Sexabilly
"...And now I want it, want it all
To feel the rock within my soul.."
(Dani Hyde, num colapso total que atravessou eras, leia-se até ontem, achando que eram esses os últimos versos de Stairway to heaven, e qual não foi a surpresa dela ao descobrir que o certo era assim:
"...When all are one and one is all
To be the rock and not to roll.."
...sabe que eu prefiro a minha???)
A banda SEXABILLY abriu seus trabalhos em meados de 1991, quando alguns garotos resolveram comprar seus instrumentos (ou não) e fazer um pouco de barulho. A formação original era Diogo Peixoto (guitarra), Rafael Doquinha (baixo), Mateus Lobo Vasques (bateria) e Leandro Stone (vocais). No início a brincadeira era típica de garotos que viveram o auge do retorno do Rock, ou seja, a ascensão do movimento grunge e a busca pelos "deuses que fizeram amor" com suas guitarras distorcidas no passado. Os ensaios regados a muito Led Zeppelin, Black Sabbath e Ramones fizeram a alegria de uma região em especial; assim como o IAPI está para o rock gaúcho dos anos 70 e 80, os anos 90 deram lugar ao que chamamos de Rock 'Anita. Rua Anita Garibaldi, situada na Boa Vista, bairro porto alegrense, deu à luz a alguns nomes significativos da nova safra do rock gaudério: Tonho Crocco, Malásia e boa parte da da Ultramen, a galera da Pure Feeling,etc..
Em 92, ocorrem as primeiras alterações, sai Rafael e entra o Xandi Schardong no baixo, Leandro se manda pra Floripa com os duendes e Diogo é escalado pra soltar seus gritos alucinados, por final o time de guitarras é reforçado com Michel Sulzbach. Rolam os primeiros shows oficiais (fora da Anita), festas, colégios e festivais.
Nesse momento, o set list já havia evoluído, visto que tocar Led e Ramones na mesma hora de show não cairia bem para um público mais diversificado. Começa o Ode ao Rock Grande do SUl e ao Rock a' Billy: TNT, Cascavelletes, Acústicos e Valvulados, rock 50´s e canções do Backbeat (Os 5 Rapazes de Liverpool)animam a galerinha frenética. À essa altura, a banda já conta com um público fidelíssimo que os acompanham nas mais variadas viagens insólitas, desde as garagens, até os eventos mais sofisticados.
Assim as "pedras rolam" pelos anos seguintes, com festas esporádicas, e sem muito dinheiro pra uma produção e divulgação melhor do trabalho, absolutamente normal para quem continua perseverando no róque.
1999, final de século e uma nova formação, de novo (sempre tem os que resolvem levar o futuro a sério). Mateus larga as baquetas no ar, e quem passa a fazer a batucada é Daniel CHU! (ele merece um ponto de exclamação), Xandi encerra sua caminhada e passa o reinado dos graves tons para Juliano Medina, que não foi menos digno da coroa baixística. Porém a estrada é tortuosa e a banda prossegue batalhando por um lugarzinho ao sol, fazendo shows independentes e participando de festivais. Aqui faço um parênteses para os shows históricos na praia, um em especial, na Ferrugem (SC). Enquanto os outros bares praianos esvaziavam, faturando baixo e tocando os "Bob´s" de sempre, o nosso querido Macaha, hoje uma mega pousada (na época um muquifo, com o perdão da palavra), lotou com a juventude perdida, em busca de um referencial que, me desculpem mais uma vez, só se encontra no rock and roll, é isso aí, e em pleno mês de setembro de 1999, "The gods made love" em SAnta Catarina, só eu que não, mas estava lá...rapaz...e como!!!
2002, novo século e "trocando a roupagem" mais uma vez. Chu segue os seus projetos particulares, e entra André Marciglia na bateria, Michel se retira do cenário frio e barulhento de Porto Alegre pra ir surfar na Austrália.Felipe "1/2 Kg" Tormen assume os solos. A banda ganha nova sonoridade, e o principal agente dessa mudança também é o teclado de Marcelo Catatau.
O repertório passa a ser mais diferenciado, menos rock do sul (em tese), mais blues e outros componentes catalisadores do grande público. O grupo agora viaja de Stevie Ray Vaughan a Lenny Kravitz, de Chucky Berry a Joe Cocker, e assim por diante.
E então alguns se perguntam, mas e as composições próprias??? Elas existem sim, minha gente!! Só que entram um pouco mais tímidas devido as dificuldades de se manter na cena, como já foi esclarecido. Nessa época nós temos a primeira demo oficial, na qual figuram 3 músicas de trabalho: C´mon everybody, Mary Had a little Lamb, e The House´s Gonna Shake, a última de autoria própria. Novos shows, agora com um respaldo maior, patrocinados pela DATETA produções.
Em 2003, a banda resolve levar o trabalho de maneira mais madura, com novos investimentos e resoluções, entra um novo baterista, "Juan Pablo", e uma nova demo é preparada com o intuito de lançamento em breve, culminando com uma maior divulgação e projeção da SEXABILLY, dentro de um cenário mais promissor.
Os mesmos ideais, novas convicções,a mesma essência, que foi, que é, que sempre será, o Rock, Rock and Sex, Sex and Rolling.
*Dani Hyde
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