sábado, novembro 25


Não sair no fim de semana pode ser bom. Eu só não descobri ainda por que.

Talvez o fim do cansaço justifique, os dias estão lotadíssimos, e de responsabilidades.

Me obrigo a estudar pra última prova do semestre, cultura artística (Renascimento e Barroco). Meu professor é psicopata e faz provas de 35 questões de múltipla escolha. Fácil é? Ahá! Claro que não. Das 35, pelo menos 32 são de imagens, pra classificar de quem é, o título, onde está, de que período e estilo, e por aí vai. Agora definitivamente eu vou virar uma chata das artes (também).

Ficar em casa me faz comer mais e me vestir mal, não agrada. Em contrapartida, estou aqui sentada, quietinha, e rola uma bandinha tocando America no bar da frente e Herbie Hancock no Winamp. Poder da escolha.

Os objetivos pra hoje são: encher os beiços de Brahma Extra, mandar Michelangelo e Caravaggio pra puta que pariu e assistir A Vida de Brian.
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A imagem: Apolo e Dafne, de Bernini. A história é ótima. Era uma vez Apolo, um deus safado cafajeste que gostava de pegar todas por onde passava. Até conhecer Dafne, uma ninfa baita cú doce que o provocava e provocava e liberar que é bom, nada. Um dia, ela o percebeu pelas redondezas, tirou a roupa e saiu linda, livre e leve e solta pelos campos floridos. Quando capitava o olhar do garanhão, ia até o chão pra sentir o cheirinho do mato, aham. Eis que ele explodiu de tesão acumulado e saiu correndo atrás dela, e ela se picou. O pega-pega durou algumas horas até que, quando Apolo tava quase agarrando a bisca pela cintura, ela apelou. Gritou pro pai, o senhor Peneu, livrá-la daquele praga. O rei, querido, a transformou numa árvore (aqui, há controvérsias, loureiro ou carvalho). Bernini, geniozão, conseguiu captar exatamente o momento de transformação da ninfa. Foda.

Um comentário:

Dani Hyde disse...

ahhaha

a minha liberdade poética me rendeu 5.5 com o Charles..
mas hoje eu tirei um quase 10, com certeza.