quinta-feira, janeiro 10
Basicamente, o Nada é sujeito, e o Ser, verbo. Logo, a questão já perde o sentido. Mas se nos conduzíssemos ao que o autor dela tinha em mente (ou não tinha, e simplesmente quis preencher algum Nada em sua vida carente de qualquer Ser), e considerarmos dois sujeitos antagônicos, surgem algumas hipóteses.
A palavra hipótese já é cretina em si, mas prosseguindo...
Parte-se do pressuposto que o Nada “não é”, “não há”, e como entidade, elimina o Ser. Como entidade, ele pode “Estar”, algo que em outra língua não poderia ser discutido, o que o torna mais complexo, mas ainda assim funciona. Como entidade, ele existe aparte do Ser, e rivaliza com este, se apropria do que é esquecido, e é aí que está a chave da resposta.
É necessário, primeiramente, precisar se a questão fala do homem, e é analisada a partir de. Nesse caso, tratamos de uma criatura incapaz de inibir 100% dos pensamentos, da imaginação e das sensações.
Antes de se levantar a busca monástica oriental pela ausência de pensamentos, é preciso pensar que essa busca é pelo pleno, ou seja, nesse caso o Nada é Tudo e vai abrir a possibilidade para o indíviduo vivenciar o Ser na sua essência mais pura e original.
Retornando, uma vez que a inibição de qualquer reflexo não acontece completamente (voluntariamente), o Nada só vai possuir, conter, ou estar contido naquilo que é deixado de lado (voluntariamente ou não), e em momento algum, é possível que se abandone o Ser. Quando pensamos por que o ser e não o nada, já estamos sendo.
terça-feira, janeiro 8
Agora há pouco me convidaram pra sair “com a turma toda”.
Eu perguntei:
Quem é a turma toda?
Eu não tenho turma!
Minha turma é o Gabriel.
Minutos depois, discutindo sobre o aniversário de 3 anos da Roque Town:
Dani Hyde diz:
e qual o tema? seguiremos com o Rocky Balboa?
gabriel. diz:
acho que sim
gabriel. diz:
rocky 3
Dani Hyde diz:
sim
Dani Hyde diz:
o melhor
gabriel. diz:
karate kid
gabriel. diz:
a gente tira fotos
gabriel. diz:
tu de mestre miagi e eu de daniel sam
gabriel. diz:
daí em março tu fica em casa
Dani Hyde diz:
tá, mas daí tem que se agilizar
gabriel. diz:
aposentada
Dani Hyde diz:
a gente podia fazer umas 3 versões...com filmes diferentes que chegaram até a terceira parte
Dani Hyde diz:
back to the future
Dani Hyde diz:
star wars
Dani Hyde diz:
ou a história sem fim
Dani Hyde diz:
tu é o bastian e eu o atreyu
gabriel. diz:
ou maruja manhosa
gabriel. diz:
tu é a maruja manhosa e eu sou o rocco
Dani Hyde diz:
tá, venceu.
Viu? Minha turma.
segunda-feira, janeiro 7
pra começar o ano uma parte do mais novo conto/novela/whatever que eu ando produzindo. e como anda parado, resolvi largar a preview.
(Across the Universe)
Antes de escrever qualquer coisa, pensava que essa parte seria a mais difícil. Por falar de mim e também por ser sobre uma canção dos Beatles. É difícil falar qualquer coisa a mais do que os Beatles sem usar as palavras deles e se tornar um pouco plagiador. Numa reflexão mais profunda, qualquer coisa que passarmos ou sentirmos será um plágio de Beatles. Vou então esclarecer que este excerto da história é uma homenagem aos Quatro Fabulosos, pra não ficar feio nem pobre, nem repetitivo.
Nesses tempos fui ao cinema assistir Across the Universe. Ele tem o início perfeito, com um rapaz chamado Jude cantando Girl e olhando pro espectador. Todas as histórias de amor deveriam começar a serem contadas dessa forma. “Is there anybody going to listen to my story? All about the girl who came to stay. She´s the kind of girl you want so much, it makes you sorry. Still you don´t regret a single day. Oh! Girl”. Fato. O filme é maravilhoso, e eu espero que qualquer pessoa que esteja lendo isso agora, procure assistí-lo. Hey, você do futuro, ultimamente, nesse meu tempo, ninguém faz nada que seja atemporal, e esse filme é uma exceção, por favor, não deixe isso passar!
Mas o que eu queria comentar é que nunca havia prestado atenção em um trecho de If I Fell. Que diz:
I´ve been in love before
And I found that love was more
Than just holding hands
Ou melhor, esse trecho nunca havia tido algum sentido, que não lírico, até então. Houve um episódio em que eu e Henrique tivemos uma boa noite, e posteriormente, quando saímos à rua, automaticamente fui dar minha mão para caminharmos e ele recusou. Seguiu-se uma série de divagações teórico-filosóficas e eu me mantive serena e semi-imparcial (um pouco exaltada, nada absurdo) quando na verdade gostaria de ter uma discussão daquelas em que o casal começa a gritar em público. Eu entendia, os Beatles também, o Henrique ainda não. Não poderia haver circunstância melhor pra descobrir que não estava sozinha do que ali, na frente da tela grande. Chorei sorrindo, aliviada finalmente.
Já teve alguém que falou com muita propriedade das mãos dadas, e é brasileiro por incrível que pareça (ou não, sou defensora de que a língua portuguesa é a única capaz de dizer qualquer coisa por falta de vocábulo nas outras). Drummond disse: “Não nos afastemos, vamos de mãos dadas”. Mãos dadas é o mínimo, e não o máximo. “O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente”. Pois é...
Falar de mim vai ser sempre assim, vai ser falando dos meus heróis, vai ser dizendo que eles me entendem e que os outros não, vai ser falando das músicas, dos livros, do cinema e da piada que um amigo me contou ontem. Referências. Sou um apanhado de referências. Um peixe grande, pegando tudo que está na frente, sempre com sede, muita água, sempre aumentando pra que fique mais interessante e bonito. Porque a vida não é como ela acontece, mas como você a vive, e como você a descreve. Tudo pode ser verdade, como pode não ser, e ser tão melhor quanto. A vida é o que se cria dentro de você, como um filho, como uma história. Quanto mais seu filho cresce, mais ele fala sobre você, mais ele te representa. Seu filho e sua história, as únicas coisas que são passíveis de continuar sem a sua presença.
Referências. Hoje eu sou mil vezes Race for the prize e todos os seus acordes. A intro mais linda que ouvi em 2007, um dos meus poucos alívios ao final desse ano. A vontade é de botar ela pra tocar aqui e o Wayne Coyne pra girar na bolha... Façam isso por mim.
Two scientists were racing
Veja. Encontrei uma música-tema pra mim e pro Henrique, agora que ele está longe. Obra de um amigo especial. Tenho tantos amigos especiais que a única coisa que posso fazer é agradecer aos deuses por todas as pessoas que me cercam, que ora somos nós, ora são eles. Bem, essa é pra eles.
Agora eu cheguei aqui, numa história que seguia os tons de um disco do Bowie, mas que tem um cover de Beatles, que desvirtua a coisa toda, que me leva pra um filme contemporâneo, que tem um de seus altos momentos numa canção que um amigo gravou em casa em 2005 e me deixou completamente devastada quando vi o filme e descobri seu verdadeiro sentido, e escorrega pro presente onde me arrependo de não estar num festival o ano passado. No fim das contas tudo tem o mesmo fim. Fazer parte da hiper rotatividade de informações necessárias (nem sempre importantes) para a formação de uma única vivência em particular. A minha. Só que estamos no século XXI, e tem milhares de loucos sem-vergonhas como eu por aí. Logo, tudo isso fará sentido pra muitos de vocês. Mas não me parem na rua pra falar que o seu Henrique era igualzinho. Eu sei disso! A vida muda, nós não mudamos, e somos milhares de iguais que serão estudados pelas Ciências Humanas em menos de 50 anos. Tenha sempre isso em mente e pare de tentar agir com exclusividade.
Nada vai mudar meu mundo. Nem o seu.
segunda-feira, dezembro 24
sexta-feira, dezembro 21
É tudo isso que falam e tal, mas não chorei, tô nessa fase dureza.
Inclusive me incomodei com o Oscar Wilde, precisava disso? Pra quê botar um cara igual ao George Harrison? Nem o próprio Oscar admitiria que o representassem como um Beatle. Ele diria: “Esse rapaz é deveras masculino, no mal sentido”.
Há uma distância mórbida entre o Pop e o Sublime.
UPDATE: Pensando bem, essa história só tem covers ruins, o ator parece o Jude Law e a mina uma Amélia Polenta britânica. A história era tão boa... Wes Craven sempre caga, não é verdade?
Em tempo: eu não fiquei olhando pro vaso, saber que algo com vida (ou que até então tinha vida) estava dentro de mim (sem ser um bebê) seria traumático demais.
quarta-feira, dezembro 19
quinta-feira, dezembro 13
Fazendo a limpa por aqui, eu achei o backup de um show do Mötley Crüe. Isso. Mötley Crüe. Com tremas.
Mais? Achei 4 (QUATRO) backups dele. Não sei se alguém me sacaneou remotamente, se foi meu irmão que fez isso escondido, mas se foi o mano eu sei porque.
As músicas são todas iguais, o Vince Neil tá uma bolota, mas o dvd mostra mais as “fãs” (gostosas contratadas da Playboy que balançam os peitos quando filmadas) do que a banda.
Ahn, não, eu não parei de ver... O Tommy Lee ainda tá inteiro...
Afe... Tommy Lee.
Obrigada, hacker/mano/fantasmas do hard rock.
quarta-feira, dezembro 12
You´ll make it through the day See things another way and behold Listen to Wednesday´s song This night you go home alone How the sane go upright How you look another night You´re back under my hat And even knowing that you´re a whore Nothing ever meant more That switching rooms through a door Out into another one Frames flash inward
And you know I have seen the world enough I´ve drownedin my thoughts a lot Deep in rains that swirl above
I canceled heaven I concede
Another world to say When everything´s O.K. you go down And pulling up the slack And never coming back An alarm Ringing to set the sun No one ever becomes What others thought they should´ve been Inside they´re what they can see
You know I do miss this girl To show I am in a swirl of sun Being what I´ve got The joy
I canceled heaven I concede
Everything that I believe
I canceled heaven I concede
sexta-feira, dezembro 7
“A tradição não deve ser um peso a ser suportado, nem um amontoado de fórmulas estanques a serem repetidas.(...) Para estar viva, a tradição deve estar justificada na expressão contemporânea – e ela estará justificada mesmo que o novo represente uma ruptura. A expressão contemporânea, por sua vez, para justificar sua existência, deve ser eficaz o suficiente para promover um avanço na história da tradição de que está imbuída, deve ser ela mesma tradição, tradição em movimento, tradição futura”
(RAMIL, Vitor. A Estética do Frio)
foi trimmmassa, La Mancha... obrigada de novo.
quarta-feira, dezembro 5
Essa semana prometia ser uma boa semana ilustrada. Ilustrada no sentido de elevação da mente e intelectualismos. Mesmo a mega falência das minhas vias respiratórias não me desanimou. Até hoje.
O encerramento do Unimúsica (shows relacionados com determinado tema) da UFRGS vai ser com o Vitor Ramil. Bem, eu não acompanho os projetos culturais da UFRGS (tanto que não iria em nenhum dos outros shows deste projeto em particular), mas acompanho o Vitor mais do que ele mesmo deve acompanhar o Grêmio. Verdadeiro “com o Vitor, onde o Vitor estiver”.
Semestre passado, eu iniciei uma pesquisa para um artigo sobre identidade gaúcha e a música popular contemporânea (do Sul). Vitinho de La Mancha entra nisso com a Estética do Frio e a pesquisa ficou tão legal que eu pretendo continuar. Esperar sair o Satolep (segundo romance do cantor, que segundo ele, a Cosac tá enrolando pra lançar), analisar o Satolep Sambatown (novo disco, que segue a evolução e o caminho natural da tal Estética) e fazer algumas entrevistas. É justamente aqui que eu queria chegar...
O show de amanhã - “Na linha de Barbosa Lessa” – vai ser curiosíssimo, porque Vitor vai (ter que) cantar músicas que representam tudo o que ele tentou superar com a Estética, aguardo ansiosamente, principalmente os comentários. Ah! Os comentários...
O fato é que hoje, véspera do show, TERIA na rádio da UFRGS uma entrevista com o artista, falando justamente sobre esse assunto. Música gaúcha e a sua produção própria, ou seja, meu objeto de pesquisa.
Chego lá, tranqüila e serena, porém angustiada com a dor de garganta. Muito cedo, tomo um café na lanchonete dos arquitetos. O café é ruim, a torta de limão é terceirizada, mas vale a pena, e os dois saem 0,10 mais baratos que na PUC-RS.
Me dirijo para a rádio, o segurança na porta me olha com aquele ar de quem está sempre boiando e só reproduz o que lhe aplicam. “Olá, eu vim pra entrevista no auditório”. “Que auditório?”. “O da rádio, onde terá a entrevista do Vitor Ramil”.
“Ah! Esse aí? Foi cancelado, a rádio saiu do ar..”
Saiu do ar. A rádio saiu do ar e eles cancelam uma entrevista desse naipe só porque era ao vivo? Nenhum sentido. Eu havia ligado à tarde para dar o nome de mais uma amiga, e me disseram que já havia umas 15 pessoas (cabem 17 no auditório). Estava tudo ok até as 15.30 hs e de repente tudo é cancelado pq a rádio sai do ar. Ainda cheguei em casa e liguei a rádio pra ver se era verdade, e era.
Mas que CARALHO! É uma rádio AM !!! ÁH – EME !!! Quem escuta a porra de AM além dos estudantes engajados de jornalismo e taxistas? A entrevista seria muito mais relevante pras pessoas que foram assistir do que pra uma merda de rádio AM...
O entrevistador, Sr. Juarez Fonseca, é praticamente o Legs McNeil, se não o Cameron Crowe, da música popular produzida no RS. Era pra ser um acontecimento histórico, um fato que seria eternizado (pelo menos através da minha pesquisa). Dois mestres contra o tradicionalismo instituído batendo um papo sobre o demônio. Eles cancelaram, a rádio da UFRGS saiu do ar.
O máximo que vai acontecer são as impressões subjetivas de amanhã. Subjetivas. Eu estarei emocionada e nada vai funcionar empiricamente. A zero por hora. Pelo menos quando a gente paga por algo, sobra o consolo de pedir o dinheiro de volta.
terça-feira, dezembro 4
quarta-feira, novembro 28
terça-feira, novembro 27

Essa frase do Diogo, da Los Porongas, já é antológica. No sábado passado rolou a quarta edição do Gig Rock, e dessa vez teve circo. Não vou ficar resenhando aqui, porque já tem dezenas de textos mais competentes e imparciais do que o meu seria.
Todo mundo mandou muito bem, inclusive São Pedro, com uma chuvinha lancinante que não nos deixou em paz, porém não foi capaz de estragar o espetáculo.
Tenho poucas observações. Primeiro, orgulho de participar disso, forever. Eu podia estar discotecando na tenda do pancadão, podia estar de roadie, de caixa, mas não, geral (a.k.a. o chefe) já sabe que o que eu gosto é pegar as bandas no aeroporto e ficar girando por aí, falando de música ininterruptamente. O único momento do ano que eu deixo meu anti-socialismo de lado a favor da curiosidade de saber o que acontece lá fora. Sim, porque estando em Porto Alegre, a cena independente é “lá fora”.
Mas essa já é a segunda observação. O que se viu na outra edição nacional foram ovações para os locais e êxodo na hora das bandas nacionais. Não sei se era muita informação (tinham dez bandas de outros estados), mas o fato é que fora os “conhecidinhos”, os outros não receberam a atenção devida. No Gig Rock Circus, eu cheguei a dispersar do palco várias vezes pra analisar a cara de concentração de muitas pessoas dispostas a assimilar o novo. Tirando Autoramas que já tem uma “seita” por aqui, os outros eram praticamente estreantes (Moptop só fez um show no Ocidente ano passado, num domingo com 100 pessoas, não conta), e conseguiram segurar a onda dos gaúchos bairristas e blasées. É ou não é uma façanha? Um acontecimento antropológico? Sim! Uma mudança.
Que o nosso Gigstock (apelido carinhoso, refletido nas pernas de umas mil pessoas imundas de lama) tá crescendo rápido a gente já sabia, a novidade é que o público começou a entender, e não há nada mais gratificante que isso.
***
Li esses tempos o 31 Canções, do Hornby, fiz um pouco as pazes com ele. O melhor do livro é que eu só conheço 3 das 31. Genial...ouvirei todas nos próximos momentos. Segue aí uma de MUITAS boas sacadas sobre a música e o OUVIR música:
“Se você ama uma canção, ama-a o bastante para que ela o acompanhe por diferentes fases de sua vida, e daí qualquer lembrança específica se apaga com o uso (...) A única coisa que pode se presumir de pessoas que dizem que seu disco favorito de todos os tempos faz lembrar da lua-de-mel na Córsega ou do chiuahua da família é que, na verdade, elas não gostam muito de música”.
segunda-feira, novembro 19

Nós comemoraremos. Com o Thurston Moore e a Polly Jean fazendo nossa trilha sonora. Com uma festa gigantesca que já não é só nossa.
Quarto escurecendo. Uma aranha carregando um besouro já seco, acho que era um troféu pelo feito espetacular. Suflê de espinafre pra curar os dias de excesso. Tá assando ainda, o cheiro tá bom. Papai tentando reproduzir um Miró (é maravilhoso ver a arte arrebatando quem nunca teve tempo pra sentí-la). Mamãe lavando roupas eternamente. Felipe comendo pizza de escarola (fato histórico).
Harmonia.
Silver-Blue (Thurston Moore)
Blue meets silver and silver runs
Blue follows and then it's gone
it's gone, but not for long
wood meets dirt and the dirt is fine
the dirt is always in your mind
your mind, your mind is gone
a pearl meets light and light gets lost
but thats alright for the holy frost
of the day
it's safe to say
every time we meet my friend
all I know is its the perfect end
tonight is the perfect time
domingo, novembro 18
O tempo tá sempre do meu lado, e acreditar é o que importa. Eu acredito. A vida não passa a mão em mim, e na verdade eu deixei de gostar dessa postura de auto-piedade há muito tempo atrás. Gosto de sofrer sim, mas não por mim, pelos outros. De sofrer pelo endurecimento do indivíduo, pelo esquecimento do sonho, pelo isolamento do prazer, por tudo que deixou de ser puro pra ficar racional.
Não é o tempo, nem a vida, que vai nos boicotar. Os Stones sabem, e eles sabem também que “you can´t always get what you want”; o Frusci sabe (life changes, not you) e a Holiday sabe mais ainda quem acaba fodendo tudo, mas também sabe como resolver.
Dani, the girl diz:
tem a ver, que as criaturas da noite são as mais interessantes
Dani, the girl diz:
sempre vão ser
.Mary diz:
depende
.Mary diz:
ultimamente eu não tenho achado
.Mary diz:
as pessoas da noite vivem num sonho que eu já cansei, sabe
.Mary diz:
já esgotou a Fantasia e o Vazio tá dominando
Dani, the girl diz:
pq tu deixa.
.Mary diz:
preciso encontrar outra Fantasia pra mim
.Mary diz:
não
Dani, the girl diz:
existe uma fantasia.
.Mary diz:
eu encontrei outro mundo que eu amo
Dani, the girl diz:
se você acredita, ela tá lá
.Mary diz:
em que as pessoas são do bem
.Mary diz:
ou pelo menos eu as vejo assim
Dani, the girl diz:
a questão é que fantasia é pra cada um, do jeito que esse cada um imagina.
Dani, the girl diz:
voce deixou o nada se aproximar
.Mary diz:
e o que importa é que eu as vejo assim, sabe, boas, gostando das mesmas coisas que eu.
.Mary diz:
deixei. depois de tantas desilusões na noite :/
Dani, the girl diz:
então, tu caiu no pantano da tristeza
Dani, the girl diz:
hauhauhauahua
.Mary diz:
hauhauhauhau
Dani, the girl diz:
força, Atreyu!
.Mary diz:
sou um cavalo branco
.Mary diz:
crazy white horse
.Mary diz:
ehuheauheuhuea
Dani, the girl diz:
não, tu é o atreyu e teu cavalo já morreu
.Mary diz:
talvez
Dani, the girl diz:
agora, continua
.Mary diz:
preciso encontrar a tartaruga (qual era o nome dela mesmo?)
quarta-feira, novembro 7

Rapidinhasss... no melhor estilo Lúcio Ribeiro
- Alguém consegue parar de escutar My Love, do Justin? Eu não. E olha que pra superar a linha melódica de Rock Your Body o produtor precisa ser muito ninja. Cada vez mais Jacko das antigas, cada vez melhor.
- O Segredo de Beethoven é uma afronta. Não consegui formar uma opinião sobre ele ainda, mas fica a sensação que “alguma coisa está fora da ordem”. Immortal Beloved continua sendo o filme definitivo sobre Ludddie (e não me canso de dizer, a Nona muito melhor utilizada).
- Descobri que o criador da bomba atômica se chamava Vannevar Bush. BUSH! Deve ter alguma passagem na Bíblia sobre este sobrenome.
- Franklin Roosevelt era fã de Byron e Dickens. Não à toa o melhor presidente (apesar de foder o Brasil, no cú).
- Freud continua sendo uma florzinha punheteira.
- Luana Piovani acabou com o meu dia na Bienal, arrastando toda a minha turma de trabalho atrás dela. Luana Piovani nem é tudo isso. Se ainda fosse uma morena.
- Ainda sobre a Bienal, faltam 11 dias... até que enfim.
(My Love só poderia ficar melhor se não tivesse o Freestyle do negão, desnecessário, se fosse o Michael nos 80, botaria um baita solo de baixo com bateria quebrada no fundo)
- O novo do John Frusciante já está na mixagem.
- Sábado o BECO faz 3 anos e o público mudou completamente. Me pergunto se todo mundo que leva essa vida para pra se perguntar se está na hora de parar. As melhores Roque Town geralmente acontecem nessa época. Dezembro, Janeiro e Fevereiro (quando nós faremos os 3 aninhos) são os meses mais tranqüilos, porém mais selvagens, afinal, quem não viaja de Porto Alegre costuma ficar meio louco. E nós ainda não decidimos os temas. Aliás, não decidimos o de Dezembro, porque Janeiro seguirá com a terceira edição da SEX TOWN, distribuindo amor a todos na virada do ano; e em Fevereiro vai ser a grandiosa ROCKY III.
- Em Dezembro ainda tem o Gig Rock 4, diz que vai ser avassalador.
- E o resto tudo igual. Mas é bom né?