domingo, fevereiro 4

E a gente não vai parar de se perguntar algum dia, o que veio primeiro, a música ou a miséria?

Vi o Hi Fi na prateleira da locadora e não resisti. De vez em quando a gente tem aquela fase de rever conceitos pop, certo? Alta Fidelidade representa um zilhão de coisas pra mim, e assistindo de novo eu só consegui achar mais símbolos ainda.

Não li o livro, e confesso que haja um certo preconceito agora, após ter lido Uma Longa Queda. Mas eu fico pensando, o que será do livro sem o Cusack? É meio impossível de visualizar.

Porque no final a vida sempre se resume a quem você amou ou não. E o que importa nas pessoas é o que elas gostam, e não o que elas são. É uma realidade. O que elas gostam, sempre vale mais.

E as projeções. Fumar como o Rob, ser empolgada e visionária como o Barry, e definitivamente me identificar com a Charlie. Porque eu sei bastante coisa, sou bem resolvida, mas só falo besteira e é provável que acabe sozinha.

Ás vezes eu me flagro em meio a discussões ridiculamente despreparada. Não sei falar, daí fico pensando “se eu tivesse escrevendo isso sairia muito melhor”. Algumas pessoas só se expressam em palavras ou gestos. Falar não é o meu forte.

Escrita e revisada. A vida perfeita.

A miséria veio primeiro, e a música é a desculpa. Pelo menos nesse segundo.

Trilha sonora: Marvin Gaye. E quem vai duvidar?

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