Dante´s view

As horas mais engraçadas do dia são quando eu penso no Friends. Quem me conhece sabe que eu sou uma grande viciada em Friends. E que o meu personagem favorito é o Ross Geller.

E daí quando meu bico está grande ele aparece na minha frente e diz: "WE´RE ON A BREAK!!!"

Alguém disse uma vez que perdeu a seriedade quando entendeu o significado de "A Divina Comédia". Alguém famoso, não me lembro agora, parece que largou uma faculdade de filosofia ou teologia e tudo mais. Essa pessoa é a mais sensata do mundo.

Mas duvido que existia o Friends pra complementar o raciocínio na época. Logo, eu....

master pieces

Used to be so easy
to fall in love again
But I've found out the hard way
it's a road that leads to pain
I've found out that love
was more than just a game
you play on to win
but you lose just the same
(Gary Moore)

My death waits there, in a double bed
Sails of oblivion and my head
Let’s not think about
The passing time.
(db)

Remember her hair as it shone in the sun,
the smell of the bed when I knew what she'd done.
Tell yourself over and over you won't ever need her again.
(jeff buckley)

comprei um vestido de casamento hoje, de convidada, claro. na loja onde trabalha a mulher mais linda do shopping, uma das poucas loiras que eu dou o braço a torcer. ela disse que eu tava bonita, mas não foi bem o que enxerguei no espelho.

still got the blues eu ouvia quando pequena, achava uma música tão triste que eu nunca deixava tocar inteira, passava a fita pra frente. é, fita cassete. e nem entendia o que ele falava. depois eu cresci, e tinha esses amigos músicos de alma negra, e eles tocavam e terminavam chorando que nem criança. aquilo me deslumbrava, por que eles choravam daquele jeito? cresci mais um pouco, ouvi Forget Her, do Jeff Buckley, e pensei: "essa é a versão contemporânea definitiva de still got the blues!". ficava revezando as duas no repeat e sacando as nuances parecidíssimas (é verdade, pode testar). daí eu cresci demais, descubro o que é "heart-ache" e em seguida vou pro colo dos amigos, que não deixaram a noite passar sem um bom e velho e doído still got the blues, em coro uníssono.

my death é a única música do bowie que me dá medo. ela remexe umas coisas aqui dentro que não me deixam muito bem, mas como todo filme de terror, a gente vai lá e ouve de novo. afora isso é uma ótima música, agradável pra reflexões em hard times.

forget her, é o que eu disse ali em cima. essa estrofe em especial é a que eu mais gosto e onde ele mostra o porquê de ter feito essa música, não na letra, mas no modo como canta. é desconcertante "vê-lo" naquele estado.

é o pior estado.

agora eu posso ouvir qualquer blues e chet baker com o respeito devido.

num teste eu fui perguntada QUAL A MAIOR INSANIDADE ROMÂNTICA VOCÊ JÁ FEZ NA VIDA.

não me lembro de nenhuma. que miséria. preciso trabalhar nisso.

quantas vezes você já mudou seu plano de saúde?

eu devo estar na nona ou décima. a sensação de perda é muito grande, lhe digo. a maioria dos médicos que ia antes não fazem parte do novo plano. hoje eu sentei aqui para marcar consultas, mas foram tantas decepções que eu broxei..minha fisio, porra...100 lugares novos e chiques, mas no meu cantinho a duas quadras daqui, necas.

era dia de contabilidades também...só fiz o urgente.

queria uma confirmação mais concreta do supergrass. fui ler o lúcio e quase vomitei pra variar, será que ele lembra da sua banda preferida de 2 meses atrás? eu lembro da minha. na real, acho que ele está criando uma nova modalidade de jabá, mas esse conceito só tomará forma em 1 ano ou 2, veremos.

ai, desânimo.

era pra estar dormindo, mas os 2 capítulos fresquinhos da terceira temporada de The L Word em 90% no meu Azureus não permitem que eu feche os olhos.

daí eu vim aqui porque eu ainda não sei o que fazer com a casa toda vazia, tvs, sons e micros disponíveis (no plural) e ninguém mais.

ninguém mais.

é. Abandono vai virar um personagem do Sandman, parido destas entranhas que vos escreve.






Um Roteiro para Abandono (de Daniela Ribeiro)

[close: olhos amendoados, pesados de cansaço, lacrimejando de sono]

"Ele sempre esteve distante dos outros. Talvez porque seu trabalho fosse o mais custoso, talvez porque já estava acostumado a ficar em silêncio, e quando a família se reunia nunca tinha nada a dizer"

"Nada lhe vinha a mente"

[Abandono em visão panorâmica, no canto de uma sala, enquanto uma senhora idosa dedilha seu rosário numa poltrona]

[Morte surge na frente da senhora, e interrompe seu "trabalho" quando se dá conta da presença do irmão]

- Abandono! Por onde você andou esse tempo todo?

[levanta a cabeça] - Trabalhando, Morte. Trabalhando. O Mundo produz seu exército de solitários e eu os observo a definhar.

[vai até o meio da sala e abraça a irmã] - E você, como está?

[close: um beijo fraterno na boca]

[mãos dadas, a senhora em segundo plano]

- Eu..eu preciso levá-la. Vê-los morrer de tristeza é a maior maldição dessa vida.

- Hmm. Vou começar a esperar mais então. Me parece que todas as minhas visitas são sucedidas por você. E então poderemos sair pra um café ou algo do tipo. [arruma o cabelo]

[Morte agoniada, sobrancelhas arqueadas, expressão estarrecida]

- Mas você não sente compaixão? Em nenhum momento?

[Abandono olha por cima do ombro, a cena escurece, da extremidade do rosto para dentro]

- Eu? Claro. Sinto pena de mim.

FIM

Sexta feira, 20 de janeiro de 2006, 20 horas e 08 minutos.

Volto a ouvir Wouldnt It Be Nice, após vários meses de negação.

Ainda não consigo desvendar em qual parte as lágrimas fogem mais. Tampouco se elas vêm pela beleza do que eu ouço ou pelo conteúdo.

São 18.09 hs.

Ainda tô de pijama, e na terceira cerveja.
Meu filho assiste atencioso o Harry Potter, bem como meu primo lê a última edição do mesmo.
It´s oh so quiet. shhh. shhh.
Coração sereno.

ISSO é o que eu chamo de FÉRIAS.

post em homenagem aos 4 comentários recebidos.

eu adoro surpresas, mas sou uma curiosa doente, então é de praxe eu acabar com as surpresas antes da hora.

dou verdadeiras risadas quando vejo que alguém comentou aqui. já tô tão acostumada com esse lugar inóspito, que quando surge uma mudança ali na barra final do post eu fico meio desconsertada.

é bom saber que os amigos estão aí. me "stalkando". obrigada

eu joguei o Abandono pra Yemanjá. o mar levou. por enquanto. é provável que ele aporte lá em Imbé ou Atlântida.

por falar em Yemanjá:

dá série "coisas que só existem em Salvador" - parte I

Existe um centro comercial chamado Yemanjá Trade Center (uma coisa comum aqui é sincretizar expressões da cultura baiana com estrangeirismos, por exemplo, lá no Bom Fim tem uma casa chamada mais ou menos Ababadá-ô Sisters - mais ou menos, não lembro o nome delas, mas eu adoro isso).

No Yemanjá Trade Center, existe uma padaria, chamada Pão Explícito.

Aqui os pães também são chamados vergonhosamente de "cacetinho". Não, eu não peço um cacetinho na padaria nem sob pressão de uma arma nos rins.

Então as pessoas podem ir no Yemanjá Trade Center, comprar cacetinhos na Pão Explícito, e ver, através de um peep show, os cacetes sendo sovados.

Vou lá tirar fotos e publicar.

o ócio é bom quando sua vida tá por perto. de longe, fica complicado.

eu durmo demais, e o livro e as músicas que trouxe pra ouvir, tsc, não tenho saco nem tempo propício pra essas atividades. ou eu não durmo, e ocupo tempo demais com tudo que me cansa. em seguida, volto a dormir.

era pra beber, muito. não tô conseguindo, ora o calor, ora o frio (o de dentro).

eu mal comi neste reveillon, não tenho sementes pra guardar. acho que ainda não virei, na real. isso só vai acontecer depois que comemorar alguma coisa.

às vezes eu sinto que as coisas ruins abatem pessoas felizes nas horas menos propícias. por exemplo, TODAS as pessoas da casa que eu estou passaram mal nestes dias que estou em férias. TODAS, menos o Vince. Ele tem um grande escudo, I´m sure. eu especificamente fiquei no banheiro até 23.45hs do dia 31, fui ver os fogos e voltei correndo pro banheiro. acabou a 1 hora do primeiro dia.

resquícios de todas as merdas passadas? ou o início de uma bem grande? whatever.

o Abandono veio na mala, escondido, puto de mierda.

eu falei do Pain, rite? é um bom colo. veja, eu sou descolada [risos]. eu sugiro o Be, último álbum, questionamentos sobre a vida, sobre "o quê ser", é confortante. o Perfect Element pt.I só me deixou mais atormentada.

é ruim se dar conta da própria ingenuidade. é ruim perder a noção do que se quer. acho que já começou meu inferno astral, um mês adiantado.

vale dizer, que a minha família é a melhor do mundo. e me mantém bastante distraída. por isso demorei vir aqui e assumir que sou loser mesmo.

I'm at the line - just at the line

An eternity at the blink of an eye

In this place called time

I'm everything

Everywhere

I am all

Omni

"BE"

(Martius - D.Gildenlöw)

Oh My!

[poste aqui sua letra preferida do Pain of Salvation]