é a demonstração de amor mais pública que eu já consegui fazer até hoje...
definitivamente, é um projeto que vai ter tudo que eu amo, lugar bom, bebida boa, o melhor rock do ano, e o homem da minha vida de hoje e de sempre até onde eu conseguir...
Relô-ou? papai do céu? dá uma força aí e facilita pra nós, tá entendendo?
povo: aguardem maiores informações. e quem não atender meu chamado é melhor ficar longe da TV, porque a guriazinha do poço te pegará em 7 dias.
segunda-feira, janeiro 31
sexta-feira, janeiro 28
tic tac tic tac tic tac
(gwen feladaputa e essa música ridícula...)
o tempo está lerdo, lerdo, mas em compensação muita coisa acontece rapidamente. eu já estava preparada pra um ano cheio de mudanças, mas acho que de repente vão rolar mais mudanças do que eu imagino...
acho que de repente eu já me preparei pra tudo mesmo.
...e que venham os yankees!! (...e que ele venha logo também)
o tempo está lerdo, lerdo, mas em compensação muita coisa acontece rapidamente. eu já estava preparada pra um ano cheio de mudanças, mas acho que de repente vão rolar mais mudanças do que eu imagino...
acho que de repente eu já me preparei pra tudo mesmo.
...e que venham os yankees!! (...e que ele venha logo também)
quinta-feira, janeiro 27
WHY WON´T YOU DANCE WITH ME ???!!!!!!!!!!!!
porque saudades sucks sooooooo much
******************
This magic moment
So different and so new
Was like any other
Until I met you
And then it happened
It took me by suprise
I knew that you felt it too
I could see it by the look in your eyes
Sweeter than wine
Softer than a summer's night
Everything I want, I have
Whenever I hold you tight
This magic moment,
While your lips are close to mine,
Will last forever,
Forever, 'til the end of time
So why won't you dance with me?
Why won't you dance with me?
(lou reed falando por mim, deixa eles falarem por mim aqui no blog, já vou perder o tesão de escrever de novo, já, já...)
domingo, janeiro 23
considerações sobre o no doubt
simple kind of life o caralho
don´t speak nem pensar, pode vomitar até o fim que eu tô aqui
sunday morning é algo que não existe
marry me? psssssssss
magic´s in the makeup, pô que descoberta
platinum blonde life é uma merda
rock steady, não não, never steady
world go round só nos momentos ébrios
just a girl, putz, nem um pouco, ainda bem que o audio não funcionou na minha formatura do colégio.
Enfim, acho que gosto tanto deles porque representa tudo que eu sempre tentei ser e não consegui. Ainda bem.
"I am Jeckyl/I am Hyde/Found this place to hide/Come seek me!" (G. Stefani - Comforting Lie)
+++++
e chega de grandes posts porque ninguém lê.
Ronnie, você não deve estar entendendo nada, vou te emelhar. Don´t panic! Só em London : P
quinta-feira, janeiro 20
República dos Pampas ou Povo Incompreendido?
"..Agora, coisa ispecial é uma porca, tendo a gente por cachaço, bem limpinha, e com cabaço, no seco em noite de lua, ela se encosta e recua, rebola e sallllta pra frente, talvez pensando que a gente tem pissa em forma de pua....." (Lucas Pocamacha, guitar dos Guidis, em seu profile do Orkut, parafraseando um grande cancioneiro erótico da fronteira)
Agora deixando as tormentas de lado, eu vou dar uma lógica pras
coisas que eu falo, sem contar que é uma boa oportunidade pra sempre
lembrar que sou apaixonada pela cidade/estado/região/país/planeta (tudo
num só) em que vivo.
coisas que eu falo, sem contar que é uma boa oportunidade pra sempre
lembrar que sou apaixonada pela cidade/estado/região/país/planeta (tudo
num só) em que vivo.
Como em qualquer outro lugar, existem palavras que são muito
particulares entre os gaúchos, muitas delas vêm do interior, da
campanha, e no geral o vocabulário daqui é altamente folclórico. Eu,
paulista, sou completamente fanática por isso, porque saí de um lugar,
levantando a bandeira de que todos deveriam ser cosmopolitas, e cheguei
numa estância gigantesca, onde todos são compadres, cheios de orgulho
da terra, tomam chimarrão na mesma cuia não importando se tem 5 ou 30
pessoas, e cantam o hino Rio Grandense com lágrimas nos olhos, até em
festinhas de aniversário infantis.
Não existe possibilidade nenhuma de falar dessa terra sem ser
bairrista, porque pro cara falar daqui, tem que conhecer, e conhecendo
ele vai amar, e vira um ciclo, e por aí vai...
Na minha opinião (digamos que eu aprendi um pouco de história do RGS na
faculdade, aliás no currículo da História daqui há umas 8 matérias
focadas nos pampas), um dos poucos que conseguiu dar uma vaga idéia
sobre como o gaúcho ou em geral as pessoas que moram aqui se sentem,
não foi um historiador, ou cientista ou erudito de porra nenhuma.
Foi o Vitinho, ou Vitor Ramil para o resto do mundo, irmão dos
bicho-grilos Kleiton e Kledir, veia rebelde da família, sim, sim, sim,
ele é um músico! Óbvio. O Vitor escreveu um ensaio há zilions de anos
atrás chamado A Estética do Frio, que dá origem ao livro que ele lançou
agora no final de 2004, e que eu ainda não li porque sou relapsa e
estava duranga quando fui no show de lançamento (do Álbum - Longes e do
livro). Mas o ensaio eu conheço muito bem e acho divino, já me serviu
de ferramenta em diversas ocasiões e vai me servir agora de novo. Pros
interessados, A ESTÉTICA DO
FRIO.
Dani Hyde *paulúcha, gaulista, ou melhor, gaulesa irredutível
:::::
Artista: Vitor Ramil
Música: Deixando o Pago
Intro: Am
E7 Am
Alcei a perna no pingo e saí sem rumo certo
E7 Am
Olhei o pampa deserto e o céu fincado no chão
E7 Am
Troquei as rédeas de mão mudei o pala de braço
Am/G F E7 Am
E vi a lua no espaço clareando todo o rincão
E7 Am
E a trotezito no mais fui aumentando a distância
E7 Am
Deixar o rancho da infância coberto pela neblina
E7 Am
Nunca pensei que minha sina fosse andar longe do pago
Am/G F E7 A
E trago na boca o amargo dum doce beijo de china
D7M E7 A
Sempre gostei da morena é a minha cor predileta
F#m7 Bm7 E7 A
Da carreira em cancha reta dum truco numa carona
D7M E7 A
Dum churrasco de mamona na sombra do arvoredo
F#m7 Bm7 E7 A Am
Onde se oculta o segredo num teclado de cordeona
E7 Am
Cruzo a última cancela do campo pro corredor
E7 Am
E sinto um perfume de flor que brotou na primavera
E7 Am
À noite, linda que eram banhada pelo luar
Am/G F E7 A
Tive ganas de chorar ao ver meu rancho tapera
D7M E7 A
Como é linda a liberdade sobre o lombo do cavalo
F#m7 Bm7 E7 A
E ouvir o canto do galo anunciando a madrugada
D7M E7 A
Dormir na beira da estrada num sono largo e sereno
F#m7 Bm7 E7 A Am
E ver que o mundo é pequeno e que a vida não vale nada
E7 Am
O pingo tranqueava largo na direção de um bolicho
E7 Am
Onde se ouvia o cochicho de uma cordeona acordada
E7 Am
Era linda a madrugada a estrela d'alva saía
Am/G F E7 A
No rastro das três Marias na volta grande da estrada
D7M E7 A
Era um baile um casamento quem sabe algum batizado
F#m7 Bm7 E7 A
Eu não era convidado mas tava ali de cruzada
D7M E7 A
Bolicho em beira de estrada sempre tem um índio vago
F#m7 Bm7 E7 A Am
Cachaça pra tomar um trago carpeta pra uma carteada
E7 Am
Falam muito no destino até nem sei se acredito
E7 Am
Eu fui criado solito mas sempre bem prevenido
E7 Am
Índio do queixo torcido que se amansou na experiência
Am/G F E7 Am (A)
Eu vou voltar pra querência lugar onde fui parido
quarta-feira, janeiro 19
A incrível pseudo bicha intelectual from outer space
Aee, viram a zona que tá isso aqui? Só falta aquele pó de tijolo e azulejos quebrados pelo chão...
Então, esse aqui é meu espaço, prometi não escrever nos outros, não o farei. Mas tem coisas que não vou deixar passar em branco. So.....
Gostaria que cada cidadão do mundo fosse um pouquinho sociólogo-antropólogo, trocando em miúdos, se interessasse mais pelo comportamento das pessoas, culturas, linguagens de diferentes cantos do globo. Em tempos de Nerd Fashion e ascensão dos "Estranhos da Sala de Aula" nos âmbitos musicais e literários, me espantam muito os críticos do escrever corretamente. Qual a necessidade, me pergunto, QUAL A NECESSIDADE(!!!) de usar coloquialismos num espaço que já é considerado base pra pesquisas de toda natureza? Deixemos as conversas de bar, para o bar (se existe uma vida social além do computador, claro); ou então vamos pensar na ignorância generalizada que já é a Internet e deixá-la um pouco mais limpinha. Esse é o meu ponto de vista.
:::uma analogia:::
Pense no punk, enquanto aqueles caras asqueirosos ficarem fedendo e gritando anarquia nos parques, nós não poderemos discutir seriamente sobre o que foi, as influências e as consequencias do movimento, da cena, da música, da ideologia, etc..Sendo que esse hiato contemporâneo da contra-cultura foi extremamente frutífero e teve efeito generalizado. Continua soando desrespeitoso, infelizmente.
Eu gostaria sim, que a bela escrita fosse POP, não iria me sentir mal com isso, e nem ficar falando "porque eu escrevia assim primeiro, não é justo todo mundo ter acesso a isso", já notou o quanto excludente é rechaçar o POP? Porque ontem, o POP era sua maior mania, babe.
segunda-feira, janeiro 17
entende o que eu tô falando? a melhor forma de inaugurar esse modo simples e tosco de postar imagens foi estuprando o copyright dos gênios que me atormentam a vida dia-a-dia e eu amo tanto. agora me lembrei da melhor palavra que ouvi em Salvador: C-O-P-Y-L-E-F-T !!! isso, copyleft, a pirataria não podia ter um nome mais justo, hype e cult do que esse.
obs: me alertaram para que eu não cometa uma gafe, bem, não é pra levar isso a sério mesmo, ou então tente digerir e adaptar a informação pra realidade, ou então dá uma olhada aqui e entenda qual o sentido "maduro" da palavra.
gente que exterioriza suas emoções através do handwriting do MSN Beta está em outro nível de evolução. pense numa mulher bem resolvida e empresária como eu, recebendo desenhos o dia todo e, particularmente hoje, uma ilustração gigante de felattio enquanto meu pai situava-se atrás de mim, reclamando que eu ficava relapsa demais com o MSN ligado. amo meus amigos.
domingo, janeiro 16
tópico extraordinário "o tramavirtual afeta minha vida"
agora é de verdade, esse é o último post freqüente, amanhã minha vida de proletária começa de verdade. agora tudo é de verdade. hahahaha, "um espetáculo" como diria o mestre Peduzzi.
Top 5 Trama Virtual
www.tramavirtual.com.br :
1 - /cissa_guimaraes (genial)
2 - /a_doutrina_bochoi (antológico)
3 - /planondas (róque baby)
4 - /eric_van_delic (a banda revelação 2005)
5 - /dance_of_days (já que todo mundo, eu também...)
Agora é de verdade, começou de verdade, um bom ano pra todos. Aguardem meus posts esporádicos...
sábado, janeiro 15
ainda sobre músicas
hoje eu sou alguém que escuta muita coisa, muita coisa mesmo, então às vezes algumas canções maravilhosas vão ficando para trás...mas tirando a memória recente, o resto dela é boa, e sempre vou buscar as coisas boas.
eu adoro melancolia, era essa a minha premissa na época de goticismos, e lá no fundo acho que nunca deixei de ser aquela menina gótica tirada de histórias do Tim Burton, as expressões artísticas "malditas" ainda me fascinam muito. porém existe muita luz na minha vida agora, e elas ficam ali num cantinho, quietinhas, excluídas, como qualquer gótico que se preze. *risos*
mexendo nas minhas pastas musicais (ultimamente eu ando tirando pó de muita coisa com bons propósitos), achei esse som de uma banda póstuma lá de São Paulo, o Lábia Minora. Goth em português nem sempre é bom, a execução dos instrumentos pior ainda, com esse equipamento de terceiro mundo que há nessa terra; mas o Lábia se destacava por conseguir encaixar letras altamente poéticas com a melodia característica da cena, uma vez que "cantar em poesia" é dificílimo, e muito delicado quando a temática é mais tétrica, "caricata", uma banda gótica com músicas em português pode se tornar ridícula em segundos..mas existiram esses caras pra mostrar que era possível, ainda o é. Se alguém quiser saber mais a respeito desse mundinho que NÃO VAI MORRER (PORQUE É IMORTAL, ARRÁ), dá um pulinho aqui ó: Carcasse - o portal mega que há alguns anos atrás era só uma listinha de discussão de uns nerds perdidos e absortos em cultura obscura, saudades Cidão*! Saudades!
*Cid Vale Ferreira era o moderador do mailing e "dono" do Sepia Zine e meu parceirão de obsessões pelas histórias de Diodati (vilarejo italiano onde Byron e Shelley passavam as férias) , hoje é um dos coordenadores do Carcasse.
e mais: tem uma colaboração minha no Sepia, se liga só
CORTE
"Quanto à saída, insista
quantas cores extintas
você me fechou, aqui dentro
você me velou
Quantas palavras malditas
quanta ausência mal vista
você me trancou por dentro
você me levou
Se eu me encontrar sozinho
Não me deixe aqui comigo
Quando o tempo te perdoar
quanto começo me resta?"
eu adoro melancolia, era essa a minha premissa na época de goticismos, e lá no fundo acho que nunca deixei de ser aquela menina gótica tirada de histórias do Tim Burton, as expressões artísticas "malditas" ainda me fascinam muito. porém existe muita luz na minha vida agora, e elas ficam ali num cantinho, quietinhas, excluídas, como qualquer gótico que se preze. *risos*
mexendo nas minhas pastas musicais (ultimamente eu ando tirando pó de muita coisa com bons propósitos), achei esse som de uma banda póstuma lá de São Paulo, o Lábia Minora. Goth em português nem sempre é bom, a execução dos instrumentos pior ainda, com esse equipamento de terceiro mundo que há nessa terra; mas o Lábia se destacava por conseguir encaixar letras altamente poéticas com a melodia característica da cena, uma vez que "cantar em poesia" é dificílimo, e muito delicado quando a temática é mais tétrica, "caricata", uma banda gótica com músicas em português pode se tornar ridícula em segundos..mas existiram esses caras pra mostrar que era possível, ainda o é. Se alguém quiser saber mais a respeito desse mundinho que NÃO VAI MORRER (PORQUE É IMORTAL, ARRÁ), dá um pulinho aqui ó: Carcasse - o portal mega que há alguns anos atrás era só uma listinha de discussão de uns nerds perdidos e absortos em cultura obscura, saudades Cidão*! Saudades!
*Cid Vale Ferreira era o moderador do mailing e "dono" do Sepia Zine e meu parceirão de obsessões pelas histórias de Diodati (vilarejo italiano onde Byron e Shelley passavam as férias) , hoje é um dos coordenadores do Carcasse.
e mais: tem uma colaboração minha no Sepia, se liga só
CORTE
"Quanto à saída, insista
quantas cores extintas
você me fechou, aqui dentro
você me velou
Quantas palavras malditas
quanta ausência mal vista
você me trancou por dentro
você me levou
Se eu me encontrar sozinho
Não me deixe aqui comigo
Quando o tempo te perdoar
quanto começo me resta?"
quinta-feira, janeiro 13
da série "A maior obsessiva compulsiva por letras de música do mês"
eu vim almoçar aqui em casa.
enchi a pança, sentei no sofá, acendi o cigarro.
tirei daquele programa imbecil de futebol pra ver música.
(fade)
aparece de longe o rostinho querido do Carl Barat e as letrinhas embaixo me avisam:
::::: Can´t Stand Me Now :::::
(foda)
"Can't take me anywhere (Cant take you anywhere)
Can't take me anywhere (wouldn't take you anyway)
I'll take you anywhere you wanna go"
Rapidinhas fim de férias
There's the moon asking to stay
Long enough for the clouds to fly me away
Well it's my time coming,
I'm not afraid, afraid to die
My fading voice sings of love,
but she cries to the clicking of time
Oh, time,
Wait in the fire, waiting to burn
And she weeps on my arm
Walking to the bright lights in sorrow
Oh drink a bit of wine we both might go tomorrow
Oh my love...
And the rain is falling and I believe my time has come
It reminds me of the pain I might leave behind...
Wait in the fire, waiting to burn
It reminds me of the pain I might leave, leave behind...
And I feel them drown my name
So easy to know and forget with this kiss
I'm not afraid to go but it goes so slow...
Waiting to burn
(Jeff Buckley - Grace)
Um pouco mais de atenção pra mim
A maré estava baixa e era possível enxergar o salitre no fundo daquelas águas, Nina pensou em molhar os pés, adentrando aquele manto azul ela deixou se levar pelos pensamentos e relembrar das coisas às quais havia renunciado.
"Sonny está morando fora do país há 3 anos, e a casa continua bagunçada, não consigo guardar aqueles papéis, álbuns e pratos. Era pro livro ter terminado, era pra ser um livro, e eu não deixei; aquelas músicas não faziam sentido pra mim, e eu sempre me odiei por não ter aquela mesma percepção que o fazia ficar catatônico às vezes, muito mais embriagado do que quando a gente fazia amor....e aqueles pratos, porra! eram horríveis, não combinavam, faziam barulho o dia inteiro na casa ventilada e enchiam de pó. E claro! Eu que tirava o pó daquelas porcarias, se deixasse a tarefa pra ele eram sempre 3 dias seguidos sem quase se falar, como se aquilo fosse prataria de Marselha, por Deus. E ele amava tanto, aquele amontoado de coisas, de objetos sem vida, eu nem percebi que já estava enciumada de tudo aquilo quando pedi pra ele dedicar um dia só pra mim e esquecer tudo. E nem percebi que fazendo isso eu o mandei embora. Embora eu também não tenha me esforçado em dar atenção a ele que estava contido permanentemente nas suas paixões. Agora ele foi, e são uns amontoados de anos dias e horas que eu passo a limpo os rascunhos, faço coletâneas das minhas canções preferidas e janto cada dia em um prato daqueles. Hoje eu como no prato que cuspi."
Mais uma vez ela não percebeu, e por um leve instante ainda pôde enxergar a luz da lua, numa vista distinta, submersa.
*************
Friday's child is planning to go out for the first time
Says
Don't worry Mum
I won't be out that late
Done me playing those passive games right now
They're out of date
You're awfully sweet
Haven't got the time
Growing up so fast
Got better things to do
You can get what you want
So young and lovely
Kicking around in the centre of the town
Looking in shop windows
Those mannequins
Look far too real at night
Friday's child doesn't know if it's awake
Or if it's dreaming
Says
Don't worry Dad
I'll do my bit
I'll raise the flag
I'll be just like you
You can get what you want
So young and lovely
Don't worry Mum
I'm not that dumb
I'll be just like you
Oh, no, why
Why d'you do it?
Blur - Young and Lovely)
Pra uma juventude perfumada
Festa na sexta feira e Carrie havia se preparado há semanas pra sair com os amigos novos. Comprou roupas novas, brincos, um novo baton e tingiu o cabelo de vermelho. Tinha que ser tudo novo, com cheiro de juventude e efemeridade. Na calçada os rapazes gritavam, entoavam hinos da sua geração, que iam percorrendo pela crueldade do individualismo sobre as pessoas, e a depressão latente na pouca idade.
Ela acenou da porta e saiu correndo em direção a eles. Mamãe ficou olhando pelo pedacinho descoberto de cortina na janela, constatando o momento em que estava lançando sua cria para a caça. Nunca considerou essa situação, foi custoso, desgastante, logicamente materno.
O clube estava cheio, não havia seguranças, fiscalização de tipo algum. Os jovens queriam oportunidades simples para viver emoções fortes, talvez os jovens sempre pensarão dessa maneira. Porém, Carrie sempre desejou o impossível, o não palpável, pra que suas expectativas não virassem frustração nunca, a fim de tornar eternos os sonhos. Ela lotou a noite, bebeu de todos, debruçou-se à mesa para experimentar o alvi-tesouro, foi feliz, conquistou os transeuntes e retornou à mesa novamente, quatro, cinco, seis vezes...mais seis pra multiplicar a euforia, a agonia, o gozo, o efêmero, as luzes, as luzes, apagando acendendo, subindo, descendo, esse cara, na sua frente, ofegante, pra cima, pra baixo, urrando como um guepardo, e era tão bom, tão libertino e libertador, olhos catalisadores, enfim, uma estrela, brilhando, pálida e sorridente.
Pára o tempo, chega mais próximo, um olhar triste fixado, por que tão triste se está tão bom? Ouve-se um burburinho, luzes, são acesas, não há como escapar da vitrine humana. Um brilho metálico no torso daquele conquistador barato. Era sua mãe, ela tremia como um suíno espasmódico em seu assassinato, mais luzes, mais um olhar de tristeza, e seguiu-se o de desprezo, logo após o de asco, e por fim a matriarca aconchega a arma na própria boca e dispara ao escapismo condicional.
Carrie, na fantasia de realizar tudo como um sonho, desperta no dia seguinte, a casa vazia, alguns viventes deitados no chão, tentando achar uma agulha não tão suja para finalizar o restante da beleza notívaga, e ao seu lado, um corpo velho, meio disforme é verdade, numa poça quase plástica de algum fluído viscoso e pardo. sem titubear levantou-se e saiu do estabelecimento destinando-se ao seu lar.
Foi tentar dormir mais um pouco, quando acordou, mamãe havia saído, fazer compras talvez. Não havia café preparado, abriu a geladeira e tomou um pouco de refrigerante, solicitou uma pizza pelo telefone, tomou banho, se alimentou. Uns amigos ligaram pra convidá-la a outra festa imperdível...mas a mãe não havia chegado. Resolveu ser mais madura, vestiu o outro traje que havia comprado, passou o baton novo, e deixou um bilhete:
"Mamãe, fui encontrar o pessoal novamente, não chegarei tarde, fica com Deus, beijos, Carrie"
Long enough for the clouds to fly me away
Well it's my time coming,
I'm not afraid, afraid to die
My fading voice sings of love,
but she cries to the clicking of time
Oh, time,
Wait in the fire, waiting to burn
And she weeps on my arm
Walking to the bright lights in sorrow
Oh drink a bit of wine we both might go tomorrow
Oh my love...
And the rain is falling and I believe my time has come
It reminds me of the pain I might leave behind...
Wait in the fire, waiting to burn
It reminds me of the pain I might leave, leave behind...
And I feel them drown my name
So easy to know and forget with this kiss
I'm not afraid to go but it goes so slow...
Waiting to burn
(Jeff Buckley - Grace)
Um pouco mais de atenção pra mim
A maré estava baixa e era possível enxergar o salitre no fundo daquelas águas, Nina pensou em molhar os pés, adentrando aquele manto azul ela deixou se levar pelos pensamentos e relembrar das coisas às quais havia renunciado.
"Sonny está morando fora do país há 3 anos, e a casa continua bagunçada, não consigo guardar aqueles papéis, álbuns e pratos. Era pro livro ter terminado, era pra ser um livro, e eu não deixei; aquelas músicas não faziam sentido pra mim, e eu sempre me odiei por não ter aquela mesma percepção que o fazia ficar catatônico às vezes, muito mais embriagado do que quando a gente fazia amor....e aqueles pratos, porra! eram horríveis, não combinavam, faziam barulho o dia inteiro na casa ventilada e enchiam de pó. E claro! Eu que tirava o pó daquelas porcarias, se deixasse a tarefa pra ele eram sempre 3 dias seguidos sem quase se falar, como se aquilo fosse prataria de Marselha, por Deus. E ele amava tanto, aquele amontoado de coisas, de objetos sem vida, eu nem percebi que já estava enciumada de tudo aquilo quando pedi pra ele dedicar um dia só pra mim e esquecer tudo. E nem percebi que fazendo isso eu o mandei embora. Embora eu também não tenha me esforçado em dar atenção a ele que estava contido permanentemente nas suas paixões. Agora ele foi, e são uns amontoados de anos dias e horas que eu passo a limpo os rascunhos, faço coletâneas das minhas canções preferidas e janto cada dia em um prato daqueles. Hoje eu como no prato que cuspi."
Mais uma vez ela não percebeu, e por um leve instante ainda pôde enxergar a luz da lua, numa vista distinta, submersa.
*************
Friday's child is planning to go out for the first time
Says
Don't worry Mum
I won't be out that late
Done me playing those passive games right now
They're out of date
You're awfully sweet
Haven't got the time
Growing up so fast
Got better things to do
You can get what you want
So young and lovely
Kicking around in the centre of the town
Looking in shop windows
Those mannequins
Look far too real at night
Friday's child doesn't know if it's awake
Or if it's dreaming
Says
Don't worry Dad
I'll do my bit
I'll raise the flag
I'll be just like you
You can get what you want
So young and lovely
Don't worry Mum
I'm not that dumb
I'll be just like you
Oh, no, why
Why d'you do it?
Blur - Young and Lovely)
Pra uma juventude perfumada
Festa na sexta feira e Carrie havia se preparado há semanas pra sair com os amigos novos. Comprou roupas novas, brincos, um novo baton e tingiu o cabelo de vermelho. Tinha que ser tudo novo, com cheiro de juventude e efemeridade. Na calçada os rapazes gritavam, entoavam hinos da sua geração, que iam percorrendo pela crueldade do individualismo sobre as pessoas, e a depressão latente na pouca idade.
Ela acenou da porta e saiu correndo em direção a eles. Mamãe ficou olhando pelo pedacinho descoberto de cortina na janela, constatando o momento em que estava lançando sua cria para a caça. Nunca considerou essa situação, foi custoso, desgastante, logicamente materno.
O clube estava cheio, não havia seguranças, fiscalização de tipo algum. Os jovens queriam oportunidades simples para viver emoções fortes, talvez os jovens sempre pensarão dessa maneira. Porém, Carrie sempre desejou o impossível, o não palpável, pra que suas expectativas não virassem frustração nunca, a fim de tornar eternos os sonhos. Ela lotou a noite, bebeu de todos, debruçou-se à mesa para experimentar o alvi-tesouro, foi feliz, conquistou os transeuntes e retornou à mesa novamente, quatro, cinco, seis vezes...mais seis pra multiplicar a euforia, a agonia, o gozo, o efêmero, as luzes, as luzes, apagando acendendo, subindo, descendo, esse cara, na sua frente, ofegante, pra cima, pra baixo, urrando como um guepardo, e era tão bom, tão libertino e libertador, olhos catalisadores, enfim, uma estrela, brilhando, pálida e sorridente.
Pára o tempo, chega mais próximo, um olhar triste fixado, por que tão triste se está tão bom? Ouve-se um burburinho, luzes, são acesas, não há como escapar da vitrine humana. Um brilho metálico no torso daquele conquistador barato. Era sua mãe, ela tremia como um suíno espasmódico em seu assassinato, mais luzes, mais um olhar de tristeza, e seguiu-se o de desprezo, logo após o de asco, e por fim a matriarca aconchega a arma na própria boca e dispara ao escapismo condicional.
Carrie, na fantasia de realizar tudo como um sonho, desperta no dia seguinte, a casa vazia, alguns viventes deitados no chão, tentando achar uma agulha não tão suja para finalizar o restante da beleza notívaga, e ao seu lado, um corpo velho, meio disforme é verdade, numa poça quase plástica de algum fluído viscoso e pardo. sem titubear levantou-se e saiu do estabelecimento destinando-se ao seu lar.
Foi tentar dormir mais um pouco, quando acordou, mamãe havia saído, fazer compras talvez. Não havia café preparado, abriu a geladeira e tomou um pouco de refrigerante, solicitou uma pizza pelo telefone, tomou banho, se alimentou. Uns amigos ligaram pra convidá-la a outra festa imperdível...mas a mãe não havia chegado. Resolveu ser mais madura, vestiu o outro traje que havia comprado, passou o baton novo, e deixou um bilhete:
"Mamãe, fui encontrar o pessoal novamente, não chegarei tarde, fica com Deus, beijos, Carrie"
quarta-feira, janeiro 12
resumo legal e de vanguarda até pra cego poder ver
choveu no dia da partida, não podia ser diferente, visto que o pranto foi estirpado diversas vezes.
eu tento ser prática e realista, na maioria das vezes, mas meu dever de pisciana me carrega pra mundinhos paralelos tão sensacionais que a realidade fica tão distante, e quando os pés a tocam de novo, é tudo frio, cinza e triste.
adoro situações emblemáticas, e eu o conheci no reveillon, não podia ser pior. o significado que ele vai ter na minha vida, por ter passado os 11 primeiros dias desse ano num estado "siamês" comigo (e todos sabem que eu aposto muito 2005), o valor disso, é piada, é imensurável, acho que nem eu mesma consegui analisar todos os simbolismos, representações, enigmas e sinais divinos que rasgaram o tempo nesses dias.
não me atrevo a dizer que ele é o homem da minha vida, isso eu disse de todos os outros. mas a certeza que eu tenho é que foi um puta marco, que me levou a reflexões que eu evitava há muito tempo, e me deu o gás necessário pra continuar fazendo de 2005 o ano cabalístico e decisivo que eu SEI que será. em março eu faço 25 anos e a carga disso em mim é absurda, mas a força que estou sentindo agora é absurda também, culpa do meu amigo.
quando tá tudo cor de rosa a gente não pensa que a felicidade alheia pode incomodar, e até corroer alguém por dentro. na realidade esse post completamente transparente sobre a minha vida deve ser por causa disso, eu não escreveria nada parecido se não estivesse achando necessário legitimar essa situação, pra que ela não seja vulgarizada, banalizada, enfim, pra que não faça parte de um imaginário de aventuras esporádicas e mundanas, e de um pré-conceito sobre mim no qual eu sempre sou bruxa, vilã e puta, tudo ao mesmo tempo.
tô impressionada com isso que acabo de fazer...falta só apertar o botão laranja...
só escrevi tudo isso, porque não aguentei ver os outros se expondo de uma maneira muito chata, achando que escrever tudo pra todos lerem é a coisa mais simples do mundo e que não gera consequências, e pior, achar que contar detalhes explícitos da sua vida pros outros !OPINAREM! é bacana e moderno, ou mais, fazer isso pra agredir! Como se meia dúzia de palavras jogadas na grande teia não fossem mais hora menos hora virar lixo eletrônico desprovido de qualquer sentimento.
se referiram a mim como uma "fã da net", depois de rir bastante (visto que o meu passatempo predileto É ser fã de todo mundo) eu resolvi assumir que sou, e depois de tudo, mais ainda.
nem vou justificar o texto, porque não há nada pra justificar aqui, é só a minha vida e as pessoas lindas que fazem parte dela. aff. chega.
sábado, janeiro 8
da série..."aventuras numa farmácia bahiana"
-Bom Dia, rapaz! (porque aqui tens que chamar a todos de rapaz...isso, ra-pazzz, igual o Calvin)
-Bom Dia
-Eu quero uma daquelas
-Tá na mão
-Ah...hummm...e uma daquelas outras também
-Hummm ok - olha desconfiado
-Vem cá, será que dá problema eu tomar tudo junto???
-Olha...sei não viu moça, mas alguma coisa tu quem que fazer né..
alguns micros sobrevivem de ghosts...e eu de pseudo firewall...
-Bom Dia
-Eu quero uma daquelas
-Tá na mão
-Ah...hummm...e uma daquelas outras também
-Hummm ok - olha desconfiado
-Vem cá, será que dá problema eu tomar tudo junto???
-Olha...sei não viu moça, mas alguma coisa tu quem que fazer né..
alguns micros sobrevivem de ghosts...e eu de pseudo firewall...
segunda-feira, janeiro 3
no dever do resguardo, o ideal é pinçar músicas, óbvio....
momentos evoluções existenciais 2005 parte I
"meu velho companheiro, de caminhadas ao luar
pensando abobrinhas, pensando idiotices sem nexo."
(maquenzi - a saudade e o all star - superguidis)
"procurando alguém que não acenda a discussão
sobre minha indigestão mental, colapso cerebral
....
quem dessa vez vem me ajudar, eu sei
que não vou encontrar saída nenhuma num bar pra mim
apenas quero sorrir, assim
sem ter que lembrar do quanto vou chorar depois"
(germano - paranóia de freud - stratopumas)
o que se faz quando...
se está longe de casa?
chove sem nunca chover?
se ouve Paranóia de Freud o tempo inteiro e ela sempre faz sentido, que não é mais o mesmo de sempre?
se surpreende com tudo da melhor maneira?
quase não existe mais descanso nem cansaço nem fome?
o amanhã eu não sei de novo?
momentos resoluções existenciais 2005 parte I
"hear this voice, see this man
standing before you, I´m just a child!!!
trapped inside the body of a man"
(gildenlöw - morning on earth - P.O.S)
administração é tudo na vida, pena que eu não entendo picas disso, porque ia precisar muito agora.
vampiros aproveitam os momentos fantásticos, atrás deles Rin Tin Tin!
olhos abertos, respiração cerrada e mais alguns dias. e lá vamos nós...bom é quando faz mal.
*****
e tem uma coisa que iria bem, bem agora...mas eu não sou mulherzinha. então a gente viaja no blog desatualizado.
*****
daisy jane é sempre madura, daisy jane tem uma febre, daisy jane cai da árvore.
oh garota...vê se sai da janela e abre a porta.
****
alguém tem um violão aí??? tô me sentindo um peixe grande fora da banheira...
*****
now playing: Ever Fallen Love? (with someone you shouldn´t...) - Buzzcocks
Undertow - P.O.S
momentos evoluções existenciais 2005 parte I
"meu velho companheiro, de caminhadas ao luar
pensando abobrinhas, pensando idiotices sem nexo."
(maquenzi - a saudade e o all star - superguidis)
"procurando alguém que não acenda a discussão
sobre minha indigestão mental, colapso cerebral
....
quem dessa vez vem me ajudar, eu sei
que não vou encontrar saída nenhuma num bar pra mim
apenas quero sorrir, assim
sem ter que lembrar do quanto vou chorar depois"
(germano - paranóia de freud - stratopumas)
o que se faz quando...
se está longe de casa?
chove sem nunca chover?
se ouve Paranóia de Freud o tempo inteiro e ela sempre faz sentido, que não é mais o mesmo de sempre?
se surpreende com tudo da melhor maneira?
quase não existe mais descanso nem cansaço nem fome?
o amanhã eu não sei de novo?
momentos resoluções existenciais 2005 parte I
"hear this voice, see this man
standing before you, I´m just a child!!!
trapped inside the body of a man"
(gildenlöw - morning on earth - P.O.S)
administração é tudo na vida, pena que eu não entendo picas disso, porque ia precisar muito agora.
vampiros aproveitam os momentos fantásticos, atrás deles Rin Tin Tin!
olhos abertos, respiração cerrada e mais alguns dias. e lá vamos nós...bom é quando faz mal.
*****
e tem uma coisa que iria bem, bem agora...mas eu não sou mulherzinha. então a gente viaja no blog desatualizado.
*****
daisy jane é sempre madura, daisy jane tem uma febre, daisy jane cai da árvore.
oh garota...vê se sai da janela e abre a porta.
****
alguém tem um violão aí??? tô me sentindo um peixe grande fora da banheira...
*****
now playing: Ever Fallen Love? (with someone you shouldn´t...) - Buzzcocks
Undertow - P.O.S
Assinar:
Postagens (Atom)