Well, mudanças. Uma boa maneira de comemorar um aniversário.(?)
Achei esse pedaço de papel empacotando as coisas, e resolvi botar aqui pra não se perder no vácuo. Hoje não significa mais nada, mas é agradável.
Perguntou, solene
Mal não há que se condene?
Además, no entanto
Mal sabia de amar, e o quanto.
Se dos ventos, contenta a brisa
Se da chuva o toldo abriga
Se aos mares, molha os pés
Se dá as costas ao revés
Não venha inquirir alento
Quando só desdenha o canto
Que lhe foi posto a exaustão
E exaurido, restou refrão
Salvo guardaste a Alexandrina?
De 14 lamentos e 14 rimas
De 14 mistérios e 14 anos
De 14 vezes lembrar quem somos.
quarta-feira, fevereiro 28
terça-feira, fevereiro 27
Da série “demorei”. E o post com mais vídeos ever.
Eu tinha deixado esse cara lá pra trás e quase ignorado. Ouvi todo mundo falar e nunca parava pra ouvir. Até que uma grande alma me mostrou ingenuamente, sem imaginar o que aquilo ia me causar.
Eu não saquei qual música é de qual álbum, o que ele faz aonde, mas baixei 6 discos de uma vez só e estou louca. LOUCA!
Devendra Banhart é tudo que eu precisava na contemporaneidade. Nas primeiras audições eu já tinha percebido, até achar esse vídeo abaixo e confirmar.
Eu tinha deixado esse cara lá pra trás e quase ignorado. Ouvi todo mundo falar e nunca parava pra ouvir. Até que uma grande alma me mostrou ingenuamente, sem imaginar o que aquilo ia me causar.
Eu não saquei qual música é de qual álbum, o que ele faz aonde, mas baixei 6 discos de uma vez só e estou louca. LOUCA!
Devendra Banhart é tudo que eu precisava na contemporaneidade. Nas primeiras audições eu já tinha percebido, até achar esse vídeo abaixo e confirmar.
Além das obras de arte que ele exibe aí, um dos comentários no you tube é “where's a tyranossaurus rex LP?”
Where? Where? WHERE?
Porque Devendra é FUCKING SOUND ALIKE TYRANOSSAURUS REX!!!!!!!!!! Ele está me dando every single arrepio que eu tenho quando ouço os primeiros discos do Marc Bolan. É melhor que orgasmo. Não, não é melhor. Mas no mínimo tem que ser consumido junto.
Caralho, caralho! Ouça Devendra se você gosta de T. Rex. OUÇA! Não encontrei em vídeo, mas ouça Sister (Devendra) e Buick Mackane (Marc), e entenda o que estou dizendo.
E eu demoro, eu sempre demoro. Ele ama o Transa.
Ele veio pro TIM e tocou Nine Out of Ten com Amarante, e eu perco isso.
Ele faz um gentleman "bram stockeriano" cantando Caê.
Porque tenho que ser tão teimosa? Ah, como o mundo precisa de um bom vibrato.
Babe, you can´t figure out all the good times you´re giving to me.
segunda-feira, fevereiro 26
Já foi na Renner hoje? NÃO VÁ.
A moda nunca esteve tão decadente.
Os sutiãs têm enchimento, e os que não têm possuem um formato surreal que se você não estiver com menos de 5% de gordura no corpo arrasam sua silhueta.
Calças jeans. Ou skinnies que não cabem nas suas coxas, ou trompetes que te transformam num kibe.
Camisetas. Todas rasgadas, assimétricas e de material duvidoso. Fora o nome do ROCK em vão por todos os lados.
Pregas e bufantes. Sem comentários.
Batas! Eu não agüento mais batas! Por deus, usei isso por pelo menos 6 meses da minha gestação. CHEGA.
Tomara que caia e diversos modelos pra serem usados sem sutiã. O que dizer a respeito? Ou você acabou de botar 250ml em cada um, ou é uma menina-moça. E magra, muito magra, com braços e ombros diminutos.
Shorts. Ridículo elevar o shorts à roupa de noite. Que falta de elegância, e piedade com as ancas brasileiras e fartas.
Até as roupas de fitness estão cada vez mais Flashdance.
Sem falar no provador. Provadores têm luzes especiais pra destacar todos os defeitos do seu corpo. E fazer com que você saia da loja com um sutiã pra usar no dia a dia (não bege, nunca bege, please), e alguns pares de meias.
E muitas roupas pro seu filho, se você for mãe.
A moda nunca esteve tão decadente.
Os sutiãs têm enchimento, e os que não têm possuem um formato surreal que se você não estiver com menos de 5% de gordura no corpo arrasam sua silhueta.
Calças jeans. Ou skinnies que não cabem nas suas coxas, ou trompetes que te transformam num kibe.
Camisetas. Todas rasgadas, assimétricas e de material duvidoso. Fora o nome do ROCK em vão por todos os lados.
Pregas e bufantes. Sem comentários.
Batas! Eu não agüento mais batas! Por deus, usei isso por pelo menos 6 meses da minha gestação. CHEGA.
Tomara que caia e diversos modelos pra serem usados sem sutiã. O que dizer a respeito? Ou você acabou de botar 250ml em cada um, ou é uma menina-moça. E magra, muito magra, com braços e ombros diminutos.
Shorts. Ridículo elevar o shorts à roupa de noite. Que falta de elegância, e piedade com as ancas brasileiras e fartas.
Até as roupas de fitness estão cada vez mais Flashdance.
Sem falar no provador. Provadores têm luzes especiais pra destacar todos os defeitos do seu corpo. E fazer com que você saia da loja com um sutiã pra usar no dia a dia (não bege, nunca bege, please), e alguns pares de meias.
E muitas roupas pro seu filho, se você for mãe.
domingo, fevereiro 25
Das tecnologias...
Adquiri via patriarca o meu primeiro mp3 player. Na realidade, o fim desejado nem era o de tocador de mp3, mas sim de um pendrive pra transportar arquivos pra faculdade. Juntar as duas utilidades me pareceu digno.
Assim, tive que morrer pra colocar em 1 giga uma playlist digna. Cheia de obviedades e alguns surtos. Check it out:
Richard Hell & The Voidoids – Blank Generation
Óbvio.
Neil Young – Comes a Time
Óbvio.
Belle and Sebastian - If You´re Feeling Sinister
Meu favorite do Belle, e boa trilha pro movimento do T9.
Damien Rice – 9
Não ouvi direito ainda. Uma chance pra ele e momentos de instrospecção no rock triste.
Revolting Cocks - Linger Ficken Good...and other barnyard oddities
Aquecendo pro disco novo do Nine Inch Nails com um nome de peso do Industrial.
Mogwai – Rock Action
“Introspecsaum”
Rolling Stones – miscelânea
Tipo Greatest Hits, seleção minha. Óbvio.
The Southern Death Cult – homônimo
Primeira formação do The Cult. Mata a pau.
The Guillemots – Through the Windowpane
Duh. Mais do que nunca.
Pilot – homônimo e o January
Porque todo mundo deveria ouvir Pilot. Oh, it´s magic, you know.
Deftones – homônimo
Me gusta el nu metal.
*
Comprovando que minha humildade vira piada, assim que eu recebi esse meu regalo pitoco da Phillips, meu pai mostra o que ele deu pra minha mãe. Um Ipod Nano. No meu mp3 player tem Neil Young, no Ipod Nano, que papai já carregou, tem Banda Magníficos. :/
*
Seguindo a humildade sem fronteiras, eu explicava pro namorado que depois que comprei uma Sony W1 me aquietei e não achei mais necessário mudar de câmera. Hoje o Vince vasculhou a mala do papito, em busca de mais presentes pra ele, e encontrou um pacote com plastibolha. Ele queria o plastibolha, claro. Que continha uma Nikon L.1, da minha mãe também.
Quero ser como ela quando eu crescer.
*
Lembre-se:
Poa Róque Town
Sábado – 03 de Março
$6,00 antes da meia-noite
$10,00 após
Cabaret do Beco (Independência, 590)
djs:
Dani Hyde
Gabriel Machuca
Eduardo Iribarrem (Noisy)
Everton Costa (Noisy)
Adquiri via patriarca o meu primeiro mp3 player. Na realidade, o fim desejado nem era o de tocador de mp3, mas sim de um pendrive pra transportar arquivos pra faculdade. Juntar as duas utilidades me pareceu digno.
Assim, tive que morrer pra colocar em 1 giga uma playlist digna. Cheia de obviedades e alguns surtos. Check it out:
Richard Hell & The Voidoids – Blank Generation
Óbvio.
Neil Young – Comes a Time
Óbvio.
Belle and Sebastian - If You´re Feeling Sinister
Meu favorite do Belle, e boa trilha pro movimento do T9.
Damien Rice – 9
Não ouvi direito ainda. Uma chance pra ele e momentos de instrospecção no rock triste.
Revolting Cocks - Linger Ficken Good...and other barnyard oddities
Aquecendo pro disco novo do Nine Inch Nails com um nome de peso do Industrial.
Mogwai – Rock Action
“Introspecsaum”
Rolling Stones – miscelânea
Tipo Greatest Hits, seleção minha. Óbvio.
The Southern Death Cult – homônimo
Primeira formação do The Cult. Mata a pau.
The Guillemots – Through the Windowpane
Duh. Mais do que nunca.
Pilot – homônimo e o January
Porque todo mundo deveria ouvir Pilot. Oh, it´s magic, you know.
Deftones – homônimo
Me gusta el nu metal.
*
Comprovando que minha humildade vira piada, assim que eu recebi esse meu regalo pitoco da Phillips, meu pai mostra o que ele deu pra minha mãe. Um Ipod Nano. No meu mp3 player tem Neil Young, no Ipod Nano, que papai já carregou, tem Banda Magníficos. :/
*
Seguindo a humildade sem fronteiras, eu explicava pro namorado que depois que comprei uma Sony W1 me aquietei e não achei mais necessário mudar de câmera. Hoje o Vince vasculhou a mala do papito, em busca de mais presentes pra ele, e encontrou um pacote com plastibolha. Ele queria o plastibolha, claro. Que continha uma Nikon L.1, da minha mãe também.
Quero ser como ela quando eu crescer.
*
Lembre-se:
Poa Róque Town
Sábado – 03 de Março
$6,00 antes da meia-noite
$10,00 após
Cabaret do Beco (Independência, 590)
djs:
Dani Hyde
Gabriel Machuca
Eduardo Iribarrem (Noisy)
Everton Costa (Noisy)
vai ser beeeeeeeem RUIDOSA.
now playing (no meu mp3 player aeee) - When Girls Telephone Boys - Deftones
(o que me lembra de fazer algo...)
quinta-feira, fevereiro 22
Eu descubro o pop pelo meu irmão.
É assim há algum tempo. Meu acervo engloba várias coisas menos as músicas da última semana (a não ser golden skans, que nem é mais da última semana).
Os grandes nomes desse processo ficam por conta do Ventura – Los Hermanos, e Cosmotron – Skank.
Minha relação com Los Hermanos já foi bem retratada nesse blog, e é como amor de velhinhos, não preciso mais falar a respeito, nem ouvir toda hora pra provar que estava certa.
Mas o Skank, putz. Eu ainda não ouvi AQUI no meu computador, mas o meu irmão ouve todo dia LÁ no quarto dele e por osmose eu ouço também. Será que só eu que acho isso, ou o Skank realmente virou outra banda depois do Cosmotron? Claro que tem as trilhas de novela e suas devidas proporções lógicas do mainstream, mas que eles estão se importando mais com processo criativo não há dúvidas. Não há mais Jack Tequilas da vida, mas sim várias Formatos Mínimos.
*
Meu stress é inversamente proporcional ao número de músicas que eu ouço no dia. Se ouvi 3 hoje foi muito.
Murphy, tu sempre me acha.
É assim há algum tempo. Meu acervo engloba várias coisas menos as músicas da última semana (a não ser golden skans, que nem é mais da última semana).
Os grandes nomes desse processo ficam por conta do Ventura – Los Hermanos, e Cosmotron – Skank.
Minha relação com Los Hermanos já foi bem retratada nesse blog, e é como amor de velhinhos, não preciso mais falar a respeito, nem ouvir toda hora pra provar que estava certa.
Mas o Skank, putz. Eu ainda não ouvi AQUI no meu computador, mas o meu irmão ouve todo dia LÁ no quarto dele e por osmose eu ouço também. Será que só eu que acho isso, ou o Skank realmente virou outra banda depois do Cosmotron? Claro que tem as trilhas de novela e suas devidas proporções lógicas do mainstream, mas que eles estão se importando mais com processo criativo não há dúvidas. Não há mais Jack Tequilas da vida, mas sim várias Formatos Mínimos.
*
Meu stress é inversamente proporcional ao número de músicas que eu ouço no dia. Se ouvi 3 hoje foi muito.
Murphy, tu sempre me acha.
terça-feira, fevereiro 20
Gera monstros, monstros, monstros. O adormecer da razão. Não sei o que veio primeiro, o meu terror eterno em dormir à noite, ou a síntese do Goya na minha eternidade. O fato é que é dificílimo deixar a razão à mercê dos meus amiguinhos...
Estávamos nessa casa, que é praticamente a minha casa própria dos sonhos (literalmente, não que, de alguma forma, eu gostaria de ter essa casa, porque espero que ela nem exista). Ela fica num lugar próximo à água, não posso precisar se é doce ou salgada. Não me lembro da entrada dela, mas dos fundos pra dentro. Há um deck espaçoso, em forma de L, onde numa ponta exibe uma piscina média e algumas espreguiçadeiras, a parte central tem uma mureta, que dá visão pra água de fora, que eu não sei o que é, nunca vi a areia, ou ouvi as ondas, e sempre é de noite. Continuando tem uma churrasqueira, dessas meio automáticas que giram espetos com autonomia e etc. No final do L tem um degrau que dá para uma porta de vidro, dessas de correr, pro interior da casa. Entrando por esse espaço tem uma sala de estar, com poltronas confortáveis, almofadas, a iluminação é amarelada, quase que torna tudo sépia ao redor, as pessoas ficam “sépias”, esses ares lúdicos, enfim. No canto esquerdo há uma escada, de uns 10 degraus, que dá para uma varanda sobreposta a uma parte do deck, com um trio de mesinhas, simples, mas com arranjos sobre os centros, de flor branca, acredito ser copo-de-leite. Que tem tudo a ver com sépia. Essa varanda, também com uma porta de correr, mas dá acesso a um aposento, e a parte de dentro é reservada com persianas.
Há escadas por tudo. Passando pela sala de estar do primeiro andar, encontramos um salão, com um bar e uma mesa, o bar maior que a mesa de certo. Que é onde começa a história de hoje.
Eu, Pedro e Vittorio, parados, conversando durante essa festa que acontecia. Sempre acontecem festas na casa. Estávamos precisamente aos pés de uma escadaria interna, que levava ao segundo andar, e se fragmentava em diversos aposentos.
Passa por mim uma pessoa, um homem, com cabelos negros, presos, com uma calça jeans clara e uma camisa azul. Olha pro Pedro e o puxa pela mão. Pedro é homossexual, mas não desprovido de modos e classe (elegância e reserva no porte, diria Lux). Meu amigo repele, o jovem olha por cima do ombro, Pedro com força, repele de novo, numa última tentativa, o desconhecido destila algum outro olhar que faz com que Pedro se retraia até chegar ao chão, agarrado aos joelhos, em prantos.
O rapaz sobe as escadas. Eu subo atrás, cuidadosamente. Ensaia me dar um chute, na altura da face, eu o repreendo e digo pra não fazer. Ele o faz, eu seguro o pé descalço dele, no ar, e minhas mãos atravessam sua carne, como se fosse um monte de massa de modelar. Enquanto destruo o que sobrou das suas pernas, ora arrancando, ora macerando, algo escapa pela sua boca, e some no burburinho.
A festa acaba, todos vão embora, quem não vai se despede de mim e entra em seus respectivos quartos, minha casa é cheia de quartos de hóspedes, e como em qualquer situação como esta, vários hóspedes são vitalícios.
Vou me deitar com meu filho, após me ajeitar, fechar os olhos e dar aquele último suspiro que nos libera pro desfalecimento, algo me envolve o pescoço tentando me sufocar. Não é meu filho, mas sim um pequeno espécime de demônio, com corpo de criança, com rabo e a pele escura, de um cinza chumbo, como se houvesse sofrido queimaduras, escorregadia como a de um réptil. Pego ele pelo corpo e corro pra porta de persianas da varanda, o vento forte faz com que eu me debata por alguns segundos.
“Você não é humano, não é humano, o que é então?”
O demoniozinho dá algumas risadas contidas, se solta de mim, e sai, saltando da varanda para o deck, e do deck para o breu que é lá fora. Só enxergo o brilhante dos olhos se afastando.
Acordo.
O Vince ronca do meu lado com as duas pernas em cima das minhas costas.
Eu levanto e venho escrever. Porque o maior problema de quem possui terror noturno, não é o pesadelo, mas a sensação de horror que fica, por mais que aparentemente já se tenha assimilado o que é ou não real. É preciso voltar completamente pro mundo palpável. Algo que eu não faço por mais de 2 horas diárias.
Estávamos nessa casa, que é praticamente a minha casa própria dos sonhos (literalmente, não que, de alguma forma, eu gostaria de ter essa casa, porque espero que ela nem exista). Ela fica num lugar próximo à água, não posso precisar se é doce ou salgada. Não me lembro da entrada dela, mas dos fundos pra dentro. Há um deck espaçoso, em forma de L, onde numa ponta exibe uma piscina média e algumas espreguiçadeiras, a parte central tem uma mureta, que dá visão pra água de fora, que eu não sei o que é, nunca vi a areia, ou ouvi as ondas, e sempre é de noite. Continuando tem uma churrasqueira, dessas meio automáticas que giram espetos com autonomia e etc. No final do L tem um degrau que dá para uma porta de vidro, dessas de correr, pro interior da casa. Entrando por esse espaço tem uma sala de estar, com poltronas confortáveis, almofadas, a iluminação é amarelada, quase que torna tudo sépia ao redor, as pessoas ficam “sépias”, esses ares lúdicos, enfim. No canto esquerdo há uma escada, de uns 10 degraus, que dá para uma varanda sobreposta a uma parte do deck, com um trio de mesinhas, simples, mas com arranjos sobre os centros, de flor branca, acredito ser copo-de-leite. Que tem tudo a ver com sépia. Essa varanda, também com uma porta de correr, mas dá acesso a um aposento, e a parte de dentro é reservada com persianas.
Há escadas por tudo. Passando pela sala de estar do primeiro andar, encontramos um salão, com um bar e uma mesa, o bar maior que a mesa de certo. Que é onde começa a história de hoje.
Eu, Pedro e Vittorio, parados, conversando durante essa festa que acontecia. Sempre acontecem festas na casa. Estávamos precisamente aos pés de uma escadaria interna, que levava ao segundo andar, e se fragmentava em diversos aposentos.
Passa por mim uma pessoa, um homem, com cabelos negros, presos, com uma calça jeans clara e uma camisa azul. Olha pro Pedro e o puxa pela mão. Pedro é homossexual, mas não desprovido de modos e classe (elegância e reserva no porte, diria Lux). Meu amigo repele, o jovem olha por cima do ombro, Pedro com força, repele de novo, numa última tentativa, o desconhecido destila algum outro olhar que faz com que Pedro se retraia até chegar ao chão, agarrado aos joelhos, em prantos.
O rapaz sobe as escadas. Eu subo atrás, cuidadosamente. Ensaia me dar um chute, na altura da face, eu o repreendo e digo pra não fazer. Ele o faz, eu seguro o pé descalço dele, no ar, e minhas mãos atravessam sua carne, como se fosse um monte de massa de modelar. Enquanto destruo o que sobrou das suas pernas, ora arrancando, ora macerando, algo escapa pela sua boca, e some no burburinho.
A festa acaba, todos vão embora, quem não vai se despede de mim e entra em seus respectivos quartos, minha casa é cheia de quartos de hóspedes, e como em qualquer situação como esta, vários hóspedes são vitalícios.
Vou me deitar com meu filho, após me ajeitar, fechar os olhos e dar aquele último suspiro que nos libera pro desfalecimento, algo me envolve o pescoço tentando me sufocar. Não é meu filho, mas sim um pequeno espécime de demônio, com corpo de criança, com rabo e a pele escura, de um cinza chumbo, como se houvesse sofrido queimaduras, escorregadia como a de um réptil. Pego ele pelo corpo e corro pra porta de persianas da varanda, o vento forte faz com que eu me debata por alguns segundos.
“Você não é humano, não é humano, o que é então?”
O demoniozinho dá algumas risadas contidas, se solta de mim, e sai, saltando da varanda para o deck, e do deck para o breu que é lá fora. Só enxergo o brilhante dos olhos se afastando.
Acordo.
O Vince ronca do meu lado com as duas pernas em cima das minhas costas.
Eu levanto e venho escrever. Porque o maior problema de quem possui terror noturno, não é o pesadelo, mas a sensação de horror que fica, por mais que aparentemente já se tenha assimilado o que é ou não real. É preciso voltar completamente pro mundo palpável. Algo que eu não faço por mais de 2 horas diárias.
segunda-feira, fevereiro 19
Segundo Dia
(e no meu caso é provável que o último, porque não sou bem uma foliã, sou roqueira, mãe, e atleta)
As várias faces de um crime: o boliviano, a escoteira e a ruiva fatal.
Momento Caras e descontração: Bruna Gil, Rafa Schutz, Fábio Cobalto e Dani Hyde.
A coisa é mais ou menos assim, rola uma briga no bar, todos os funcionários correm pra apartar, e o balcão fica vazio. Nós, que ignoramos excessos de testosterona, servimos rum de graça durante meia hora.
Machuca com saudades de quando o mundo parecia ter jeito.Cobalto, arranjando uma forma multimídia de me falar o quão torto é o meu nariz.
e claro. a pedidos, um plano geral do meu costume super criativo. como todos sabem, o Vitor (proprietário do Beco e nosso explorador) usa calça camuflada e a camiseta do Gig Rock pelo menos 3 vezes por semana. achei interessante homenageá-lo.
pra dar mais veracidade à foto eu "metaforizei" uma pança de cerveja, e o principal, reproduzi a risada fanfarrona do chefe. pena que foto não tem áudio.
domingo, fevereiro 18
Chalaça 2007
(ou "O que fazer no carnaval com os amigos numa cidade fantasma")
daddy cool e sexy mamma - os djs mais populares da maternidade
joão perassolo, mary farias e amiga, provando que máscara é sim, uma proposta.
dani hyde e "hawke" iribarrem, falando alguma coisa sobre cús.
felipe hyde - adotou o novo pseudônimo pra ficar famosinho na night.
siouxsie e lux - respectivamente como se dirigem uma à outra.
brilha, estrelinha, brilha!
os quatro cavaleiros do apocalipse.
e esse foi só o primeiro dia...
sábado, fevereiro 17
Quem canta...
Agora minha nova mania é cantar quando fico bêbada em casa. Deve estar rolando um remember de frustração porque nunca levei os projetos de banda pra frente, ou é simplesmente meu lado Diana Ross que não se aquieta.
O fato é que eu bebo, e lá pelas 4, 5 da manhã eu começo a botar músicas DIFÌCEIS de cantar pra ver se eu consigo, sem desafinar. Quase sempre que não, mas pros vizinhos eu devo ter virado a louca da madrugada.
Meu grande desafio é Got to be there, do Jacksons 5. Aliás, eu desafio qualquer um a fazer aqueles agudos. Aquilo não existe, só uma criança michael jackson é capaz.
Golden Skans (abaixo) é boa pra treinar a respiração com o “uh eh uh”. Wuthering Heights tem até coreografia. Daí tem Ain´t no mountain high e Your precious love (Gaye), tentando imitar o sotaque da Tammi Terrel. E Femme Fatale imitando a Nico também.
Gosto de fazer o Brian Ferry, com aqueles vibratos da época do Roxy Music, mas esse é de brincadeira (só esse, perceba como ela ainda leva isso a sério).
And naaaaaaah (cara de gatinha)
i-eve got somedin’ dah sing (levanta a sombrancelha e faz aquela mexidinha de pescoço)
telling the worrrrld (kentucky accent)
a-about dah jooOooy you bri-iiing (de boca aberta, tipo Diana)
and you gave me
a reason fo-or livin’
and whooooa
you taught me
you taught me the mea-ening of givin’ (fazendo aqueles movimentos Lionel Ritchie pra provar que se está fazendo um real esforço por aquilo)
Oh! Heaven must have sent you from above
Oh! Heaven must have sent your precious love.
Agora minha nova mania é cantar quando fico bêbada em casa. Deve estar rolando um remember de frustração porque nunca levei os projetos de banda pra frente, ou é simplesmente meu lado Diana Ross que não se aquieta.
O fato é que eu bebo, e lá pelas 4, 5 da manhã eu começo a botar músicas DIFÌCEIS de cantar pra ver se eu consigo, sem desafinar. Quase sempre que não, mas pros vizinhos eu devo ter virado a louca da madrugada.
Meu grande desafio é Got to be there, do Jacksons 5. Aliás, eu desafio qualquer um a fazer aqueles agudos. Aquilo não existe, só uma criança michael jackson é capaz.
Golden Skans (abaixo) é boa pra treinar a respiração com o “uh eh uh”. Wuthering Heights tem até coreografia. Daí tem Ain´t no mountain high e Your precious love (Gaye), tentando imitar o sotaque da Tammi Terrel. E Femme Fatale imitando a Nico também.
Gosto de fazer o Brian Ferry, com aqueles vibratos da época do Roxy Music, mas esse é de brincadeira (só esse, perceba como ela ainda leva isso a sério).
And naaaaaaah (cara de gatinha)
i-eve got somedin’ dah sing (levanta a sombrancelha e faz aquela mexidinha de pescoço)
telling the worrrrld (kentucky accent)
a-about dah jooOooy you bri-iiing (de boca aberta, tipo Diana)
and you gave me
a reason fo-or livin’
and whooooa
you taught me
you taught me the mea-ening of givin’ (fazendo aqueles movimentos Lionel Ritchie pra provar que se está fazendo um real esforço por aquilo)
Oh! Heaven must have sent you from above
Oh! Heaven must have sent your precious love.
Ah! Mais um desafio, conseguir pronunciar LOVE como Diana Ross. Vou ali assistir Dreamgirls pra ver se a Beyoncée consegue.
Hasta.
Tá. Me rendi, não sei do resto mas essa música me faz tirar o pé do chão e outras cositas más.
Saca o “we once begun”. É coisa de quem entende. E o vocalise? me salvem.
Set sail from sense, bring all your young. Set sail from where we once begun. While we wait, while we wait. A hall of records, or numbers, or spaces still undone. Ruins, or relics, disciples and the young.
Saca o “we once begun”. É coisa de quem entende. E o vocalise? me salvem.
Set sail from sense, bring all your young. Set sail from where we once begun. While we wait, while we wait. A hall of records, or numbers, or spaces still undone. Ruins, or relics, disciples and the young.
quarta-feira, fevereiro 14
terça-feira, fevereiro 13
Há algum tempo atrás eu passei por uma coisa terrível, e praticamente sozinha. Me sentia sozinha mesmo com outras pessoas em volta, porque na hora ninguém estava lá, e é horrível quando ninguém está lá. A minha necessidade de compartilhar as coisas com outras pessoas é pungente. E tem esse algo que eu nunca vou poder compartilhar com ninguém, daqui. De vez em quando eu volto as páginas pra dar uma última olhada, e encontro alguma serenidade. O modo como a vida se desenrolou após esse momento, é surpreendente. Parece que às vezes os deuses realmente querem dar um alô. Nada poderia mudar o que havia, e, sendo egoísta, talvez eles agiram sabiamente. A gente não pode estragar nada, e a água tem que correr sempre na mesma direção. Continuo aprendendo sobre o amor, sobre todas as formas, todos os dias. E nem de longe meus devaneios e loucuras e inconseqüências e irresponsabilidades afetam essa lição maior. Já fui amante dos fatalistas, dos malditos, dos bêbados, dos pervertidos, mas agora nenhum deles consegue exercer uma fascinação além da literária. Eu não cago pro mundo, eu me importo. Me importo com quase tudo. Ficar deprimida hoje representa que eu me importei e fui magoada. Estou viva e vivo com quem respira. E gosto mais ainda de quem respira com vontade, aspira tudo que tiver pela frente, e deixa o corpo filtrar o que não é bom. No more spleen for me, além dos spleens românticos e cheios de poesia e criatividade e amor pelo que se faz. Ainda acho péssimo um mundo cheio de rotinas e horários e paredes, mas a gente tem que ter algo do que reclamar pra poder seguir tentando mudar as coisas. Acho que a Assistência ganhou.
(img: ophelia – arthur hughes)
segunda-feira, fevereiro 12
Back to Wuthering Heights, ainda preciso de scripts. Não sendo de filme, o que uma santa alma conseguir, agradeço.
obrigado, jeff buckley, por também escrever reggaes.
I know everybody here wants you.
I know everybody here thinks he needs you.
I'll be waiting right here just to show you
Let me show that love can rise, rise just like
embers.
Love can taste like the wine of the ages, baby.
And I know they all look so good from a distance,
But I tell you I'm the one.
obrigado, jeff buckley, por também escrever reggaes.
I know everybody here wants you.
I know everybody here thinks he needs you.
I'll be waiting right here just to show you
Let me show that love can rise, rise just like
embers.
Love can taste like the wine of the ages, baby.
And I know they all look so good from a distance,
But I tell you I'm the one.
sexta-feira, fevereiro 9
Agora tudo está calmo. Porque é assim. Eu choro a noite toda de raiva do mundo, mas depois acordo como se nada tivesse acontecido. Me dão motivos pra pensar que nada aconteceu, é verdade. Ou que o que aconteceu é pequeno. E daí ele diz “vem pra cá” e eu ganho quase 24hs grandiosas. Ali na nossa Love Lane, cheia de personagens, músicos, árvores na varanda e os nossos olhares.
O calor até foi embora pra me deixar mais calma. Entra um ventinho aqui no quarto e eu ouço, finalmente, Thelonious Monk. Não podia ser mais adequado. Alguns dias sem você, mas com Thelonious Monk e Miller falando da sua Hildred.
“Eles tremeram quando seus joelhos se tocaram. Quando a música começou e eles ouviram de novo a melodia que outrora correra em suas veias como fogo líquido, as lágrimas lhes vieram aos olhos. De braços dados, marcharam para a pista de dança – o minúsculo retângulo róseo em que os apaixonados e os enfeitiçados se comprimiam voluptuosamente. Enlaçados estreitamente, eles se deixaram vagar, ditosos, como os demais, esquecido de tudo e de todos, exceto daquela noite em que ficaram juntos pela primeira vez e por dias e dias depois dela. Era como o fragmento de um sonho que, por um esforço difícil de avaliar, é revivido repetidamente na fração de um segundo, sem qualquer alteração, exato, luminoso, completo. A meia voz, ela cantarolou as palavras em seu ouvido. O contato do seu rosto queimava, sua voz era um narcótico, seus seios, macios e túmidos, arfavam com a melodia.”
O calor até foi embora pra me deixar mais calma. Entra um ventinho aqui no quarto e eu ouço, finalmente, Thelonious Monk. Não podia ser mais adequado. Alguns dias sem você, mas com Thelonious Monk e Miller falando da sua Hildred.
“Eles tremeram quando seus joelhos se tocaram. Quando a música começou e eles ouviram de novo a melodia que outrora correra em suas veias como fogo líquido, as lágrimas lhes vieram aos olhos. De braços dados, marcharam para a pista de dança – o minúsculo retângulo róseo em que os apaixonados e os enfeitiçados se comprimiam voluptuosamente. Enlaçados estreitamente, eles se deixaram vagar, ditosos, como os demais, esquecido de tudo e de todos, exceto daquela noite em que ficaram juntos pela primeira vez e por dias e dias depois dela. Era como o fragmento de um sonho que, por um esforço difícil de avaliar, é revivido repetidamente na fração de um segundo, sem qualquer alteração, exato, luminoso, completo. A meia voz, ela cantarolou as palavras em seu ouvido. O contato do seu rosto queimava, sua voz era um narcótico, seus seios, macios e túmidos, arfavam com a melodia.”
quarta-feira, fevereiro 7
Top 5 das pessoas que morreram com 27 anos:
Jimi Hendrix
Janis Joplin
Brian Jones – Rolling Stones
Jim Morrison – The Doors
Kurt Cobain – Nirvana
Bem vinda ao inferno astral mais sinistro dos últimos tempos, Dani Hyde.
*
Por outro lado parece que all is full of love. Tomei vergonha na cara hoje e baixei o Different Class do Pulp. Amor instantâneo. Disco foda, e F.E.E.L.I.N.G C.A.double L.E.D L.O.V.E é uma das melhores letras da temporada.
E descobriram na Itália um casal de esqueletos abraçados. ABRAÇADOS! Inédito em toda a história da arqueologia! Quero ir lá ver agora.
Jimi Hendrix
Janis Joplin
Brian Jones – Rolling Stones
Jim Morrison – The Doors
Kurt Cobain – Nirvana
Bem vinda ao inferno astral mais sinistro dos últimos tempos, Dani Hyde.
*
Por outro lado parece que all is full of love. Tomei vergonha na cara hoje e baixei o Different Class do Pulp. Amor instantâneo. Disco foda, e F.E.E.L.I.N.G C.A.double L.E.D L.O.V.E é uma das melhores letras da temporada.
E descobriram na Itália um casal de esqueletos abraçados. ABRAÇADOS! Inédito em toda a história da arqueologia! Quero ir lá ver agora.
domingo, fevereiro 4
Touch me
Take me in your arms
Shelter me from harm
Let me love you
For a million years or more
I never felt this way before
Before your kiss
Love me
Love me from your heart
Let us never apart
Bring me all the dreams
You thought would never be
Will make them all reality
Just you and me
You take my heart away
Away
Tema do Rocky e da Adrian, simples, cúmplice e unique. O Bill Conti consegue transpor o clima de Gonna Fly Now pra algo romântico e não muito piegas. Tudo que é romântico é sempre um pouquinho piegas. Ando romântica, então vou falar um pouco sobre a festa.
Do advento ROCKY TOWN alguém me comentou que não sabia que o Rocky Balboa tinha tanto impacto na cena rock. Eu também não sabia até fazer a primeira há 1 ano atrás. Tirei a idéia porque Rocky representa superação, e agüentar firme fazendo festa sem desistir não é pra qualquer um.
Aqui no Sul, além da Róque Town ter amor declarado ao garanhão, tem a banda Rocky e os Balboas também, que toca covers do fino do hard rock, e o vocalista entra de calção, roupão e ataduras no palco, ao som de Eye of the Tiger.
Assistindo o Hi Fi eu constatei que Rocky é amado pelos amantes da música all over the world. Tem uma cena que o Rob está falando de como é horrível transar com alguém sem razões plausíveis, e o exemplo que deu foi “como se a Talia Shire transasse com outra pessoa que não fosse o Rocky”.
Além de se tratar de um filme sobre a paixão pelo boxe, Rocky é também sobre o amor inabalável e puro entre dois perdedores.
Vale lembrar que na FAPA tem uma professora de história que é igual a Adrian, quem tiver esse fetiche go ahead.
Voltando pra Róque Town, confesso que passei a noite deslumbrada. Quando a gente pensa que está tudo perdido, que as pessoas não ligam mais pra música, elas ressurgem do esgoto e enchem o coração da mamasita.
O dia todo foi um stress, brigas por dinheiro e revolta dos sócios, pensei em desistir de novo. Daí a gente chega lá, começa a arrumar as coisas, colar os cartazes de todas as festas passadas na parede e alguém bota o If You´re Feeling Sinister do Belle and Sebastian pra aquecer os preparativos. Melhor álbum da banda e um marco da minha vida. Beleza, cantarolava “Like Dylan in the movies” enquanto colava fita crepe, lembrava de coisas e sorria nostálgica.
Fidel Castro nas paredes, Cuba Libre nas mãos das pessoas que iam chegando, tudo dava certo. Começou a enxurrada de amigos, coadjuvantes desses 2 anos, velhos e novos amores, todos nos parabenizando, abraçando e beijando e foi quando me dei conta que sim, fiz tudo certo.
Discotecagens inspiradas do Gabriel, do Vitor, do Arthur, e até a minha, que não era tão dançante há tempos. As pessoas cantavam quase todas, dançavam, vibravam com uma ou outra faixa. Melhor momento foi tocar You Don´t Know Me (Caetano – Transa) no auge. A pista esvaziou um pouco, mas quem ficou, tava lá de braços pra cima, quase chorando.
O final eu nem comento, postarei o set na comunidade.
Mas quem acendeu as luzes foi Girl, do T.Rex, mantendo a tradição.
Take me in your arms
Shelter me from harm
Let me love you
For a million years or more
I never felt this way before
Before your kiss
Love me
Love me from your heart
Let us never apart
Bring me all the dreams
You thought would never be
Will make them all reality
Just you and me
You take my heart away
Away
Tema do Rocky e da Adrian, simples, cúmplice e unique. O Bill Conti consegue transpor o clima de Gonna Fly Now pra algo romântico e não muito piegas. Tudo que é romântico é sempre um pouquinho piegas. Ando romântica, então vou falar um pouco sobre a festa.
Do advento ROCKY TOWN alguém me comentou que não sabia que o Rocky Balboa tinha tanto impacto na cena rock. Eu também não sabia até fazer a primeira há 1 ano atrás. Tirei a idéia porque Rocky representa superação, e agüentar firme fazendo festa sem desistir não é pra qualquer um.
Aqui no Sul, além da Róque Town ter amor declarado ao garanhão, tem a banda Rocky e os Balboas também, que toca covers do fino do hard rock, e o vocalista entra de calção, roupão e ataduras no palco, ao som de Eye of the Tiger.
Assistindo o Hi Fi eu constatei que Rocky é amado pelos amantes da música all over the world. Tem uma cena que o Rob está falando de como é horrível transar com alguém sem razões plausíveis, e o exemplo que deu foi “como se a Talia Shire transasse com outra pessoa que não fosse o Rocky”.
Além de se tratar de um filme sobre a paixão pelo boxe, Rocky é também sobre o amor inabalável e puro entre dois perdedores.
Vale lembrar que na FAPA tem uma professora de história que é igual a Adrian, quem tiver esse fetiche go ahead.
Voltando pra Róque Town, confesso que passei a noite deslumbrada. Quando a gente pensa que está tudo perdido, que as pessoas não ligam mais pra música, elas ressurgem do esgoto e enchem o coração da mamasita.
O dia todo foi um stress, brigas por dinheiro e revolta dos sócios, pensei em desistir de novo. Daí a gente chega lá, começa a arrumar as coisas, colar os cartazes de todas as festas passadas na parede e alguém bota o If You´re Feeling Sinister do Belle and Sebastian pra aquecer os preparativos. Melhor álbum da banda e um marco da minha vida. Beleza, cantarolava “Like Dylan in the movies” enquanto colava fita crepe, lembrava de coisas e sorria nostálgica.
Fidel Castro nas paredes, Cuba Libre nas mãos das pessoas que iam chegando, tudo dava certo. Começou a enxurrada de amigos, coadjuvantes desses 2 anos, velhos e novos amores, todos nos parabenizando, abraçando e beijando e foi quando me dei conta que sim, fiz tudo certo.
Discotecagens inspiradas do Gabriel, do Vitor, do Arthur, e até a minha, que não era tão dançante há tempos. As pessoas cantavam quase todas, dançavam, vibravam com uma ou outra faixa. Melhor momento foi tocar You Don´t Know Me (Caetano – Transa) no auge. A pista esvaziou um pouco, mas quem ficou, tava lá de braços pra cima, quase chorando.
O final eu nem comento, postarei o set na comunidade.
Mas quem acendeu as luzes foi Girl, do T.Rex, mantendo a tradição.
E a gente não vai parar de se perguntar algum dia, o que veio primeiro, a música ou a miséria?
Vi o Hi Fi na prateleira da locadora e não resisti. De vez em quando a gente tem aquela fase de rever conceitos pop, certo? Alta Fidelidade representa um zilhão de coisas pra mim, e assistindo de novo eu só consegui achar mais símbolos ainda.
Não li o livro, e confesso que haja um certo preconceito agora, após ter lido Uma Longa Queda. Mas eu fico pensando, o que será do livro sem o Cusack? É meio impossível de visualizar.
Porque no final a vida sempre se resume a quem você amou ou não. E o que importa nas pessoas é o que elas gostam, e não o que elas são. É uma realidade. O que elas gostam, sempre vale mais.
E as projeções. Fumar como o Rob, ser empolgada e visionária como o Barry, e definitivamente me identificar com a Charlie. Porque eu sei bastante coisa, sou bem resolvida, mas só falo besteira e é provável que acabe sozinha.
Ás vezes eu me flagro em meio a discussões ridiculamente despreparada. Não sei falar, daí fico pensando “se eu tivesse escrevendo isso sairia muito melhor”. Algumas pessoas só se expressam em palavras ou gestos. Falar não é o meu forte.
Escrita e revisada. A vida perfeita.
A miséria veio primeiro, e a música é a desculpa. Pelo menos nesse segundo.
Trilha sonora: Marvin Gaye. E quem vai duvidar?
Vi o Hi Fi na prateleira da locadora e não resisti. De vez em quando a gente tem aquela fase de rever conceitos pop, certo? Alta Fidelidade representa um zilhão de coisas pra mim, e assistindo de novo eu só consegui achar mais símbolos ainda.
Não li o livro, e confesso que haja um certo preconceito agora, após ter lido Uma Longa Queda. Mas eu fico pensando, o que será do livro sem o Cusack? É meio impossível de visualizar.
Porque no final a vida sempre se resume a quem você amou ou não. E o que importa nas pessoas é o que elas gostam, e não o que elas são. É uma realidade. O que elas gostam, sempre vale mais.
E as projeções. Fumar como o Rob, ser empolgada e visionária como o Barry, e definitivamente me identificar com a Charlie. Porque eu sei bastante coisa, sou bem resolvida, mas só falo besteira e é provável que acabe sozinha.
Ás vezes eu me flagro em meio a discussões ridiculamente despreparada. Não sei falar, daí fico pensando “se eu tivesse escrevendo isso sairia muito melhor”. Algumas pessoas só se expressam em palavras ou gestos. Falar não é o meu forte.
Escrita e revisada. A vida perfeita.
A miséria veio primeiro, e a música é a desculpa. Pelo menos nesse segundo.
Trilha sonora: Marvin Gaye. E quem vai duvidar?
quinta-feira, fevereiro 1
Volta pro fotolog, tá bein?
O esquema é o seguinte, a Melissa PAGA as famosas de fotolog pra comentar o SP Fashion Week, até aí ok, porque a gente já sabe o que esperar de comentários de moda. Só que daí quando envolve o desfile de um Cavalera da vida, e elas querem posar de roqueirinhas new rave, acontece esse tipo de coisa:
"...e essa coisa de antigo carnaval + mundo rock que está na camiseta que escreve Adoniran com a fonte do ACDC. x) SHOW!"
(Mari Moon. Fonte: site da Melissa)
A proposta da Cavalera é boa, qualquer coisa escrita com a fonte do AC DC também é boa, mas no caso, babe, estamos tratando da fonte do Iron Maiden.
Atenciosamente
Hyde Assessoria Rock S/A.
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