Eis a questão.
Depois do show dos Cascavelletes no último sábado, a questão entre os amigos era “O que vamos escrever sobre esse evento?”. A discussão foi longe, e cheguei a um ponto que não dá pra declarar absolutamente nada. Verdadeiro “quem viu, viu”.
Como previsto, o que sucedeu pessoalmente comigo foi entrar em contato com as pessoas que celebravam a banda nas incontáveis festas de colégio e do início da faculdade, que me apresentaram esse tal de róque gaúcho, e me viciaram pra sempre.
Existe essa sintonia fina que rola entre iguais, e mais hora ou menos hora ela surge. Conversando com um dos amigos, a primeira coisa que ele diz quando falo do show, é que está lendo O Lobo da Estepe, do Hermann Hesse.
Hesse lembra minha adolescência, a revolta com as religiões, o momento em que eu li Sidarta e achei que tinha entendido o universo. Apesar do meu equívoco, sempre fui muito fã da sua narrativa, e não lembrava d’O Lobo da Estepe, muito menos que Lobo da Estepe é “Steppenwolf”, e menos ainda que o livro podia ter algo a ver com a música dos Cascava. Diz meu amigo que sim.
Achei este trecho aqui que quase me derrubou da cadeira. Lembrei da história, mas nunca havia lido um pedaço. Pressinto que a dualidade do ser humano vai me perseguir até a hora que minha carne apodrecer no limbo.
Depois de ver o Flávio e o Nei no mesmo microfone acabarem com a minha parcialidade de mera espectadora, o mínimo que posso fazer é continuar a derrocada com esse livro.
Se alguém quiser me emprestar/doar/afins eu agradeço. Prefiro não declarar aqui o quanto já gastei em livros esse ano.
“(...) se Harry, como homem, tivesse um pensamento belo, experimentasse uma sensação nobre e delicada, ou praticasse uma das chamadas boas ações, então o lobo, em seu interior, arreganhava os dentes e ria e mostrava-lhe com amarga ironia o quão ridícula era aquela nobre encenação aos seus olhos de fera, aos olhos de um lobo que sabia muito bem em seu coração o que lhe convinha, ou seja, caminhar sozinho nas estepes, beber sangue vez por outra ou perseguir alguma loba.”
Depois do show dos Cascavelletes no último sábado, a questão entre os amigos era “O que vamos escrever sobre esse evento?”. A discussão foi longe, e cheguei a um ponto que não dá pra declarar absolutamente nada. Verdadeiro “quem viu, viu”.
Como previsto, o que sucedeu pessoalmente comigo foi entrar em contato com as pessoas que celebravam a banda nas incontáveis festas de colégio e do início da faculdade, que me apresentaram esse tal de róque gaúcho, e me viciaram pra sempre.
Existe essa sintonia fina que rola entre iguais, e mais hora ou menos hora ela surge. Conversando com um dos amigos, a primeira coisa que ele diz quando falo do show, é que está lendo O Lobo da Estepe, do Hermann Hesse.
Hesse lembra minha adolescência, a revolta com as religiões, o momento em que eu li Sidarta e achei que tinha entendido o universo. Apesar do meu equívoco, sempre fui muito fã da sua narrativa, e não lembrava d’O Lobo da Estepe, muito menos que Lobo da Estepe é “Steppenwolf”, e menos ainda que o livro podia ter algo a ver com a música dos Cascava. Diz meu amigo que sim.
Achei este trecho aqui que quase me derrubou da cadeira. Lembrei da história, mas nunca havia lido um pedaço. Pressinto que a dualidade do ser humano vai me perseguir até a hora que minha carne apodrecer no limbo.
Depois de ver o Flávio e o Nei no mesmo microfone acabarem com a minha parcialidade de mera espectadora, o mínimo que posso fazer é continuar a derrocada com esse livro.
Se alguém quiser me emprestar/doar/afins eu agradeço. Prefiro não declarar aqui o quanto já gastei em livros esse ano.
“(...) se Harry, como homem, tivesse um pensamento belo, experimentasse uma sensação nobre e delicada, ou praticasse uma das chamadas boas ações, então o lobo, em seu interior, arreganhava os dentes e ria e mostrava-lhe com amarga ironia o quão ridícula era aquela nobre encenação aos seus olhos de fera, aos olhos de um lobo que sabia muito bem em seu coração o que lhe convinha, ou seja, caminhar sozinho nas estepes, beber sangue vez por outra ou perseguir alguma loba.”
3 comentários:
Eu tenho o livro. Na época em que li, ele me cansou, mas é inegavelmente muito bem escrito.
Hesse era mestre mesmo. Só não entendi a relação com a música homônima dos Cascavelhotes.
Esse q escreveu fui eu. :)
eu tbm não sei a relação, isso foi coisa que botaram na minha cabeça.
independente de ter relação, esse trecho que li achei maravilhoso e quero o pacote todo.
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