segunda-feira, dezembro 1

Veja bem..



eu escrevi isso há tempos atrás...pra variar eu não terminei...pretendo terminar um dia...mas essa parte já é bastante esclarecedora..


Today I feel like talkin' 'bout muzak..........

Aos poucos eu vou lembrando, não vou conseguir botar em ordem cronológica.
Como eu já disse, eu comecei com Faith no More, e Skid Row também......Na verdade tudo começou do único jeito que poderia começar no Brazil, com a MTV, em 1989, já se podia assistir o VMA´s ao vivo na TV Bandeirantes, pelo menos em São Paulo, e eu fiquei vidrada desde o´início, quando a gente nasce pra música não tem como ser de outro jeito.

1991 :..... FNM era tudo pra mim, assim como o Mike Patton, só que eu assinava Danny Bottum, pq eu tocava teclado na época, e sempre assinava meu nome de acordo com o meu tecladista do momento, muitas vezes foram Danny Lord (Deep Purple, eu passava dias e dias tentando tirar as músicas do Purple, e eu choro ouvindo Child in Time até hoje). Eu tinha várias calças over big super size xadrez, e meu cabelo eu raspava embaixo, é , que nem o Patton. Nunca tive sentimentos groupie, sempre fui wannabe, sempre....Mas meu cabelo era mais pra loiro e eu cantava mais como Sebastian Bach do que como Patton na época...

OS SHOWS = FNM em 91 no Olímpia (hmm lembremos) _ muita gente, eu com o meu novíssimo par de sapatos vermelho vinil, bermudão, camisa xadrez na cintura e um camisetão qualquer, acho que era do Metallica; papai e mamãe foram juntos, essa era a condição, eles juraram que não iriam incomodar e , além do mais, eles sempre foram bacanas. Não fiquei muito perto, senão iriam me esmagar, eu lembro que bati muito cabeça com um cara tri locão que estava na minha frente e tinha um piercing no mamilo! Nossa, um piercing no mamilo nessa época era altamente radical, teve uma hora que ele foi dar mosh e alguém puxou, deu um bolo, mas não estragou minha festa, eu lá, vendo aqueles caras de perto, simplesmente lindo, "I know the feeling, it is the real thing, the essence of the truth..." , eles não tocaram Edge of the World, eu ainda olhava pra trás na saída, no meio da multidão, pra olhar se eles não iriam voltar pra tocá-la, eu era uma menina e gostava das baladinhas. Skid Row em 92 no Ginásio do Ibirapuera _ aqui eu já era Déti (Death) total, só gostava dos clássicos e de "rock pauleira", não suportava quando alguém dizia que MPB era boa e rica, eu cagava pra qualquer letra em português. Mais gente ainda que no outro show, eu estava com os olhos pintados yeah, igual ao Alice Cooper, e com uma camisa rasgada do Sebastian, ele era lindo e meigo, e eu ainda acho isso, e não falem mal das músicas....são boas pra cacete. Foi bom, um pouco decepcionada pq "bas" realmente não canta nada ao vivo e o melhor momento do show não foi quando ele pôs a piroca pra fora, foi o Rachel (muito mais lindo e selvagem que o Sebastian, e é moreno, eu não ligo pra loiros) cantando "Psycho Therapy" (Ramones) e balançando aquela cabeleira como o guitarrista do Ozzy faz, depois eu não lembro, fiquei bêbada.
Uma coisa importante a partir de 92: foi o boom das bandas cover (em SãoPaulo) , oficiais e não oficiais, e a maioria eram conhecidos meus, e andar com eles e fazer Jam Sessions com eles era como se vc estivesse com os de verdade, sério, a emoção era a mesma, metaleiros chorões, zanzando pelo AeroAnta como Rock Stars, tocando ao lado do Golpe de Estado, IRA!, Capital Inicial, era divertido, porque a gente se achava SUPERIOR a essas bandas! O Glauco, vocalista do Faith cover, era IGUAL o Patton, IGUAL, só que esse ninguém conseguiu pegar pq tinha uma namorada de anos, muito chata e gorda.

Tentativa de lista de bandas que eu curtia na época: FeNêMê (os paulistas achavam descolado chamar assim, apesar de parecer coisa de baiano, no sentido literal) ; Skid Row; Metallica; Megadeth; Deep Purple; Black Sabbath; Queen (sim nós fazíamos um coro de Bohemian Rhapsody em 6 pessoas, era lindo); Pantera; Napalm Death; Nuclear Assault; Genocídio; Viper; Aerosmith; Van Halen; Guns 'n Roses (pq não?); Steve Vai; Motorhead; The Cult; The Doors

92 - 93 - 94 :.... Porra! Eu disse que queria ter nascido em Seattle!!!!!! A melhor fase da minha vida, até hoje. Porque minha vida tem trilha sonora e aqui teve muita coisa boa, eu já estava mais flexível, não precisava mais ser som pesado, mas som bem feito, algumas brasileirices começaram a entrar (das antigas claro).

Eu era às vezes Danny Vedder e às vezes Danny Gossard, mas logo eu virei sra. McReady cover, pois esse era o posto do meu namorado no Pearl Jam Cover Official. Eu falava e gesticulava como o Anthonny Kieds, eu era mais ele do que qualquer um, no início eu imitava, depois eu não conseguia evitar esses tiques. Eu comecei a fazer as primeiras químicas capilares, morei 8 meses em Salvador, o que me custou os shows mais importantes da minha vida (Metallica e Hollywood Rock 93). Mas eu fui em um muito importante pra mim também, que é paralelo à revolução do meu âmago....

O SHOW: 92 no Morumbi, Michael Jackson; ele não vai constar nas minhas listas porque, como a Madonna, não dá pra misturar com os outros, eles vêm comigo desde o útero e vão continuar vindo, pode falar o que quiser deles que eu vou continuar amando, assim como todos os artistas da Motown, até o Adam Ant, aquele branquelo que tentava imitar o Bowie. Mas o show, como eu ia dizendo, foi lindo, apesar de eu estar a milhões de metros do palco, pois chegamos atrasados, eu e meu pai (meu gene Michael-Madonna vem dele, ele é muito pop). E ele tocou todas as músicas que eu gosto, e não tem muito o que dizer dele...... Ah! não fui no da Maddy, faltou dinheiro....

93 na concha acustica de Salvador: Olodum e Chiclete com Banana, eu gosto da música baiana Roots entende, não desses Axé bastardos...

Tentativa de lista de bandas que eu curtia na época: Pearl Jam, Nirvana, Hole, Alice in Chains, Collective Soul, Type O´Negative, Jesus and Mary Chain, Black Crowes (Remedy é um hino), Stone Temple Pilots, Smashing Pumpkins; R.E.M; Neil Young; Live; Red Hot Chilli Peppers; Suicidal Tendencies; Infectious Grooves ; Jane´s Addiction; Urban Dance Squad; Living Colour; Bush; Ugly Kid Joe; Candlebox; e muitas coisas Pop, porque até o Pop era bom nessa época, não vou me lembrar de tudo.....

94 - 95 - 96 :.... Anos tropicálias da minha vida, Paz e Amor total...aprendi muito aqui, de música de cultura de literatura...foram os melhores anos do colégio também. Diferente de algumas várias pessoas, eu sempre gostei do colégio , de estudar (tirando as exatas) e principalmente do povo que me rodeava, gente legal mesmo, professores de história e literatura memoráveis, o meu colegial foi show mesmo, é claro que tinham as intrigas e matações de aula, mas eu sempre fui um "exemplo" escolar porque era metida a líder, fiz teatro durante esses anos também e ganhamos prêmios, eu ganhei o meu, mas larguei tudo por causa de um homem, isso está na minha lista das piores coisas que fiz por um homem. Mas voltando ao assunto, 94 e eu voltei pra Sampa, de cabelo vermelho e ainda bem death metal, escutava as mesmas coisas e alguns derivados, o Kurt morreu, veio Foo Fighters, que também era legal, mas não iconoclasta. O Grunge esfriou um pouco e eu fiquei orfã de movimento, resolvi voltar atrás e curtir um pouco de Flower Power, o Woodstock passou a ser tudo pra mim, Janis Joplin 24 hs por dia, pouca bebida e nicotina, porque o David era careta, comecei a ouvir MPB a fú, Secos e Molhados, Raul Seixas, Caetanices e derivados e muito som de Minas, é, Minas, Clube da Esquina lembra? 14 BIS , Beto Guedes (que continua sendo o meu guru do bem) , Milton Nascimento, Ronaldo Bastos e Lô Borges, etc...., já disse que vou ser arqueóloga??? e que vou me especializar no Peru??? pois então, nessa fase eu conheci e revivi muita música folclórica latina também "el sonido de los andes" como eles chamam, e o som mais politizado das antigas, Mercedes Sosa, Violeta Parra, Tarancón, etc. O melhor desse período, é que ele virou a minha base-personalidade musical. Muita coisa daqui está no meu coração pra sempre. Comecei a tocar pra valer e já escrevia algumas músicas, pintou o sonho de ter uma banda, porque até então, eu era "namorada de músico" e nada más...

SHOWS: a maioria classe B, várias bandas cover e rock nacional no Aero Anta, perdi Rolling Stones.
Beto Guedes: é incrível, tu nunca ouve falar dele, mas é só ter um showzinho em algum espaço cultural que lota, em qualquer lugar do Brasil lota; foi muito bom, gente de todas as idades e tribos conferindo "a música da terra", chorei bastante, porque foi também a despedida, eu já estava de passagem marcada pra Porto Alegre.

Tentativa de lista de bandas que eu curtia na época: mantendo-se algumas da época anterior e adicionando a velha guarda dos setores rocknroll, música brasileira e andina. Destaques para Led Zeppelin, a Santíssima Trindade da época: JIM Morrison, JANIS Joplin e JIMMI Hendrix, Lenny Kravitz, America, Bob Dylan, Credence Clearwater Revival, Blood Sweat and Tears, Jefferson Airplane, Joan Baez, Mutantes, Simon & Garfunkel e por aí vai...

(a partir daqui vai ser ano a ano, porque eu fiquei muito volúvel, ou inconstante, ou eclética, digamos assim...)

97-:... Aterrissagem em POA. Muita miscelânea, muito conhecimento, contradições,relações, experiências, sacações...Oi prazer, meu nome é Daniela e você é......a MPG.....Eu amei o Flávio Basso a primeira vista. Eu que só pensava que o Rio Grande tinha Engenheiros do Hawai vislumbrei um contexto e um sonoridade totalmente nova e doce aos meus ouvidos...

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