quinta-feira, março 9

Kamonnnnn Boyzzzzz!!


Ontem eu fui no show mais histórico do ano da história de Porto Alegre. Festa de comemoração ao Dia da Mulher, com apresentações da Baby Doll e da Supergatas (cover de New York Dolls).

Já de cara eu entro no Jekyll e me deparo com 30 hard rockers que não saíam dos esgotos há mil anos. E no som rolava Libertines (????).

Presenças ilustres, como a do Wolverine. O Logan, man! O Logan mora em Porto Alegre, só tinha visto uma vez e achei que o cara não era daqui, mas ontem se confirmou a sua residência gaudéria. O Logan....de camisetinha regata, cheio de tattoos e cabelo e suíça de fazer a idolatria de todos os fãs da Marvel.

Primeiro entrou a Baby Doll. Porra, quem nunca viu um show deles deve se esforçar pra fazer isso antes de morrer. Dr. Love entrou com sua capa do poder prateada e suas munhequeiras de zebrinha entoando clássicos como Neon Baby, Gata Gulosa, Frígida, Toniolo e Arrombada. Esta última inteiramente dedicada à Daniela Cicarelli. Seguido por seus fiéis escudeiros saídos diretamente do túnel dos anos 80, com cabelões e camisas rasgadas do Guns ‘n Roses. Se existe uma banda que vangloria e homenageia as mulheres durante um show, são eles. E “Viva a PUNHETA!!!!” é o hino da temporada.

Depois, entraram as Supergatas. Banda recém formada por ótimos músicos da cena rock da cidade, que fazem um tributo a New York Dolls entoando as músicas SUPER HIPER FODAS da banda que se inclui no meu Top 5 de todos os tempos. O Jekyll veio abaixo, literalmente.

Eles já abriram com um David Johansen MEGA embriagado, bradando:

“When I say I´m in luv, you best believe I´m in love. L-U-V !!!!”

Importante dizer que todos estavam devidamente trajados com vestidos, calças de vinil, mini blusas de oncinha e plumas, muitas plumas. Sem falar na maquiagem...

A “insanidade coletiva” (um bordão falecido) invadiu o recinto, seguiu-se porrada sobre porrada. Babylon, Vietnamese Baby, Bad Girl, Stranded in the Jungle (detalhe pro público em massa fazendo o coro dos animais da floresta e dos aborígenes), Puss ‘n Boots e muito mais. As clássicas? Bem, não deu tempo de tocar....

As pessoas faziam pogo, se roçavam umas nas outras (importante: eu assisti das escadas, o lugar mais seguro do estabelecimento, porque claro, já tinha previsto a merda), jogavam cerveja na geral como se fosse porra, e não acaba aí.

Johansen, bebum “bragarai”, gritava coisas incompreensíveis entre uma música e outra (ele não esqueceu de NENHUMA letra, fantástico em se tratando de Dolls), agarrava homens e mulheres que passavam (o Jekyll não tem palco, fica todo mundo feliz no chão), o que gerou a ira de sua namorada, que foi ENROLADA no cabo do microfone, pra não ir embora. Mesmo assim não adiantou, e ele tentou lascar um beijo de língua no Sheyla Colomy (personalidade do rock gaúcho) que conseguiu fugir. Não satisfeito ele chamou o Wolverine pra fazer strip, nosso herói tirou a camisetinha e exibiu seu peito másculo e peludo com um piercing no mamilo, jóia esta que foi sugada pelo carismático vocalista. O “garrento” ainda saiu de cena fazendo cara de nojinho. Johansen ainda subiu nos pilares da cabine do DJ, “trepando” com a estrutura e caindo em cima de um Fenderzão. O orgasmo deve ter sido forte.

Esse ato gerou desentendimento geral entre a banda, que começou a dar empurrões no vocalista, xingá-lo de nomes censurados aqui, e ainda culminou na revoltz total do Johnny Thunders, que arremessou sua guitarra e saiu andando...

Consolado pela babe (mulheres, o alicerce da humanidade), Thunders voltou e eles começaram a tocar nada mais nada menos que T.V. EYE !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Ficou impossível de conter o público (inclusive esta que vos fala), que mais parecia o bloco do Chiclete com Banana no carnaval de Salvador. E foi aí que os barmans com cara de mau do Jekyll desligaram a energia e mandaram o povo pra casa.

Só que ele esqueceu o equipo do DJ ligado. E Claudia Schumacher, muito esperta e devassa, rolou Paradise City, Personality Crisis e London Calling...

*morre*

Fiquei mais bêbada e chapada por toda aquela informação do que pela cerveja.

Moral da história: EU, no alto dos meus 26 anos, vi pela primeira vez, um show de PUNK ROCK de verdade. Foi lindo, não consigo pensar outra coisa senão o fato de que os próximos shows da minha vida serão um tédio.

4 comentários:

Unknown disse...

tava precisando de um show assim, talvez eu me animasse e chutasse algumas coisas para bem longe!

Anônimo disse...

eu fui nesse show muito tri, nunca tinha visto a Baby Doll agora virei fan!

muito bala!!

Anônimo disse...

hâ, sim, tentaram me arrancar um beijo de língua. Mesmo sem conseguir, não fiquei aliviado, porque sentí uma barba (!) roçando em mim. Eu achei que barba roçando só da mamãe (que é barbuda)
Tb achei que o mais gay dessa banda (Claus, Toy, Z, Alê Cereja e Vodoo) foi o Vodoo, porque não teve coragem de se vestir de mulher. Não ter coragem de se vestir de mulher é a coisa mais Gay que já ví!
Fora esse incidente que aconteceu comigo, a festa foi histórica e bizarra. Voltei pra casa com um inflável da menina Superpoderosa Docinho.
Tchau

Anônimo disse...

taquepariu tu devia ter me convidado...
eu ia! eu ia!