras doença mental qualquer, na década de 60 o movimento norte-americano chamado Anti-psiquiatria recomendou que os sociopatas fossem excluídos das classificações psiquiátricas. Dizia-se, na época, que a alteração do sociopata era de natureza moral e ética e, para problemas éticos, as soluções tinham que ser éticas (cadeia), não médicas.

A teatralidade e manipulação social dos sociopatas é tão convincente que poucas pessoas, após algum contato duradouro com os sociopatas, são capazes de imaginar o seu lado negro, mau e perverso. Esses atributos os sociopatas são capazes de esconder durante toda vida. Vítimas fatais de sociopatas violentos percebem seu verdadeiro lado apenas alguns momentos antes de sua morte.

Como a psiquiatria não tem uma avaliação unicamente binária da situação, como a obstetrícia que considera as grávidas e não grávidas, a sociopatia tem vários graus, desde simplesmente os socialmente perniciosos, passando pelas personalidade odiosas, até criminosos brutais do tipo "Silêncio dos Inocentes". Muitas personalidades conhecidas no campo da política, da polícia, das finanças e das empresas podem portar o caráter sociopático. Felizmente, apenas uma parte dos sociopatas se transforma em criminosos violentos, estupradores e assassinos seriais. Parece haver um amplo consenso entre os psiquiatras que a sociopatia é intratável.

A escala de valores do sociopata é tão precária (ou inexistente) que eles próprios sociopatas se consideram predadores sociais, e geralmente sentem expressivo orgulhosos disto. Normalmente eles não têm o tipo mais comum de comportamento agressivo explícito das pessoas comuns. Eles costumam dissimular perfeitamente a intenção agressiva e violenta, normalmente atendo-se à intimidade doméstica ou agindo sorrateiramente. Trata-se, de fato, de uma agressão predatória, comumente acompanhada por excitação mínima do sistema Nervoso Autônomo (são frios) bem planejadas, intencionais e pouco emocionais.

sexta-feira, setembro 16

uma coisa aqui, outra lá..

meu médico me DÔOU todo o tratamento porque eu reclamei do preço, e porque meus olhos são bonitos, e ele sempre me faz a mesma pergunta, toda vez que vou lá: "Você é atriz , né?"

fase filmes e livros, estou algumas horas longe da internet até que enfim.

assistindo coisas como Before Sunrise, 9 songs, Irreversível e em vias de baixar o Last Days, depois de ler a resenha do Franty e ter um deja vu dos meus dias de glória nos anos 90.

sim, eu ando perturbada, mas adoro isso. as idéias chegam efervescendo. porém estou naquela fase: "minha cabeça está TÃO cheia de coisas que não estou conseguindo passar pro papel na hora certa". sabe quando você tem uma grande idéia enquanto está cagando no banheiro do trampo? então...é por aí. depois elas vão se dispersando, e um momento de concentraçao tá difícil por aqui.

reparem que, pra mim, criatividade e concentração andam em paralelas. eu só me concentro pra gozar. mas essa é outra história.

o importante é que as tristezas já estão virando frutos. pelo menos mentalmente, talvez o mais importante.

UPDATE: Sonic Youth abrirá pro Nine Inch Nails... PUTA QUEO PARIU. Me prostituirei em breve, fique ligado, em breve, o número do meu celular aqui.



sábado, setembro 10

Espere a primavera, Bandini.

É o nome do livro que trouxe pra ler na viagem. Sim, Fante. O começo de tudo. É legal começar a ler o cara antes do Pergunte ao Pó...acho que estarei mais madura pra ele depois. Já com todo o background do Arturo assimilado (e viciosamente apaixonada por ele, claro).

Comecei na viagem, foi ótima, me diverti na janelinha enquanto o Felipe vomitava compulsivamente várias vezes. "Ah, muita turbulência, tenho o estômago fraco". Mentira, desde pequeno ele vomita em aviões. A Pitty e a Penelope "tô me achando e posso" Nova estavam ali na frente.

Chegamos aqui, me apavoro...Belo Horizonte é uma São Paulo mais feia, não suja, mas sem graça pra caramba..Isso até chegar no hotel. Tô no Ouro Minas - suíte luxo . UMA PRA MIM E OUTRA, DO OUTRO LADO DO HALL PRO FELIPE! www.ourominas.com.br => Você vai entender do que eu tô falando.

Fomos pro Mineirão...direto pros camarins, "ois" rapidinhos, autógrafos na minha nova coleção de cd´s patofulísticas, tchau, tchau, tá na hora do show...Roda pra cá, pra lá, ceva de graça, mac duplo de graça..AH! Começou..."venham pra cá" disse Samanta, uma das meninas da produção. O pra cá era o Snake Pit.

Melhor música do show? Dúvidas?

EU

"queria tanto encontrar, uma pessoa como
EU
a quem eu possa confessar, alguma coisa sobre
MIM"

Não tenho culpa que não é deles. É a melhor música e pronto.

Depois rolou mais camarim, fotos e essas coisas de promoção de rádio. Teve Pitty e mais umas merdas, que fizeram com que o Felipe simulasse a continuação do enjôo pra gente vir curtir um hotelzito, tomar banho de banheira, comer truta e usar a internet.

Minha única frustração até agora é que a Internet é paga. 15 reais a hora...nem comento sobre isso. Mais 13 minutos, e eu já acabei meu post.

Tá. Então aqui segue a infame letra que me fez ganhar a promoção.

TEMPO AMARGO

Vento forte
Me avisa quando vai chegar
Corpo feito de poesia e caos
Através da vida vingará

Fica longe
Meu espelho não deve alcançar
Pesadelos
Vem de dia pra noite curar

Traumas, medos, falhas
Tem segredo e cala
Deixa a porta aberta
Deixa a lua entrar

Entra nesse
Mar de sombras da minha provação
Caso houvesse
Um relógio pra marcar em vão

Tempo amargo
Finge que passa pra me desdenhar
Chego tarde
Pra que cedo a solidão se vá

*********************

"uh! se a gente não sabe mais rir um do outro, meu bem, então o que resta é chorar." (R. Amarante)

quinta-feira, setembro 8

URGENTE

O escritor gaúcho Daniel Galera (sempre sonhei em largar um desses petardos bairristas que ouço todo dia), disponibilizou em um dos seus sites, um exemplar em .pdf do Dentes Guardados, livro de estréia do rapaz, já esgotado nas livrarias.

Eu não tinha lido ainda, eu só leio seus registros online, há alguns anos até, e ensaio há vários meses ir ali na Cultura comprar o "Até o dia em que o cão morreu".

Acabo de ler "Triângulo" agora, um de seus contos mais famosos. E, ainda meio que suspirando, penso: eu sabia que ele era bom. Esse aí, meu grande amor platônico literário. Todas as vezes que o encontrei na rua, baixou minha pressão e eu fugi. Acho que na próxima eu me apresento e agradeço.

É tempo de linkar.


"I´d take drugs, but sadly I can´t afford them"

Frase roubada do Gritedo, que roubou da Dios(Malos) , mais uma banda indie-bacaninha-porém-nada-novo aí.

Todavia, a frase é genial.


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A DISTONIA foi uma festa SOBERBA.

Vá nas próximas...é só o que posso dizer. Atente-se pra hora que o som PÁRA alguns segundos e começa Hound Dog.

E também, é o único lugar onde posso abrir com 3 Beatles e encerrar com Revolting Cocks e KISS.

Teve a pegadinha Supergrass, quando começou a tocar Richard III, a porção dark começou a se animar."Chegou o metal", acharam. Sem perceber que estavam dançando ao som da banda mais rock and roll do mundo. Fiz de propósito.

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Sábado de manhã, estou partindo pra minha aventura em Minas Gerais, só quero ver. Diversão e mordomia de prima. Com o mano, claro, que é a única pessoa que aguentaria essa enxurrada de bandas nacionais de renome. Manterei o diário de bordo conforme for possível.

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Estava eu já desesperada no site da Ticket Master, fazendo Uni Duni Tê pra escolher o dia e o show em que iria no TIM FESTIVAL. Quando um fenômeno me faz chegar ao link dessa matéria, onde descubro que teremos TELEVISION na terra da garoa, dias 25 e 26 de outubro, no SESC Pompéia. Acabaram as dúvidas. E verei meus deuses, na formação ORIGINAL...

PORRA! ISSO É ALGO QUE PODE SER DEFINIDO COMO FELICIDADE.

E pra descontrair, o melhor trecho da matéria:

Pergunta - No festival vocês tocarão com os Strokes. Muita gente diz que os Strokes copiam riffs do Television. Você concorda?

Verlaine - Não acho que eles sejam tão bons para nos copiar...

segunda-feira, setembro 5

O Terra e a 98 FM levam você e seu acompanhante para assistir ao Pop Rock Brasil 2005 em Belo Horizonte!
Basta caprichar e criar: "uma letra de música de no máximo 15 linhas para uma das bandas que irão tocar no Pop Rock Brasil 2005"

Clique aqui e veja as bandas que estarão no evento

O 1º colocado, vai poder assistir ao Pop Rock Brasil 2005 em Belo Horizonte, com tudo pago pela Rádio 98 FM (hotel de no mínimo 4 estrelas + transporte aéreo regular/comercial no caso de o ganhador residir fora de Belo Horizonte sendo que a responsabilidade de locomoção até o aeroporto mais próximo de sua residência é do ganhador, não havendo qualquer obrigação de reembolso dessas despesas pelas empresas organizadoras do concurso), com direito a acompanhante. Ainda terá direito de conhecer o seu artista preferido (dentre aqueles que participam do Pop Rock Brasil 2005) no camarim, bater foto e a uma coleção completa autografada em CD.

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Pensem numa SUPER FÃ de Pato Fu que tava coçando e picotou (15 linhas!!) umas letras de música empoeiradas na gaveta.
Ai, amo o ocaso e a internet. E deuses malandros. Finalmente terei uma foto com a Fernanda Takai.

Já contabilizo UM concurso ganho na vida. Podia ser até pra luta de sumô.

sexta-feira, setembro 2

Então, convalescências de novo.

Gripe, 39 graus, sistema respiratório mais falho da face da Terra.
Purgatório da beleza e do caos.

Inevitável relembrar da minha DENGUE. Pois os sintomas febris me remetem diretamente àqueles dias (hey! masculino não acentua!).

O que causou minha obsessão irritante dos últimos 3 dias. Conversando por aí falei sobre o histórico da minha saúde de super-herói, grandes zombarias à respeito da minha "raiz" soteropolitana.. logo, me veio à cabeça a pergunta que Caetano me enfiou goela abaixo há alguns anos atrás (ou seriam vários? ) :

"- Eu sou neguinha?"

Só escuto isso agora..o tempo todo. E a versão da Vanessa da Mata é um tesão.

terça-feira, agosto 30

Eu tenho sede.

É a frase que repito, que me define, que me esconde, que me perdoa.

Hoje sinto uns tons de vazio, de fato. Mas acredito ser culpa dos últimos acontecimentos, aos quais chamei de “abandono”. Primeiro resolvi me separar de um relacionamento difícil, porque era longe, e quando perto, era perto demais. E em seguida, os meus amigos, que estão vivendo uma espécie de êxodo. É custoso entender quando eles descobrem que existe mais mundo, uma vez que sou uma viajante que já resolveu aportar, e ficar quietinha.

Quietinha em termos de não ter intenções de deixar a cidade, não quer dizer que a vida aqui vai ser parada. Mas quando ela estagna, cresce uma revolta, e uma falta de ação, que ainda me é incompreensível.

Não consigo terminar um tratamento dentário, nem um dermatológico, nem a auto-escola, nem nada que seja “extra-curricular”. Sempre tem alguma outra coisa pra resolver, ou estou muito cansada, ou tenho tão pouco tempo pra mim, que acabo usando o que sobra pra me divertir e fazer as poucas coisas que eu gosto. Ouvir, tocar e dançar qualquer música que esteja alta, e converse comigo. A vida tem trilha sonora, eu digo. É uma pena que nem todo mundo preste atenção no seu tema.

Eu tenho sede.

São poucos os que me disponibilizam um lago. E a maioria que me cerca bebe tão pouco. E quando eu quero mergulhar, me seguram e dizem que não é seguro. Percebo então que a água continua batendo no tornozelo, e eu continuo olhando o horizonte, distante. Eu roubo umas letrinhas alheias, pra ilustrar um raciocínio, necessário.

Exijo reconhecimento pelo que faço, e ele vem sempre em doses homeopáticas. Porque as minhas maiores alegrias nasceram dos riscos que eu corri. E quem vai apoiar esse estilo de vida?

Passo o dia trabalhando, ou trabalhando o mínimo, ou supervisionando, porque não acredito que o que faço é produtivo. Me rendo, aceito pela segurança no fim do mês, e por ser o lugar menos “escravizante”. Pelo amor à minha família, que acredita naquilo, e eu não quero desapontar.

Eu tenho sede.

Cantava de vez em quando, e conforme corre o contador, minha voz vai me deixando. Prefiro, nesse momento, ouvir o que os outros me dizem. E também calar, pra conseguir ouvir aquele burburinho que insurge de dentro pra fora.

Talvez não descubra o que é felicidade e satisfação, porque eu sempre quero mais. Mas também não faço questão de ser menos e dar um sorriso sem dentes. É um mistério, essa busca incessante por objetivos intermináveis. Deixemos então, o sorriso permanente, para os medíocres.

Me irrita a quantidade de “nãos” que há por aqui. Porque, na verdade, não sou negativista, apenas tenho a natureza de contrariar a maioria das coisas. E alguma vez, alguém me disse que sempre temos que substituir o NÃO por outras palavras. Acho que foi em algum treinamento de vendas. Os nãos existem, invariavelmente, e não vou negá-los.

Eu tenho sede.

Quero amar. A todos. Mas o “pra sempre”, esse eu reservei há algum tempo pra minha família. Entrar nesse território é uma tarefa árdua. Me torno um indivíduo celular, exercito a fagocitose, não raro nas primeiras falhas do novo organismo. Dói, porque é de dentro pra fora, quando me dou conta. Já está tudo fora. E não cicatriza. Acabo tendo que cauterizar. Às vezes, não fecha direito.

O hedonismo é um elixir. A liberdade de olhar e cobiçar alguém é um prazer maior que o sexo. Um beijo sem muitas conseqüências é um prazer maior que o sexo. O sexo em si só consegue crescer se tiver completo. Logo, o meu sexo só surge com vínculos. E nesse mundo, são poucos os que querem vínculos. E menos ainda, são os que percebem o vínculo como elemento vitalício, independente de um envolvimento vitalício.

Tudo culmina na incapacidade das conclusões. Em manter as “dead lines” afastadas, estáticas, esperando por não sei o quê, uma luz externa que nunca chega, pois nunca concordo. Mas vou mudar esse quadro. Ah! As mudanças... Falta ser flexível, falta ousar mais, enfrentar mais, super-proteger menos. Já é um início.

Contudo. A sede só vai acabar se a luz se apagar.

segunda-feira, agosto 29

The Daft Punk WON´T play at my house, EVER.


Por alguma maravilha do mundo moderno, os meus sets estão sendo reconhecidos. A Róque Town é meu chuchu e começa a brotar em outras hortas. ME = contente.

Só não pense que eu vou aprender a mixar as transições e entender BPM´s.

Rock and Roll é pra ser tocado do início ao fim, sem intervenção alguma. Não quero ser DJ. Basta ser dona das melhores seleções.

PLAY / CUE / PLAY / CUE / PLAY / CUE....e assim segue.

Depois eu boto a agenda direito..mas, ó...dia 06..DISTONIA. É fazer história, hein!

Cansei dos coments zerados. As MELHORES OBSERVAÇÕES continuam chegando por outras vias. Deu pra eles, de novo.

sábado, agosto 27

A long way to the top, trá lá lá tum tum pá


Após uma sexta-feira movimentada e divertida, seguiu-se a noite all along.

Uns amigos passaram aqui, fui no boteco distribuir flyers, apertei. É verdade. Esse lido com o público não é pra mim. Não era eu quem fazia isso, então só distribuí pra conhecidos e pessoas bem bonitas. Eventos e hedonismo são inseparáveis e essenciais.

“Nos encaminhamos”, enfim, pra infame “Funrapos”, ou formalmente chamada de Rock&Roll&Etc. Eu mesma chamaria de Presepada, como diria um ente querido.

Era na Farrapos. Era num hotel barato, abandonado.

“Pára no posto, pega um táxi pra voltar duas quadras, não, não, chegar ali a pé não dá. Eu tô de salto, não quero correr, vão me abordar e me chamar de puta, não, não. Entrada: 5 pila. Tchitim, tchitim. Vale um ponche. Quartos, que não são mais quartos, everywhere. Exceto um que ainda tem uma cama. Justo o do banheiro sem tranca. E essas pessoas deitadas aí se enlouquecendo? Xixi. Guarda-costas na porta. Vamos pra pista? PISTA!? É naquele quarto, com um palco. Acho que servia pra sexo ao vivo..Uhum, certo. Get off my cloud, babe. Ponche, ou Fanta Uva com maçã. Um show? Legal...NÃO, meu ouvido, porra! Saiu um naco de algo de dentro dele...meu tímpano, presumo. Tomar ar no “respiro” do prédio. Olha um banheiro sem porta, uhn peraê!

Tem um MACHADO ali no espelho.
- Ah, pára Dani... - Olha ali, caralho, um MACHADO! Ok, vamos escondê-lo. Eu não entro ali, vai você. Vou embora. Só mais um pouco, tô chapada só de cheirar tanta maconha junta, que merda – Quer um pega? Minha seda é rosa.. – No, thanx. BUT. We are young, we run green/Keep our teeth nice and clean/See our friends, see the sights/Feel alright. João? Alô? Tô indo pra lá, não quero mais, tô com medo disso aqui. Tchau, babies.”

E peguei um táxi, e me mandei pra Gothik Night, um lugar bem mais seguro, apesar de pessoas OVER maquiadas e de sobretudo, dançando emocionadas na pista. Especial Marilyn Manson. Fantastique.

“Ai, que bom. Safe again. Vamos descer? Toc, toc, toc na escada. O horror! O horror legal, hmmm olha ali, bem legal. Yay! – Olha aqui, dani, onde tu vai tocar! – É velho, né? Não sei mexer. – Ah! Tu te acerta rapidinho. – Acerto sim! – Tu vai querer dançar agora...

Tourniquet.
“she's made of hair and bone and little teeth
and things I cannot speak
she comes on like a crippled plaything
spine is just a string”

Wow! Indie music! P.J. Harvey, Le Tigre, YYY’s, Interpol! Quase uma róque town! Durou uns 20 minutos, e começou MM de novo, era pra nos agradar, certo.

“Babble, Babble, Bitch, Bitch
Rebel, Rebel, Party, Party
Sex, sex, sex, don't forget the violence
Blah, blah, blah
Got your lovey-dovey sad and lonely
Stick your stupid slogan in
Everybody sing along”

Enough? Uhum. Enough. Tchau, babies, again, babies, again. Oh gosh. Bye NEO. Sweet dreams are made of this.”


Bye, mas eu volto. Ah, volto! Dia 06 de setembro estoura a festa mais avant garde, ÉVER. A DISTONIA é uma loucura que eu, o João e os meninos da Gothik resolvemos aprontar. Be There, or Be Dead.

Ramiro: hmm distonia... e q tipo de som vai ser?
Dani Hyde: basicamente os nossos sets da roque town..com um peso crescente..que vai terminar a noite na barulheira da gothik
Ramiro: hmmm sair antes do fim da noite entao...
Dani Hyde: hahaha
Dani Hyde: depende..
Dani Hyde: ou "fazer sexo selvagem no banheiro da Neo"
Ramiro: uuuuiiiii ou isso...

*****

Um ato e três partes

Uma “odisséia” musical de uns 8 minutos. Rima, métrica, melodia e catarses intocáveis. Acho que nesse caso não é a “assistência from outer space”, é o Homem que tem uma palavra pra cada hora da nossa vida. E não só me poupa a redação, como poupa a exposição dos meus “picos de emoção”, como diz minha mãe.

Ladies and gentlemen, once again, Sir David Bowie.

“Sweet Thing”

It’s safe in the city, to love in a doorway
To wrangle some screens from the door
And isn’t it me, putting pain in a stranger?
Like a portrait in flesh, who trails on a leash
Will you see that I’m scared and I’m lonely?
So I’ll break up my room, and yawn and i
Run to the centre of things
Where the knowing one says
Boys, boys, it’s a sweet thing
Boys, boys, it’s a sweet thing, sweet thing
If you want it, boys, get it here, thing
’cause hope, boys, is a cheap thing, cheap thing
I’m glad that you’re older than me
Makes me feel important and free
Does that make you smile, isn’t that me?
I’m in your way, and I’ll steal every moment
If his trade is a curse, then I’ll bless you
And turn to the crossroads, and hamburgers, and
Boys, boys, it’s a sweet thing
Boys, boys, it’s a sweet thing, sweet thing
If you want it, boys, get it here, thing
’cause hope, boys, is a cheap thing, cheap thing

"Candidate"
I'll make you a deal, like any other candidate
We'll pretend we're walking home
(for) your future's stake
My set is amazing, it even smells like astreet
There's a bar at the end where I can meet
you and your friend
Someone scrawled on the wall "I smell the blood of les tricoteuses"
Who wrote up scandals in other bars
I'm having so much fun with the poisonous people
Spreading rumours and lies and stories they made up
Some make you sing and some make you scream
One makes you wish that you'd never been seen
But there's a shop on the corner that's selling papier mache
Making bullet-proof faces, Charlie Manson, Cassius Clay
If you want it, boys, get it here, thing
So you scream out of line
"I want you! I need you! Anyone out there?Any time?"
Tres butch little number whines
"Hey dirty, I want you
When it's good, it's really good,
and when it's bad I go to pieces"
If you want it, boys, get it here, thing
Well, on the street where you live I could not hold up my head
For I put all I have in another bed
On another floor, in the back of a car
In the cellar like a church with the door ajar
Well, I guess we've must be looking for a different kind
But we can't stop trying 'til we break up our minds
Til the sun drips blood on the seedy young knights
Who press you on the ground while shaking in fright
I guess we could cruise down one more time
With you by my side, it should be fine
We'll buy some drugs and watch a band
Then jump in the river holding hands

"Sweet Thing (Reprise)"
If you want it, boys, get it here thing
'Cause hope, boys, is a cheap thing, cheap thing
Is it nice in your snow storm, freezing your brain?
Do you think that your face looks the same?
Then let it be, it's all I ever wanted
It's a street with a deal, and a taste
It's got claws, it's got me, it's got you
It´s got you.

terça-feira, agosto 23

Deixa o verão pra mais tarde.


Hoje é o dia então. O Bueno disse que vai vestido com uma camiseta com os dizeres: "Eu odeio fã de Los Hermanos". Pedi uma para mim também. Segundo ele, teremos que andar em bando, pra sobrevivermos até o final do espetáculo.

Adoro essa interna. Eu sou um desses fãs, mas tento me conter. Sou bem pior no que tange a Bowie, garanto.

Penso que vai ser uma noite muito boa, daquelas lavadoras de alma. Tenho terapia (ooops, qualquer hora explico) e saio direto do consultório pro Opinion. Se eu gosto de tortura emocional? Mas bãhn! Exímia destruidora de coração. Do próprio.

Aos poucos, vou deixando de lado a minha resistência à várias coisas. Por exemplo, ao blog-diário. O meu já se tornou um, e não está incomodando tanto. Pelo contrário, está me dando uma chance de organização, visto que agora eu lembro do que fiz ontem, coisa rara, e assim por diante. Se alguém está lendo ou não, é o de menos. Por enquanto, tô considerando esse espaço uma agenda de apontamentos, que posso acessar de qualquer lugar.

***

"...me laça a alma, me leva agora..."

***

Lendo a entrevista de capa do Segundo Caderno (ZH) de hoje, com Los Hermanos, claro (pra quem não é do RS talvez não entenda, mas aqui eles são fenômeno de massa), concluí a falta absoluta da necessidade de se lançar compilações. Olhando pra trás e percebendo as maravilhas que uma boa banda faz, olhando pra frente e percebendo que, se eu quiser uma seleção eu faço um CD-R, não tem porque ainda existirem os "The best of".

Farei um manifesto anti-compilações. Isso vale pra textos também (onde, ao invés do CD-R, eu utilizo um ctrl-c/ctrl-v). Blog é literatura, eu creio. Mas a repetição me entedia.

***

Levantando essa questão, lembro-me dos podcastings do Insanus.org . POW! São muito bons. Vai lá curtir um ".rss" . Atente-se às vinhetas.

Descobri a rádio na Internet. Sério. Tem esse site que tu pesquisa por POLKA e acha uma rádio SÓ de POLKA! A sensação mesmo foi achar a GBV Radio, ouvi um show inteirinho. Nem me interessa de onde e quando. It was worthy.

Não me chame de atrasada, eu só não tenho nenhuma intimidade com rádios. Ouvia Jovem Pan e Transamérica aos 9 anos, até ganhar o meu The Real Thing – Faith no More. Depois disso, I turned off the dial.

***

“Tem alguém assistindo o mundo”

Teoria que Boris (ele voltou, emocionei) e Janocide ressuscitaram, e que eu sempre fui a favor. A nossa divina comédia deve cobrar cotas intergalácticas dentre os comerciais do espaço desconhecido.

“someone to fool us
someone to follow
(…)
someone to shame us
someone like you
we want you, Big Brother, Big Brother.” (db)


Deu pra mim. Acho que agora à tarde a Internet volta aos cabos azuis deste escritório.


Obs: A Internet não voltou..faço esse upload de casa. (depois acerto os links)

segunda-feira, agosto 22


"Há nos meus olhos, uma ruptura.
Por onde a loucura
Escoa."

Frase repetida zilhões de vezes na peça, que claro, me deixou muito transtornada. Não sei a autoria, mas é de uma verdade tão profunda. Puta que pariu.

Aquela hora onde tudo parece se aplicar à mim.

Me sinto patética, porque sou otária demais pra assumir que problemáticas "corriqueiras" me atinjam.

Eu não quero mais as obsessões. Me deixem livre. Concubinas sangüinárias. Quero simplicidade, transparência. Mistérios fáceis de se desvendar.


sábado, agosto 20

Show me how to live

Eu não perdia por esperar, os primeiros reflexos do abandono já surgiram. O Gabriel, sem eu perceber, ocupava papel fundamental na minha vida. Meu amigo, irmão, guarda-costas, ombro, camiseta pra enxugar o nariz, abrir a long neck e, o pior, minha companhia. No céu, no mar, na terra, no inferno e além do inferno. Minha companhia.

Ontem eu adiantei umas pré-produções de arte, pra uma festa nova e única que vai pintar. Ouvi um pouco de Shout Out Louds, nada novo, parece The Thrills com Of Montreal. Marquei de encontrar meus amigos na rua. Na RUA! Eu raramente SAIO de casa sozinha, o chill in sempre foi aqui. Não na Lancheria, não no Bambus. Aqui.

Tomei banho. Botei uma roupa ótima (leia-se calça jeans, camiseta e converse), passei OX no cabelo (momento capilar que eu e o Gabriel compartilhávamos), arrumei a bolsa, e olhei a porta do quarto...Chegou a doer, um vazio completo, misturado com saudades, com pânico da violência (2 assaltos em menos de 1 ano, ok?), com frustração, com tristeza.

Sim, eu gosto da solidão, de ir ao cinema, à livraria, sozinha, e muito já fiquei extasiada, observadora pelos cantos do extinto Fim de Século. Eu sabia que ia chegar num lugar qualquer que fosse, e encontrar rostos confortantes, mas o fato de IR e VIR by my own, provavelmente de táxi (no more caminhadas da madrugada), travou as minhas duas pernas.

Por que eu não saio com as mulheres? Humm, deixa ver...

Não sei, é um fenômeno, não entendo. Sempre foi assim. Acho que não gosto de disputar o espelho, nem da poluição sonora que mulheres fazem quando se juntam. Mas amo as amigas, as raras. Vou tentar criar esse hábito, fazer uns chás aqui em casa.

Também fico pensando que elas não gostam de mim, mas isso é história pra terapia.

Acabou que, decidi por não sair, não jantar, só beber Amarula e comer amendoim japonês. Enrolei mais um pouco na Internet, falando com, claro, Gabriel, que voltava de uma festa também frustrada, mas era uma festa no SOHO, entende? Ali em London, however...

Então assisti Vanishing Point (1971), que é foda, me trouxe outra leva de recordações e apontamentos novos pra vida solitária daqui por diante. Assistam, se não encontrar, eu gravo e te mando. Ah! Tem aquele detalhe: foi baseado nesse longa o videoclipe de Show Me How to Live, do Audioslave. Sacou o trocadilho? Ãhn? Ãhn? [mode polegar-indicador alternados ON]

Pra encerrar minha noite JÁ em clima de show de Los Hermanos, eu fui pra sala fumar o último cigarro e liguei a TV. Passava os minutos finais de um capítulo de The L Word. Estou a milênios pra assistir, fiquei em casa e esqueci que ia passar (porque sei os dias e horários de cor, mas nunca rola). Detalhe que a TV ligou no meio de uma PUTA cena de sexo das duas meninas mais lindas do seriado. Só vi a gozada. Dammit!

Programas ainda programados:

- Ir ao hospício em algumas horas, é. No São Pedro assistir Haloperidol – Uma Fábula Urbana. A história de um cara que não se adapta a sociedade vigente. Hummm. Com dois nus masculinos. Beleza.

- Ir à NOISY, ouvir bandas tristes (shoegaze, xúgueiz para os íntimos), beber de maneira justa à minha condição, e dançar até os pés morrerem.

- Assistir aos Los Hermanos na terça e “o que nos resta é chorar”. Porque em show de losers quem não chora não entende. E eu tô precisando. Chorar e entender.


Ouvindo: Sapato Novo – Losers – 4 . Ela me pega no colo, e me faz querer tocar de novo.


(odeio Word que coloca maiúsculas automaticamente)

sexta-feira, agosto 19

hoje meu sócio me mandou o convite de formatura dele. quando é? hoje, oras! ele é super centrado. jornalismo, claro.

o que CLAMOU pela minha atenção foi uma citação da Clarah no rodapé do email. dessas coisas momento "Today´s Fortune", sabe...like a glove.

"Não tenho medo de me perder nem de fazer a coisa errada, desde que faça alguma coisa. E mesmo que não tenha volta, não vou viver na angústia do se. Eu tenho o go for it. Medo de quebrar a cara é algo lamentável, triste, deserto sentimental. O Horror. O Horror não são os erros, são os passos para trás ou as hesitações na hora de cruzar a rua. Se um carro me atropelar, vai ser porque não olhei para os lados, não porque resolvi atravessar". (Clarah Averbuck)

já já eu volto. foi só pra não esquecer.


quarta-feira, agosto 17

Aquela Caixa Hipnotizante


"Guided by Voices - It's hard to admit to digging a group with a leader who calls the Beatles the greatest group of all time, but check out "Choking Tara (Creamy Version)" in the Multimedia section (MP3 or RealAudio) and see if you can resist."

Richard Hell, himself, linkando o site do GBV, com um comentário mais do que genial, no seu website.

Mas por quê eu tô falando disso? Por quê diabos eu fui fuçar lá?

Porque a onda tá crescendo e até o Lúcio já avisou. Se o TELEVISION vir pro Tim Festival, eu terei um colapso nervoso ainda esse ano, e ficarei com aquele sorriso demente na cara pro resto da vida.

Gostaria muito de ver a formação original...conto com isso, mesmo sem o Hell (ele poderia vir solo que eu não ia reclamar)..mas só de imaginar Marquee Moon ao vivo. ai ai.

"In 1977 it was daring and magical, and it still is."

*

Transformei o "it´s all happenning" em festa. Aguarde a Róque Town de setembro.

Tá bein?



tão divertido..

segunda-feira, agosto 15

Uma jornada - breve olhar sobre alguns dias de róque town


Agosto quase sempre é sinônimo de ranso. Não sei porque esse mês é decadente, o mundo acabou rotulando-o de mês estagnado. Mas mesmo pros porto alegrenses mais descrentes, a cena róque "agostiniana" está bem no climão "it´s all happening".

05-08-05.

Poa Róque Town _ Genocídio. O Beco lotado como eu nunca vi, a cerveja acabando no meio da noite e um povo fantástico circulando por lá. Meu set ficou tão BRIT que nem acreditei, pessoas cantaram T.Rex (lindo) e rolou corinho em Go to the Mirror ("see me, feel me, touch me, heal me").

A despedida do Gabriel foi foda, o mais novo habitante londrino tocou suas modernices e deixou, como sempre, o povo frenético. Arcade Fire caiu como prenúncio da vinda pra cá (será que eu já posso acreditar?). O Jan abriu com Beatles e de resto, foi só alegria, inclusive Trem da Alegria, no susto (não pergunte porque ele tem essas coisas queimadas em cds de discotecagem), o mais curioso foi que os indies blasées largaram a máscara e saíram saltitando num revival de infância.

Sonho todas as noites que as próximas continuem assim. Já marque na sua agenda. Dia 02 de setembro.


06-08-05

Tito & Os Fantásticos :: Detetives _ Indignação com essa gente que fica reclamando da vida na esquina do Bambus e praticando pussucagem. Porque perderam dois shows ótimos. Embora não muito cheio, o Garagem cuspiu energia nessa noite de sábado.

A bandinha do Tito tem cara de rock and roll. Rifosos, ultra-jovens e cheios de vontade. Um aviso pros outros grupinhos capengas que não saem nunca da moita. Esquecer os conceitos de pop e voltar a ter VONTADE de tocar, o mais importante, sempre. Não venha me falar que eles sugam material das influências e são amadores, porque, caralho, é assim que se começa! Esse argumento só serve pra quem quer esconder o talento do NOVO, e continuar a manutenção dos velhos ídolos frustrados.

A paulistana Detetives eu não conhecia. Achei massa. Contraste com os meninos daqui, esbanjando maturidade e conhecimento instrumental. O que, pra mim, acaba deixando o som meio afetado, meio "além do necessário", mas reconheço a qualidade. O cover de White Light, White Heat na finaleira me conquistou. Reed deve ter caído do balcão de bar onde estaria nessa hora.


10-08-05

Ordálio :: Miniband :: Superguidis _ Quarta-feira, queria chegar cedo em casa, queria.

A Ordálio é lá da Guaibeira, newbies, sabe. Não gostei porque me lembra Oasis. Tudo que me lembra Oasis não me passa boas vibrações. O problema não é ser amador, o problema é errar e fazer barulho pra todo mundo perceber que tu erraste.

Descobri que a Miniband é de um conhecido meu, foi algo surreal porque a Miniband "penetrou" a pauleira punk no meio da indieada e não quis nem saber. Eles sabem errar, sabem agradar e tocam forte. Gostei. Só não precisa de discurso pró róque democrático, belê?

Eu sou uma junkie viciada e dependente de Superguidis, não vou falar deles porque vai ser só puxação de saco..Vão conferir lá no tramavirtual (pra quem é triste na vida e ainda não conhece).

Contabilizando: muito barulho bom, muita cerveja+ice, e de resto, "se eu não lembro, eu não fiz".


11-08-05

Intervenção-nem-tão-róque-muito-mais-pessoal-nem-por-isso-de-menos-valia

:: Sin City at the movie theater ::

Rapaz... se o Calvin assistisse esse filme a história ia ser bem diferente. Queria saber desenhar pra reproduzir o Calvin pós cidade do pecado. O Haroldo ia ser o Marv, óbvio.



13-08-05

Festa à Fantasia no Beco (da Amanda, aquela dos lacinhos...)

Desde o início decidimos ir de MODs, eu e Jan. Ia ser fácil. Minhas amigas, elas usam essas roupas, é sério, nem minha mãe acreditou quando viu o que a Carol me emprestou. Um terninho MEU pro babe, e quase tudo feito. Arrasamos, fia!

Discotecagem dos meninos-pumas, Lucas Cabelo (da It´s Only..) e a Doutrina Bochoi. Já rola um movimento "músicas-que-nós-gostamos-de-ouvir-em-casa" (será que ela não vai parar com as "hifenizações"???), sou totalmente a favor, afinal, quem quer pular o tempo todo vai pra uma RAVE. A Doutrina arrasou, já estou planejando mirabolâncias.


15-08-05

Agora eu tô trabalhando, num momento ultra sacal de incompetência alheia e outros agravamentos que deprimem. Mas faltou um parágrafo, pra dizer que teve muito mais que eu não pude conferir, e vai ter muito mais até o fim do mês, pra não falar do semestre, que tá um absurdo.

Hello! Beats, Hermanos e festerês locais da cidade mais DELÍCIA do país.

sexta-feira, agosto 12

Isso é o que eu chamo de ORGASMO .

***

Semanas movimentadíssimas, muita função. Tentarei relatar os melhores momentos depois.

sábado, julho 30


então...tem festa a semana que vem, chill in a partir das 23hs com momento FULL album: LONDON CALLING

maCHUca vai embora em seguida pra terra do Pete Doherty, espero que não se conheçam.

Jan vai trazer seus vinis...sacação

e faça-me o favor. melhor flyer. éve!


***********

choro copiosamente ao ver Em busca da Terra do Nunca, só de lembrar os olhos marejam de novo. afe! 2005 é o ano dos filmes que me tocam, barbaridade.

I slept with the devil (a dream)


Primeiro, eu ouvi a frase na voz de uma mulher, nada convencional aquela lá. Depois eu vi nos braços de outra, tatuagem, personalidade, e uma possível pureza nas camadas inferiores. O fato é que elas dormiram com ele, e essa noite, eu também.

(a partir daqui, um sonho vem à tona numa tentativa de reconstrução, não faz sentido procurar sentidos, considerar fatos, lendas ou dogmas religiosos, que seja lido com a mente aberta, um exercício pra alma)

Fantasy, abandoned by reason, produces impossible monsters; united with it, she is the mother of the arts and the origin of marvels. (Francisco de Goya)

Estávamos todos numa espécie de jardim de inverno, num shopping meio parque meio jockey clube, whatever. Uma parte dele era a céu aberto, as pessoas brincavam por ali, com as crianças, de dar forma às nuvens. Eu e muitos conhecidos. De repente, uma festa, creio. O certo é que a idéia de futuro é muito clara, tecnologia por toda parte, da máquina à filosofia.

Tinha esse amigo meu, desprovido de qualquer sinal de identificação. Alguém que eu amava incondicionalmente, ali estava o sentimento e a confiança “em pessoa”, sem necessidade real de um rosto. Vai ser o Mário (porque não conheço nenhum e assim mantenho a neutralidade.... não ria, é tudo muito sério nesse momento).

Mário e eu estávamos correndo no meio de uns arbustos, falando de literatura, recitando uns impropérios de Bocage e Sade, e gargalhando em agudos. O vento ressoava naquela concha que se forma quando as madeixas contornam o ouvido.

- Vê o orvalho?
- Mas se o sol já se impõe no centro!
- É orvalho, Dan. E vai chover.
- Oh sim! Sinto as gotinhas. Olha, a chuva chegando. Ali, o pretume das nuvens!

Em alguns segundos o “pretume” alcançava suas cabeças. Não era chuva, era uma tempestade sim; gafanhotos, pequenos animais mortos e muita poeira. Aquele cenário digno de um Goya rodeava as pessoas, absortas de um pânico paralisante, como numa pintura.

A nuvem passou, e todos, talvez por um instinto de sobrevivência primário, voltaram aos seus lugares, a continuar o que faziam antes. A subservir o próprio espetáculo. Menos eu e Mário.

- Lembra daquelas histórias da Internet?
- Que histórias, Mário?
- Que existe um link real com o “Underworld”, mundo de baixo, dos demônios. Mas que ele não fica exatamente abaixo de nós.
- Cara, eu acabei de assistir uma das trombetas gritando, e você vem me falar de casos da Internet?
- Dani, você sabe, aquele código de programação, a freqüência exata desse mundo paralelo.
- Aquilo era uma brincadeira. Acho que a situação é muito mais complicada.
- Uma coisa simples é muito mais difícil de ganhar credibilidade, quando tange aos medos da nossa espécie. Esses macacos.
- Macacos!? Ô, Mário! Virou anjo caído agora? Quer se juntar com aquela poeira nojenta pra dominar o mundo?

Todos conheciam os boatos de que, algumas companhias de aeronaves do planeta trabalhavam com descontos inimagináveis em alguns vôos clandestinos. Era difícil conseguir vagas, e havia aqueles termos de contratação. Quem voava nessas condições deveria concordar com os termos, e concordar em NÃO revelar o conteúdo destes a ninguém. O ato de infringir esta ordem custava a própria vida, ou não, não há como saber. As pessoas que espalharam os boatos são as mesmas que sumiram.

Eles têm alguma relação com o que Mario tentava refrescar na minha memória, e diretamente ligado àquela “nuvem preta”. O fato é que se dizia por aí, que essas aeronaves voavam num espaço sem impostos, e com um mínimo de gasto de combustível. Que elas voavam em outra quadratura dimensional. Em outras palavras, existia um atalho, e era pelo inferno.

O inferno aqui, divide o mesmo espaço. Não é embaixo, nem em cima, nem ao lado. Ele está nessas partículas invisíveis... que às vezes, não são tão invisíveis assim. Eu já tinha ouvido falar que as decolagens e aterrissagens das aeronaves causavam conflito entre os dois mundos, mas até então, nunca havia visto.

- Mário. Você já voou?
- Naqueles? Não.
- E não tem curiosidade?
- De andar de avião por LÁ? Não. Se quiser, eu vou conferir de perto.
- Será que é.... será que é errado? Querer saber como é?
- Dan! Acorda! Nós VIVEMOS em função dele! Nós DESFRUTAMOS dele! É praticamente um organismo vivo da nossa sociedade! O céu é uma pintura na igreja e material de estudo pros físicos e astrônomos. E esse outro lado, que nos rege, é nossa PÁTRIA! Não seja hipócrita como os outros.
- Inverteram-se os papéis, então?
- Muito antes dos traficantes fundarem a nova república do Rio de Janeiro.... – diz Mário, desdenhoso.
- Vamos lá na Cybertown então?
- Você quer usar a rede hoje mesmo?
- Quero que você faça comigo, esqueci os códigos.
- Mentirosa.

Mentirosa. Ele tem razão. Nunca entendi porque medo e curiosidade caminham juntos, e porque isso atinge até a mim. Isso é tão patético.

Bem, a Cybertown Culture era uma casa noturna, os piores djs da cidade desabavam por lá, não por causa da música, mas por causa da ansiedade descontrolada que causava no público. Eram os mais atormentados, inquietos, sedentos por “falar” tudo ao mesmo tempo [pense que no início do século XXI apenas NASCEU o culto aos DJs, e que isso vai piorar, e dominar a vida social nas décadas seguintes]. E cingia no ar, implodia meus tímpanos: Miles Davis, Ministry, Ella Fitzgerald, Syd Barret, David Bowie, Coltrane, Chet, Nine Inch Nails. Porque a loucura anda de mãos dadas com o Jazz e o Industrial, é uma constatação. Tinha a pista, iluminada com neon, de baixo pra cima num piso transparente de acrílico; as mesas todas comportavam um notebook hiperconectado; ainda existiam os ambientes ARCADE – pros gamers, o ELEVATION – uma seqüência de 6 elevadores panorâmicos, que só subiam e desciam num tubo, não existiam outros andares, mas quem estava do lado de fora não enxergava o interior deles, o que dá a eles uma utilidade imprescindível, e o “Livramento” - uma livraria daquelas, com almofadas e etceteras. Aquilo era um exagero, ninguém lia ali, só usavam aquele espaço pra se acomodar e usar suas droguinhas.

[mode monitor on]

PROMPT> HEY HEY
PROMPT> IT´S BETTER TO BURN OUT THAN TO FADE AWAY
PROMPT> (blá blá blá, isso envolvia algumas horas de citações de clichês “obscuros” em músicas, se o código tinha alguma razão de ser eu não lembro, mas faz sentido pensar que foi a porção SACANA que nos botou pra remexer o corpo, já viu algum padre dançar bem?)

INVITE ACCEPTED, PRESS THE FINAL KEY

PROMPT> CTRL + H + E + L

CONNECTION MADE, EXPECT CONTACT

!!!!! “SIEMPRE VIVA” – OUR BEST WISHES FOR YOU !!!!!


[mode monitor off]


Olhei pro Mário, sensação de tarefa cumprida. Olho pro salão, uma movimentação estranha, todos vão pro terraço. Fomos atrás. De novo aquela nebulosa feroz cheia de sujeira, insetos e o ar tomado pelo cheiro de enxofre. Só que diferente da primeira vez que vi, neste lugar de gente perdida, acontecia uma grande euforia, todos agiam de forma a exaltar o fenômeno. Assustador, mas excitante.

The day the world went away

Um dos DJs retardados botou o FRAGILE, do NIN pra tocar. Trancou a cabine que tinha formato de aquário, no meio da pista. E sumiu.

Um grupo de 4 pessoas veio então se aproximando de nós, se apresentaram, Jack, Jane, Adrian e Alexandra. Todos impecavelmente jovens, e de olhos brilhantes. A gente havia entendido tudo.

Começamos a conversar, falar do que havia acontecido um pouco antes, eles diziam que era normal, e ia acontecer cada vez mais. Deu-me um pouco de falta de ar, Jack estendeu um pacotinho com umas bolinhas, parecidas com aquelas bolinhas de homeopatia. A etiqueta dizia Amnofilina, era um remédio que eu tomei bastante quando criança, mas sabia que não era aquilo que estava contido no saquinho.

Jack era alto, de pele um pouco bronzeada, cabelos negros até a altura dos ombros, um pouco rebeldes, ondulados, mas moldavam perfeitamente seu rosto, lhe davam certa força, ele me seduziu no primeiro olhar. A sua mão era tão grande que o pacotinho ficava bem no centro do M, aquele M que temos nas mãos. Eu peguei umas 3 bolinhas e engoli. Mário fez o mesmo, era Alex que lhe estendia a droga.

Caminhamos juntos pelo Cybertown até chegar à ala dos Elevations, eu e Mário nos olhamos desconfiados, mas seguimos em frente. Na verdade, já nos encontrávamos meio entorpecidos, aquilo era uma espécie de calmante e começava a fazer efeito.

Adrian vai até o operador dos elevadores, Sr. Justine. Ele era uma espécie de celebridade do Cyber, os freqüentadores o cumprimentavam, zombavam da altura do quase-anão-careca-e-gordinho. Davam-lhe gorjetas igualmente gorduchas em algumas ocasiões especiais ou ilícitas. O que existia, era na verdade, uma grande movimentação nessa parte da casa noturna, que eu não havia me dado conta antes.

The Great Below

Adrian pede, com seu jeito marrento de viking, pra Justine fazer o procedimento. Entramos todos os 6 no elevador, o último do corredor. O velhinho simpático desejou bom divertimento e fechou a porta com umas vedações estranhas (parafusos e trincas, material todo de cobre).

O interior do “compartimento” era todo estofado e revestido em veludo cor de vinho. Todos se sentaram no chão, se acomodando de um jeito como se fôssemos dormir. De fato íamos, eu mal conseguia sustentar minha cabeça sobre os ombros. Recostei-me no peito de Jack, ele deu um sorriso e deslizou a mão no meu cabelo. À frente estava Mário, Jane e Alex sentaram-se uma de cada lado dele, fazendo mençõerio, Jane e Alex sentaram-se uma de cada lado dele, fazendo menço procedimento. egu rostoormal, e ia acontecer cada vez mais frs de "adocicar" aquela situação. As duas "skinny gals", se debruçando sobre meu amigo, deram início a uma seqüência de beijos e carícias. Fecho os olhos, apago.

Into the Void
"pictures in ma head, of the final destination(...)try to save myself but myself keep slipping away"

Desperto com um beijo de Jack, na testa. Ele desce as mãos do meu rosto até as minhas mãos, num deslize incompreensível. Levantamos-nos, e aquele elevador sumiu. Aqui, uma sala escura com alguns sofás antigos de bordel parisien. Atravessamos a sala e chegamos num cômodo, bem dizer, um quarto de bordel parisien. Jack some pela porta, como se tivesse sido sugado pelo vácuo.

Tem uma cômoda com espelho, defronte da cama.

Unpassant - eu numa camisola que devia ser só pra amenizar o vento mesmo, tamanha transparência.

De repente sinto uma energia tomar conta de mim, subindo dos pés para o resto do corpo.

Unpassant - Ele está atrás de mim.

Vira-me com força. Aquela coisa indefinida, disforme, com rabo, um corpo de morcego, do rosto eu não me lembro, sempre do rosto. Mas ele percebeu que eu gostei de Jack, e deu-me o rosto do meu pretendente naquele corpo estranho. Seguiu-se então o melhor coito da minha vida.

Starfuckers Inc.
"dont you dare call me a whore.."


Um beijo encharcado de desespero e lascívia, a impressão de que quanto mais sujo e degradante fosse o ato, mais fazia com que minha respiração ficasse ofegante, e mais ofegante, e mais e mais. Eu não estava preocupada com o fato de ser um demônio me comendo. A importância de compartilhar o prazer era tão maior do que todo e qualquer fato externo. Tinha paixão, tinha alma, isso que importava. Ele me subjugou completamente e me fodeu como se eu fosse o seu animal de estimação. Não era o sexo como nos vem à mente, era muito mais agressivo. Ele penetrava em mim por todos os meus poros, como se cada estocada tirasse um naco da minha integridade. Ele me queria nua de verdade. Eu o amei por isso.

Conversamos em algum momento de serenidade, perguntei se só poderia chegar lá à base de drogas, porque não gostava de usar drogas (passei a entender aquelas meninas semi-mortas zanzando pelo Cyber, com os olhos vidrados, skinnies). Ele me disse que, se eu fosse uma pessoa com certo controle dos estados inconscientes do corpo, eu conseguiria transpassar as barreiras do limbo e entrar sempre nessa freqüência, através dos sonhos.

Um sorriso. Não dá pra definir as camadas de bestialidade e beleza que coexistiam no mesmo ser, mas elas estavam lá, uma fração mais estarrecedora que a outra.

O sexo perdurou, por horas e horas de hedonismo sobrenatural. E então alguém me acordou.

As primeiras conclusões do dia foram: eu dormi com o diabo, e gostei. Vou escrever pra nunca me esquecer disso.

terça-feira, julho 26

i neeeeeeed some salvation!

Assim, portanto parece
Que a batalha foi ganha
E eu não tenho mais grana
pra sustentar o sonho inútil
então a dor agora cresce
no afã de ser volátil.
A sutileza se aquiesce
Dá lugar prum tom amargo
Fica a maldizer o afago
que ainda cedo esmaeceu
O fel gritante à goela desce
e pedante, grita: não doeu!

uma fumante, tentando incutir o EX no sujeito da sentença, à beira de um ataque de nervos, fazendo versinhos, pra ver se ainda lembra como se brinca de poesia.

domingo, julho 24

dia a dia:

20 mg de acebrofilina
10 mg de maleato de desclorferniramina
09 gotas de berotec diluídas em soro fisiológico, por 20 minutos, 3 vezes ao dia
.. berotec aerosol à vontade (a bombinha)
04 Marlboro Lights, ou menos, às vezes a falência pulmonar ataca logo depois do segundo
Não vou parar de fumar. Sou inteligente demais, honesta demais, contida demais, pra deixar de realizar meus poucos vícios destrutivos e auto-depredatórios.

Muita comida, doces principalmente, todos sabem que chocolate é o grande salvador.

Aproveitei esses dias de concentração caseira pra ler o Hell (Lolita Pille). Tirando a parte "doente" (sexo grotesco e desenfreadamente casual, abuso indiscriminado de drogas, preconceito e descaso com o outro, essas coisas todas que talvez eu nunca conseguirei realizar), algo que sugo como néctar sagrado na literatura.
Hell é deprimente, mesmo rica cheia de pó e Dior, ela só queria alguém pra se encostar e chamar de amor e se conformar com isso. Ela se confronta um pouco, óbvio, pra atestar a sua mediocridade, mas no mundo efêmero ninguém tem tempo pra joguinhos, e quando ela pensa que tá ganhando se fode, e se fode de novo, e de novo. E não tem nada de romântico, é tudo catastrófico e feio, tirando o sotaque francês...ela acha que só porque é francesa pode escrever um livro polêmico e ficar famosa no mundo todo. Pois bem, na mosca.

Mas não entendo o porquê da "denúncia", é engraçado pensar que alguém não saiba que as coisas são assim, pois o mais prazeiroso de ler o livro é identificar como essa podreira se reproduz, naquele meio, naquele outro, no meu, no seu. Essa é a nossa "juventude dourada", como ela mesmo diz, não tem escapatória. A diferença toda é a grana. Mas se eu tivesse grana seria igual, whatever...

AT LAST, BUT NOT LEAST

Vimos o Wonka, eu e Vince. Só nós dois, e esse mundo Burton que eu amo que só. (adoro frases que começam e terminam com a mesma palavra)
Finalmente pude apresentá-lo (Burton´s world) pro meu filho, da forma mais lúdica e sutil possível.
A vida é feita de momentos, esse foi um dos mais sublimes.
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Preciso mesmo dizer mais alguma coisa?
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Johnny só me dá a certeza do seu posto no meu Top 5. Tim Burton é padrinho, e Danny Elfman tocará Face to Face no orgão de fole.

"(...)
You never can win
it's the state I'm in
This danger thrills
and my conflict kills
They say follow your heart
follow it through
But how can you
when you're split in two?
And you'll never know
You'll never know

One more kiss before we die
Face to face
and dream of flying
Who are you?
who am I?
Wind in wings
two angels falling
(...)"

(Siouxsie & The Banshees)

sexta-feira, julho 22

E isso aqui segue com posts esporádicos e fadado à posse das moscas.

Não é falta do que falar, falta do que escrever, é falta de clima mesmo. Na totalidade do meu ser, falta clima pra tudo. Assumindo assim, que eu também possuo mau humor.
Mas antes de sair por aí afetando as pessoas, eu procuro me distanciar, minha clausura, meu remédio. Apesar de que, nesses dias, ando precisando de outros medicamentos, face à minha pseudo tuberculose mortal. Tenho medo até de ir no médico e ouvir o que ele tem a dizer, acho que é mal, muito mal, quase maldito.

Además, tudo na minha vida está bem confuso. Minha alienação tomando conta e a necessidade de outras pessoas dentro desse processo é nula. Não sei porque mas prefiro curtir minha "self-pity" bem solita. Estou bem tristonha, é verdade. Nada é como a gente planeja, e mesmo evitando os planos, os poucos que faço vão se desmanchando, com o vento. Né, Ruivo? De qualquer forma, as fortalezas se mantém, diz a teoria.

fade...

- Odeio essa onda Andy Warhol, talvez eu ainda não tenha evoluído o bastante pra entender o sucesso de uma banana numa capa de disco. Eu assisti aquele Top Top da MTV, edição melhores capas, e o V.U. ficou em primeiro, e o Sgt. Peppers em terceiro. Sim, o Sgt Peppers, com aquela capa, que é praticamente um documento histórico. Alguém me ajuda a entender essa infame geração? Pseudo-tudo, como disse o Gabriel Brust em sua coluna do poarock.com.br, ele vale o site, garanto.

- Existe uma turminha se agitando pra proibir a apresentação do Acústico Emetevê Bandas Gaudérias aqui na terrinha, por causa de "E por que não?", da Bidê ou Balde, justificando que é uma super apologia ao incesto...E aí? Deu pra engolir?

fade...

Seguirei hoje, ouvindo os 3 álbuns do losers pra preparar os ouvidos pro QUARTO REBENTO vindouro.
Geral reclamando que "O Vento", não tem metais... Quer saber? Foi o que mais gostei..

Chega de carnaval. Agora o momento é de sentar na beira da praia e refletir sobre tudo que aconteceu. E assim, dou início às interpretações..

O mais legal de Los Hermanos são as mil sacadinhas, que existem, que inventam, whatever. A grande sacada é: quantas bandas de HOJE e ATUAIS, te fazem parar e pensar?

sábado, julho 16











O Vento
(Rodrigo Amarante)

Posso ouvir o vento passar
assistir à onda bater
mas o estrago que faz
a vida é curta pra ver...
Eu pensei que quando eu morrer
vou acordar para o tempo
e para o tempo parar.
Um século, um mês, três vidas e mais um passo pra trás?
Por que será?
...vou pensar.

- Como pode alguém sonhar
o que é impossível saber?
- Não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer
e isso, eu vi, o vento leva!
- Não sei mas sinto que é como sonhar
que o esforço pra lembrar é a vontade de esquecer
... e isso por que?
Diz mais!

Uh, se a gente já não sabe mais rir um do outro
meu bem então o que resta é chorar e talvez,
se tem que durar, vem renascido o amor bento de lágrimas.
Um século, três, se as vidas atrás são parte de nós.
E como será?
O vento vai dizer
lento o que virá
e se chover demais
a gente vai saber, claro de um trovão,
se alguém depois sorrir em paz.
Só de encontrar... ah!..."