Eu fiquei pensando e pensando e pensando sobre isso, e cheguei à conclusão que não. Não é o tempo que anda me comendo, seria injustiça pensar isso porque quando Mick grita “Time is on my side. Yes, it is!”, ele sabe o que diz.
O tempo tá sempre do meu lado, e acreditar é o que importa. Eu acredito. A vida não passa a mão em mim, e na verdade eu deixei de gostar dessa postura de auto-piedade há muito tempo atrás. Gosto de sofrer sim, mas não por mim, pelos outros. De sofrer pelo endurecimento do indivíduo, pelo esquecimento do sonho, pelo isolamento do prazer, por tudo que deixou de ser puro pra ficar racional.
Não é o tempo, nem a vida, que vai nos boicotar. Os Stones sabem, e eles sabem também que “you can´t always get what you want”; o Frusci sabe (life changes, not you) e a Holiday sabe mais ainda quem acaba fodendo tudo, mas também sabe como resolver.
2 comentários:
"muitas doenças que as pessoas têm são poemas presos
abscessos tumores nódulos pedras são palavras
calcificadas
poemas sem vazão
mesmo cravos pretos espinhas cabelo encravado
prisão de ventre poderia um dia ter sido poema
pessoas às vezes adoecem de gostar de palavra presa
palavra boa é palavra líquida
escorrendo em estado de lágrima"
caaaaaaara, que coisa perfeita. quem é essa pessoa que escreveu?
Eu também prefiro discordar da poesia... até porque aquele tempo está safadinho demais!
Que história é essa de "me come"?
Ora, esse tempo que vá se catar...
Não quero me relacionar com o tempo, no máximo com as horas, com as épocas... são tão mais atraentes, mais femininas!
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